As soluções nativas em nuvem são apontadas por especialistas como a evolução das aplicações para viabilizar a transformação digital e acelerar os negócios. Se a sua opção é construir aplicações em cloud para fazer uma gestão financeira eficiente dos recursos em nuvem, é comum surgir o questionamento: qual deve ser o meu primeiro passo? Minha resposta é Assessment, método utilizado para oferecer mais precisão aos diferentes processos de escolha dentro de uma empresa.
Nesta etapa é importante entender o ambiente atual da companhia e desenhar o
que precisa ser feito. É o momento para realizar uma análise abrangente da sua
aplicação e definir como migrá-la para a nuvem, a partir de relatórios,
métricas e estratégia bem definida.
A maioria das decisões de modernização não é apenas técnica, pois é fundamental
combiná-las com várias fontes de informações e, ao final, ter certeza de que o
investimento e a mudança serão bons para o seu negócio.
O processo de Assessment é composto por duas etapas: a primeira delas é quando
entendemos o requisito de negócio, enquanto a segunda é o processo de
levantamento propriamente dito, utilizando uma abordagem vinda da fase
anterior.
Para validar corretamente seu portifólio de aplicações e definir a estratégia
de migração, é necessário combinar o contexto de negócio de cada aplicativo com
os componentes de tecnologia. Para isso existem algumas etapas básicas:
- Objetivos da migração
Será
realizada uma entrevista junto ao “staff” para entender qual o objetivo de ir
para a nuvem. Exemplo: “Quero reduzir meu tempo de indisponibilidade em uma
hora” ou “Quero reduzir meu custo de OPEX em R$ 1 milhão por
ano”.
- Inventário de aplicações
Esse
estágio consiste no levantamento de informações da aplicação com base em
registros e ferramentas automatizadas. Aconselhamos identificar pessoas que
possam falar sobre a aplicação e entender melhor como ela funciona e as regras
de negócio.
- Inventário de
infraestrutura
Aqui,
fazemos o levantamento da infraestrutura que suporta a aplicação atual,
servidores, database e storages. Esse processo pode ser conduzido manualmente
ou com o uso de soluções de inventário.
- Mapeamento da aplicação
Entender
se a aplicação possui dependências externas, APIs, componentes, entre outros.
- Maturidade da
aplicação/sustentação
É
feito um questionário sobre a maturidade da aplicação e sustentação, tais como:
“Possui documentação?”, “Possui Deploy?”, “Arquitetura atual está atualizada?”
- Executar o assessment da
aplicação e prover estratégias de migração
Com
base nas etapas anteriores e em todas as informações coletadas, é hora de
identificar qual a melhor técnica: Refactor, Replatform, Repurchase, Rehost,
Retire ou Retain.
- Analisar o código de
aplicações marcadas como Refactor e Replatform
Para
essas aplicações é necessária uma análise no código, que apoiará na validação
da complexidade de dependências e no que é preciso mudar.
A
essa altura você deve estar se perguntando quanto vai custar ir para a nuvem.
Fique tranquilo, pois será apresentado um relatório com estimativas em horas e
valores para levar sua aplicação para o modelo de cloud.
Para o Assessment é possível automatizar o levantamento de informações,
acelerar a adoção da nuvem e a tomada de decisão. Já existem ferramentas que
ajudam a validar valores, Retorno sobre o Investimento (ROI), recursos onde a
empresa deverá se concentrar durante a migração para tornar o processo mais
simples. Muitas soluções já exportam relatórios personalizados, que apoiam o
time de negócios e tecnologia a validar o ambiente e fazer os ajustes
necessários para que a aplicação seja levada para a nuvem. Elas conseguem atuar
com vários padrões e arquiteturas para sugerir qual a nuvem ideal para seu
negócio.
Antes de migrar é necessário, também, considerar alguns pontos como ciclo de
vida do serviço, tecnologias e infraestrutura. A causa mais comum para que a
migração de aplicações para cloud seja interrompida ou ultrapasse o orçamento é
justamente a falta de informações suficientes das aplicações atuais para o
time. Trabalhar com documentos de design antigos, lembrança e instinto não são
a receita para o sucesso.
José
Augusto Ferronato - Cloud Engineer da TecCloud, empresa do Grupo
Stefanini
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