Segundo pesquisa, população
desconhece hábitos do vetor transmissor da doença e se protege irregularmente;
conheça dicas e informações
importantes para manter o mosquito transmissor da doença longe de sua
família
O alto índice de
casos de dengue, em particular no estado de São Paulo, tem gerado preocupação
na população, fato que se reflete na grande demanda por soluções como
repelentes e inseticidas. Efetivos na proteção, os produtos ganham ainda mais
eficiência quando combinados a informações a respeito da doença e de seu vetor
de transmissão, o mosquito Aedes aegypti.
“Conhecer o
inimigo profundamente é um passo fundamental para ganhar essa guerra”, afirma o
biólogo, entomologista e mestre em saúde pública João Paulo Correia Gomes.
Mas será que a
população sabe mesmo enfrentar a dengue?
Realizada pela
marca de inseticidas SBP, fabricada no Brasil pela anglo-holandesa RB (Reckitt
Benckiser), a pesquisa Eu Amo Minha Cidade Sem Dengue chegou a
respostas preocupantes.
Apenas um a cada
10 participantes do estudo acertou que o mosquito transmissor da doença vive
dentro de casa, e mais da metade dos 1000 respondentes errou ou admitiu
desconhecer o período de maior atividade do vetor, que é entre o início da
manhã e o final da tarde.
“Prevenção
continua sendo primordial, mas noções sobre a dinâmica do mosquito adulto são
também importantes, à medida que ajudam na proteção em situações de surto como
esta que vivemos agora”, justifica Gomes, consultor da investigação.
Para ajudar a
reverter esse quadro e reduzir a suscetibilidade dos cidadãos, confira algumas
dicas1 importantes de proteção e prevenção contra a dengue:
- O mosquito da dengue costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas horas da tarde, porém, devido à variação de temperatura, os mosquitos também podem atacar em qualquer outra hora e por isso devemos nos prevenir ao longo do dia e da noite.
- O mosquito da dengue costuma se distanciar até cerca de 200 metros do lugar onde nasceu, exceto na desova. Então, se você identificar um mosquito, procure perto do local o possível foco de dengue, elimine-o ou denuncie.
- O mosquito da dengue voa baixo, em média a 50 centímetros de altura. Como ele pica principalmente do joelho até os pés, é importante passar bastante repelente* nessa área do corpo.
- Mesmo se estiver usando calça comprida, não se esqueça de passar repelente*. A parte que o inseto usa pra chegar até o vaso sanguíneo e sugar sangue consegue atravessar o tecido.
- Fique de olho: é preciso limpar os locais suspeitos de foco com bucha, pois o ovo pode se manter vivo por mais de um ano sem água. Os locais mais comuns de encontrar os ovos são ralos, vasos de plantas, caixas d’água e calhas.
Da teoria
à prática
Sobre as práticas
de combate pela população, a pesquisa revela que apenas 39% utilizam
inseticidas diariamente, e só 26% – ou um a cada quatro – fazem uso de
repelentes com a mesma frequência.
“Embora estejam
entre as soluções de proteção mais populares, muitas pessoas ainda desconhecem
as diferenças entre elas e têm dúvidas sobre o modo adequado de usá-las”,
afirma Gomes.
Abaixo, confira
respostas para algumas questões recorrentes entre os consumidores.
Diferenças entre repelentes cosméticos,
repelentes para ambientes e inseticidas
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Dúvidas**
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Repelentes Cosméticos
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Repelentes para Ambientes
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Inseticidas
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O que são?
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Repelentes são
produtos cosméticos para proteção individual contra insetos. Como o próprio
nome sugere, eles repelem insetos, mantendo-os longe do corpo. |
Disponível em
diversas apresentações (elétricos líquidos, elétricos de pastilha e espiral),
repelentes para ambientes afastam insetos, mantendo-os longe do local onde se
encontra o produto ou promovem a diminuição dos movimentos dos insetos (ficam
parados). |
Inseticidas
domésticos são produtos classificados como saneantes, e diferentemente dos
repelentes, eles matam insetos. |
Como funcionam?
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Ao serem
aplicados sobre a pele, os repelentes cosméticos exalam uma substância química
que age sobre uma proteína presente na antena dos insetos, impedindo-os assim
de perceber o odor humano. |
Os repelentes
para ambientes expelem uma substância que age diretamente sobre o sistema
nervoso dos insetos. As antenas dos mosquitos detectam essa substância
irritante fazendo com que se afastem do ambiente tratado. |
A maioria dos
inseticidas domésticos é feita à base de piretrina, um composto químico
derivado do crisântemo. Esse composto atua sobre o sistema nervoso do inseto
provocando uma contração descontrolada de seus neurônios e causando assim sua
morte. |
Como usá-los?
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Aplique o
repelente por todo o corpo, homogeneamente, e reaplique sempre que
necessário, principalmente após mergulhos, ao sair do banho e em caso de
sudorese excessiva. Use o repelente sobre protetor solar, cremes e maquiagem,
respeitando sempre o tempo de fixação indicado pelos fabricantes. |
Utilizar o produto conforme instruções da embalagem.
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Utilizar o
produto conforme instruções da embalagem. |
*Atenção: o uso de
repelentes não dispensa nem substitui as demais medidas de combate às doenças
transmitidas por mosquitos.
** Siga as
instruções do rótulo e conserve fora do alcance de crianças e animais
domésticos.
1 Fontes: SBP e Repelex, com consultoria do biólogo,
entomologista e mestre em saúde pública João Paulo Correia Gomes.
** Nielsen Global Database, (2) Euromonitor, Nich
Hall, ACNielsen. (3) Financial Reports, 2012