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quarta-feira, 8 de março de 2023

A pimenta pode causar anafilaxia

Em pessoa com asma, as especiarias também podem causar broncoespasmo e desencadear uma crise de aguda


A anafilaxia é uma reação alérgica grave, que ocorre rapidamente envolvendo vários órgãos ao mesmo tempo, tendo como causas alimentos, medicamentos, ferroadas de insetos, como vespa, abelha, marimbondo e formiga de fogo. Nos adultos, a anafilaxia é mais rara quando comparado com as crianças, que têm o dobro de frequência de reações alérgicas alimentares que os adultos.

 

A Dra. Albertina Varandas Capelo, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), conta que as causas de anafilaxia nos adultos ocorrem mais por crustáceos como camarão, siri, lagosta e caranguejo.

 

“Quando falamos de especiarias, como a pimenta, as reações variam de irritativas, intolerância e até verdadeiras alergias, já que a maioria das reações são intolerância, sendo as reações verdadeiramente alérgicas mediadas por anticorpos da classe IgE, consideradas muito raras”, explica a especialista da ASBAI.

 

Ela ressalta que é muito importante diferenciar, uma vez que essas reações verdadeiramente alérgicas mediadas por anticorpos podem desencadear anafilaxia, enquanto uma reação não alérgica é autolimitada, podendo melhorar sem tratamento.

 

No caso das especiarias, como a pimenta, podem desencadear sintomas cutâneos, gastrointestinais e respiratórios. Coceira no corpo, urticas, placas vermelhas, coceira na boca, dor abdominal, diarreia, náuseas, espirros, coriza, tosse e chiado no peito.

“No paciente que tem asma, as especiarias também podem causar broncoespasmo, ou seja, desencadear uma crise de asma aguda. Precisamos lembrar que os produtos comercializados em caixas, pacotes, como as conservas, podem conter outros ingredientes como gergelim (proteína alimentar) que pode causar alergia em paciente sensibilizado, além de sulfitos, entre outros, estes considerados conservantes e que também podem desencadear reações semelhantes aos processos alérgicos, comenta Dra. Albertina.

 

A contaminação com utensílios, o uso de produtos cosméticos, contendo proteínas alergênicas alimentares, aspiração do alimento, seja durante o cozimento ou os antígenos alimentares que ficam suspensas no ar podem desencadear também reações anafiláticas no paciente suscetível.



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Colonoscopias aumentaram 33% em 2022, segundo levantamento da SBCO em base do DATASUS

A realização dos procedimentos decaiu devido à pandemia de Covid-19, porém, informações levantadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica junto ao dados do Ministério da Saúde mostram que houve retomada no ano passado 

 

A campanha Março Azul tem o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância do diagnóstico precoce e rastreamento do câncer colorretal. Nos últimos três anos, a realização da colonoscopia - fundamental para o diagnóstico precoce da doença - diminuiu devido às medidas restritivas, como a suspensão dos serviços de colonoscopia nos hospitais.

Em 2019, conforme levantado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) 347 mil colonoscopias foram registradas no DATASUS, banco de dados do Ministério da Saúde. Em 2020, muitos exames deixaram de ser realizados, visto que o número caiu para 241 mil. Em 2021, uma leve retomada: 304 mil. No ano de 2022, os procedimentos aumentaram para 407 mil no Brasil. A boa notícia é que os resultados do último ano superam a quantidade de colonoscopias realizadas anteriormente à pandemia de Covid-19.

O câncer colorretal é o segundo mais letal do planeta. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que os hospitais brasileiros irão tratar cerca de 45 mil novos casos da doença a cada ano do triênio 2023-2025. A Organização Mundial de Saúde calcula que essa região representa 10% dos diagnósticos de câncer no mundo.

A colonoscopia é um procedimento fundamental na rotina dos hospitais. Consiste no exame minucioso do interior do intestino grosso com um tubo flexível contendo uma pequena câmera na ponta. O equipamento chamado colonoscópio é inserido pelo ânus e se move pelo cólon em busca de anomalias ou doenças. Dessa forma, a colonoscopia é um procedimento ideal para detectar e diagnosticar doenças do cólon, como pólipos (lesões na parede do intestino), doença inflamatória intestinal e câncer. Também é possível coletar amostras para análise em laboratório. A maioria dos tumores são originários de pólipos benignos, identificados pela colonoscopia.

Marcus Valadão, Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, reforça a eficácia de investir no rastreamento do câncer colorretal: “É muito mais barato prevenir, fazer colonoscopia e retirar pólipos que podem se transformar em câncer. O tratamento do câncer tem um custo muito maior, pois será necessário cirurgia, quimioterapia, radioterapia, etc”, afirma.

Conforme o cirurgião, o Brasil precisa de mais investimento em programas de rastreio, por meio, principalmente, do aumento de infraestrutura hospitalar e tratamento preventivo. “Esse gargalo ocorre não só no SUS, mas no sistema de saúde privado também”, informa. O cirurgião oncológico e presidente da SBCO, Héber Salvador, explica que a entidade, com base em diretrizes da Sociedade Americana de Câncer (ACS), recomenda que o exame seja realizado a partir dos 45 anos em pessoas sem sintomas e sem histórico familiar de câncer colorretal, ou mais precocemente (dez anos antes da idade do caso ocorrido na família) e/ou em portadores de Síndrome de Câncer Hereditário.


Câncer colorretal: quais são os sintomas?

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica recomenda procurar um médico especializado ao sentir estes sintomas:

  • presença de sangue nas fezes;
  • alternância entre diarreia e prisão de ventre;
  • fezes muito finas e compridas;
  • perda de peso inesperada;
  • sensação de fraqueza e anemia;
  • dor ou desconforto abdominal;
  • presença de massa abdominal.


Como prevenir?

Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são a alimentação desequilibrada, sedentarismo, obesidade, tabagismo e hereditariedade. Dessa forma, os médicos recomendam manter alimentação saudável, buscar um peso corporal adequado, praticar atividades físicas regularmente e evitar exposição ao cigarro e álcool. Além disso, seguir as recomendações de rastreamento.
(colonoscopia a partir dos 45 anos). 


Celulite infecciosa: Quando a intervenção cirúrgica é necessária

Conheça o ponto de vista de um cirurgião plástico diante do tema

 

A celulite infecciosa ou celulite bacteriana, como é chamada, é um problema grave na pele e que requer atenção médica rápida quando aparece. Diferente da celulite comum encontrada na maioria das pessoas, por exemplo, a celulite infecciosa causa dor e inchaço e sem tratamento a mesma pode trazer complicações graves com risco à vida.

É uma condição comum e geralmente inofensiva, que afeta mais de 2 milhões de brasileiros. Em alguns casos essa inflamação atinge camadas mais profundas da pele, resultando em celulite infecciosa. Dr. Josué Montedonio, cirurgião plástico referência no litoral de São Paulo explica como a cirurgia plástica pode ajudar em casos mais graves. 

“A celulite infecciosa é uma enfermidade que pode acontecer em pacientes que possuem cortes na pele, seja pela realização de uma cirurgia ou até mesmo uma picada de inseto não tratada ou com lesões na pele como micoses e dermatites contam com maiores chances de contrair a doença, que permitirá bactérias penetrar a pele e infectar camadas mais profundas. Dentre as mais comuns e encontradas nestes casos estão a Staphylococcus ou Streptococcus que são bactérias presentes na nossa pele. Assim elas podem se colonizar em tecidos mais profundos, causando infecções localizadas que podem vir a se disseminar pelo corpo do paciente”, explica Dr. Josué sobre a condição que afetou o ator Rafael Cardoso. 

Os sintomas gerais que indicam uma infecção são dor, calor no local, vermelhidão e inchaço que pode se alastrar. 

O tratamento para esse modelo de infecção generalizada é, em suma, clínico, com uso de antibióticos via oral. Em casos mais graves o paciente pode vir a ser internado para administrar medicação intravenosa com monitorização. Os riscos de sequelas são baixos se tratados desde os primeiros sintomas, ao retardar, pode resultar em quadros mais sérios como endocardite e outros tipos de infecção. 

O cirurgião pontua que quando falamos de celulite infecciosa o quadro mais frequente é o de erisipela, que pode levar a linfangite, onde ocorre o inchaço dos tecidos linfáticos, o paciente apresenta febre e mal-estar. Com o diagnóstico e tratamento adequado, o paciente costuma apresentar uma boa remissão, mas em caso de progressão, pode ocorrer necrose, necessitando de ressecção do tecido morto, tornando-se necessária a intervenção cirúrgica. 

Então a cirurgia plástica é uma ferramenta de apoio a casos graves de celulite infecciosa, onde a progressão do quadro provoca abscessos que precisam ser drenados, ressecção de tecido infeccioso ou até necrosado, levando até a septicemia, que é uma infecção generalizada. A progressão dessas bactérias pode ir além da reparação plástica, se muito extensa e alcançarem tecidos mais profundos podem resultar na amputação do membro. 

Dr. Josué finaliza pontuando que “a celulite infecciosa pode ser mais comum em pacientes que já tenham alguma imunodepressão, diabetes ou problemas linfáticos, que apresentem comprometimento da vascularização, então é necessária uma atenção extra para que o diagnóstico seja feito precocemente”.

 

Dr. Josué Montedonio Nascimento - possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (2004). É sócio da Associação Paulista de Medicina, da Sociedade Brasileira de Queimaduras, membro da Federación Latino Americana de Quemaduras, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da American Society of Plastic Surgeons. Atualmente é sócio na Clínica AudiMontedonio.


Endometriose: doença silenciosa que afeta 10% das mulheres brasileiras

Especialista explica mais sobre a condição, seus sintomas, diagnóstico e tratamento para uma vida mais saudável 

 

Boa parte das mulheres sentem dor no período menstrual, mas não imaginam que isso pode indicar algo mais sério, como a endometriose. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, a enfermidade afeta 10% das mulheres brasileiras e pode causar dores intensas além de infertilidade. 

A endometriose é uma condição na qual o tecido que normalmente cresce dentro do útero começa a crescer fora dele, afetando órgãos, como ovários, Trompas de Falópio e outras partes do corpo feminino. Segundo Dr. Rogério Tadeu Felizi, ginecologista do Hospital Vergueiro, o problema pode começar desde cedo, do momento da primeira menstruação até a menopausa, explica o médico. 

A rotina de uma mulher com a condição pode ser bastante difícil, já que os sintomas passam por fortes cólicas e intensas dores abdominais recorrentes, dificultando atividades, como trabalhar, estudar e praticar exercícios físicos -- inclusive afetando a saúde mental. 

A falta de diagnóstico precoce e de tratamento adequado torna a vida ainda mais desafiadora para as pacientes. Porém, segundo o especialista, é importante que as mulheres entendam que sentir dor não é normal e busquem ajuda quanto antes com um especialista para que possam efetuar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. 

“Muitas vezes não se valoriza a queixa de dor da mulher, por isso, é comum o relato de pacientes sobre terem ouvido a vida toda que ‘ter dor e cólica é normal’. Mas sentir dor não é normal. Portanto, em caso de dor ou qualquer outro desconforto, procure um profissional para investigar as causas", esclarece o Dr. Felizi.
 

Sintomas, diagnóstico e tratamento 

Os sintomas da endometriose variam conforme a gravidade e a extensão das lesões. De acordo com o Dr. Felizi, os mais comuns incluem dor pélvica, cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais, sangramento menstrual irregular e dor ao urinar ou evacuar. Algumas mulheres também podem apresentar fadiga, náuseas e diarreia durante o período menstrual. 

Como os incômodos podem ser confundidos com os do período menstrual, é essencial que a paciente relate todos os sintomas e desconfortos ao profissional, para que ele possa fazer uma avaliação detalhada e indicar os exames necessários para o diagnóstico preciso. “Um ultrassom transvaginal convencional só consegue diagnosticar a endometriose quando ela está muito avançada. Para ter o diagnóstico precoce, é preciso fazer ultrassom transvaginal com preparo intestinal, que é um exame mais específico, ou ressonância magnética de pelve”, explica. 

O Dr. Rogério Felizi ressalta a importância da conscientização sobre a dor ser um sinal de alerta para a possível presença de endometriose, a fim de se obter um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes, evitando casos mais graves, que podem demandar a realização de uma cirurgia. “Infelizmente, é comum que haja demora na detecção da doença, no Brasil o tempo médio entre o início dos sintomas e a definição do diagnóstico pode chegar a 12 anos”, comenta o especialista.
 

Boa alimentação e prática regular de atividade física são aliados no tratamento? 

Sim, mas na maior parte das vezes, o tratamento clínico envolve o uso de medicamentos, seja para aliviar as dores e reduzir a inflamação, seja com terapia hormonal para controlar os sintomas, podendo ser complementado com acompanhamento nutricional, evitando alimentos inflamatórios (como açúcar, farinha branca e carne vermelha, que potencializam a dor), além de orientar a prática de atividade física (que produz endorfina e leva a uma melhora dos sintomas). 

“É importante lembrar que a endometriose é uma doença crônica e que o tratamento deve ser contínuo e acompanhado por um médico especialista. Dessa forma, é possível obter uma melhora significativa na qualidade de vida das mulheres com a condição”, conclui. 

Naquelas pacientes que não apresentam melhora com a medicação, ou nas que se observa comprometimento intestinal, da parte ginecológica ou das vias urinárias, a cirurgia é indicada. “O procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia ou cirurgia robótica. É um método de intervenção, com o objetivo de remover todo o tecido endométrico que está no abdômen da mulher”, explica o médico. 

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Instituto Horas da Vida e FEMME ampliam parceria e passam a oferecer 90 exames gratuitos de mamografia e Papanicolau por mês

Em parceria com o FEMME - Laboratório da Mulher, a ONG aproveita a campanha Março Lilás para reforçar suas ações direcionadas à saúde feminina

 

O Instituto Horas da Vida - organização sem fins lucrativos que busca levar saúde às pessoas em vulnerabilidade social – passa a oferecer gratuitamente 90 exames de mamografia e Papanicolau já a partir de março. Em parceria com o FEMME - Laboratório da Mulher, um laboratório de medicina diagnóstica dedicado exclusivamente à saúde feminina, o Horas da Vida aproveita a campanha Março Lilás para reforçar suas ações direcionadas a este público.


A parceria com o laboratório Femme acontece durante todo o ano. São oferecidos, gratuitamente, ao todo 30 exames de mamografia e 60 exames Papanicolau por mês. Para participar da campanha, as interessadas precisam residir na cidade de São Paulo e fazer o cadastro diretamente na landing page da ação: https://www.horasdavida.org.br/saude-da-mulher.


Após o preenchimento, a equipe do Horas da Vida fica responsável por toda a comunicação com o laboratório FEMME, bem como o acompanhamento de cada caso e o agendamento dos exames, que acontecem nas unidades Paraíso, Tatuapé e Moema do FEMME. O cadastro pode ser feito a qualquer momento, e o agendamento ocorre com antecedência. Desta forma, os novos agendamentos estão disponíveis a partir de abril, podendo haver fila de espera.


“Além da conscientização sobre a importância do autocuidado, da prevenção e do diagnóstico precoce, nossa parceria de longa data com o FEMME nos permite partir para a ação, oferecendo acesso direto aos exames para quem precisa, e a partir deste mês da mulher com um número ainda maior de exames gratuitos disponíveis”, diz Rubem Ariano, CEO e fundador do Instituto Horas da Vida.


“No FEMME, nosso propósito é o Amor por Ela, e acreditamos que todas as mulheres têm direito ao cuidado com a saúde. Por isso criamos os projetos sociais Mamografia do Bem e Papanicolaou do Bem, que levam exames gratuitos para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Todas as participantes são sempre recebidas com muita atenção, carinho e acolhimento, como tudo que fazemos no FEMME”, comenta Roberto Cardoso, diretor de Pessoas e Cultura do FEMME- Laboratório da Mulher.


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente do mundo, atrás apenas do câncer de pele, com estimativa de 66.280 mulheres serão afetadas por ano. A doença é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na Região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a posição.


A mamografia é considerada o principal meio de prevenção contra o câncer de mama, devendo ser realizada anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos de idade. O diagnóstico precoce ajuda a reduzir o número de mortes em decorrência da doença e permite uma abordagem menos agressiva durante o tratamento clínico ou cirúrgico, proporcionando até 95% de chances de cura.


Já o Papanicolaou é a principal estratégia para detectar lesões, alterações no colo do útero e fazer o diagnóstico de câncer em estágio inicial. O procedimento é indolor, simples e rápido. Grávidas também podem fazer o exame, sem prejuízo para a saúde do bebê. Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve fazer o exame anual preventivo, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos.


Sobre o Instituto Horas da Vida

O Instituto Horas da Vida é uma instituição sem fins lucrativos que atua desde 2013 por meio de uma rede de voluntários de profissionais da saúde, promovendo a inclusão social e o acesso gratuito à saúde para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A organização atua com foco na atenção primária em 30 especialidades e possui ações como: consultas, exames, mutirões, palestras sobre saúde e doação de óculos. Possui, entre outras certificações, o Selo Doar, que atesta a transparência nas ONGs brasileiras. Desde o início da pandemia do Covid-19, tem desenvolvido projetos especiais e parcerias em benefício de grupos diretamente atingidos, como idosos, Hospitais filantrópicos e os próprios profissionais de saúde. Mais informações em www.horasdavida.org.br.

  

FEMME - Laboratório da Mulher

www.laboratoriodamulher.com.br


Mulheres no pós-menopausa têm maior risco de fraturas por osteoporose

 

A osteoporose é uma doença silenciosa e as mulheres no período pós-menopausa são três vezes mais atingidas que os homens. Segundo o Ministério da Saúde, 50% das mulheres com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura em razão da osteoporose ao longo da vida. 

De acordo com o ortopedista Marcelo Ruck, do hospital Santa Casa de Mauá, a prevenção e o diagnóstico precoce colaboram para evitar as fraturas e complicações. “No período pós-menopausa a perda de massa óssea ocorre em ritmo acelerado em razão da diminuição do estrogênio. Além disso, a idade, a genética e alguns maus hábitos como tabagismo, sedentarismo, uso de corticoides, álcool e cafeína podem piorar o quadro”, explica Ruck. 

A doença enfraquece a resistência óssea em razão da diminuição da densidade mineral dos ossos, deixando-os mais frágeis e sujeitos a fraturas. Os locais mais afetados são o quadril, o punho e a coluna vertebral. 

Existem diferentes tipos de osteoporose: a osteoporose pós-menopausa, que acontece devido à queda do hormônio estrogênio; osteoporose senil, que atinge pessoas com mais de 70 anos e é causada pelo envelhecimento e a falta de cálcio; osteoporose secundária, quando o sintoma é de uma outra doença, que pode ser renal, hepática, endócrina, reumática ou causada pelo uso excessivo de medicamentos, como os corticoides e ausência de atividade física. 

A prevenção da doença é o melhor tratamento e, por isso, é importante fazer atividades físicas regulares, que renovam as células dos ossos e os deixam mais fortes e menos suscetíveis às fraturas. A dieta equilibrada, rica em alimentos com cálcio como o leite e seus derivados e os vegetais de folhas verdes escuras, além da vitamina D, adquirida durante os banhos de sol em horários seguros, são importantes complementos para a saúde dos ossos.   

Assim que a mulher entra na menopausa é adequado que os exames para diagnóstico da doença se tornem uma rotina, como o de densitometria óssea, exames clínicos, físicos e outros de imagem. 

O tratamento envolve uso de medicamentos que diminuem ou interrompem a perda de massa óssea de acordo com o estágio da doença. “Cada medicamento tem suas vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações e, por essa razão, o paciente precisa sempre ser orientado por um médico especialista. Além da medicação e visando diminuir o risco de fraturas, é recomendado o fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e, até adaptações na residência para reduzir a ocorrência de quedas. A doença é assintomática e geralmente é percebida quando ocorrem fraturas, as quais podem acontecer sem nenhum trauma ou apenas por sustentar o peso do corpo”, acrescenta o médico Marcelo Ruck.

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


Odontologia também promove a saúde da mulher

Imagem: CROSP
Bruno Masayuki Saito Alves

 No Dia Internacional da Mulher o CROSP reforça a importância do pré-natal odontológico
 

 

A saúde exige cuidados especiais que acompanham fases diferentes da vida. No caso das mulheres, momentos como a gravidez requerem maior atenção, afinal, este é uma fase única de conexão entre mãe e filho. No Dia Internacional da Mulher, o CROSP ressalta a importância da orientação, da prevenção e dos cuidados promovidos por meio do pré-natal odontológico, fundamental para a garantia da saúde e do bem-estar da gestante e da criança. 

Para que tudo ocorra bem durante a gestação e no pós-parto, é importante prevenir problemas bucais, como por exemplo a gengivite (inflamação das gengivas). Segundo a Cirurgiã-Dentista Dra. Amanda Lopes Teixeira, membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a gengivite é muito comum durante a gravidez. Por isso, ela recomenda que a gestante procure o Cirurgião-Dentista ao primeiro sinal de sangramento na gengiva, evitando assim um tratamento mais invasivo. 

Outro problema que pode ser evitado durante a gestação é a periodontite (infecção bacteriana dos tecidos, ligamentos e ossos específicos que envolvem e sustentam os dentes).

O quadro de periodontite, segundo Dra. Amanda, pode causar um parto prematuro, além de influenciar na perda de peso do bebê, ainda na gestação, pois as bactérias presentes na periodontite podem cair na corrente sanguínea e chegar até o útero, o que pode provocar a formação de prostaglandina, um hormônio que tem potencial de induzir o trabalho de parto.  “Nessas condições, a gestante terá o risco de entrar em trabalho de parto prematuramente e, consequentemente, o bebê será prematuro e poderá ficar numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ou até mesmo necessitar de um tratamento mais grave para sobreviver”.  

De acordo com estimativas recentes divulgadas em relatório das agências das Nações Unidas “Tendências na Mortalidade Materna” (Trends in maternal Moratality), a cada dois minutos uma mulher morre durante a gravidez ou o parto. 

Outro dado importante é a porcentagem de gestações na adolescência. Os números do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde mostram que cerca de 14% dos partos realizados em 2020, no Brasil, foram de mães com até 19 anos de idade. 

 

Gravidez na adolescência  

Assim como para as demais mulheres, existe uma rede de atenção às adolescentes que abrange todos os agentes de saúde. E é muito importante incluir também as consultas odontológicas.

 “O Cirurgião-Dentista pode ajudar na prevenção de gravidez, por meio de conversas com os pacientes, para que eles usem métodos contraceptivos e preservativos. No caso das mulheres, especialmente daquelas ainda jovens, o conselho também é ampliado para que procurem médicos ginecologistas para conversarem sobre métodos contraceptivos que evitarão uma gravidez indesejada”, diz Dra. Amanda.    

A especialista explica que as consultas com o Cirurgião-Dentista são indispensáveis também nos casos em que a mulher está planejando a gravidez, uma vez que por meio delas obterá informações fundamentais sobre as necessidades dela e do bebê, durante a gestação. 

“Quando a gravidez ocorre sem a devida orientação, isso normalmente não é possível. De qualquer forma, é importante que a gestante, inclusive adolescente, procure o Cirurgião-Dentista assim que souber de gravidez, para que seja orientada a melhorar a sua saúde bucal e mantê-la durante toda a gestação”. 

Dra. Amanda destaca, ainda, que, além da orientação referente ao período gestacional, a futura mãe também será orientada referente às necessidades com o bebê, após o parto, até mesmo com orientações sobre a amamentação e higiene bucal da criança. Pois, de acordo com ela, esse também é um papel do Cirurgião-Dentista. “Se as gestantes tiverem acesso a um Odontopediatra é melhor ainda, porque esse especialista é o mais capacitado para fazer o tipo de orientação voltada ao recém-nascido, para que a mãe saiba como cuidar da saúde bucal dos dois”. 

A alimentação é outro ponto importante a ser considerado, lembra Dra. Amanda. Durante a gestação, alguns hábitos alimentares podem sofrer alterações devido às mudanças no metabolismo (conjunto de todas as reações que ocorrem no organismo). “No caso da adolescente, pode ser que ela já tenha uma alimentação um pouco mais desregrada, com excessos como salgadinhos, doces e lanches. Então, a gente também tem o papel de conscientizar a gestante de que isso, além de dar problemas bucais como cáries e formação de placas e tártaros, pode refletir na saúde do bebê, uma vez que não é uma alimentação saudável. Ela tem que se manter saudável porque a saúde do bebê depende dela”.


Nova lei facilita realização de laqueaduras e vasectomias

Em vigor desde 5 de março, Lei 14.443 flexibiliza a escolha para a realização de procedimentos de esterilização voluntária 

 

Entrou em vigor no último domingo, 5, a Lei 14.443 de 2022, que modifica as exigências para a realização de cirurgias de esterilização feminina e masculina, tais como a laqueadura e a vasectomia. Utilizadas para o planejamento familiar, ou como método contraceptivo, esses métodos passam a ter um pouco mais de flexibilidade para a realização, no Brasil.


Conforme o texto, são muitas as mudanças que vigoram a partir de agora. A começar pela idade mínima para a realização de ambas as cirurgias. Anteriormente, tanto o homem quanto a mulher só podiam realizar os procedimentos a partir dos 25 anos. Com a atualização, a idade mínima passa a ser os 21 anos.


Outra mudança foi que anteriormente era necessária a autorização do cônjuge para a realização de tal procedimento. Agora, torna-se direito individual, sem a necessidade de uma autorização bilateral. Portanto, homens e mulheres maiores de 21 anos podem tomar a iniciativa para realização do procedimento.


Advogado especialista em direito de saúde e direito público, e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, Thayan Fernando Ferreira explica que essa lei pode ser utilizada para o planejamento familiar. Conforme o especialista, a medida pode influenciar no controle de natalidade.


“A Lei 14.443 entrou em cena para assegurar às pessoas que não querem ter filhos o direito de não ter filhos. Essa é uma lei que tem relação direta com o controle de natalidade porque quanto mais pessoas foram submetidas aos procedimentos debaixo de sua alça, menos crianças teremos no mundo”, explica. 
Thayan ainda esclarece sobre outro ponto específico da lei que evidencia a preocupação quanto o controle de natalidade. “O texto é claro. Qualquer pessoa, mesmo que não tenha ainda alcançado os 21 anos, mas com pelo menos, com 2 filhos vivos, pode realizar a esterilização precoce. Adendos como este exemplificam a crescente atenção de nossas governanças em relação ao controle de natalidade”, acrescenta o advogado.


Já para a mulher que estiver grávida e desejar realizar a laqueadura no momento posterior à cesárea, a nova lei permite essa possibilidade. “Agora, a mulher pode realizar a laqueadura logo após a cesárea. O processo não é burocrático. Para isso, é necessário manifestar o interesse no mínimo 60 dias antes do procedimento”, explica o especialista.


A laqueadura é um procedimento também conhecida por ligadura de trompas, é um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, que impede que a mulher engravide novamente. O procedimento dura entre 40 minutos e uma hora. Segundo dados do Sistema de Informação Hospitalar, do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram realizados 20.837 procedimentos no Brasil.


Do outro lado, a vasectomia é uma pequena cirurgia feita com anestesia local que impede o transporte do espermatozoide O procedimento leva de 15 a 20 minutos e não há necessidade de internação. Apenas em 2018, foram 36.964 procedimentos realizados, segundo dados do SUS.


Pessoas que desejarem realizar tanto a laqueadura quanto a vasectomia podem procurar por ambos os procedimentos no SUS. Para isso, basta encontrar a uma Unidade Básica de Saúde próxima de sua residência e expressar a vontade de utilizar o método.


Prevenção é a principal tendência de saúde para 2023; veja outras inovações e tecnologias impactantes

Cuidados preventivos são o foco das empresas, gestoras e planos de saúde porque geram longevidade, autoconhecimento e qualidade de vida

 

Já não é mais segredo para ninguém que a pandemia acelerou a tecnologia em diversos setores nos últimos anos, e o segmento de saúde tem se destacado fortemente com estratégias digitais voltadas ao nicho. Em 2022, inovações trouxeram revolução para o segmento, como o uso da Inteligência Artificial, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e telemedicina, que, sem dúvidas, continuarão em alta nos próximos anos. Para 2023, novas tendências prometem ainda mais qualidade de vida, otimização de tempo, experiências personalizadas e prevenção. 

Investir em tecnologia, inovação e transformação digital na saúde não é mais uma opção. As empresas precisam se preparar para encarar um 2023 de muita evolução tecnológica. O mais interessante de inovarmos na saúde é que a consequência disso é um resultado muito positivo na qualidade de vida das pessoas, pois traz modelos mais preventivos e de bem estar cada vez mais intensificados”, pontua Bruna Souza, estrategista digital da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente. A empresa, que investe cada vez mais em seu health lab, tornou-se referência em cocriar soluções inovadoras para o segmento de saúde. 

Hoje, a saúde praticamente depende da tecnologia e os serviços são mais voltados à prevenção do que aos tratamentos. “Já estamos chegando em um ponto onde não terá mais prestação de serviço de saúde sem o envolvimento de algum tipo de processo digital. O foco está em prevenir riscos, evitar que as pessoas fiquem doentes a partir de uma mudança comportamental observada em dados e, especialmente, prover um maior alcance do cuidado”, comenta Bruna. 

A especialista listou cinco tecnologias que devem impactar diretamente na saúde das pessoas no ano que vem. Confira:

 

1- Conectividades & IoMT (Internet das Coisas Médicas):
Com a chegada do 5G no Brasil, é de se esperar que ele apoie significativamente o setor de saúde no país, visto que apresenta uma velocidade de até 20 vezes mais que a tecnologia anterior, o 4G. Com isso, qualquer serviço de telemedicina (telecirurgias, teleconsultas, teleinterconsultas, telelaudos etc) conseguirá apresentar maior assertividade e melhores resultados, visto que a conexão não será mais um problema. 

Além disso, as novidades no segmento de IoMT não vão parar de crescer. Cada vez mais veremos o aumento na adoção de wearables (dispositivos vestíveis), que coletam dados do usuário em tempo real, e outros dispositivos inteligentes no cuidado da saúde. Alguns exemplos são os smartwatches, anéis, adesivos e balanças. 

O que nos leva à 2ª tendência para 2023: o cuidado remoto e in-house.


2- Atendimento remoto à saúde e cuidados at-home:
A medicina inclina-se a colocar o paciente cada vez mais no centro da discussão, permitindo que o cuidado à saúde venha até ele, e não o contrário. Se deslocar até um consultório médico, fazer um exame no laboratório e até mesmo comprar um remédio na farmácia serão coisas do passado. “O paciente conseguirá ter seu atendimento médico, realizar seu exame e comprar seu medicamento no conforto da sua casa, de forma conveniente e personalizada, através do apoio de tecnologias emergentes. Algumas delas são a própria telemedicina, a telefarmácia, os dispositivos inteligentes e os serviços de atendimento móvel de saúde”, complementa a especialista.

3- Metaverso:
O uso do metaverso e outras tecnologias de realidade virtual na saúde já é uma realidade, especialmente quando se trata de treinamentos de profissionais médicos e processos preparatórios para cirurgiões, por exemplo. Bruna acredita que há muito o que evoluir, mas que devemos ver muitas novidades sobre o assunto em 2023. “Os principais desafios serão mais culturais do que operacionais, de fato. Além dos profissionais de saúde precisarem aderir a esses novos modelos tecnológicos, haverá também a necessidade de superar barreiras regulatórias”, fala Souza.

 

4- Farmácia do Futuro:

Como a tendência será a busca por prevenção e não mais por tratamentos de doenças, quando falamos de ‘Farmácia do Futuro’, falamos de hubs digitais de promoção de saúde, tendo o farmacêutico como o concierge responsável por promover cuidados preventivos. Em vez de remédios, as pessoas vão buscar vitaminas, suplementos, vacinas e programas voltados à qualidade de vida, pensando em aumentar sua longevidade.

 

5- Hospitais digitais:

Hospitais digitais se referem a instituições de saúde com processos 100% digitalizados, com sistemas internos e externos integrados. As informações são compartilhadas digitalmente, sem a necessidade de um prontuário físico, facilitando o acompanhamento, encaminhamento e a análise de dados dos pacientes. Aqui, o foco também está em antecipar riscos à saúde, evitar que as pessoas fiquem doentes e democratizar a saúde, não importando onde os pacientes estejam. 

Nesse sentido, o hospital digital vai muito além de trabalhar o assistencial e de remediar. “Para que essas mudanças aconteçam, é necessário implementar modelos mais inteligentes, eficientes e, principalmente, mais escaláveis, diferentemente do que vemos nos modelos de saúde tradicionais. Esse é o momento, portanto, de se buscar uma boa interoperabilidade de dados, automatização de processos, decisões baseadas em dados, implantação de tecnologias e tudo que proporcione uma experiência centrada no paciente”, aponta a estrategista digital. A interoperabilidade é a capacidade de comunicação entre diferentes sistemas para que trabalhem de forma integrada, agregando e processando informações de diferentes fontes. Nos hospitais digitais, a alta interoperabilidade eleva a experiência do paciente e otimiza a rotina dos profissionais de saúde. 

Nesse conceito, a tecnologia é aplicada diretamente na casa do paciente. Como exemplos práticos, temos o monitoramento de sinais vitais por meio de wearables (IoMT), assistência por telemedicina para conversas da equipe médica com pacientes e seus familiares, sistemas de alarme e câmeras móveis etc. “As expectativas para a futura implementação do Open Health aumentam a relevância da interoperabilidade, padronizando e facilitando a comunicação do ecossistema de saúde e o compartilhamento seguro de dados”, conclui Souza.
 

 

FCamara

fcamara.com

 

Mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres é maior após a menopausa, aponta SBC. Óbitos antes do 65 anos podem ter relação com desigualdade

 A Sociedade Brasileira de Cardiologia reforça, neste Dia Internacional da Mulher, a importância dos cuidados à saúde cardiovascular na população feminina. 

A necessidade de um olhar particular sobre este tema foi destaque em um posicionamento específico da entidade, esclarecendo as peculiaridades da saúde cardiovascular na mulher. 

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil entre homens e mulheres. No caso específico das mulheres, as doenças cardiovasculares matam mais do que todos os tipos de câncer somados. 

Ainda, nas mulheres brasileiras, observa-se aumento da prevalência e de mortalidade por doenças cardiovasculares após a menopausa, o que agrava as perspectivas em futuro próximo pelo envelhecimento e adoecimento da população feminina no Brasil. 

Um aspecto particular é a desigualdade de acometimento entre as regiões, no acesso tanto ao diagnóstico como ao tratamento, de acordo com as particularidades determinadas pelos indicadores sociais e econômicos, nas macrorregiões, estados e cidades de diferentes portes. 

Cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza e às desigualdades sociais. 

Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo são outros importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares em mulheres, mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população, incluindo as crianças e as adolescentes brasileiras. 

É fundamental promover iniciativas para aumentar o conhecimento sobre a importância da saúde cardiovascular ao longo da vida da mulher. 

Além disso, é fundamental compreender melhor as disparidades locais na saúde cardiovascular das mulheres para definir políticas públicas e assistência à saúde, reduzir lacunas e promover a equidade de sexo na atenção à saúde brasileira.

Desigualdade Social

Cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza e às desigualdades sociais. Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo são outros importantes fatores de risco, mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população, incluindo as crianças e as adolescentes brasileiras.Assim, os programas de prevenção primária e secundária, bem como o maior acesso ao diagnóstico, nessa camada da população poderão ter impacto ainda maior na redução destas estatísticas.

Fatores de Risco (FR) em Mulheres

Segundo dados do IBGE, no Brasil, em 2019, os porcentuais de adultos (idade ≥18 anos) com excesso de peso e obesidade foram 62,6% e 29,5% para mulheres e 57,5% e 21,8% para homens, respectivamente.
 

  • Entre os FR tradicionais, o excesso de peso, a obesidade e o diabetes mellitus foram mais frequentes nas mulheres. Cabe ressaltar também que a prevalência de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) autorreferida no Brasil foi maior no sexo feminino do que no masculino. 
  • Nas mulheres, os FR tradicionais para DCV mais impactantes incluem: diabetes mellitus, HAS, dislipidemia, tabagismo, obesidade e sedentarismo. 

A obesidade é um forte preditor de risco de FA (Fibrilação Atrial) nas mulheres. Elas mais frequentemente apresentam FA paroxística, AVC, tromboembolismo, IC e hospitalizações, além de maior CHA2 DS2 -VASc e maior risco de mortalidade cardiovascular e por todas as causas.


Dia Mundial do Rim: mitos e verdades sobre as doenças renais

Perda de apetite, náusea, fraqueza, mal-estar, pressão elevada e emagrecimento são alguns sinais de alerta 

 

O rim é responsável por limpar todas as impurezas e toxinas do corpo, regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do organismo, além de liberar hormônios para manter a pressão arterial e normalizar a produção de células vermelhas no sangue, contribuindo para a ativação da vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, aproximadamente 2,4 milhões de pessoas morrem todos os anos por conta de alguma doença renal. Devido as altas taxas de mortalidade, o Dia Mundial do Rim, comemorado este ano em 9 de março, foi criado pela Internacional Society of Nephrology (ISN) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do estilo de vida saudável e do diagnóstico precoce. 

 

A médica Milena Vasconcelos, nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde do país e referência no tratamento de doenças renais, esclarece alguns dos mitos e verdades sobre a doença e faz um alerta: “A ISN estima que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo são impactadas anualmente por alguma doença renal e, geralmente, os sinais só vêm à tona quando o paciente já perdeu aproximadamente 50% da função dos rins. Por isso, o diagnóstico precoce é a melhor forma de tratar e controlar a evolução da doença”.

 

Retenção de líquido pode ser sinal de alerta. VERDADE

Os rins são responsáveis por retirar o excesso de líquido, impurezas, toxinas e manter o equilíbrio do organismo. Inchaço constante nas pernas e nos pés pode significar que esse processo não está sendo bem-sucedido e que o corpo, em vez de eliminar, está retendo esse líquido, acumulando água dentro dos tecidos. Essa abundância de água nas células é capaz de gerar problemas na circulação sanguínea, por exemplo.

 

Urina com sangue e infecções urinárias constantes são situações que sempre indicam a presença de doenças mais graves. MITO

Não necessariamente. A urina com sangue, por exemplo, pode significar uma doença local, uma infecção ou até mesmo cálculo renal, ou pedra nos rins, pequenos cristais na região do trato urinário que causam dor intensa ao urinar. O importante é sempre procurar um nefrologista para avaliar.

 

Qualquer pessoa pode doar um rim. MITO

Para ser um doador, é necessário ter idade superior a 18 anos e ter um plano de saúde. Pessoas com diabetes, obesidade ou câncer também não podem ser doadoras, já que, apesar de não serem doenças renais, são condições que possibilitam o desenvolvimento de um distúrbio renal futuro. Quem tem doenças infecciosas que possam contaminar quem irá receber o órgão também não estão aptas. Outro ponto importante para um doador é estar física e psicologicamente disposto a passar por um procedimento cirúrgico. Vários exames serão realizados no provável doador, tanto para verificar as condições de saúde, como para certificar a compatibilidade entre doador e receptor.

 

Doenças renais podem ser hereditárias. VERDADE

Sim, desde doenças mais comuns, como cálculo renal (pedra nos rins) até doenças genéticas renais raras.

 

É importante realizar exames preventivos anualmente. VERDADE

As doenças renais podem ser silenciosas. Por isso, o ideal é buscar acompanhamento periódico com um nefrologista para a realização de exames de rotina gerais. É imprescindível realizar exames para medir os níveis de creatinina no sangue, visto que esta é uma substância produzida pelos músculos e eliminada pelos rins, quanto mais alta, maior será a gravidade, indicando insuficiência renal. Além disso, o exame de urina e ultrassom dos rins devem ser feitos obrigatoriamente todos os anos em maiores de 40 anos ou em casos de doenças renais na família. Os indivíduos acometidos por diabetes e hipertensão arterial (pressão alta) também devem realizar exames preventivos uma vez por ano. O paciente que apresentar urina com espuma e sangramento deve buscar imediatamente o atendimento médico.

 

Hemodiálise é o único tratamento disponível. MITO

Dependendo da fase da doença renal, o tratamento pode variar entre uma dieta específica, com medicamentos via oral. Em fases avançadas, o paciente pode ser submetido a procedimentos de hemodiálise, dialise peritoneal, que consiste em filtro natural como substituto da função renal, e transplante de rim. Na BP, contamos com medicações e equipamentos de ponta para auxiliar em todas as fases do tratamento do paciente.

 

Doenças renais nunca apresentam sintomas. MITO

Depende da velocidade da progressão da doença. Caso a perda da função renal esteja acontecendo rapidamente, os sintomas aparecem de maneira precoce. Porém, se demorar anos para a descoberta da doença, o paciente pode apresentar sintomas apenas quando menos de 10% dos órgãos estiverem funcionando.

Os sintomas geralmente são perda de apetite, especialmente por carnes, náusea, fraqueza, mal-estar, pressão elevada e emagrecimento. A quantidade de diurese (urina) também pode reduzir ou sofrer alteração na coloração e apresentar espuma. Tosse, falta de ar e inchaço também podem ser sintomas recorrentes.

 

Não há limitações para quem decide doar rim. VERDADE

De uma maneira geral, quem doa um dos rins apresenta uma vida normal após o procedimento, sendo aconselhado que o indivíduo faça acompanhamento com um nefrologista.

 

Posso evitar o desenvolvimento de doenças renais. VERDADE

A dica mais importante é o cuidado com as doenças que podem afetar os rins, como diabetes, pressão alta e doenças autoimunes. Também é importante conhecer bem o histórico familiar de doenças renais, fazer um acompanhamento anual dos rins, manter uma dieta equilibrada, reduzir o sal e açúcar, controlar o peso e evitar o fumo, ingestão de bebidas alcoólicas e uso indiscriminado de medicamentos sem orientação médica.

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


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