Entre os meses de fevereiro e maio deste ano, o e-commerce apresentou um crescimento de 71% e alcançou um faturando R$ 27,3 bilhões no Brasil, tendo como comparação o mesmo período em 2019, segundo informações do movimento Compre & Confie. O aumento no volume de encomendas alavancou as locações de galpões logísticos, impulsionou a valorização dos Fundos imobiliários de logística, estimulou a compra de equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais, e contribuiu para o avanço do número de construções de armazéns, centros de distribuição e condomínios logísticos em nosso país. Conforme uma pesquisa recente da plataforma SiiLa Brasil, o total de área locada no Rio de Janeiro no segundo trimestre de 2020 foi de 74,7% frente a 67,9% no mesmo período de 2019. Entre os anos de 2015 e 2020, a locação de condomínios logísticos para o e-commerce em São Paulo, passou de 254,3 mil m² para 430 mil m².
Todos estes dados demonstram
que o setor logístico vem atingindo grandes resultados e um desenvolvimento acentuado
neste último ano, mesmo com os efeitos da pandemia. Isso também impactou
positivamente diversos empreendimentos do segmento e um destes exemplos é
empresa mineira Transcota - logística e transporte, que apresentou um
crescimento de cerca de 15% entre os meses de janeiro e abril deste ano, tendo
como comparação os rendimentos alcançados no mesmo intervalo de tempo em 2019.
Segundo o engenheiro de produção e CEO do empreendimento, Felipe Marçal Cota, a
empresa pretende alcançar um avanço de 25% de seus negócios até o final de 2020
e prevê um aumento de 30% em seu faturamento no próximo ano.
De acordo com o empresário,
estes bons resultados se devem ao desenvolvimento de novos clientes dos setores
alimentício, hospitalar e farmacêutico. "Iniciamos o planejamento
estratégico no dia 20 de março, o que possibilitou melhor tempo de resposta
para enfrentar o período crítico da recessão. É interessante ressaltar que não
tivemos nenhum tipo de impacto quanto ao desempenho de nossos colaboradores,
que estão em home office. Todos os nossos servidores, sistemas, computadores
estão alocados em nuvem, o que permite o acesso remoto de qualquer parte do
mundo. Ainda implementamos entre nossos motoristas, todas as medidas de
proteção e higiene orientadas pela Organização Mundial da Saúde, como o uso de
máscaras e álcool gel, e a intercalação dos horários de trabalho de cada
profissional. Por estes motivos, continuamos os nossos atendimentos e trabalhos
em equipe 100% ativos ao longo da epidemia", ressalta.
Com mais de 30 anos de
trajetória, a empresa possui sedes nas cidades de Contagem (MG), São Paulo (SP)
e Parauapebas (PA), oferecendo serviços de cunho logístico como a elaboração de
projetos, a realização de consultorias, armazenagens e etiquetagens, a montagem
de kits, a gestão de estoques e transportes, e dentre outros. "Estamos
reforçando o serviço de hub logístico. Este trabalho consiste em gerenciar toda
a operação de nossos clientes, desde a coleta nos fornecedores, passando pela
armazenagem, separação e embalagem, até a entrega no cliente final",
comenta.
Por fim, Felipe afirma que
após a epidemia, a maioria das empresas irão precisar reduzir custos e
desenvolver maior flexibilidade para voltarem gradativamente a realizar suas
operações. "O serviço de hub vai ser extremamente oportuno para auxiliar
estes empreendimentos pós-pandemia. Atualmente, os nossos objetivos principais
são desenvolver tecnologias inovadoras, que possibilitem a redução de custos
logísticos aos nossos clientes, e ainda diversificar a nossa plataforma de
atendimento para atender outros setores da economia. Estamos passando por um
momento bastante difícil, mas acredito que novas dinâmicas de trabalho e a
reinvenção de processos podem ser decisivos para que uma empresa sobreviva ou
mesmo se destaque em meio a este complexo cenário", conclui.
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