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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A margem de erro e o futuro das pesquisas



A margem de erro e o futuro das pesquisas
Por Laura Kroeff, VP de planejamento e pesquisa do NCGroup; e Tiago Ritter, Chairman do NCGroup e CEO da W3haus


“O futebol é uma caixinha de surpresas”. O dito popular, tão verdadeiro quanto antigo, parece ter trocado o esporte pela urna eletrônica no primeiro turno das eleições, quando uma importante parte dos prognósticos se mostrou equivocada. Tanto quanto os resultados do pleito, a “margem de erro” tomou conta das conversas no país. Entre questionamentos, reclamações e interpretações bem-humoradas, uma pergunta parece ser cada vez mais relevante: quais são os caminhos para a modernização e melhoria dos métodos de pesquisas?


Errrrrou!

Tendo como referência as pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas na véspera das eleições, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) teria de 24% (Datafolha) a 26% (Ibope) das intenções de voto, quando na verdade obteve 33,55% dos votos. Candidato ao governo do RS, José Ivo Sartori (PMDB) aparecia em terceiro lugar nas pesquisas com 29% nos dois institutos, mas acabou o primeiro turno em primeiro lugar com 40% dos votos. Na Bahia, a situação foi semelhante com Rui Costa (PT), que era apontado com 46% dos votos e obteve 54,53%.. Já em SP, Alexandre Padilha (PT) obteve 18,22% dos votos, enquanto o Datafolha indicava 13% e o Ibope 14% no dia anterior à votação O candidato se sentiu prejudicado na campanha, pois a diferença entre pesquisas e urnas teria lhe custado valioso espaço nos jornais da Rede Globo, que utilizam este critério para definição do volume de exposição diário dos políticos.

Debates e questionamentos despontaram entre especialistas, na imprensa e também entre os eleitores nas redes sociais. Um meme do personagem Félix, vilão de Amor à Vida que caiu nas graças dos telespectadores, traduziu a perplexidade com humor e logo se espalhou: “Hoje é segunda-feira, 6 de outubro. Mas considerando a margem de erro do Ibope: Feliz Natal”, diz a imagem produzida pelo perfil @FelixAmargo.

Não parece ser coincidência que o apontamento das falhas nas previsões venha justamente das redes sociais, já que os métodos tradicionais de pesquisa não contemplam as intenções de votos manifestadas nesses meios.

Te dou um dado. Ou não

Muitos questionam a margem de erro de pesquisas que usariam amostras de poucos milhares de entrevistados para representar um país de mais de 200 milhões de habitantes. Mesmo que a população votante ultrapasse em 2014 os 140 milhões, o cálculo estatístico da amostra necessária não seria o problema, se a amostra fosse probabilística, método comprovado cientificamente. Esse método, porém, costuma ser substituído pelo sistema de cotas, uma alternativa mais rápida e econômica.Neste sistema, a quantidade de entrevistados que compõe uma amostra representativa é construída pelo instituto de pesquisa a partir de grupos com semelhanças culturais e sociais, cujos resultados dentro de cada grupo são replicados / projetados sobre uma amostra final.  A amostragem probabilística pressupõe que todos os eleitores têm chances iguais de serem entrevistados, enquanto na por cotas, se determina previamente o total de indivíduos de cada grupo que deve ser entrevistado. A justificativa dos institutos está na dificuldade de abordagem ampla da população através do método probabilístico, ainda que o mesmo já tenha sido adotado na Inglaterra desde 1992.

O fato é que o método vinha funcionando muito melhor do que ocorreu neste 1º turno de 2014. E, por isso, vem sendo utilizado além do cenário eleitoral. Como em pesquisas de mercado que ajudam a definir a estratégia de grandes empresas na hora de fatiar os investimentos pesados entre produto, comunicação, equipe, canais de vendas, etc.. O que poderia ter mudado no cenário para colocar em xeque um sistema utilizado há tantas décadas?

No meio do caminho tinha um byte. Tinha um byte no meio do caminho


Podemos listar algumas possíveis causas para esta mudança. Todas ligadas à rápida inclusão digital que se espalhou pelo país e as decorrentes mudanças de comportamento. Com mais de 105 milhões de internautas e na liderança de uso das principais redes sociais do mundo, a população brasileira rapidamente se empoderou do uso de tecnologias digitais. Existem mais aparelhos de celular habilitados do que habitantes no Brasil, por exemplo.

As duas primeiras conseqüências que interferem diretamente no trabalho dos institutos são a heterogeneidade de clusters comportamentais e a velocidade de mudança dos mesmos. Como afirma o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos uma realidade cada vez mais líquida. A conexão digital ampliou drasticamente a quantidade e a velocidade com que somos impactados por novas referências. Brasileiros de todas as classes, idades e regiões têm a oportunidade de se inspirar em visões e atitudes de pessoas que habitam qualquer lugar do país, ou até do mundo. Entre identificar alguma nova “verdade” sobre um produto, marca, ou mesmo candidato, que não condiz com os seus valores, deixar de consumi-lo e até mesmo passar a criticá-lo publicamente podem se passar apenas alguns minutos.

Como conseqüência, muitas empresas de pesquisa e marcas mais inovadoras abandonaram já há alguns anos a segmentação demográfica ou mesmo a definição de perfis comportamentais. Os perfis, rígidos e estereotipados, não pertencem a uma realidade tão diversa e fluida e são substituídos por “Moods”. Entre elas, não se fala mais que alguém “é”, mas sim que alguém “está” de determinada maneira. Com isso, em vez de tentar enquadrá-la em perfis, as pesquisas passam a fotografar os diversos “humores”, ou estados de espírito possíveis de serem assumidos por diferentes ou até mesmo pela mesma pessoa.

A tecnologia tem sido o grande propulsor dessa aceleração de realidade e das consequentes transformações comportamentais da atualidade. Ao mesmo tempo que disponibiliza um universo de conhecimento ao público, ela absorve tera e mais tera bytes de rastros de informação deixados pelo mesmo. A inteligência de cruzar, interpretar e dar sentido a esse altíssimo volume de dados é o chamado BigData. E no processamento de BigData em Real Time pode estar a resposta para as pesquisas do futuro.

Sabe quem perguntou pra você? Ninguém

Não vemos aqui apenas a capacidade de dar conta de uma amostra muito maior e mais abrangente geograficamente. Tampouco apenas a possibilidade de ter um instrumento capaz de acompanhar em tempo real as mudanças de humor dessa população heterogênea. Talvez um dos pontos mais valiosos do desenvolvimento desses novos métodos esteja na coleta de opiniões da maneira mais espontânea possível.

Fatores como a comunicação assíncrona e a ausência física do interlocutor, especialmente de contato visual, são algumas das causas do ‘Efeito de desinibição online’ identificadas pelo pesquisador americano John Suler. O tal efeito se refere a tese de que somos mais propensos a revelar emoções e desejos no ambiente digital. Para os pesquisadores que buscam continuamente, muitas vezes em vão, não interferir ou alterar a realidade do público com a sua presença e as suas perguntas, essa capacidade de observar milhões de conversas de longe se apresenta como uma valiosa alternativa. Buscar a opinião das pessoas na hora em que elas querem dar e não quando se quer receber é uma forma de garantir respostas muito mais precisas.

Com isso, o monitoramento de menções espontâneas nas redes sociais se torna uma grande ferramenta de captura de opinião e sentimento da população. Ferramentas que conseguem capturar essas menções, interpretar, agrupar e devolver em forma de dados já estão no mercado e servem para infinitos propósitos, até para entender as intenções políticas da população. A exemplo do ‘Causa Brasil’ (vimeo.com/71093637<http://vimeo.com/71093637>), uma plataforma que identificou e tornou pública em tempo real as causas mais relevantes para o brasileiro por trás das passeatas de julho de 2013.

Essa inteligência de busca e análise que damos o nome de Real Time Research aponta para uma tendência de caminho sem volta e que está impactando em larga escala o universo de pesquisa. Essa realidade já provocou fortes mudanças na maneira como grandes marcas lidaram com as respostas de seus públicos durante o Mundial de 2014. Da mesma forma, o Governo também esteve próximo de iniciativas como essa durante as manifestações de 2013. A discrepância entre as pesquisas eleitorais e o resultado dos votos pode vir a ser o estopim para envolver os grandes institutos nesse movimento de digitalização, que não tem volta. E assim, quem sabe, deixar as surpresas cada vez mais reservadas para o futebol.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cemitério dos Empregos






Empresários e trabalhadores têxteis e de confecções fazem instalação de cemitério em frente à feira chinesa

Nos últimos 12 meses 14 mil postos foram fechados

Às 13h da segunda-feira 27, um dia após o novo presidente do Brasil ter sido eleito, um cemitério sugirá em São Paulo. A instalação de 150 cruzes que serão enfincadas no canteiro central da Av. Otto Baumgaurten (Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte) representará os 14 mil postos de trabalho que foram fechados nos últimos 12 meses no setor têxtil e de confecção do Brasil. A localização do cemitério é muito simbólica, pois será em frente a uma feira chinesa que já recebeu, no ano passado, o primeiro protesto da indústria da moda. De lá para cá, as coisas só pioraram. O ato não é contra a feira, mas para chamar a atenção do governo e da sociedade para a falta de competição justa e o excesso de carga tributária sobre o setor brasileiro.
A iniciativa envolve a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit),Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré (Sinditec), Sindicato de Fiação e Tecelagem de São Paulo (Sinditêxtil-SP), Sindicato das Indústrias do Vestuário de São Paulo (Sindivestuário), Confederação Nacional dos trabalhadores das Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest), Federação dos Trabalhadores Têxteis (Fetratex) e Sindicato dos mestres e contramestres de São Paulo (Sindmestres).
Segundo as entidades, se o mercado é global, os meios e as práticas de produção também deveriam ser globais. A competição se torna injusta uma vez que os asiáticos  não cumprem leis rígidas  exigidas aos empresários brasileiros, como cuidados ambientais, benefícios e salários dignos aos trabalhadores. No entanto, os empresários asiáticos prosperam tranquilamente aqui no nosso país, enquanto o setor fecha postos de trabalho.
Há mais de um ano, a Abit apresentou uma proposta de Regime Tributário Competitivo para a Confecção ao governo. No estudo feito, se o RTCC fosse implantado, até 2025 o setor criaria mais 597 mil vagas e a produção cresceria 117%. Para tanto, a carga atual de tributos que uma confecção paga hoje, em média de 18%, seria fixada em 5% para todos os tamanhos de empresa. O fortalecimento da confecção irá alavancar toda a Cadeia têxtil.
Enquanto o governo não atende ao pleito do setor, o volume de vestuário importado cresceu 25 vezes na última década. Nos primeiros nove meses do ano, as importações de têxteis e confeccionados cresceram 5,7%, em valor, e as exportações caíram 6,1%, enquanto que o aumento no déficit na balança comercial foi de 8,4%, em relação ao mesmo período de 2013, segundo dados do MDIC. Somente as importações de vestuário apresentaram aumento de 10,3%, em valor, comparativamente com o mesmo período em 2013. Em toneladas essa variação foi de 7%.
Segundo dados do CAGED, nos últimos 12 meses (setembro de 2013 a agosto de 2014), o saldo de empregos no setor têxtil e de vestuário brasileiro ficou negativo em -14.082, enquanto que no período de setembro de 2012 a agosto de 2013, o saldo foi de 11.690.
O saldo entre contratações e demissões na indústria têxtil e de confecção (somente de empregados com carteira assinada), em agosto, foi de 159 contra 2.840 em igual período de 2013, mostrando uma queda vertiginosa no ritmo de contratações, mesmo em época de encomendas. 
Nos primeiros oito meses do ano (janeiro a agosto), o saldo de emprego ficou em 15.632 frente aos 33.958 de janeiro a agosto de 2013. Menos da metade do ritmo que o setor desempenhava nesse período
Os índices de produção também são preocupantes, tendo reagido poucas vezes nesse ano. Segundo dados do IBGE, de janeiro a agosto de 2014 houve diminuição de - 2,9% na produção de vestuário e de - 6,6% na de têxteis em âmbito nacional.



Cemitério dos Empregos: ato simbólico do setor têxtil
Dia 27/10 às 13h
Local: Avenida Otto Baumgart, 1000 (em frente ao Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A evasão da ética


É constrangedor para o nosso povo e prejudicial ao ambiente de negócios a informação de que mais de 30 bilhões de dólares em dinheiro ligado ao crime, à corrupção e à sonegação de impostos saem do Brasil a cada ano. Os dados, divulgados pela Global Financial Integrity (GFI), grupo de pesquisa sediado em Washington (EUA) e defensor da transparência financeira, impõem reflexão sobre o que queremos para o presente e o futuro, pois é premente combater esse mal.
O artifício mais utilizado para as remessas ilegais é a precificação irregular, ao se cobrar a menos ou a mais por bens e produtos. Há, ainda, o contrabando, a lavagem de dinheiro e as transferências de recursos do crime organizado internacional. Conforme observa a GFI, nosso país tem um sério problema com fluxos financeiros ilícitos. A esse diagnóstico soma-se a corrupção do setor público, crônica em nossa história, estabelecendo-se um cenário negativo para a economia.
Segundo o estudo, as perdas anuais equivalem a 1,5 por cento da produção econômica nacional, drenando dinheiro que poderia ser utilizado para impulsionar o crescimento do PIB e/ou melhorar os serviços públicos. Para que tenhamos ideia mais concreta dos danos representados pela fuga de recursos, fiz um exercício matemático.. Os resultados são espantosos!  
Ao câmbio oficial do dia 10 de setembro, os 30 bilhões de dólares que perdemos todo ano equivalem a 62,42 bilhões de reais. Com esse montante seria possível realizar quase oito obras como a transposição do rio São Francisco, um dos maiores empreendimentos da engenharia brasileira em todos os tempos, orçado em oito bilhões e duzentos milhões de reais (o custo previsto em 2007 era de R$ 4,6 bilhões, mas houve vários aditivos contratuais, em análise pelo Tribunal de Contas da União).
Por ocasião da Copa do Mundo, foi imensa a polêmica quanto à construção das doze arenas brasileiras, que custaram, somadas, oito bilhões e meio de reais, média de 700 milhões cada. Pois bem, com o dinheiro que perdemos nas remessas ilegais, seria possível construir 89 estádios padrão FIFA. 
Este ano, o Governo Federal liberou 24,1 bilhões de reais para o Plano da Safra da Agricultura Familiar 2014/2015. Os recursos evadidos representam quase três vezes esse valor. Poderíamos praticamente ter triplicado as verbas em apoio a um segmento decisivo para a agropecuária, produção de alimentos, fixação das pessoas no campo e geração de trabalho e renda.
Na área do ensino (prioridade ainda não atendida a contento no País), os recursos desperdiçados na ilegalidade possibilitariam multiplicar em 53,8 vezes o orçamento total previsto para 2014 da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, de 1,16 bilhão de reais. E estamos falando da maior rede educacional do Brasil, com 5,3 mil escolas, 230 mil professores, 59 mil servidores e mais de quatro milhões de alunos.
Em 2010, o Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp produziu o estudo “Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate”, com base no modelo da Transparência Internacional. Em valores de 2012, o custo anual médio da improbidade corresponde a R$ 60,7 bilhões, algo muito próximo do agora apurado pela GFI, referendando a gravidade do problema.
Temos instituições sólidas, Estado organizado de acordo com padrões avançados da democracia, empresários e trabalhadores com grande capacidade laboral e pautados pela correção de conduta, bem como governantes e parlamentares eleitos pelo voto direto. Contamos, assim, com os elementos necessários para impedir que a minoria desonesta promova a evasão da ética no setor público e na iniciativa privada, pulverizando recursos gerados pelo trabalho de nossa gente.


João Guilherme Sabino Ometto - engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP), é vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

25 de outubro – Dia Mundial do Macarrão




Dez motivos para comer macarrão sem culpa
 
logo.jpg Em comemoração ao Dia Mundial do Macarrão, celebrado em 25 de outubro, a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados – ABIMA – listou 10 motivos para você se entregar sem culpa às delícias de uma boa massa. Confira!

1.     Macarrão é sinônimo de saúde
O macarrão é fonte de carboidratos e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Segundo a recomendação do Guia Alimentar para População Brasileira, do Ministério da Saúde, de 55% a 75% do total de calorias ingeridas diariamente devem ser provenientes do carboidrato, ou seja, de cinco a seis porções diárias.
 
2.     Macarrão não engorda
Um dos maiores mitos sobre o alimento é que ele engorda por ser rico em carboidrato. Considerando que a alimentação diária é dividida em cinco refeições – café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar – uma porção de macarrão, equivalente a quatro colheres de sopa (105g), pode estar presente no almoço ou no jantar e fornece aproximadamente 180kcal. Os acompanhamentos consumidos com a massa é que podem acrescentar muitas calorias, portanto, é importante ficar atento ao tipo de molho utilizado. Evite os que são à base de queijo e creme de leite, prefira os molhos de tomate.
 
3.     Macarrão é fonte de energia
O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo humano em todas as fases da vida. Para quem pratica atividades físicas, recomenda-se o consumo de macarrão antes e após os treinos para dar força ou repor o gasto calórico.
 
4.     Macarrão favorece a dieta equilibrada
O macarrão é o perfeito aliado de alimentos fundamentais para uma dieta equilibrada, como legumes e verduras. Esfriou o tempo? Coloque o macarrão na sopa de legumes junto com uma proteína magra e aproveite a refeição. Esquentou e não quer comida quente? Uma salada de macarrão com frango desfiado também é muito saborosa. Seja o chef, use a criatividade e crie sua própria receita.
 
5.     Macarrão é sinônimo de praticidade
Não existe refeição mais prática e rápida de fazer do que as feitas à base de macarrão. O tempo de cozimento varia de acordo com o tipo de massa, mas geralmente ficam prontas em até dez minutos quando preparados com água fervente.
 
6.     Macarrão é versátil
O macarrão pode ser servido quente, frio, em sopas, saladas, como prato principal, acompanhamento e até como sobremesa. Massas para rechear são um bom exemplo de refeição completa feita apenas com macarrão. Com um molho simples, à base de tomate, alho e óleo, pode acompanhar uma carne assada, frango ou peixe. Como protagonista da refeição, pode ser feito com receitas elaboradas como uma lasanha, por exemplo.
 
7.     Macarrão é acessível
O macarrão é um alimento econômico, acessível ao “bolso” da grande maioria de famílias do país. É um dos itens que compõem a cesta básica e está presente em 99,9% dos lares brasileiros. Um pacote de 1kg de massa mais 400g molho de tomate possibilita o preparo de uma refeição para uma família de oito pessoas. Computando os valores da massa, do molho e até mesmo da água e do gás, esta refeição individual sairá pelo valor de aproximadamente R$1,60.
 
8. Macarrão tem ótimo rendimento
Um pacote 1kg de macarrão rende 2kg de alimento – já que a massa, quando cozida, praticamente dobra de peso devido à hidratação. Além disso, o produto é fácil de ser encontrado e seus diferentes tipos podem ser comprados em mercados em todo o país.
 
9. Macarrão agrada a todas as idades
O macarrão é um alimento universal, que agrada desde as crianças até pessoas mais velhas. Basta adaptar o tipo de massa, o formato e o molho aos diversos públicos que a receita certamente vai agradar.
 
10. Macarrão é fácil de variar         
Existem cerca de 600 formatos diferentes de macarrão no mundo todo. Entre os mais conhecidos estão espaguete, parafuso, gravata, lasanha, penne, ninho entre outros. Além da forma em si, as massas também se diferenciam pelos tipos e ingredientes: secas, de grano duro, à base de ovos ou não, integrais, coloridas com adição de vegetais, frescas e instantâneas. Com tantas opções é impossível cair na monotonia alimentar.

sábado, 18 de outubro de 2014

Outubro Rosa pet: tumor de mama corresponde a 53% dos casos da doença em cadelas




Veterinário do hospital Pet Care explica que diagnóstico precoce é essencial para aumentar em 90% as chances de cura
O câncer de mama, doença alvo da campanha mundial Outubro Rosa, não é exclusividade dos humanos. Na rede de hospitais veterinários Pet Care, por exemplo, os tumores de mama correspondem a 53% de todos os casos de câncer em cadelas e 17% em gatas atendidos pela equipe de Oncologia da rede. “Esse índice reforça a necessidade de conscientizar os donos sobre a importância dos exames periódicos e no diagnóstico precoce da doença, quando normalmente não há sinal de desconforto ou dor”, explica o diretor clínico do Pet Care, Marcelo Quinzani. “Quando o tratamento é precoce, as chances de cura aumentam em 90%”, completa.
O diagnóstico de câncer de mama se faz pela observação de nódulos, pólipos ou aumento de volume no tecido mamário. “Isso pode acontecer pela observação visual ou pela palpação das mamas em um exame feito pelo próprio dono no ambiente doméstico ou por um especialista no consultório médico”, explica o veterinário. Apenas com o passar do tempo e crescimento do nódulo podemocorrer dor, feridas na pele e presença de secreção de leite e/ou secreção escura nos mamilos.

As causas
Quanto às causas do câncer de mama nos pets, Marcelo Quinzani explica que existem três fatores principais envolvidos no aparecimento de tumores em gatas e cadelas, lembrando que o uso de anticoncepcionais tem relação direta com a doença, sendo fortemente contraindicados. “Observamos a natureza genética, ambiental e hormonal. Sabemos que ele acontece com maior frequência em fêmeas com idade entre 10 e 11 anos e também em fêmeas obesas. Também existe predisposição racial, sendo menos comum em cadelas da raça Beagle e Boxer”, explica.
Estudos já confirmam que a castração precoce é o procedimento mais indicado na prevenção do tumor. “Sabe-se que a castração antes do primeiro cio diminuiu para 0,5% a chance de desenvolver tumor de mama em cadelas. Se a castração for realizada entre o primeiro e segundo cio, a chance aumenta para 8% e, depois do segundo cio, para 26%. O controle de peso também ajuda na prevenção”, diz Quinzani.

Diagnóstico e tratamento
O tratamento é sempre cirúrgico. O animal realiza exames pré-anestésicos que incluem exame de sangue, exame do coração, raio-x de tórax e ultrassom de abdômen. Após todos esses procedimentos, é realizada a cirurgia da cadeia mamária acometida (total ou parcial), exame histopatológico (biópsia) do nódulo removido cirurgicamente, seguido ou não de quimioterapia. “A necessidade da quimioterapia vai depender do resultado obtido na biópsia, que definirá se o tumor é maligno e, se for, qual o seu grau de malignidade”, explica o veterinário. “Como a incidência de nódulos malignos nas mamas nas cadelas é de 50% e, nas gatas, é de 80%, recomenda-se a retirada de todos os nódulos de mama para avaliação”, completa.
Ainda segundo o especialista, o tratamento correto e completo da doença é importante para que ela não se espalhe pelo corpo do pet, através de metástases para os gânglios, pulmão, fígado, rins, ossos, coração e pele.

Quimioterapia
As consequências da quimioterapia em animais são diferentes do tratamento em humanos. “Normalmente eles não perdem pelo - depende da raça e da droga utilizada - e são raros os casos de algum mal-estar considerável”, explica Quinzani.
A quimioterapia pode envolver medicação oral, injetável, diluída em soro ou a combinação de todas essas possibilidades, dependendo do exame histopatológico - grau de malignidade - idade do animal e presença de outras doenças. O número de sessões e frequência depende do protocolo adotado e a maioria recebe medicação uma vez por semana durante três a seis meses. “Na quase totalidade dos casos o animal não precisa ser anestesiado e recebe as medicações sem trauma”, completa o veterinário.

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