Mulheres se identificam com a personagem Anastasia e
se autorizam na busca do prazer através dos jogos sexuais
A saga da história mais sensual e ousada do cinema
retorna às telas do cinema nesse mês. O filme “50 Tons mais Escuros”,
baseado no best seller da autora inglesa Erika Leonard James, vem para deixar
os apaixonados pela saga ainda mais ansiosos.
Para Priscila Junqueira, Psicóloga e Sexóloga, a trilogia tem um papel importante hoje na
vida sexual de muitas mulheres e casais. A mulher, através do filme, pode
perceber que os jogos sexuais são parte de sua sexualidade e que ela pode se
permitir a essa entrega como algo saudável e não doentio. A mulher pode, tranquilamente, transitar entre a submissão
e o empoderamento de se permitir buscar a realização de suas fantasias través
dos jogos de sadomasoquismo.
O segundo filme traz um novo momento para o casal,
onde eles ressignificam a sua história e partem para experimentar o amor de
outra forma, mas sem perder a atração pelos jogos. Anastasia passa a ter mais
poder de decisão e escolha sobre Grey, mas ao mesmo tempo não quer abrir mão
dos jogos impostos por ele.
“Sentir prazer através da dor é uma forma de se
expressar no mundo e pode não ter nada de patológico nisso”, afirma a especialista. São
diferentes formas de escolha em busca do prazer. A própria Medicina afirma que
em algumas pessoas as mesmas fibras que levam a informação da dor neurológica
são as que levam o prazer, e nessas pessoas o estímulo doloroso aumenta muito o
estímulo prazeroso, proporcionando orgasmos inacreditáveis.
Histórias como "50 tons de cinza"
mexem tanto com o imaginário feminino como com o masculino.
Mas, as mulheres precisam muito mais das fantasias e do imaginário para ter
prazer no sexo. A história ao mesmo tempo em que traz submissão, traz
empoderamento da mulher no sexo. “Cada dia mais elas estão autorizando-se a
transformarem sua vida sexual com mais liberdade e prazer”, finaliza Junqueira.
Para Ingrid Castro, praticante de BDSM há 3
anos, “não existe melhor forma de sentir prazer do que através da dor. Ser
submissa de um homem e satisfazer suas vontades é algo que me leva para um
estado de espírito único, me completa, por isso gosto tanto da trilogia 50 tons”,
afirma a adepta.
Priscila Junqueira - Gabaritada, a psicóloga é Mestre em Ciências - Faculdade de Medicina da USP. Especialista em Sexologia -
Faculdade de Medicina da USP; Especialista
em Coordenação Grupoanalítica – Sociedade de Psicoterapia Analítica
de Grupo – SPAG-Campinas. Além disso, é professora universitária e atende em
consultório particular. Em 2009 recebeu o prêmio de melhor pôster com o tema:
Qualidade de sono e qualidade de vida, comparação entre mulheres portadora de
HIV e não portadoras. Priscila também teve participação em diversos capítulos
de livros consolidados e participação em Congresso, como o XV Congresso
Brasileiro de Sexualidade Humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário