Low Carb e Jejum Intermitente - Um Estilo de Vida!
A Low Carb, que como o nome diz, significa “baixo carboidrato”, é uma estratégia alimentar que já se tornou o estilo de vida de muitos ao redor do mundo devido a sua eficácia e aos inúmeros benefícios que a restrição de carboidrato e o aumento da ingesta de proteínas traz para a vida da pessoa. Principalmente em tempos onde a sociedade está cada vez mais consciente de que estamos doentes, com o corpo inflamado e viciados em açúcar.
Esta estratégia consiste em baixar consideravelmente
a ingestão de carboidratos, fazendo assim com que os picos de insulina se
mantenham estáveis no organismo, corrigindo então a resistência
insulínica que é o motivo de muitas pessoas estarem adquirindo
a Diabetes tipo 2, por exemplo, e cada dia mais sofrendo
com sobrepeso.
O Ciclo Vicioso
Isso sem falar dos níveis de energia que caem
demais ao longo do dia, fazendo com que fiquemos cada vez mais cansados e sem
ânimo. O curioso é que esta queda de disposição e de energia começa logo após o
café da manhã, explica a Dra. Bruna Marisa, médica pós graduada em
endocrinologia, membro da SBEM e especialista em emagrecimento e praticante do
Estilo Low Carb. - Isso acontece porque o café da manhã da
maioria das pessoas é composto de pães, cereais e sucos, ou seja: açúcar e
carboidrato que força o aumento da produção de insulina,
que não se estabiliza, pedindo então mais açúcar ao cérebro, fazendo com
que a pessoa coma mais alimentos cheios de carboidratos - açúcar. É
um ciclo vicioso perigosíssimo; Percebe? – completa a médica.
Como é Feita
Em uma dieta que se restringe o consumo de carboidrato e aumenta-se bastante a ingestão de proteínas, todos estes problemas tendem a acabar. A diabetes se mantem estável, a resistência insulínica acaba, o refluxo cessa, os níveis de colesterol se estabilizam, os hormônios, a vida da pessoa inteira passa a funcionar de maneira correta e obviamente o consumo de remédios cai drasticamente.
Jejum Intermitente
E já que falamos em insulina, vamos falar sobre o Jejum
intermitente, que também é uma estratégia utilizada para
conseguir diversos benefícios para a saúde, seja emagrecimento, longevidade,
disposição e vida plena, muito embora seja praticado há milênios, até hoje é
cercado de mitos e dúvidas, que vamos esclarecer.
Como Era Antes
Desde o período paleolítico até pouco mais de 100 anos atrás, as pessoas estavam acostumadas a fazer longos períodos de jejum e só se alimentavam 1 ou 2 vezes por dia. Então, o corpo humano está muito preparado para ficar longos períodos em jejum e isso não é problema algum, explica a Dra. Bruna Marisa.
O problema é que ao longo dos anos as indústrias alimentícias nos fizeram acreditar em muitas falácias, tais como: o café da manhã é a refeição mais importante do dia ou que para emagrecer a pessoa precisa comer de 3 em 3 horas. Isto não é verdade, refuta a médica.
O objetivo do jejum é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura, que são armazenadas no nosso organismo ao longo dos tempos.
A Dra Bruna Marisa, especialista em emagrecimento, que também pratica o jejum intermitente há anos, nos explica que quando nos alimentamos, o organismo começa a dar um destino para a energia absorvida em forma de glicose. Para tanto ele ativa a insulina, responsável por colocar esse açúcar para dentro das células. A energia que não será utilizada pelas células é armazenada pela insulina em forma de gordura.
Depois de um tempo, essa energia se esgota e o
corpo é obrigado a usar essas reservas. Ele recorre tanto ao glicogênio, uma
forma de energia armazenada nos músculos, quanto ao tecido adiposo, e neste
momento ativa hormônios que atuam na quebra de gordura
(lipólise), como o glucagon.
Em Outras Palavras:
Insulina alta dificulta a perda de gordura.
Insulina instável, facilita a quebra de Gordura.
Mas como Praticar o Jejum?
Pula-se o Café da Manhã: Faz a última refeição por volta de 22 horas, pula o café da manhã e almoça por volta de 12 horas.
Pular o Jantar: Faz uma refeição as 7 da Manhã e última refeição às 15 h
O que Comer Na Janela do Jejum – Aí Está a Chave.
Mas o que comer depois do período de jejum? – “Ora, se ficamos um longo período sem comer, não se deve imediatamente provocar um aumento brusco de insulina logo na primeira refeição pós jejum.”- diz a Dra Bruna Marisa, que completa dizendo:
“Um dos maiores erros que as pessoas que fazem o
jejum intermitente cometem, é achar que podem comer de forma normal qualquer
alimento nos períodos em que não se está em jejum. Normalmente são indicadas
entre 10 a 24 horas de jejum, que pode ser feito diariamente ou somente em
alguns dias da semana. Os períodos em que a alimentação é permitida, são
chamados de janelas de alimentação. Fora deles, a pessoa deve ingerir líquidos que não
possuam calorias, como água (com ou sem gás) e chás e café sem açúcar.
Nos períodos de janela, deve-se manter estáveis os níveis de insulina, então a
pessoa deve ingerir proteínas, gorduras boas e vegetais, evitando ao máximo o
carboidrato e o açúcar."
Para quem quer perder peso, o correto é manter
qualquer estilo low carb durante todo o período da janela de alimentação; diz
ela.
E sobre os benefícios do jejum?
A Dra. Bruna Marisa explica que são muitos os
benefícios do jejum intermitente. Entre eles:
- Reparação
celular das células do intestino;
- Saúde
cardíaca (regula os trigliceris, hdl etc.)
- Mais
Disposição, longevidade, saúde e clareza mental
- Melhora
da resistência insulínica e consequentemente o controle da glicemia,
tratando assim o paciente diabético e aquele que está caminhando para
tornar-se um diabético.
- Autofagia
(limpeza celular mantendo integridade do nosso organismo e da nossa saúde)
- Aumento
da secreção de hormônio do crescimento, e redução “natural” da
ingestão calórica, com uma menor sensação de fome;
Uma vez que sabemos disso, podemos afirmar com toda
certeza que a estratégia low carb atrelada ao jejum intermitente
é absolutamente indicada para pacientes diabéticos e para a perda de peso.
O Jejum intermitente, além de todos seus
benefícios, ainda potencializará os benefícios da estratégia de alimentação que
você utiliza.
Os estudos não mostram diferenças em perda de peso
a longo prazo, comparado com as dietas hipocalóricas, diz a especialista em
emagrecimento, Dra. Bruna Marisa. A dieta ideal é aquela que o paciente
consegue ter boa adesão. “Na consulta e fazendo o recordatório alimentar,
teremos condições de indicar a dieta que mais se adapta a cada perfil de
paciente.”, diz a Dra. Bruna Marisa, que depois de
sua gravidez perdeu 30kg praticando a low carb e o jejum intermitente,
tornando-a especialista no assunto, já que continua praticante
das estratégias que são para ela, um estilo de vida e em seu consultório é
responsável por diversas histórias de sucesso em emagrecimento.
Atenção:
- A
Dieta Low Carb é contraindicada para crianças e gestantes. Idosos só podem
fazer com acompanhamento médico e nutricional minucioso.
- Devemos
dizer também que a dieta low carb, pode causar no início, uma diminuição
da energia e do rendimento físico, então, no caso de atletas e
esportistas, deve ser analisado caso a caso.
- Outra
observação importante é que diabéticos também se beneficiam muito dessa
dieta, mas antes de inicia-la, o paciente deve ser consultado pelo seu
endocrinologista, para ajustes de medicações orais e insulina.
Dra Bruna Marisa - médica, pós graduada em
Endocrinologia, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,
atua na área de Medicina Esportiva, Ortomolecular e é Especialista em
Emagrecimento. Ela também é Médica do Complexo Hospitalar São Francisco e da
Santa Casa De Misericórdia de BH.
Instagram: @drabrunamarisa
http://facebook.com/drabrunamarisa
Nenhum comentário:
Postar um comentário