Ver sorrisos, estar dentro de abraços, realizar eventos e trazer alegria… Tudo isso fazia parte do dia a dia da maioria das pessoas. A pandemia nos trouxe uma máscara no rosto e o isolamento social temporário. Por preocupação com a saúde, estamos abrindo mão de networking, eventos sociais, viagens e encontros com família e amigos.
Os shopping centers fazem parte dos diversos
segmentos impactados de forma severa pela crise. No Brasil inteiro, entre os
meses de março e abril, 577 shoppings ficaram fechados. Da noite para o dia,
foram determinadas medidas de higiene para que a reabertura destes comércios
fosse realizada, com investimentos dos shoppings e lojistas para cuidados
sanitários, aferição de temperatura e limpeza, que ajudam a evitar a
disseminação do novo coronavírus.
Em Curitiba, por exemplo, a reabertura dos
shoppings centers foi realizada com bastante cuidado e responsabilidade,
seguindo as recomendações à risca. Observamos consumidores ávidos por este
retorno e se sentindo seguros dentro do ambiente. Com o limite de público de no
máximo 30% da ocupação total, na primeira semana de abertura foram registrados
números próximos ao limite - o que é um respiro para a economia, lojistas e
administradores.
A mudança do consumidor pós-pandemia já é vista,
tanto pela digitalização, pelo e-commerce, quanto pela conversão de compra.
Shopping é cultura, não é um local apenas para consumo, mas também para lazer,
passeio e entretenimento. Há quem diga que shoppings não sobrevivem com a
chegada do meio digital.
Nós dizemos que a digitalização do varejo foi
acelerada por conta do isolamento social - o que já estava sendo planejado para
ser aplicado durante o ano, agora já faz parte do dia a dia da grande maioria
dos shoppings. Alguns shoppings do Grupo Tacla adotaram uma estratégia de
vendas por meio de transmissões ao vivo. Um dos shoppings teve a participação
de 80 lojistas na primeira edição, com duração de seis horas. Durante o evento
online, mais de 200 produtos foram anunciados e 60% das lojas participantes
finalizaram as vendas. Foram vendidos desde máquina de lavar roupa e
televisores, até sapatos e acessórios de moda. Esse comportamento reforça a
saudade que o consumidor está do “velho normal”.
Esta estratégia incentivou as vendas e fez com que
o shopping ficasse ainda mais parceiro dos lojistas. Shopping é um ecossistema
que depende 100% das lojas operando para funcionar - sem isso há uma grande
dificuldade de atuação de diversas áreas. Enquanto os empreendimentos estiveram
fechados, o relacionamento com este público foi fortalecido, algo essencial
para que muitas lojas conseguissem se manter abertas.
Quando isso passar, as relações familiares serão
restabelecidas, os encontros e pequenos momentos serão mais valorizados. Nosso
Grupo, que temos oito shoppings centers nos estados de São Paulo, Paraná e
Santa Catarina não vemos a hora de, com saúde, ver os corredores cheios, os
sorrisos, os abraços, os encontros em família para poder compartilhar momentos
de alegrias com quem passa pelos nossos empreendimentos. Que saudades daquele
“velho normal”.
Cida
Oliveira - diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping
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