Consumo de frutas e vegetais aumentou nos últimos meses, assim como a procura por alimentos e receitas saudáveis
Após
sete meses de confinamento em casa, parece que as pessoas começaram a tomar
consciência sobre a necessidade de adotar uma boa alimentação para ter uma vida
mais saudável. Pelo menos é isso que mostra uma Pesquisa Global Sobre Hábitos
Alimentares na Pandemia encomendada pela Herbalife Nutrition e conduzida pela
One Poll. O estudo foi realizado em 30 países, com um total de 28 mil
indivíduos, entre eles 1.000 brasileiros.
O
levantamento realizado entre 22 de setembro e 6 de outubro revelou que,
globalmente, 41% das pessoas fizeram uma grande mudança em sua dieta. Entre as
novas medidas alimentares adotadas pela população, estão o aumento no consumo
de frutas e verduras (51%), a ingestão de mais alimentos à base de plantas
(43%) e o esforço para comer menos carne (43%).
Segundo
os resultados da pesquisa, para 49% dos entrevistados essa mudança só foi
possível por conta do tempo extra em casa, que permitiu pesquisar mais sobre
alimentos saudáveis, enquanto 45% usaram as horas livres para cozinhar mais e
aprender novas receitas.
Ficar
longe de influências negativas, como snacks e sobremesas disponíveis no
ambiente de trabalho e nas idas aos restaurantes, foi outro ponto que parece
ter contribuído com a mudança na alimentação de 31% dos pesquisados. Outros 39%
dos entrevistados também disseram que aproveitaram esse tempo para fazer uma
mudança positiva.
"As
dietas plant based são uma tendência global. Observamos novas gerações
cada vez mais conscientes sobre impacto de suas escolhas à saúde e ao meio
ambiente. As evidências científicas suportam que dietas com predominância de
grãos, cerais integrais, hortaliças e frutas estão associadas a longevidade e
estilo de vida mais saudável. Dietas ricas em proteínas vegetais, por exemplo,
diminuem as chances de doenças do coração", coloca a nutricionista Dra.
Carolina Pimentel, Membro do Conselho Consultivo de Nutrição da Herbalife
Nutrition do Brasil.
Outro
dado apresentado pela pesquisa foi que 72% dos entrevistados comem carne como
parte de sua dieta, 21% são "flexitarianos" e o restante, veganos ou
vegetarianos. As dietas plant-based parecem ser uma tendência: 62% dos
entrevistados no mundo disseram que gostariam de incorporar mais alimentos à
base de plantas em seu cardápio, apesar de não saberem ao certo como começar.
O
levantamento também mostrou que 46% disseram estar mais abertos em relação aos
vegetais e opções de "carnes" preparadas à base de proteína vegetal
durante a pandemia. E 43% dos entrevistados também acreditam que, ao longo da
vida, a maioria das pessoas vai fazer uma dieta baseada em vegetais.
Hábitos
alimentares dos brasileiros
A
pesquisa sobre hábitos alimentares na pandemia encomendada pela Herbalife
Nutrition também identificou algumas mudanças adotadas pelos brasileiros.
Segundo
47% dos entrevistados, sua alimentação foi modificada nos últimos meses e, para
73%, a pandemia ajudou a manter essa mudança.
Dentre
as novas medidas alimentares adotadas pelos brasileiros, estão o aumento no
consumo de frutas e verduras (50%), a ingestão de mais alimentos à base de plantas
(45%) e o esforço para comer menos carne (46%). Aliás, a intenção de incorporar
mais alimentos plant-based na dieta apareceu para 70% dos entrevistados,
mas que também reveleram não saberem ao certo como começar.
Em
relação ao consumo de açúcar, 32% dos entrevistados brasileiros disseram ter
reduzido a ingestão, diante de 26% na amostra global.
Uma
explicação para a mudança pode ser a necessidade de perda de peso, uma vez que
a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS) divulgada neste mês pelo IBGE apontou
que 60,3% da população brasileira acima dos 18 anos estão com excesso de peso.
"Atingimos
o maior número de brasileiros com excesso de peso dos últimos anos. Todos
precisamos repensar a importância do controle do peso por meio de uma
alimentação saudável e prática diária de atividade física. Esta pesquisa aponta
que os entrevistados já percebem a necessidade de mudar esses
comportamentos", finaliza a nutricionista Carolina.
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