A arquiteta Carina Dal Fabbro orienta como
compor um cantinho perfeito para receber os amigos e a família em busca de
momentos únicos
Neste
apartamento, o bar criado sobre o aparador fica integrado ao living | Fotos:
Rafael Renzo
É
quase um consenso dos projetos de interiores atuais: os moradores curtem muito
ter áreas sociais integradas para interagir com a família e os amigos. Além de
conforto para acomodar todo mundo, começando por um amplo sofá com bastante
área de apoio, outro item que dificilmente fica de fora da decoração é o
barzinho. Um local pensado para deixar as bebidas sempre à mão na hora de
servir as visitas com toda classe é mais que bem-vindo. Para quem deseja montar
o seu próprio cantinho, vale acompanhar as dicas da arquiteta Carina Dal Fabbro,
à frente do escritório que leva seu nome.
O
layout do ambiente é o primeiro ponto a ser levado em conta antes de definir
como será o cantinho dedicado às bebidas. Isso porque antes de planejá-lo, é
preciso saber qual vai ser a área destinada ao bar e em que lugar ele estará
alocado. “Podemos dispor sobre o aparador, num espaço reservado na estante do
living ou jantar, carrinho de chá ou até mesmo sobre a mesa lateral com uma
bela bandeja”, orienta Carina. Outra alternativa é investir numa adega pronta
ou projetá-la na moradia. O que vai determinar a melhor opção é o espaço
disponível, e é claro, o gosto dos moradores pelas bebidas.
O
espaço sob medida no apartamento inclui adega para 24 vinhos, prateleiras para
outra bebidas, taças e acessórios | Fotos: Priscila Amaral Santos
Para
os enófilos, as adegas são indispensáveis na hora de armazenar e manter os
rótulos brancos, tintos e de espumantes com as temperaturas ideais de cada um.
Com um projeto personalizado, é possível criar uma área climatizada, em que a
temperatura pode ser controlada de forma adequada, de acordo com os diferentes
tipos de bebida. A ideia é garantir que as características sejam mantidas até o
momento da degustação. Esse tipo de adega demanda mais investimento e um espaço
maior, já que precisa de todo um sistema que preserva temperatura, umidade e
luminosidade do espaço. Há ainda os ambientes mais simples, que não são
climatizados, mas preveem espaço para adegar portáteis, prateleiras de apoio
para bebidas e taças, além de mobiliário sob medida para guardar saca-rolhas,
corta-gotas e outros acessórios - um exemplo é o ambiente criado por Carina Dal
Fabbro.
Anote
a dica: é fundamental ficar atento às especificidades
de uma adega. O local não pode receber luz direta do sol e nem deve ser
extremamente quente. A luz, principalmente do Sol, pode causar problema nos vinhos,
degradando e envelhecendo os rótulos prematuramente. Portanto, convém que o
ambiente seja o mais escuro possível, contando com iluminação embutida e,
preferencialmente, indireta, segundo a arquiteta.
Bem
aproveitado, o espaço sob a escada recebeu marcenaria planejada com lugar para
uma pequena adega e uma cristaleira | Fotos: Thiago Travesso
Para
quem não tem espaço ou verba para investir em um ambiente climatizado, pode
investir em adegas elétricas. Neste caso, é importante que o espaço tenha pontos
de energia para ligar o aparelho. “Próxima dela, sugiro prever um móvel para
comportar as taças, que precisam estar a mão. Pense também em gavetas para
armazenamento de saca-rolhas, porta-copos, marcadores de taças, guardanapos,
enfim, tudo o que pode ser útil no bar”, explica Carina.
Em
espaços pequenos, o bar pode ser montado numa simples bandeja, que receberá
algumas garrafas e taças, além de saca-rolhas e um decanter de vinho. Para
esses cantinhos, a dica da arquiteta é iniciar pela organização das garrafas,
expondo aquelas preferidas. Em seguida, separe alguns itens para deixar à
mostra, como uma linda coqueteleira. “Também vale fazer uma composição mais
clean, somente com algumas garrafas e um vaso com folhagens”, completa.
Outro
tipo de bar que faz muito sucesso é equipado com bancada e banquetas. Para não
errar no tamanho da bancada, a arquiteta dá a dica para saber se o local requer
móvel alto ou baixo. Caso a bancada tenha 75 cm de altura, o ideal são
banquetas baixas, de 40 a 45 cm do piso ao assento. Se há o desejo por uma
bancada intermediária, com altura entre 90 e 92 cm, a banqueta pede cerca de 65
cm. A altura mais usada varia entre 1,10 a 1,15 m de altura e banquetas com
altura de 70 a 75 cm.
Carina Dal Fabbro Arquitetura - Formada pela Faculdade de
Belas Artes de São Paulo em Arquitetura e Urbanismo, Carina Angélica Dal Fabbro
Saraiva tem experiência de mais de 25 anos na área de design de interiores e
arquitetura. Coordena o escritório boutique que leva seu nome, gerenciando toda
a sua equipe de arquitetos para o desenvolvimento de projetos. Participa
pessoalmente de cada etapa e preza o atendimento personalizado à cada cliente. O
trabalho de Carina Dal Fabbro engloba desde as etapas de projeto, planejamento,
administração de obra, coordenação de lojas e fornecedores até a entrega final
do imóvel.
Carina Dal Fabbro Arquitetura
@carinadalfabbroarq
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