Brasil vem na contramão de outros países, que tem diminuído seus
índices.
Nos últimos anos, houve no país o
aumento de algumas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s). Dados do
Ministério da Saúde indicam que, desde 2006, os casos de Aids nos jovens entre 15 e 24 anos
aumentaram mais de 50%. De acordo com a Dra. Raquel Muarrek, infectologista do Hospital
São Luiz Morumbi, o Brasil vem na contramão de outros países, que tem diminuído
seus índices.
Outro aumento que chama atenção é
o da Sífilis, já que o número de notificações no atendimento público aumentou
quase seis vezes entre 2007 e 2013. Segundo a especialista, não há controle do
registro de aumento de casos de enfermidades como hepatite B, herpes genital e
o HPV, mas essas doenças são constantes.
A Dra. Raquel explica que as
causas mais prováveis para o aumento das DST’s são os jovens usando menos preservativo
e mais conhecimento e confiança nos tratamentos que a medicina oferece, ao
invés da prevenção. “As pessoas estão deixando de se cuidar e isso aumenta a
transmissão das doenças”.
Não usar preservativo em todos os
tipos de relação sexual, e não apenas quando há penetração, compartilhar
seringas e até alguns produtos de higiene pessoal são fatores de risco para a
transmissão de DST’s. Apenas algumas das doenças, como a hepatite B e o HPV,
que pode causar câncer de colo de útero nas mulheres e outros tumores nos
homens, têm vacina.
“É sempre indicado procurar fazer
um check-up, porque algumas pessoas não sabem que são portadoras de doenças,
então precisa ter um controle”, aconselha a infectologista.
Além disso, é necessário que
mesmo o paciente que já fez o exame, e obteve resultado negativo, tome muito
cuidado. Existe uma janela imunológica de transmissão que pode apontar
para a ausência de enfermidades mesmo quando elas existem. “Vale muito mais um
hábito permanente de controle do que fazer um exame e deixar de
usar preservativos”, orienta.
A Dra. Raquel ainda chama a
atenção para mais um fato: “O paciente que tem uma DST tem três vezes mais
chances de pegar outra DST, porque é uma porta de entrada. Ele pode ter tido
outras relações sem preservação e não saber que está infectado. Por isso há uma
chance maior”, esclarece. Portanto, a prevenção é sempre o melhor caminho.
Algumas doenças sexualmente
transmissíveis são curáveis e as demais são tratáveis. Herpes genital, de
acordo com a especialista, tem 15% de chance de ser recorrente, até 55% de
chance de acontecer duas vezes e 30% de ocorrer uma só. A sífilis é curável,
mas pode haver recontaminação se os hábitos não mudarem. O HIV não tem cura,
mas é controlável e a hepatite B tem cura em mais de 90% dos casos.
Para o diagnostico, o médico
indicará os exames necessários, que podem ser de sangue, ginecológicos ou de
secreção peniana, por exemplo.
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