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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Criança é o foco do Dia Mundial de Combate à Obesidade




· Hábitos de crianças e adolescentes preocupam especialistas 
· Relatório da AAP destaca papel do pediatra 
#endocrinologia #sbemsp
Com o tema “Mudar para Viver Mais e Melhor", será realizado em São Paulo, no dia 11 de outubro (Dia Mundial da Obesidade), um mutirão de atendimento ao público no Parque Villa-Lobos. Dentre os serviços oferecidos, está a medição de altura, peso e circunferência abdominal da população, e entrega dos folders de conscientização sobre o tema para adultos e crianças, além de distribuição de bambolês e bolas, para incentivar o hábito de exercícios físicos. A ação é uma campanha da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia com apoio da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade) e da Secretaria Estadual de Saúde.
Números da obesidade – dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam um aumento de 75% nos casos de obesidade nos últimos 10 anos: são 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos. Mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares podem estar por trás do crescimento dos números.
A obesidade infantil ocupa o centro das preocupações. Segundo últimos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 15% das crianças brasileiras, com idade entre 5 e 9 anos, são obesas. O levantamento também aponta dados relacionados à nutrição: 65,3% de crianças do Centro-Oeste comem bolachas ou bolo, com menos de dois anos de idade. A estatística é seguida pela população do Sudeste, com 64,3%. Já as crianças menores de dois anos de idade, que tomam refrigerante ou suco artificial, correspondem a 38,5% no Sul do país, seguidas por 37,4% no Centro-Oeste e 34,2 no Sudeste.
“Depende da genética, mas a criança fica mais propensa a se tornar um adulto obeso a partir da idade pré-escolar, entre 6 a 7 anos”, conta Dr. Marcio C. Mancini, endocrinologista da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP).
Para saber se a criança está com peso normal, o método de avaliação usado é o escore-z do IMC. O escore-z indica a posição relativa do IMC entre crianças da mesma idade e sexo. Somente por meio dos gráficos de IMC é possível verificar o estado nutricional da criança.
O relatório da Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics - APP) aponta para importância do papel dos pediatras na prevenção da obesidade. Para promover hábitos saudáveis, entre outras indicações, o documento sugere 60 minutos de atividade física moderada a intensa, por dia.
A APP indica ainda que é preciso incentivar as famílias a fornecer informações sobre hábitos nutricionais aos pediatras, para que eles possam conscientizá-las sobre a quantidade certa a ser ingerida, número de porções, adoção de hábitos como o de comer à mesa sem interferência de aparelhos eletroeletrônicos, entre outros. Para os pesquisadores, a adoção e manutenção de hábitos saudáveis deve começar ainda no período pré-natal.
De acordo com Dr. Mancini, “para minimizar esta epidemia, principalmente, nas crianças/adolescentes, são necessárias medidas de prevenção do governo em Unidades Básicas de Saúde (UBS), e AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades). Também é de extrema importância medidas educacionais em escolas, além de redução de tempo - máximo de duas horas por dia - em computador, televisão, videogames e celular.” O médico acrescenta que é imprescindível que os pediatras verifiquem o peso das crianças e as encaminhem para um especialista.
A obesidade está associada a alterações metabólicas como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose, considerados fatores de risco para o diabetes melitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares que, até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos. Nos dias atuais, essas doenças já podem ser observadas em adolescentes com obesidade.
Sobre a SBEM-SP
A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas. Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/

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