Mesmo com pandemia a todo vapor, diversos
estados estudam medidas para a retomada do calendário letivo
O
Brasil tem quase 2,5 milhões de infectados segundo as últimas atualizações do
Ministério da Saúde. Apesar disso, alguns estados reabriram o comércio e estudam
a volta às aulas nas redes públicas e privadas — com início ainda no segundo
semestre deste ano. A discussão gera apreensão entre os pais, que temem que os
filhos possam ser trazer o vírus da escola para casa.
Devido
a fatores como idade e entendimento quanto a dimensão da pandemia, as crianças
podem apresentar maiores dificuldades para se adequar as novas regras de
higiene e convívio, explica o biomédico Gabriel Magalhães. Porém, segundo o
especialista, a melhor forma de instruir os pequenos é de forma simples e
direta.
A
comunicação deve ser baseada em como se proteger da doença, por isso, ressaltar
o número de mortos, por exemplo, pode gerar pânico na criança. “Os pais podem
informar que é um vírus que se propaga pelo ar, como tantas outras doenças que
já são comuns ao cotidiano deles. Porém, essa precisa de alguns cuidados a
mais, como o uso de máscara e álcool em gel”, elucida Gabriel.
Os
pais precisam ressaltar a importância do uso da máscara durante toda a
permanência no ambiente escolar, tirando-a apenas se precisar comer ou beber
água, porém sempre distante dos colegas. Mascaras lúdicas, com desenhos ou
personagens que a criança goste, ajudam a não haver resistência para usá-las,
recomenda o biomédico.
Outro
ponto é quanto a cumprimentar os colegas. As crianças devem estar cientes de
que não é permitido abraçar, beijar ou tocar os amigos da escola. “Os pais
devem ainda orientar as crianças quanto a higiene respiratória. Dessa forma,
ensine-as a cobrir a boca com a dobra do cotovelo ao tossir ou espirrar ou
ainda com o lenço de papel, que deve ser descartado na lixeira mais próxima”,
orienta.
Para
ensinar as crianças a manter o distanciamento correto, os pais podem pedir para
que ela estenda o braço e explicar que aquele é o espaço de segurança entre ele
e o amigo. “Assim, sempre que interagir, a criança vai assimilar que o espaço
de distanciamento é de um braço. Isso traduz de forma lúdica as unidades de
medidas que estamos cansados de ouvir e que podem ser confusas para eles”, explica.
Higiene
Lavar
as mãos é uma das medidas mais eficazes para a prevenção da Covid-19. Por isso,
crianças precisam entender tanto a importância quanto a forma certa de
higienização. “Os pais podem orientar que é preciso cantar parabéns duas vezes ao
lavar as mãos, o que os ajuda a assimilar o tempo. Da mesma forma os
movimentos, orientando-os a lavar os pulsos, o espaço entre os dedos e também
as palmas das mãos”, orienta.
Outra
forma divertida é mostrando a limpeza eficiente com o auxílio de uma tinta
guache. A criança suja as mãos com a tinta e deve lavá-las de olhos vendados,
da forma que o responsável ensinou previamente. Segundo o biomédico, desta
forma, o ensino vira uma brincadeira, na qual o objetivo é deixar as mãos
limpas mesmo sem conseguir vê-las.
Outro
ponto é quanto a chegada em casa. Tirar os sapatos, lavar as mãos e tomar banho
devem ser prioridade ao chegar no conforto do lar. “A criança deve fazer dessas
medidas, um hábito”, diz Gabriel Magalhães.
Saber
comunicar
Outro
ponto é ensinar a criança a comunicar possíveis sintomas, tais quais febre,
tosse e dificuldade para respirar. “É importante também, educar as crianças
quanto a empatia. Saber consolar alguém que está doente mesmo de longe, por
meio de ligações, por exemplo. Isso pode diminuir o sentimento de angústia que
muitos vêm sentindo”, argumenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário