O
médico pneumologista Álvaro Gradim, presidente da Associação dos Funcionários
Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), salienta a importância do Dia Mundial
da Pneumonia, 12 de novembro. "A data foi instituída pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), como alerta à necessidade de prevenção, considerando
tratar-se da doença infecciosa que mais mata em todo o planeta. Este ano, o
tema é ainda mais relevante, pois a enfermidade é uma das comorbidades que mais
aumentam o índice de letalidade da Covid-19".
A pneumonia é a principal causa de morte de
crianças com até cinco anos de idade. Nessa faixa etária, são dois mil óbitos
diários em todo o mundo. "As mais vulneráveis, segundo consta no site do
Ministério da Saúde, vivem em comunidades rurais e pobres", observa
Gradim, enfatizando a premência de melhores políticas públicas para o
enfrentamento do problema.
"Em nosso país, de acordo com dados
oficiais, a taxa de mortalidade da pneumonia está em queda, com redução de
25,5% entre 1990 e 2015. Porém, os números ainda são elevados e preocupantes,
merecendo atenção de todos, ou seja, famílias, instituições médicas, a
sociedade e o governo", ressalta o médico, explicando: "A pneumonia é
uma doença inflamatória aguda que acomete os pulmões e pode ser provocada por
bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos".
Os principais sintomas são tosse com produção
de expectoração, dor torácica, indisposição, falta de ar e febre. A transmissão
dá-se pelo ar, saliva, secreções e transfusão de sangue (este último fator
perde força à medida que se aprimora o controle dos bancos de sangue). No
inverno, com a mudança de temperatura, há maior comprometimento do
funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado.
Isso provoca mais exposição aos vírus e bactérias causadores da doença.
"É muito importante a prevenção",
afirma o presidente da AFPESP. Nesse sentido, as recomendações são as
seguintes: lavar sempre as mãos, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e
aglomerações e se vacinar. "Muita gente acredita que a vacina da gripe
seja eficaz também contra a pneumonia. Cabe esclarecer que existe a vacina
antipneumocócica para prevenir as formas causadas pela bactéria pneumococo.
Porém, há outros micro-organismos que podem causar a doença", esclarece.
Álvaro Gradim enfatiza que há segmentos prioritários
para receber a vacina: maiores de 60 anos, que devem ser imunizados; portadores
de doenças crônicas; pessoas com deficiências no sistema imunológico;
gestantes; residentes em lares de idosos; profissionais da saúde; cuidadores de
crianças; indígenas; população carcerária; tabagistas; e pessoas com doenças
crônicas do aparelho respiratório (asma, bronquite crônica, enfisema pulmonar,
DPOC, etc). É importante lembrar que também se deve tomar a vacina da gripe.
Para o tratamento da doença, a primeira providência
é identificar qual é o micro-organismo causador. Se for uma bactéria,
utilizam-se antibióticos. Quando for viral, tratam-se os sintomas com
analgésicos e antitérmicos. Porém, em casos mais graves, podem ser prescritos
antivirais. Quando o agente causador for um fungo, utilizam-se medicamentos
específicos. "É premente, em todos os casos, procurar rapidamente a
assistência médica e iniciar o tratamento, pois a pneumonia pode ser
letal", conclui o presidente da AFPESP.
Associação dos Funcionários Públicos do Estado
de São Paulo (AFPESP)
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quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Dia Mundial da Pneumonia, um alerta em favor da vida
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