Nutricionista indica alimentos ‘bons’ e ‘ruins’ para controlar crises de cefaleia
A cefaleia é o termo médico usado para definir a dor de cabeça e é caracterizada por dor pulsante e latejante, enquanto a enxaqueca é uma dor crônica, que geralmente começa com uma dor latejante em um dos lados da cabeça. De acordo com estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, 15,2% da população brasileira sofrem de enxaqueca, enquanto 13% de cefaleia tensional e 6,9% de cefaleia crônica diária. Cintya Bassi, nutricionista do São Cristóvão Saúde, explica que as dores de cabeça possuem estreita relação com o sedentarismo, obesidade e hábitos de vida, como tabagismo e má alimentação.
A nutricionista ressalta que uma alimentação
saudável é fundamental para manter o equilíbrio do organismo, já que assim são
obtidos os nutrientes necessários para a sustentação do ser humano. "A
inclusão ou exclusão de alimentos da dieta pode auxiliar no combate às crises
de dores de cabeça, especialmente se realizada de forma individual e
personalizada. Para isso, muitas vezes, o problema deve ter acompanhamento de
uma equipe multidisciplinar, que poderá avaliar a sensibilidade do indivíduo a
diferentes alimentos".
Entre os alimentos que podem auxiliar no controle
das crises, estão aqueles que possuem Ômega 3, como sardinha, salmão, cavala,
atum e linhaça. Para controle do estresse e liberação de hormônios que aumentam
o bem-estar, Cintya Bassi indica banana, erva-cidreira, maracujá e granola.
"Além disso, há ainda os alimentos que
inibem a produção de prostaglandinas, que são responsáveis pela sensação da
dor, como orégano, gengibre, cravo e canela. Já as vitaminas do complexo B
atuam na quebra de moléculas de gorduras e proteínas, aumentando a energia das
células cerebrais e reduzindo o excesso de estrogênio - que, especialmente no
período menstrual, desencadeia crises de cefaleia", explica a
nutricionista do São Cristóvão Saúde. As vitaminas do complexo B são
encontradas em alimentos como vegetais folhosos verde escuro, legumes, grãos,
ovos, frango, frutos do mar, amêndoas, iogurtes, leite e queijos,
principalmente aqueles com menor teor de gordura.
Em contrapartida, os alimentos que devem ser
avaliados como possíveis causadores da dor de cabeça são adoçantes artificiais
e produtos diet e light, além do excesso de cafeína, que alteram
a circulação sanguínea e é encontrada no café, chá mate e refrigerante a base
de cola. "Outro possível causador é o consumo de bebidas alcoólicas em
excesso, que podem provocar vasoconstrição, um processo de contração dos vasos
sanguíneos. Além de alimentos que aumentam a produção de prostaglandinas, como
chocolates, queijos duros e alimentos industrializados ou embutidos, que
possuem glutamato monossódico", explica.
A nutricionista finaliza lembrando que, "por
ser uma doença que pode ter diversos fatores desencadeantes, a alimentação é
uma parte do processo. Se as dores forem constantes, uma avaliação médica deve
ser considerada".
Grupo São Cristóvão
Saúde
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