Comprar sem
planejamento durante a Black Friday pode levar consumidor a se endividar
O dia 23 de novembro será mais uma Black Friday no
Brasil. Os anúncios de descontos expressivos e a expectativa de receber o
décimo-terceiro salário podem levar consumidores a caírem na tentação de
comprar por impulso e contrair dívidas caras, principalmente no cartão de
crédito.
A ausência de educação financeira no Brasil e a
falta de planejamento são os principais motivos para o descontrole nos gastos.
O mesmo acontece no momento de contratar crédito.
Segundo dados da Boa Vista SCPC, o índice de
inadimplência do consumidor no País subiu 1% em outubro, na comparação com o
mês anterior.
“É muito comum vermos brasileiros que não tem
controle financeiro. Não sabem sequer quanto ganham e gastam mensalmente”,
aponta Vargas Neto.
O CEO da Zen ressalta que o crédito é importante
para estimular a economia e fomentar investimentos na empresa, em ativos como
casa própria, veículo, que muitas vezes também é um instrumento de trabalho. Os
bens de consumo por sua vez, devem ser adquiridos conforme necessidade e
disponibilidade no orçamento familiar.
“O problema é que no Brasil temos o spread mais
alto do mundo. Em países desenvolvidos, onde a taxa de juros é sustentável, a
população usa esse importante meio para construção de patrimônio e expansão da
economia. Mas para isso precisa de educação financeira e bons produtos
financeiros, que são muito limitados no Brasil”, pontua.
Spread é a diferença entre a taxa básica de juros
do Banco Central e o que é efetivamente cobrado pelas instituições financeiras.
O cartão de crédito é apontado como um dos maiores
vilões e principal causa do endividamento dos brasileiros.
“O cartão de crédito é um excelente produto como
meio de pagamento e benefícios. Porém, é um péssimo meio de financiamento. Os
juros do cartão são os mais caros do mercado, muitas vezes passando 400% ao
ano, tornando-se praticamente impossível de pagar. O pagamento mínimo do cartão
é verdadeira receita para o desastre financeiro”, aponta Jorge Vargas Neto, CEO
da fintech Zen.
Veja dicas para não ficar inadimplente:
Planejamento: é preciso fazer uma análise
do que se ganha e listar os gastos que terá. Só depois disso deve ser definido
o que pode ser adquirido no período. Lembrando que no começo do ano há contas
que precisam ser pagas como o IPTU e o IPVA;
Controle de gastos: O ideal é
ter uma reserva financeira de pelo menos seis meses, para se resguardar caso
aconteça algum imprevisto como desemprego, doenças e outros gastos imprevistos;
Cartão de crédito:
Evite entrar no financiamento do cartão, parcelando a fatura ou pagando o
mínimo. Se precisar de crédito existem meios muito mais sustentáveis como o
crédito pessoal com garantia de imóveis.
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