Segundo dados da OMS, 10
milhões de brasileiros são acometidos pela doença
Um
simples espirro ou uma crise de tosse podem causar grandes problemas nos ossos
de quem tem osteoporose. A doença é mais comum na terceira idade e faz com que
a estrutura óssea fique porosa e fraca, muito mais suscetível a fraturas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, 200 milhões de
pessoas são acometidas pela enfermidade, sendo 10 milhões de brasileiros. Por
isso, a Fundação Internacional de Osteoporose adotou a data 20 de outubro, como
o Dia Mundial de Combate à Osteoporose.
De
acordo com a Dra. Bárbara Campolina, médica endocrinologista do Hospital
Felício Rocho, a prevenção deve ser feita, principalmente, por meio da prática
de atividade física, exposição ao sol e ingestão adequada de cálcio. “Um adulto
deve ingerir mil miligramas de cálcio por dia, já o idoso precisa consumir
1.200 miligramas diárias, o que é equivalente a 500 ml de leite e 60g de
queijo. O ideal é que essa ingestão seja feita na dieta, porém, se a pessoa não
consegue suprir essa necessidade, ela pode utilizar suplementos de cálcio”,
ressalta.
A
médica explica que o corpo humano acumula massa óssea até aproximadamente os 30
anos de idade, por meio da ingestão de vitamina D e cálcio, e pela prática de
atividade física, por isso, quanto maior a quantidade de massa óssea que o
indivíduo tiver acumulado, menor o risco de ser acometido pela osteoporose.
Apesar
de existir prevenção para a doença, o alto consumo de álcool, tabagismo, grande
ingestão de sal na dieta, carga genética e o histórico de doença na família são
fatores de risco. “Além disso, várias doenças endocrinológicas podem ter como
apresentação a osteoporose. Por exemplo, as doenças da paratireoide, que são
glândulas localizadas posteriormente a tireoide, na região do pescoço. O
excesso de produção de hormônio por essas glândulas pode causar a osteoporose.
A grande quantidade de cortisol também pode provocar a doença, assim como o
excesso de GH”, explica.
Por
ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas, na maioria das vezes o
paciente só é diagnosticado depois de sofrer alguma fratura. Contudo, é
possível realizar um rastreamento através do exame de densitometria óssea, que
deve ser realizado em todas as mulheres acima de 65 anos e em homens acima de
70 anos, ou em idade mais precoce nos pacientes que estejam no grupo de risco.
“A gente quer justamente identificar aquele paciente que tem osteoporose e que
ainda não teve fratura para podermos tratá-lo e prevenir possíveis fraturas”,
pontua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário