Idealizadora do movimento “Não hesite,
apite” contra o assédio sexual às mulheres no transporte público participa de
evento na cidade de Tatuí
Ação social já entregou mais de 400 mil
apitos e folhetos com orientações legais sobre como as mulheres devem denunciar
a agressão
A advogada Rosana Chiavassa, presidente
licenciada da ASAS e idealizadora do movimento “Não Hesite, Apite” - executado
com o apoio da Casa Isabel -, que
distribui apitos para as mulheres se defenderem do assédio sexual no transporte
público, participará da mesa “Violência Contra a Mulher”. O evento integra o
projeto “Sem Medo de Ser Maria”, do 3º Congresso das Mulheres Sindicalistas,
que acontece no dia 06 de agosto, às 10h00, no Solar Quim Quevedo, na cidade de
Tatuí.
O movimento
“Não Hesite, Apite” nasceu da indignação com os casos de assédio sexual que
vitima as mulheres no transporte público, principalmente da Capital. A maioria
das mulheres, por medo ou vergonha, não sabe como se defender dessa violência
que deixa marcas inesquecíveis. “Foi para inibir o assédio e até mesmo impedir
que esta agressão aconteça é que tivemos a idéia do apito”, conta Chiavassa.
“Ao perceber a proximidade do agressor ou vir alguma outra mulher sob ameaça, o
apito deve ser acionado para afastá-lo, chamar atenção de outras pessoas do
ambiente e despertar o sistema de segurança”, explica, acrescentando que o
apito, um brinquedo bastante antigo, foi hoje transformado em instrumento
potente de defesa das mulheres.
O movimento
“Não Hesite, Apite” teve início no final do mês de abril, nas portas das
estações do Metrô e CPTM, no Brás, em São Paulo. Chiavassa conta que nesse
primeiro dia por parte das mulheres a aceitação foi fantástica. “Muitas vieram
espontaneamente nos contar suas histórias e se confessaram felizes por saber
que havia essa iniciativa para defendê-las”, revela a presidente licenciada da
ASAS.
De abril em
diante o movimento ganhou corpo e adesões. Hoje o movimento “Não Hesite, Apite”
acontece também em terminais de ônibus, portões de faculdades, entrada de
hospitais. “Agora vamos levar o movimento para os shoppings centers, pois esse
tipo de violência atinge mulheres de todas as classes sociais, etnias,
religiões e cor de pele”, avisa.
O movimento
“Não Hesite, Apite” já entregou, juntamente com o folheto de orientação sobre
como a mulher deve defender-se legalmente dessa agressão, mais de 400 mil
apitos. A meta é chegar a 1 milhão!
- A
ASAS – Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas do Direito do
Estado de São Paulo
- Casa
Isabel é uma entidade de atende e acolhe mulheres vitimas de violência
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