Metade dos
entrevistados avalia que o governo está abaixo da expectativa e apenas 1% diz
que supera o esperado
A aprovação ao presidente Michel Temer subiu quatro
pontos percentuais em janeiro em relação a dezembro, quando havia atingido o
pico negativo desde o início de seu governo. Ficou em 19%, mesmo nível em que
estava nos meses de junho e julho. É o que revela a pesquisa Pulso Brasil
realizada pela Ipsos entre 05 e 18 de janeiro de 2017. Foram feitas 1.200
entrevistas presenciais em 72 cidades brasileiras. A avalição negativa do
peemdebista caiu para 75% - dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês
anterior -, variando dentro da margem de erro que é de três pontos percentuais.
A avaliação da gestão do governo federal também
variou positivamente dentro da margem, mas a maioria dos brasileiros (59%) a
classifica como ruim/péssima. Em dezembro, foram 62% e, em novembro, 52%.
Apenas 1% dos entrevistados afirmou que a gestão Temer supera as expectativas,
enquanto metade (52%) avaliam-na como abaixo do esperado. Para 12% está dentro
do esperado, 17% diz que ainda é muito cedo para avaliar e 13% nãotem
expectativas quanto ao que poderia ser o governo. As regiões que pior avaliam o
governo Temer são Sudeste e Nordeste, ambos com 57% dos entrevistados
avaliando-o como abaixo das expectativas, seguidos por Sul (49%), Centro-oeste
(43%) e Norte (23%). Neste último, um quarto (26%) acha que ainda é muito cedo
para dizer.
“O que continua impactando negativamente a
avaliação do atual governo são os frequentes escândalos de corrupção
escancarados pela Lava-Jato, a imagem negativa da classe política e a demora da
retomada da crise econômica. A delação da Odebrecht pode acarretar em mais
instabilidade política e afetar a governabilidade da atual gestão –
especialmente se o nome do atual presidente for denunciado”, diz Danilo
Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.
Quando comparado com os governos dos ex-presidentes
Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o governo de Michel Temer é
avaliado negativamente também. Dois em cada cinco entrevistados (40%) avaliam o
peemedebista como sendo pior que o da Dilma, 34% os consideram iguais, 17%
melhor e 9% não soube responder. Já em relação ao a Lula, 56% afirmam ser pior,
21% igual, 13% melhor e 9% não soube responder.
Pensando no futuro, os entrevistados foram
convidados a avaliar sua expectativa quanto ao governo do Presidente Michel
Temer. Quatro em cada cinco entrevistados têm nenhuma (34%), pouquíssima (23%)
ou pouca (26%) expectativa em relação ao futuro do governo. Na outra ponta,
(10%) têm alguma ou muita (04%) expectativa quanto ao que está por vir.
A opinião pública continua com percepção muito
negativa dos rumos do país e o governo Temer não conseguiu reverter essa
tendência até aqui. Para 88% dos entrevistados, o Brasil está no rumo errado –
apenas seis pontos percentuais abaixo da pior avaliação da Era Dilma, em abril
de 2016.
“Além disso, Temer faz parte da política
tradicional que vem sendo rejeitada nas urnas, tanto no Brasil quanto em outros
países, seja com a eleição de outsiders ou candidatos mais conservadores, seja
com o aumento do não comparecimento às urnas. Temer não representa mudança aos
olhos da opinião pública”, conclui o diretor da Ipsos.
Ipsos
www.ipsos.com.br,
www.ipsos.com, https://youtu.be/QpajPPwN4oE, https://youtu.be/EWda5jAElZ0
e https://youtu.be/2KgINZxhTAU.
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