Para professora da
ESPM Rio, campanha do governo -- planejada para começar no dia 19 -- deve ter
linguagem simples, ser transparente e evitar termos técnicos se quiser atingir
a sociedade e vencer a onda de notícias falsas sobre o tema.
No próximo dia 19, o governo federal deve iniciar
uma série de ações de marketing e publicidade para incentivar a vacinação da
população brasileira contra a covid-19. O passo inicial seria um evento
de transmissão do início do processo de vacinação, cujos detalhes ainda estão
indefinidos. O
Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 , criado
pelo Ministério da Saúde, prevê a utilização da publicidade para informar e
mobilizar a população. Segundo Isabela Pimentel, pesquisadora e professora de
conteúdo digital da ESPM Rio, é nesse ponto que o governo deve investir para
conter o avanço dos movimentos antivacina, disseminados pelas redes sociais.
"A principal fonte de informação sobre o tema
vacinação deixou de ser a imprensa e passou a ser a internet, povoada por fake
news e preconceitos. Vídeos testemunhais, com linguagem simples, aproximam o
usuário da sua própria realidade e por isso tendem a ser mais procurados pela
audiência”, diz Isabela.
Para que uma campanha pró-vacinação seja eficaz é
preciso rever a forma de comunicação que o governo tem adotado nos últimos anos
-- por ocasião de outras campanhas do tipo. Passar confiança, ter
transparência, planejar mídias e evitar termos técnicos são alguns pontos a
serem trabalhados. “O vocabulário científico de infectologistas e epidemiologistas
dificulta o entendimento e afasta a população da sua realidade”, diz a
professora. “Além disso, é preciso analisar quais as melhores mídias para
públicos diversos e pensar em ações nas redes sociais.”
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