Cardiologista do Hospital 9 de Julho orienta quais
os principais sintomas para saber a hora certa de procurar um atendimento
médico especializado
O infarto do
miocárdio, músculo do coração, atinge mais de *17,5 milhões de pessoas por ano
e costuma ser relacionado a dor no peito. Essa dor, porém, não é a única a
definir um infarto. Segundo o Dr. Marcelo Paiva, cardiologista do Hospital 9 de
Julho, mulheres e idosos, por exemplo, podem não ter a dor torácica e serem
acometidas pela doença da mesma forma.
O infarto
acontece quando uma artéria que irriga o coração fica obstruída, leva à falta
de circulação e à consequente morte das células do órgão: "o
reconhecimento dos sintomas relacionados ao infarto é fundamental para o
diagnóstico precoce e para o rápido início do tratamento para desobstruir a
artéria entupida", explica o Dr. Paiva.
Listamos
abaixo os principais sintomas de infarto que sinalizam que é hora de buscar
avaliação médica:
- Dor no peito – a dor no peito
que realmente merece atenção é descrita como uma sensação de aperto do
lado esquerdo do tórax, que pode irradiar para o queixo ou braço esquerdo.
O cardiologista explica que, a sensação é de queimação e que pode
ser confundida com sintomas de refluxo. Caso a dor persista por mais de 20
minutos e estiver associada ao suor frio, palidez e enjoo, deve-se
procurar um médico.
- Tontura – não é um sintoma
comum, mas acontece em alguns casos pela baixa oxigenação no
cérebro, ocasionada pelo batimento irregular do coração. Segundo o
Dr. Paiva, é um sintoma que deve ser avaliado em conjunto com outros
problemas.
- Palpitação – é o sintoma da
arritmia cardíaca, que pode acontecer durante um infarto. Para o Dr.
Paiva, esse sintoma costuma vir associado a fraquezas e dificuldades
respiratórias.
- Falta de ar – o mesmo
comprometimento dos pulmões que causa a tosse também pode causar aquela
dificuldade para respirar, com a sensação de respiração encurtada e falta
de ar.
É importante
reforçar que nenhum sintoma deve ser avaliado de forma isolada. Uma tontura,
por exemplo, pode estar associada a um caso de labirintite e não a um infarto.
Segundo o
Dr. Paiva quem apresentar algum dos sintomas relacionados e tiver fatores de risco
como hipertensão, diabetes, tabagismo ou histórico familiar, deve procurar um
médico: "O tempo é o maior inimigo nestes casos, quanto mais rápido o
paciente procurar atendimento, melhor será para definir e tratar o
infarto". O médico alerta também para a importância de se manter saudável:
"A prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada podem
ajudar a evitar doenças cardiovasculares, além de permitir uma maior qualidade
de vida", finaliza.
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