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quarta-feira, 7 de março de 2018

A FEBRE AMARELA CONTINUA FAZENDO VÍTIMAS



 
A febre amarela continua atingindo os primatas silvestres e os casos de óbitos no Brasil são assustadores. Infelizmente, não existe uma vacina ou qualquer tipo de tratamento que possa ser aplicado aos animais silvestres que contraiam a doença e o número de mortes é tão grande que, em algumas regiões, há um risco eminente de extinção de algumas espécies de primatas.


Em cativeiro, a única alternativa para proteger esses animais é o isolamento físico por meio de camadas de telas mosquiteiros e corredores de segurança, impedindo a entrada de qualquer vetor da doença. E é dessa maneira que os primatas que residem na Mata Ciliar, no interior de São Paulo, estão isolados, aguardando uma solução que parece estar muito longe de acontecer.

Por conta da febre amarela os bugios e sauás que residem na AMC estão em um ambiente isolado protegidos por telas antimosquitos. A medida parece ser radical mas reflete a terrível situação que esses primatas estão passando. Infelizmente a doença está dizimando populações de macacos no interior paulista, principalmente bugios e sauás que, após infectados, dificilmente conseguem sobreviver. Portanto, esses indivíduos que estão provisoriamente em cativeiro podem ser uma esperança para repovoar ambientes naturais onde essas espécie perdeu um grande número de indivíduos, uma parceria entre o Instituto 100% Animais e a Associação Mata Ciliar viabilizou a adaptação desse espaço.

Desde o começo desse ano recebemos um número inesperado de primatas feridos, vítimas de agressão causada pela desinformação sobre a febre amarela. Com o alarde e a falta de esclarecimento muitas pessoas acreditam que os macacos são os transmissores da doença e que devem ser exterminados quando vistos por perto. Ao contrário, bugios, pregos, sauás e saguis são sinalizadores do problema pois são muito sensíveis a doença por viverem nas matas expostos aos mosquitos que transmitem a febre amarela. Quando um macaco aparece doente é um alerta para que os órgãos da saúde tomem as medidas preventivas necessárias. Assim, vamos proteger nossos primatas que além das suas funções ambientais também cumprem esse importante serviço para toda a sociedade, afirma a veterinária Jéssica Paulino.

Vídeos da campanha contra a febre amarela para orientação da população feitas pelos atores e comediantes Marcelo Médici (Mico-leão), Marlei Cevada (Praça é Nossa) e Rodrigo Capella:






Sobre a Mata Ciliar
A Associação Mata Ciliar (AMC) nasceu em 1987 com a preocupação pela conservação dos cursos de água no interior do estado de São Paulo, um recurso natural que, naquela época, já sofria com a falta de planejamento do poder público e conscientização da sociedade.
Para recuperação das áreas degradas e das matas ciliares, desenvolvemos um programa de produção e plantio de mudas nativas. Essas ações sempre foram realizadas com as comunidades rurais, que consideramos os verdadeiros “produtores de água”.
Em 1997, iniciamos os trabalhos com a fauna através do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e com o Centro para Conservação dos Felinos Neotropicais (Centro de Felinos).
Em todos esses programas, sempre incorporamos a Educação Ambiental como a principal ferramenta de mudança para um futuro socioambiental sustentável.


Sobre o Instituto 100% Animais
O Instituto 100% Animais é uma organização do terceiro setor, constituída por empresários, que tem como objetivo promover ações efetivas em benefício ao bem-estar dos animais não humanos no Brasil. Construindo pontes entre cidadãos, empresas privadas e organizações de proteção animal, para que juntos possam viabilizar a ampliação qualitativa do atendimento aos animais, o Instituto 100% Animais dedica-se a criação de instrumentos e articulação de projetos que impulsionem o desenvolvimento sustentável das organizações do terceiro setor que tem como público-alvo os animais.

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