Os dois principais
temores de homens que têm câncer de próstata e se submetem ao tratamento, estão
relacionados à impotência sexual e a incontinência urinária, o que pode ocorrer
com maior frequência de acordo com a técnica de tratamento escolhida. Para os
que se afligem com esses riscos, a boa notícia é que a técnica de cirurgia
robótica pode diminuir drasticamente a chance dessas ocorrências e assim fazer
com que eles mantenham a qualidade de sua vida social e sexual.
De acordo com o médico
uro-oncologista, especialista em cirurgia robótica e laparoscópica, Dr. Eliney
Ferreira Faria, o câncer de próstata só perde em mortalidade para o câncer de
pulmão. Porém, igualmente importante, o câncer de próstata tem estatística
assustadora no sexo masculino, uma vez que um a cada seis homens um deve ter câncer
de próstata ao longo da vida. “O tumor inicial não é letal, o que mata é sua
descoberta tardia. Para mudar essa realidade, o único caminho é o diagnóstico
precoce, o homem precisa construir a cultura de se cuidar desde jovem, e no
período certo, investigar e fazer o rastreamento com o toque retal e o exame de
sangue PSA”, disse. Entre os tratamentos para o câncer de próstata, estão a
cirurgia aberta, a laparoscópica, a radioterapia e a cirurgia robótica, técnica
provada, através de pesquisas internacionais, ser a mais eficiente tanto para
prevenção da disfunção erétil quanto da incontinência urinária, uma vez que
proporciona ao cirurgião maior precisão de acesso ao tumor e preservação total
dos tecidos circunvizinhos, que são os nervos responsáveis pela ereção e pela
musculatura que segura a urina. O êxito nestes 3 quesitos: 1- cura do câncer 2-
manter função erétil e 3 - manter continência urinária, depende muito da
experiência do cirurgião.
Dr. Faria destacou que:
“A cirurgia robótica é a melhor técnica, mas o robô não opera sozinho. O
sucesso da máquina tem de ser creditado ao cirurgião que opera a mesma. O robô
reproduz a movimentação do cirurgião, por exemplo, se alguém sem experiência
faz um movimento errado, o robô obedece e entra no plano de dissecção errado.
Ao procurar por esse método, o paciente precisa buscar um cirurgião capacitado
e com boa experiência para que sua cirurgia seja um sucesso”, afirmou.
Dr. Eliney Ferreira Faria - Uro-oncologista do
Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte – BH, com mais de 14 anos de atuação
no Hospital de Referência Mundial em Tratamento de Câncer, Hospital de Amor de
Barretos (SP). É especialista em urologia pela Sociedade Brasileira de
Urologia, endourologia e laparoscopia pela International Endourological
Society. Fez doutorado em oncologia pela Universidade de São Paulo e realizou
pós-doutorado no MD Anderson Cancer Center, em Houston – Texas.
Experiência que soma mais de 60 artigos publicados na literatura internacional,
a realização de mais 450 cirurgias robóticas e mais de 4,5 mil procedimentos
via laparoscopia.
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