Estudo realizado pela
Spry em 11 capitais brasileiras analisa comportamento das diferentes
gerações no que se refere à mobilidade e uso do carro
Em
painel realizado na abertura Salão do Automóvel 2018 – evento que acontece de 8
a 18 deste mês, no São Paulo Expo – a
Spry apresentou seu novo estudo, que detalha as preferências do brasileiro
em mobilidade urbana. Desenvolvida em parceria com a Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a pesquisa revela que os
jovens pretendem ser habilitados e planejam adquirir um carro tanto quanto as
outras gerações, contrariando assim uma das grandes impressões do mercado.
Para
Antonio Megale, presidente da Anfavea, o conhecimento destas informações é
fundamental para direcionar iniciativas da indústria:
"É
muito comum vermos análises sobre a transformação da indústria automobilística,
principalmente sobre o desejo de possuir ou apenas utilizar um automóvel.
Contudo, sentíamos falta de ver estas afirmações calcadas em números que
mostrem a realidade dos fatos. A pesquisa tem este objetivo: apresentar dados
sobre a relação das pessoas com a mobilidade, inclusive para direcionar algumas
ações da indústria".
A
pesquisa foi realizada durante três semanas de agosto em 11 capitais
brasileiras: Belo Horizonte, MG, Brasília, DF, Curitiba, PR, Fortaleza, CE,
Goiânia, GO, Manaus, AM, Porto Alegre, RS, Recife, PE, Rio de Janeiro, RJ,
Salvador, BA, São Paulo, SP. Foram entrevistadas 1.789 pessoas, segmentadas
pelas gerações Baby Boomers (acima de 56 anos), X (de 36 a 55 anos), Y (de 26 a
35 anos) e Z (até 25 anos).
Na
avaliação de Megale, "os resultados foram surpreendentes".
Desejo
de ter um carro e de tirar a CNH
Dentre
alguns dos principais resultados, a pesquisa mostrou que 49% dos Baby Boomers e
50% da geração X afirmam ter carro. Este número cai para 39% na Y e 23% na Z.
Entretanto, quando os que não tinham carros foram perguntados sobre o desejo de
comprar um nos próximos cinco anos, 70% da geração Z, até 25 anos, e 69% tanto
na geração X quanto na Y afirmaram que desejam adquirir um modelo.
No
caso da CNH, apenas 35% da geração mais nova, a Z, estão habilitados, mas do
que não estão, 91% disseram que pretendem se habilitar. Na geração de Y, de 26
a 35 anos, 52% possuem CNH e 80% dos que não têm pretendem tirar. Nos Baby
Boomers e na geração X, 58% estão habilitados e daqueles que não estão, 24% e
59%, respectivamente, pretendem tirar.
"Isto
mostra que o desejo de ter um veículo e também de ter a carteira de habilitação
permanecem mesmo nas gerações mais novas. Ao juntar estes dados com outros
sobre utilização e frequência de uso, fica claro que uma oferta variada de
opções de transporte de qualidade é benéfica para a qualidade de vida da
sociedade, mas que cada tipo tem seu papel e atende às necessidades dos
consumidores de formas diferentes", afirma Antonio Megale, presidente da
Anfavea.
A
pesquisa mostra ainda que algumas mudanças de fato começam na geração Y e se
potencializam na geração Z. Quanto à utilização dos diferentes tipos de
transporte, por exemplo, 36% dos respondentes das gerações dos Baby Boomers e da
X dizem andar a pé, porém esse número sobe para 49% na X e 67% na Z.
O
mesmo acontece com o uso de bicicletas: 9% dos Baby Boomers e da X utilizam
esse modal, mas o número sobe para 14% na X e 18% na Z. A tendência se confirma
também nos aplicativos de transporte, quando 29% dos Baby Boomers disseram
utilizar esta modalidade, 30% da geração X, 39% da Y e 49% da Z.
Quando
perguntados qual dos diferentes tipos era o preferido, todas as gerações
apontaram o carro como o principal: 38% dos Baby Boomers, 42% da geração X, 41% da Y e 40% da Z – quem prefere carro aponta o conforto e a praticidade como principal atributo. O ônibus, que nas gerações dos Baby Boomers e X era de 15%, cai para 9% nas mais novas, o que pode demonstrar necessidade de modernização das linhas.
apontaram o carro como o principal: 38% dos Baby Boomers, 42% da geração X, 41% da Y e 40% da Z – quem prefere carro aponta o conforto e a praticidade como principal atributo. O ônibus, que nas gerações dos Baby Boomers e X era de 15%, cai para 9% nas mais novas, o que pode demonstrar necessidade de modernização das linhas.
Outro
destaque é com relação à frequência de uso destes tipos de transporte. A
pesquisa aponta que aplicativos de transporte se apresentam como alternativa e
não substituição de outros modais, mesmo nas gerações mais novas. Apenas 9% do
total de respondentes utilizam apps de transporte todos os dias. Mesmo na
geração Z, a mais conectada de todas, 93% já utilizaram aplicativos, mas apenas
13% usam mais de 3 vezes de semana.
Sobre
o futuro do automóvel, 70% da geração Y e 66% da geração Z acreditam que o
carro será o principal meio de transporte no futuro. Do total de respondentes,
34% acreditam que apps de transporte e carona compartilhada representam o papel
do carro no futuro e 32% avaliam que o carro como conhecemos continuará sendo o
principal meio de transporte. Apenas 3% acreditam que o carro vira item de
museu.
Anfavea:
www.anfavea.com.br
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