Aprenda a conviver
com os defeitos do outro (e com os seus!)
Muita gente sonha com um amor que seja, no mínimo,
perfeito. Nada de mal em sonhar, mas precisamos reconhecer que a realidade não
é bem assim. Às vezes, as expectativas são altas demais e não haverá parceiro
capaz de atendê-las. Comumente, exigimos deles algo que também não somos
capazes de dar.
Como temos muitas possibilidades de escolha,
algumas pessoas tendem a ir experimentando, colocando de volta na prateleira,
insistindo na busca pela perfeição. Do lado oposto, existem aquelas que
acreditam que “qualquer coisa já é o suficiente”, sujeitando-se a uma relação
que não traz nenhuma satisfação. Os dois comportamentos antagônicos não levam a
nada. Como tudo na vida, devemos procurar o equilíbrio.
Pessoas perfeitas não existem, todos temos os
nossos defeitos. Buscar continuamente a perfeição fará com que você não
enxergue o grande parceiro em potencial que, provavelmente, já encontrou. Se
você adota padrões impossíveis de atingir, está contribuindo para o fracasso de
uma relação que tinha tudo para ser emocionalmente enriquecedora.
Se você vê defeitos no parceiro e em tudo o que ele
faz, está na hora de se perguntar quais as qualidades que ele tinha quando
resolveu iniciar a relação. Certamente, você vislumbrou algo de bom. Faça uma
análise e pense no quanto os seus próprios defeitos e a crítica contumaz não
têm influído negativamente no relacionamento. Não valorize somente os pontos
indesejáveis, dê o devido destaque para os positivos. Antes de desistir e
partir para outra experiência, procure resolver as questões que causam
incômodo. Não seja intransigente e aprenda a ceder para resguardar a relação. É
claro que existem defeitos graves e não podemos nos sujeitar a eles. Não
estamos falando de um parceiro que faz você se sentir inferior, que usa pressão
psicológica ou chantagem emocional, que é controlador ou ameaçador. Nestes
casos, o melhor mesmo é manter distância!
Sempre ouço a respeito de arrependimentos. Sobre
aquele que não era perfeito, mas tinha qualidades que não foram reconhecidas,
aquele que ficou para trás e agora não quer mais voltar para o lado de alguém
que só sabia depreciar. E você se arrependeu. Teve outras experiências, mas
descobriu que, apesar dos defeitos, você gostava dele de verdade e deveria ter
investido mais na relação. Definitivamente, você precisa aprender a distinguir
as questões de menor importância daquilo que realmente é crítico. Não
transforme problemas pequenos, facilmente contornáveis, em justificativa para
encerrar uma relação. Pode não haver espaço e tempo para uma segunda chance.
Quando tiver que fazer escolhas, valorize o
companheiro com o qual você possa compartilhar a vida, experiências e sonhos
(imperfeitos). Alguém que goste de conversar com você, que se preocupe com o
seu bem-estar e que esteja disposto a oferecer apoio emocional na relação. São
alguns dos aspectos que merecem ser valorizados em um relacionamento. Pequeno
defeitos? Releve!]
Jennifer
Lobo - filha de empresários brasileiros, nascida nos EUA, graduada pela Auburn
University, Alabama, com especialização em Comunicação e mestrado em Relações
Públicas. Certificada pelo Matchmaking Institute, empreendedora,
é fundadora e CEO da plataforma de relacionamentos MeuPatrocinio.com. Autora
do livro “Como Con$eguir um Homem Rico”,
escrito em conjunto com Regina Vaz, terapeuta de casais.
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