O
time de exportação da ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de
Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), em
parceria com a equipe de projetos da Global Júnior – programa de extensão do
curso de Relações Internacionais da ESPM (Escola Superior de Propaganda e
Marketing) – desenvolveu uma pesquisa de Benchmarking, com o intuito de
identificar os principais países concorrentes do Brasil de acordo com o setor
representado pela entidade.
Os
tópicos abordados no estudo avaliaram: priorização de mercado; perfil
internacional; políticas públicas; análises de concorrência; fatores principais
de competitividade, entre outros. De acordo com a análise, as categorias
ABIMAPI movimentaram no país, entre 2015 e 2017, cerca de US$ 90 milhões em
importações, tendo como principais mercados Itália, Bélgica e Polônia. Já em
relação às exportações, no mesmo período, foram de US$ 113,2 milhões, com
destinos como os EUA, Paraguai e Uruguai.
Outro
ponto importante foi a análise de incentivos fiscais, que muitas vezes pode
colocar em risco as operações internacionais devido às barreiras tarifárias e a
volatilidade do câmbio. Entre as desonerações tarifárias, a Turquia, por
exemplo, possui taxas alfandegárias nulas para produtos feitos à base de trigo
e licenças especiais de importação com imposto corporativo reduzido. Já a
Itália possui Isenções de impostos aduaneiros e de qualquer impedimento à
importação ou exportação intrabloco e as tarifas são reguladas,
majoritariamente, pela União Europeia. No caso da Índia, o país participa do
programa de recompensa monetária aos exportadores, benefício recebido para ser
utilizado em pagamentos de impostos e taxas relacionados ao comércio
internacional.
O
estudo constatou, também, que embora a Itália seja um concorrente histórico do
Brasil no comércio internacional do segmento da ABIMAPI, a Índia e a Turquia
têm surpreendido ao ganharem espaço e acirrarem a concorrência no setor. Esses
países exportaram US$ 335 milhões e US$ 1,3 bilhão, respectivamente, justamente
pelos incentivos governamentais e subsídios de agências nacionais de fomento à
exportação.
De
acordo com Rodrigo Iglesias, diretor da área internacional da ABIMAPI, quando
entramos no universo da competição entre empresas, o benchmarking é uma
ferramenta valiosa. "A parceria com a Global Jr da ESPM nos trouxe
conhecimento para compreendermos nossa situação atual no mercado global frente
aos principais países e empresas concorrentes em nossas categorias
exportadoras. São informações estratégicas para que possamos considerar como
melhor posicionar nosso setor no exterior e, sem dúvida, esses insumos serão
valiosos para o desenvolvimento de ações de competitividade no curto e longo
prazos", conclui.
O
estudo foi elaborado com exclusividade para a ABIMAPI e apresentado em reunião
aos associados da entidade em outubro.
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