Está até ficando exaustivo ouvirmos a respeito dos impactos
que a pandemia trouxe para todos nós, de diversas formas. Porém, é inevitável
não tratarmos dessa questão. No quesito trabalho, já perdi as contas de quantas
e quantas pessoas que estão trabalhando em home office reportam que acabaram
"perdendo a mão" e errando na dose de trabalho. Alguns para menos,
obviamente, mas muitos para mais. E, realmente, fazer a gestão do tempo e da
produtividade com base em percepções não é fácil mesmo. E se tivéssemos o apoio
da tecnologia?
Antes que entremos no âmbito de que "isso
também vai passar", é importante lembrar que produtividade e sobrecarga de
trabalho são temáticas que existem desde sempre. A Síndrome de Burnout,
transtorno emocional que gera exaustão, esgotamento físico e alto estresse causado
por situações de trabalho desgastantes, vem aumentando ano a ano. Segundo a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), cerca de 1 bilhão de pessoas vivem
com um transtorno mental, o que é bem preocupante. Se isso já ocorria no
pré-pandemia, imagina agora, em que a pressão vem de todos os lados e o
isolamento social nos deixou mesmo mais vulneráveis.
Um estudo realizado pela empresa de pesquisas
Harris mostrou que 44% dos brasileiros entrevistados percebiam, de alguma
forma, os efeitos do burnout nessa atual conjuntura. E o Brasil foi o primeiro
país da lista do levantamento que contou com a participação de mais sete
países, entre eles, Estados Unidos, Austrália, Índia e Singapura.
Preocupante isso, especialmente porque nesse
novo "normal", a tendência é que esse cenário em que trabalho e vida
pessoal estejam caminhando cada vez mais juntos, perpetue-se.
E essa preocupação a respeito de sobrecarga ou
de má gestão do tempo e de produtividade deve ser uma preocupação não só de
quem adoece, mas também da empresa. Afinal, qual o principal ativo que temos
hoje? É preciso cuidar do colaborador, ajudá-lo, tanto do ponto de vista humano
como do negócio. Lembre-se de que uma peça fora do lugar ou não funcionando
corretamente pode prejudicar a engrenagem como um todo. Uma empresa improdutiva
e com pessoas "doentes" pode diminuir muito o seu nível da entrega e
as inovações produzidas dentro dela.
A carga de trabalho tem que ser
proporcionalizada. Não podemos exigir muito - de nós mesmos e do nosso time -,
mas também não podemos jogar ao relento as horas de trabalho. A gestão desse
meio termo entre trabalhar demais ou trabalhar de menos é o que nos faz um
profissional bem sucedido e, por consequência, uma empresa de sucesso. Não
podemos trabalhar e nem esperar que os outros trabalhem com o elástico sempre
esticado, porque acabamos não tendo margem para ampliar a jornada quando se
fizer realmente necessário. Ninguém terá tempo e nem energia para isso.
Por isso, mais do que nunca, é imperativo que
tenhamos controle das pessoas, e não no sentido de controlar as horas
rigidamente como antigamente, mas sim de ter a medida do equilíbrio. Já dizia a
sabedoria da medicina chinesa: não é aumentar ou diminuir a energia, é manter o
equilíbrio.
E mais do que ter alguém olhando para isso,
independente de ser auto avaliação ou de um terceiro, é preciso que essa
"figura" tenha o apoio de ferramentas que o ajudem nessa gestão.
Existem inúmeras técnicas de organização que nos ajudam a elencar prioridades. Mas, não podemos
desperdiçar a tecnologia - que já tanto tem nos provado ser benéfica.
São aplicações - inclusive desenvolvidas no
Brasil e com base em necessidades reais (link landing page produto) - que
mostram em condições isentas e imparciais, em tempo real e com base histórica,
as atividades (ou períodos inativos), individualmente, de cada membro da
equipe.
As ferramentas de gestão de tempo e
produtividade oferecem a
possibilidade de autoconhecimento e de autocrítica, fazendo uma análise do quão
produtivo alguém está sendo. E, claro, refletindo sobre o que pode contribuir
para que se entregue mais, sem ficar maluco. Lembre-se que uma hora a conta
sempre chega e com o burnout é assim.
César Garcia - Diretor de projetos e desenvolvimento da Meeta Solutions, empresa especializada em transformar dados em informação de
valor
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