Muitas
pessoas não conseguem definir se as varizes são consideradas como um transtorno
ou uma doença. É importante ter em mente que transtorno venoso é qualquer
alteração da estrutura ou da função das veias. Este transtorno torna-se doença
quando se manifesta por queixas e sinais que dificultam ou impedem a vida
habitual do paciente, prejudicando sua qualidade de vida. Nestes casos, a
doença compromete até mesmo a autoestima do indivíduo, o que dificulta o
convívio social.
Os sinais das varizes são visíveis e indicam a
gravidade da doença. Entre estes sinais, estão veias aparentes e salientes (com
mais de três milímetros de diâmetro), inchaço, manchas castanhas e feridas nas
pernas, conhecidas como úlcera varicosa.
As veias são tubos músculo-elásticos cuja função é
trazer o sangue dos órgãos e tecidos de volta ao coração. Nas pernas, existem
veias no interior da musculatura, chamadas de principais, que são responsáveis
pelo retorno ao coração de 80% do volume do sangue do membro. Os outros 20%
retornam por meio de uma rede infinita de veias localizadas por baixo da
pele, e a principal delas é a veia safena.
As válvulas existentes no interior das veias
impedem que o sangue volte no sentido dos pés. Quando as veias se
dilatam, as válvulas perdem esta função, fazendo com que determinado volume de
sangue não retorne ao coração e fique estagnado nas pernas. A partir disso se iniciam
os sintomas, que se agravam com o passar do tempo.
O tratamento curativo tem como princípio a retirada
das veias doentes. São quatro os métodos mais usados: cirurgia, laser,
radiofrequência e escleroterapia ecoguiada. Esta última é feita por meio da
injeção de medicamento esclerosante guiada por ultrassonografia. O paciente
pode voltar a suas atividades habituais, não sendo necessário repouso.
Hoje, para o tratamento das varizes sem
cirurgia, não são mais necessárias internação hospitalar, anestesia e
ausentar-se do trabalho. Após uma semana, é possível retornar aos
exercícios físicos.
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