Pesquisa aponta que cenário econômico e desemprego são os principais medos da população
Crise econômica, alta do dólar e desemprego tem feito boa
parte dos brasileiros perderem o sono. O cenário não é novidade para
ninguém, desde o final de 2014 algumas ações já previam o fracasso da economia
em diversos setores. Pesquisa realizada pela Hibou, empresa de monitoramento e
pesquisa, mostra a percepção dos brasileiros das principais capitais: Curitiba,
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Brasília, cerca de 1548
pessoas foram entrevistadas.
“A expectativa de 32% dos entrevistados é que até
dezembro o país esteja pior do que esta hoje. Enquanto isso 25% acreditam que a
desvalorização da moeda é um dos principais fatores para o declínio ainda maior
do país”, afirma Ligia Mello, Sócia da Hibou.
O aumento do desemprego por conta da crise e a
desvalorização da moeda têm colocado um freio nos gastos diários e feito com
que os brasileiros repensarem nas estratégias para o próximo ano. A
insatisfação da população fica clara nos dados coletados.
As expectativas para 2016 não são animadoras:
· 25% apostam na desvalorização
da moeda como um dos principais fatores para a crise.
· 20% tem medo do desemprego
· 17% culpam os altos dos preços
· 14% apontam a falta de punição
dos corruptos e a falta de atitude do governo como os principais fatores para o
aumento da crise
· 8% tem medo de precisar fechar
o negocio se o cenário continuar como esta.
· 2% apenas dos entrevistados
não estão vendo problemas na situação atual do país.
A inflação, outro reflexo que tem levado ao
descontentamento, tem feito vitimas ao longo do ano, ações rotineiras como
compras diárias, mercado, despesas de casa são as mais afetadas. “Por mais que
se tente gastar menos, algumas coisas não são possíveis simplesmente riscar da
lista de prioridades, os danos causados pela inflação são claros quando
chegamos ao caixa”, comenta Ligia.
Onde a inflação se apresenta mais forte:
· Alimentos no mercado ou feira
– 90%
· Contas do mês (água, luz, gás
entre outros) – 87%
· Roupas, sapatos e acessórios –
46%
· Gastos com abastecimentos de
veículos – 37%
· Medicamentos – 35%
· Comer fora de casa – 27%
Por causa da falência econômica muitos já não conseguem
chegar ao final do mês com o salário na conta, fazendo uso do crédito parcelado
ou limite do banco, com isso ficando ainda mais endividado para o mês seguinte,
virando uma bola de neve de difícil solução.
Referente às compras feitas após dia 15 de cada
mês:
· 5% utilizam cheque pré datado
· 6% afirmam fazer compras em
dinheiro
· 7% ainda não abrem mão do
carne
· 11% dão preferência ao debito
· 16% preferem o cartão de
credito a vista
· 21% apelam para uso de debito
usando cheque especial
· 34% cobrem seus gastos com
cartão de crédito parcelado
A chegada do final do ano da esperanças para alguns, o 13º
que antes era utilizado para férias, presentes, poupança, hoje será usado para
quitar algumas dividas e entrar 2016 com a conta no azul.
Com
relação ao 13º
· 30% irá usar para pagar as
dividas em atraso
· 24% pretende equilibrar as
finanças
· 16% não possuem 13º
· 9% poderá comprar presentes
· 6% apenas podem ter a
possibilidade de viajar e curtir
· 5% irá guardar na poupança
· 2% pretende dar de entrada em
bens como carros ou apartamentos e investir em fundos de rendimento.
A torcida é para que nos próximos meses a crise diminua e
seja possível começar o ano novo sem tantas preocupações.
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