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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Botox terapêutico: cuidado para não perder o efeito nas férias

Janeiro é o mês em que os pacientes voltam com dores e complicações. Aplicações devem ser feitas logo antes do início das sessões de terapia ocupacional


Quem faz uso da toxina botulínica (botox) para tratamentos que vão além da estética – em casos de lesão neurológica – deve tomar cuidado para não perder o efeito das aplicações nas férias. Isso porque, após a aplicação da substância no músculo a ser trabalhado, é crucial realizar o treinamento de movimentos indicado pelos profissionais reabilitadores para que o ganho seja completo.

“Vejo muitos pacientes voltarem das férias, sem ter feito os exercícios recomendados e perderem o ganho da aplicação”, lamenta a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk, que tem experiência de 30 anos no ramo.

Para contornar a dificuldade de conciliar férias com os tratamentos, ela recomenda marcar a aplicação do botox terapêutico para logo antes do retorno das sessões de terapia ocupacional.

Diversas outras complicações ocorrem no mês de janeiro devido à interrupção do tratamento de lesões. Entre elas, a perda de movimentos ou força. Muitos relatam que voltam a sentir dores. “Janeiro é o mês do encurtamento”, explica a terapeuta. “Acaba faltando manutenção e voltam problemas anteriores, como as dores da Síndrome do Túnel do Carpo, que é uma das que mais afetam as mãos.”


Entenda o botox terapêutico

Em pacientes que se recuperam de um AVC, paralisias, traumatismo craniano, entre outras ocorrências, os movimentos acabam muito prejudicados e, entre as sequelas, está a perda de força.

O uso terapêutico do botox atua entre o músculo e as terminações nervosas, que passam a enviar menos informações ao músculo, e ele volta ao normal. O tratamento é um dos mais indicados para pacientes que sofrem com espasticidade. Após a aplicação, o terapeuta ocupacional trabalha para que a pessoa recupere o máximo de movimentos e ganhe força nas atividades diárias.

“Observo uma melhora de movimentos dos membros afetados, facilitando assim as atividades de vida diária, como segurar um copo ou uma faca, entre outras atividades. É muito gratificante acompanhar a evolução e autonomia dos pacientes”, explica Syomara.

 



Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 30 anos como terapeuta ocupacional, tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio, onde desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão. Possui treinamento em contenção induzida, eletroestimulação, Bobath (AVC) e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.

 

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