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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Idosos representam mercado em crescimento na Odontologia brasileira

Com expectativa de vida aumentada e especialidade tão jovem, cirurgiões-dentistas se dedicam cada vez mais para atender ao 'novo' público

 

A Odontologia, assim como todas as profissões, tem seus desafios e algo que tem chamado atenção dos cirurgiões-dentistas é um nicho de mercado que vem demandando cada vez mais: o de atendimento geriátrico. Isso porque a população idosa tem crescido, graças ao aumento da longevidade decorrente de uma melhor qualidade de vida e dos cuidados de saúde mais frequentes e acessíveis. Tanto é que, de 2012 a 2018, a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O envelhecimento é natural e é muito gratificante atender o público idoso. Todo profissional de Saúde deve ter como base de seu trabalho a construção das relações humanas e da comunicação com o paciente, seus familiares e cuidadores. Com os idosos, essa premissa fica ainda mais evidente”, comenta Denise Tibério, especialista em Periodontia e Odontogeriatria e presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).A própria especialidade da Odontologia é uma jovem quando comparada ao objeto de seus estudos. Afinal, a Odontogeriatria foi reconhecida como campo odontológico em 2002 e de lá para cá muita coisa mudou. “A saúde bucal do idoso já não é mais a mesma de 20 ou 30 anos atrás. E muitas novidades ainda estão por vir, por conta do novo estilo de vida e até do investimento maior que tem sido feito por quem busca um sorriso bonito e saudável, com implantes e próteses. Isso faz com que o desafio seja constante. A gente estuda o comportamento e os hábitos do idoso de hoje, de olho no idoso de amanhã”, explica a cirurgiã-dentista que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de Odontologia Domiciliar do CROSP.


Um olhar especial é fundamental para um atendimento mais efetivo

O atendimento para o paciente idoso tem ainda atenções especiais, começando pela anamnese, que é a entrevista do cirurgião-dentista com o paciente de forma ampla e que deve observar ainda o comportamento e estado cognitivo. Nesse momento, tudo deve ser levado em conta: se há outras doenças além das condições bucais; o uso de medicamentos; o objetivo do tratamento procurado; contatos de emergência; rotina familiar; comportamento e todos os aspectos que possam contribuir para a construção do perfil do paciente idoso de forma mais próxima e fiel à real idade.

“O Brasil é um dos países que mais cresce em número de idosos no mundo e a Odontologia precisa acompanhar essa mudança no perfil populacional. É muito importante que se tenha conhecimento sobre o envelhecimento para atuar nesse campo”, defende Denise. Aliar o conhecimento teórico, a ética profissional e o respeito ao tempo de vida dos pacientes é a saída na Odontogeriatria. 

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br

 

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