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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Metatarsalgia, dor na região plantar do antepé, atinge ¼ de pessoas com mais de 65 anos



Uma pessoa ativa, dá em média, 10 mil passos por dia. O pé, um membro vital para nossa locomoção diária, para ser forte e estável, precisa de atenção e cuidados específicos. Nossos pés são a base do nosso corpo e por conta disso, são alvos de lesões de diferentes tipos.

Um desses problemas é a metatarsalgia. A doença é caracterizada pela dor localizada ou generalizada na região plantar de todo o antepé (parte da frente do pé, logo antes dos dedos) e está relacionada aos calos e as calosidades da planta dos pés.

Segundo o Dr. Marco Túlio Costa, presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do PéABTPé, a metatarsalgia geralmente acomete adultos, mas um estudo dinamarquês mostrou predominância da patologia no sexo feminino, com idade média de 47 anos, contudo, 1/4 de pessoas com mais de 65 anos tem a doença.

Podendo ser classificada como metatarsalgia primária, de origem funcional ou postural, quando alterações anatômicas dos metatarsais são a gênese da patologia, ou metatarsalgia secundária, quando se observa condições sistêmicas, traumas, doenças reumatológicas, osteonecrose das cabeças dos metatarsais e patologias neurológicas causando a dor.

A principal causa de metatarsalgia primária envolve a diferença entre o tamanho dos metatarsos (parte mediana do pé), principalmente quando a segunda e/ou a terceira parte mediada do pé são mais longas que a primeira, ou deslocamento plantar, ou flexão plantar, de um ou mais metatarsos.

Já a metatarsalgia secundária ocorre devido a diversas condições clínicas que, indiretamente, provocam alguma deformidade, geram sobrecarga mecânica ou processos inflamatórios na região frontal do pé.

Dr. Marco Túlio Costa, evidencia que nem sempre é possível evitar a doença, uma vez que em alguns casos, alterações anatômicas inatas culminarão com a dor. Porém, evitar o encurtamento da cadeia posterior com alongamentos, assim com evitar o uso contínuo de saltos muito altos, permite uma distribuição de carga mais fisiológica sob o antepé, preservando sua função.

O presidente da ABTPé reforça ainda as diversas opções de tratamentos para a metatarsalgia. “Normalmente inicia-se com o tratamento não cirúrgico, que consiste em modificação do padrão de calçados ou no uso de palmilhas e, outras vezes, dependendo do caso, a fisioterapia. Quando a resposta não é satisfatória com essas abordagens, teremos as opções cirúrgicas, com técnicas que variarão de caso a caso, por isso é indicado o diagnóstico de um cirurgião do pé.



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