Helena Giotto
Diego Wladyka
Diego Wladyka
Preocupados com a
sustentabilidade, alunos do Colégio Positivo dão destino nobre a livros
didáticos usados durante o ano
“Como nossa escola pode reduzir o impacto ambiental?”.
Foi essa frase escrita em um mural do Colégio Positivo Internacional, em
Curitiba (PR), há três anos, que fez com que a pequena Helena Giotto, então com
9 anos de idade, pensasse em uma forma de ajudar o meio ambiente e desse os
primeiros passos para que a escola implantasse a chamada logística reversa, uma
solução para o material didático de seus alunos após o uso.
“Depois de ler a frase, fiquei pensando no que
fazer. Daí, vi que havia uma pilha de livros didáticos usados, cheios de
informações pessoais, já preenchidos, e imaginei que seria muito legal
reciclá-los. Falei para meus pais, e eles me ajudaram a criar uma apresentação
no Powerpoint, para que levasse o projeto até a escola”, conta Helena, hoje com
12 anos, estudante do 7° ano do Ensino Fundamental. A exposição foi um sucesso
e o Colégio resolveu aprimorar a ideia. Agora, três anos depois, o projeto, que
prevê a reciclagem dos livros didáticos usados durante o ano letivo, enfim foi
concretizado.
“De fato, era uma demanda ter uma solução para o
descarte do material. Desde 2014, temos adotado condutas para diminuir o
impacto das nossas ações no meio ambiente. Nesse sentido, vemos que a gestão da
coleta dos resíduos é essencial”, ressalta a supervisora de Qualidade e Meio
Ambiente do Grupo Positivo, Andréa Luiza Arantes.
Como funciona o projeto?
O Grupo Positivo é responsável pela concepção,
produção e impressão de milhares de livros didáticos por meio da Posigraf,
Editora Positivo e Colégio Positivo. Atualmente, mais de 800 mil alunos de
escolas públicas e particulares, do Brasil e do Japão, utilizam o material
didático produzido pela marca. Agora, com o nascimento do projeto Logística
Reversa Positivo, o grupo será responsável, também, pelo destino final desses
livros, fechando com muita responsabilidade essa cadeia.
O projeto piloto começou com o Colégio Positivo
Júnior, Colégio Positivo – Jardim Ambiental e Colégio Positivo – Ângelo
Sampaio, todos em Curitiba. Os alunos dessas unidades podem descartar livros,
cadernos e outros materiais de papel usados durante o ano em caixas coletoras
específicas para esse fim.
Todo o material coletado é encaminhado para o
processo de reciclagem, virando matéria-prima que será vendida para a
fabricação de outros produtos. A receita arrecadada com a comercialização será
dividida entre os colégios participantes, conforme a arrecadação de cada um. Os
alunos de cada unidade ajudarão a decidir o que será feito com a verba
destinada ao seu colégio. Com o auxílio do Instituto Positivo, as escolas
deverão desenvolver projetos voltados às questões sociais e ambientais.
Em 2019, o Positivo pretende estender o projeto
para todas as unidades. Enquanto a Helena espera que a ideia sirva de
inspiração para outras escolas do país.
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