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quinta-feira, 10 de março de 2016

O que querem dizer seus desejos por comida?





O corpo humano se expressa de muitas maneiras, com seu próprio idioma, entretanto a forma de interpretá-lo varia de acordo com cada um. O principal objetivo do corpo é estar bem: bem hidratado, bem alimentado, bem descansado, bem emocionalmente. Quando ele detecta algum problema nos avisa imediatamente, porém nem sempre conseguimos identificar estas mensagens por falta de tempo, protocolos sociais, etc. Estes sinais também estão presentes quando pensamos em alguma comida, estes desejos ocupam nossas mentes e nos distraem.

Um desejo pode significar uma carência emocional, mais que alimentícia. Será necessário começar a observar os sintomas e saber diagnosticá-los. No geral quando estamos doentes, tristes, cansados o nos sentimos sozinhos, o doce chama mais atenção. Agora se nos sentimos cansados pelas responsabilidades, a imagem de um sorvete ou um picolé vem a nossa cabeça.

Quando buscamos fortalecimento interior pensamos em proteínas; quando estamos entediados, o salgado ou picante nos interessa. No geral cada pessoa pode ter desejos específicos para certas emoções. Também podemos ter desejo por costume, como por exemplo, se todos os domingos tomamos um sorvete ou todas as manhãs comemos frutas, nossa mente se acostumará e pedirá os mesmos alimentos quando algo nos faça lembrar a manhã ou tarde de domingo.

Enquanto aos nutrientes, se desejamos chocolate, necessitando magnésio, cromo ou vitaminas do complexo B. Os doces podem significar sede, magnésio e cromo. O pão significa que buscamos algo que nos de energia ou fibra. Já os alimentos salgados estão associando a necessidade do corpo em água com eletrólitos. Os alimentos fritos com gorduras e cálcio.

Se o desejo não está relacionado com a comida ele será esquecido depois de aproximadamente 10 minutos, necessitamos apenas concentração e pensar em alguma atividade de curto tempo, onde podemos iniciar, desenvolver e concluir as tarefas propostas. O desejo normalmente desaparece e será mais simples poder identificar o que realmente queremos.

Comer é um dos grandes prazeres da vida, ter desejo é natural e realizá-lo uma meta pessoal ao mesmo tempo que uma excelente forma de identificar o que realmente nosso corpo pede. Ao entender estas necessidades fisiológicas estaremos mais tranquilos, relaxados e focados em nossa vida pessoal, social e profissional. 

 

Marilú Acosta

(1976, Cidade do México), tem um PhD em Literatura Moderna (Universidad Iberoamericana, México), um Mestrado em Saúde Pública e Promoção da Saúde (Universidade Henri Poincaré, França) e dois graus, uma em medicina (U. Anahuac, México) e outra em Literatura Latino-Americana (Universidad Iberoamericana, México). Ele divide a sua vida entre o ensino profissional (U. Westhill, México), a criação de estratégias para a promoção da saúde, a coordenação internacional a emergências de saúde e escrita.


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