Tabagismo, Sedentarismo,
Obesidade estão entre os fatores de risco
de uma das doenças que
mais matam no mundo
Controlar os fatores de risco de doenças cardiovasculares
pode fazer a diferença para reduzir a incidência de AVC – Acidente Vascular Cerebral.
Aproximadamente 100 mil pessoas morrem de AVC por ano no
Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A estimativa é que 18 milhões de casos
novos em sejam registrados em 2015.
De acordo com o chefe do Núcleo de Neurologia do
Hospital Samaritano de São Paulo, Renato Anghinah, entende-se por fatores de
riscos: tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão arterial e
dislipidemias - aumento dos lipídios (gordura) no sangue (colesterol e dos
triglicerídeos).
“A faixa etária de maior risco são pessoas acima de 70
anos. Porém, está ocorrendo um aumento dessa incidência em jovens secundário ao
desenvolvimento precoce de dislipidemias em decorrência da ingestão de comidas
mais gordurosas, além da obesidade e sedentarismo”, afirma o
neurologista.
Anghinah explica que existem dois tipos de AVC: o
isquêmico e o hemorrágico. No AVC isquêmico, há uma interrupção do fluxo de
sangue. No AVC hemorrágico há um rompimento de vasos, provocando um
sangramento.
Os sintomas de um AVC, segundo o médico, são
basicamente a instalação de um déficit neurológico agudo:
* Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou
perna de um lado do corpo;
* Alteração súbita da sensibilidade com sensação de
formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
* Perda súbita de visão num campo visual
* Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para
articular, expressar ou para compreender a linguagem;
* Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
* Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio.
O tempo para o atendimento de uma vítima
de AVC será primordial para o tratamento e a redução do risco de sequelas.
“Deve ser o mais rápido possível e com a máxima urgência”, destaca o
especialista.
Segundo Anghinah, em uma fase de até 3 horas, pode-se
tratar com trombolíticos, no caso de um AVC isquêmico. Passado esse tempo,
segue a investigação da causa do AVC e Fisioterapia. Já no caso de AVC
hemorrágico, pode-se avaliar a necessidade de uma drenagem cirúrgica do
sangramento. As sequelas serão os déficits neurológicos apresentados como
sintomas, que tendem a serem mais brandos do que no momento de instalação do AVC.
“Por isso, a prevenção ainda é o melhor remédio”,
completa.
Hospital Samaritano de São Paulo