· Hábitos de crianças e adolescentes
preocupam especialistas
· Relatório da AAP destaca papel do
pediatra
#endocrinologia #sbemsp
Com o tema “Mudar para Viver Mais e
Melhor", será realizado em São Paulo, no dia 11 de outubro (Dia Mundial da
Obesidade), um mutirão de atendimento ao público no Parque Villa-Lobos. Dentre
os serviços oferecidos, está a medição de altura, peso e circunferência
abdominal da população, e entrega dos folders de conscientização sobre o tema
para adultos e crianças, além de distribuição de bambolês e bolas, para
incentivar o hábito de exercícios físicos. A ação é uma campanha da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia com apoio da Abeso (Associação
Brasileira para Estudo da Obesidade) e da Secretaria Estadual de Saúde.
Números da obesidade – dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam um aumento de 75% nos casos de
obesidade nos últimos 10 anos: são 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e
700 milhões de obesos. Mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares podem
estar por trás do crescimento dos números.
A obesidade infantil ocupa o centro das
preocupações. Segundo últimos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 15% das crianças
brasileiras, com idade entre 5 e 9 anos, são obesas. O levantamento também aponta
dados relacionados à nutrição: 65,3% de crianças do Centro-Oeste comem bolachas
ou bolo, com menos de dois anos de idade. A estatística é seguida pela
população do Sudeste, com 64,3%. Já as crianças menores de dois anos de idade,
que tomam refrigerante ou suco artificial, correspondem a 38,5% no Sul do país,
seguidas por 37,4% no Centro-Oeste e 34,2 no Sudeste.
“Depende da genética, mas a criança
fica mais propensa a se tornar um adulto obeso a partir da idade pré-escolar,
entre 6 a 7 anos”, conta Dr. Marcio C. Mancini, endocrinologista da Regional
São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP).
Para saber se a criança está com peso
normal, o método de avaliação usado é o escore-z do IMC. O escore-z indica a
posição relativa do IMC entre crianças da mesma idade e sexo. Somente por meio
dos gráficos de IMC é possível verificar o estado nutricional da criança.
O relatório da Academia Americana
de Pediatria (American Academy of Pediatrics - APP) aponta para
importância do papel dos pediatras na prevenção da obesidade. Para promover
hábitos saudáveis, entre outras indicações, o documento sugere 60 minutos de
atividade física moderada a intensa, por dia.
A APP indica ainda que é preciso
incentivar as famílias a fornecer informações sobre hábitos nutricionais aos
pediatras, para que eles possam conscientizá-las sobre a quantidade certa a ser
ingerida, número de porções, adoção de hábitos como o de comer à mesa sem
interferência de aparelhos eletroeletrônicos, entre outros. Para os pesquisadores,
a adoção e manutenção de hábitos saudáveis deve começar ainda no período
pré-natal.
De acordo com Dr. Mancini, “para
minimizar esta epidemia, principalmente, nas crianças/adolescentes, são
necessárias medidas de prevenção do governo em Unidades Básicas de Saúde (UBS),
e AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades). Também é de extrema importância
medidas educacionais em escolas, além de redução de tempo - máximo de duas
horas por dia - em computador, televisão, videogames e celular.” O médico acrescenta que é imprescindível que os
pediatras verifiquem o peso das crianças e as encaminhem para um especialista.
A obesidade está associada a alterações
metabólicas como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose,
considerados fatores de risco para o diabetes melitus tipo 2 e as doenças
cardiovasculares que, até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos.
Nos dias atuais, essas doenças já podem ser observadas em adolescentes com
obesidade.
Sobre a SBEM-SP
A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da
Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus
associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de
sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de
Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento
e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público
orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos
endocrinologistas. Twitter: @SBEMSP - Facebook:
Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/
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