Motivada pela quarentena, profissional usa arquitetura afetiva para melhorar casas
Devido à pandemia causada pelo novo cororonavírus,
novos hábitos foram incorporados na sociedade e, pela primeira
vez, o home office – ou teletrabalho – tornou-se uma realidade para muitos
trabalhadores brasileiros. Até o mês de junho, cerca de 20 milhões de
brasileiros estavam trabalhando de casa, segundo levantamento do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
E tendência é a que a maioria prefira seguir esse
modelo em definitivo, de acordo com o estudo Satisfação e Desempenho na Migração
para o Home Office, realizado pela Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade (FEA) da USP, que apontou que 70% dos trabalhadores que
atualmente estão em home office não gostariam de voltar ao escritório ao fim da
pandemia.
Passando mais tempo em casa, era natural que muita
gente quisesse deixar todos os cômodos mais confortáveis, mas, em tempos de
crise, nem todo mundo tem dinheiro para bancar um arquiteto para fazer as
mudanças necessárias.
Diante desse cenário, a arquiteta paulista Juliana
Francisco, 40 anos, decidiu apostar no Instagram e na hashtag #jumeajudadecor
para prestar uma consultoria gratuita com dicas para quem tem vontade de mudar
qualquer cantinho da casa. Entre as demandas que atendeu até o momento,
estiveram pedidos de dicas para quartos de bebê, halls de entrada e lavabos, só
para citar alguns exemplos.
“Senti que as pessoas começaram a ‘enxergar’ suas
casas na quarentena. Elas deram mais atenção e valor, pois, na correria do dia
a dia, isso não era possível. E ao ficarem em casa, a ficha caiu, todo mundo
percebeu que nossa casa é um porto seguro e é possível usar mais e melhor o
espaço que temos. Ao cuidar da nossa casa, estamos cuidando de nós mesmos e da
nossa família”, diz a arquiteta, que é formada pela prestigiada Faculdade
Armando Álvares Penteado e cursou Interior Design no Instituto Europeu di
Design, em Milão, na Itália.
A profissional tem planos de expandir o #jumeajudadecor para poder ajudar o maior número de pessoas com este projeto. “A arquitetura afetiva não trata apenas de beleza, mas também de funcionalidade, e será ótimo contribuir com o bem estar das pessoas e ajudá-las a enfrentar esse momento tão difícil de forma mais leve e agradável em suas casas.”, finaliza.
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