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terça-feira, 19 de agosto de 2014


Sociedade alerta sobre falta de patologistas no Brasil

Patologias alertam sobre a necessidade de valorização dos  profissionais e possível falta da especialidade no País, devido ao aumento de demanda de exames imprescindíveis para a saúde, como a biópsia

No mês  de agosto é comemorado o Dia do Patologista e em 2014 a data também remete aos 60 anos da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). Responsáveis por identificar os tratamentos mais adequados para os pacientes, os patologistas têm entre suas funções o diagnóstico do câncer, ao definir se o tumor é maligno ou benigno. São também os profissionais que decidem se um órgão é adequado ou não para transplante, além de terem papel protagonista no tratamento dos pacientes transplantados e em doenças inflamatórias e infecciosas.

Para o médico patologista e secretário geral da SBP, Ricardo Artigiani, não faltam patologistas no Brasil neste momento, porém com o aumento do número de alunos nas faculdades de medicina, a preocupação é que os patologistas não acompanhem a demanda. “Sem este profissional, os diagnósticos de diversas doenças não podem ser realizados. O número de patologistas precisa seguir o crescimento de outras especialidades para que não faltem profissionais no futuro. Com o aumento de médicos de outras disciplinas a demanda para os patologistas cresce e a preocupação é que não existam especialistas suficientes, principalmente em lugares longe dos grandes centros urbanos com oferta de exames e médicos”, diz.

Segundo pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), há 2.006 patologistas no Brasil, o que corresponde a 0,75% do total de médicos. A pediatria, por exemplo, é a especialidade mais numerosa, com 30.112 titulados.

Ainda, para Artigiani, os números demonstram que a adesão à especialidade ainda está longe do ideal. “Falta divulgação da patologia principalmente nas universidades. Os alunos não têm conhecimento profundo sobre o que faz o médico patologista e falta de incentivos na graduação”, comenta.

Sobre o perfil do patologista, a pesquisa aponta discreto predomínio de mulheres (54,54%) e idade média é de 47,69 anos.

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