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terça-feira, 5 de agosto de 2014


Idealizadora do movimento “Não hesite, apite” contra o assédio sexual às mulheres no transporte público participa de evento na cidade de Tatuí

Ação social já entregou mais de 400 mil apitos e folhetos com orientações legais sobre como as mulheres devem denunciar a agressão

 A advogada Rosana Chiavassa, presidente licenciada da ASAS e idealizadora do movimento “Não Hesite, Apite” - executado com o apoio da Casa Isabel -,  que distribui apitos para as mulheres se defenderem do assédio sexual no transporte público, participará da mesa “Violência Contra a Mulher”. O evento integra o projeto “Sem Medo de Ser Maria”, do 3º Congresso das Mulheres Sindicalistas, que acontece no dia 06 de agosto, às 10h00, no Solar Quim Quevedo, na cidade de Tatuí.

O movimento “Não Hesite, Apite” nasceu da indignação com os casos de assédio sexual que vitima as mulheres no transporte público, principalmente da Capital. A maioria das mulheres, por medo ou vergonha, não sabe como se defender dessa violência que deixa marcas inesquecíveis. “Foi para inibir o assédio e até mesmo impedir que esta agressão aconteça é que tivemos a idéia do apito”, conta Chiavassa. “Ao perceber a proximidade do agressor ou vir alguma outra mulher sob ameaça, o apito deve ser acionado para afastá-lo, chamar atenção de outras pessoas do ambiente e despertar o sistema de segurança”, explica, acrescentando que o apito, um brinquedo bastante antigo, foi hoje transformado em instrumento potente de defesa das mulheres.

O movimento “Não Hesite, Apite” teve início no final do mês de abril, nas portas das estações do Metrô e CPTM, no Brás, em São Paulo. Chiavassa conta que nesse primeiro dia por parte das mulheres a aceitação foi fantástica. “Muitas vieram espontaneamente nos contar suas histórias e se confessaram felizes por saber que havia essa iniciativa para defendê-las”, revela a presidente licenciada da ASAS.

De abril em diante o movimento ganhou corpo e adesões. Hoje o movimento “Não Hesite, Apite” acontece também em terminais de ônibus, portões de faculdades, entrada de hospitais. “Agora vamos levar o movimento para os shoppings centers, pois esse tipo de violência atinge mulheres de todas as classes sociais, etnias, religiões e cor de pele”, avisa.

O movimento “Não Hesite, Apite” já entregou, juntamente com o folheto de orientação sobre como a mulher deve defender-se legalmente dessa agressão, mais de 400 mil apitos. A meta é chegar a 1 milhão!

  • A ASAS – Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas do Direito do Estado de São Paulo
  • Casa Isabel é uma entidade de atende e acolhe mulheres vitimas de violência

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