Uma pessoa ativa, dá em média, 10 mil passos por
dia. O pé, um membro vital para nossa locomoção diária, para ser forte e
estável, precisa de atenção e cuidados específicos. Nossos pés são a base do
nosso corpo e por conta disso, são alvos de lesões de diferentes tipos.
Um desses problemas é a metatarsalgia. A doença é
caracterizada pela dor localizada ou generalizada na região plantar de todo o
antepé (parte da frente do pé, logo antes dos dedos) e está relacionada aos
calos e as calosidades da planta dos pés.
Segundo o Dr. Marco Túlio Costa, presidente
da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé – ABTPé,
a metatarsalgia geralmente acomete adultos, mas um estudo dinamarquês mostrou
predominância da patologia no sexo feminino, com idade média de 47 anos,
contudo, 1/4 de pessoas com mais de 65 anos tem a doença.
Podendo ser classificada como metatarsalgia
primária, de origem funcional ou postural, quando alterações
anatômicas dos metatarsais são a gênese da patologia, ou metatarsalgia
secundária, quando se observa condições sistêmicas, traumas,
doenças reumatológicas, osteonecrose das cabeças dos metatarsais e patologias
neurológicas causando a dor.
A principal causa de metatarsalgia primária
envolve a diferença entre o tamanho dos metatarsos (parte mediana do pé),
principalmente quando a segunda e/ou a terceira parte mediada do pé são mais
longas que a primeira, ou deslocamento plantar, ou flexão plantar, de um ou
mais metatarsos.
Já a metatarsalgia secundária ocorre devido
a diversas condições clínicas que, indiretamente, provocam alguma deformidade,
geram sobrecarga mecânica ou processos inflamatórios na região frontal do pé.
Dr. Marco Túlio Costa, evidencia que nem sempre é
possível evitar a doença, uma vez que em alguns casos, alterações anatômicas
inatas culminarão com a dor. Porém, evitar o encurtamento da cadeia posterior
com alongamentos, assim com evitar o uso contínuo de saltos muito altos,
permite uma distribuição de carga mais fisiológica sob o antepé, preservando
sua função.
O presidente da ABTPé reforça ainda as diversas
opções de tratamentos para a metatarsalgia. “Normalmente inicia-se com o
tratamento não cirúrgico, que consiste em modificação do padrão de calçados ou
no uso de palmilhas e, outras vezes, dependendo do caso, a fisioterapia. Quando
a resposta não é satisfatória com essas abordagens, teremos as opções
cirúrgicas, com técnicas que variarão de caso a caso, por isso é indicado o
diagnóstico de um cirurgião do pé.
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