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Caso aprovada, mudança pode impactar significativamente a forma como os brasileiros contratam esses serviços
Uma nova
proposta de lei em tramitação no Congresso busca transformar o mercado de
planos de saúde no Brasil. O Projeto de Lei (PL) 1.174/2024, de autoria do
senador Romário (PL-RJ), pretende obrigar as operadoras de planos de saúde a
oferecerem opções individuais aos consumidores, uma mudança que pode impactar significativamente
a forma como os brasileiros contratam esses serviços.
Atualmente
em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o projeto ainda
aguarda a designação de um relator para avançar nas discussões. A proposta visa
garantir alternativas às opções coletivas fornecidas pelas grandes seguradoras,
que muitas vezes não oferecem garantias importantes aos consumidores.
Entre as
garantias que seriam obrigatórias nos planos individuais, segundo o texto da
proposta, estão o reajuste das mensalidades abaixo do valor máximo permitido
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a proibição de rescisão
unilateral dos contratos sem notificação prévia. “Essas mudanças visam
proporcionar maior segurança e previsibilidade aos consumidores, que atualmente
enfrentam dificuldades com os reajustes altos e a falta de comunicação das
operadoras”, explica Thayan Fernando Ferreira, advogado especializado em
direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da
OAB-MG e diretor do Ferreira Cruz Advogados.
Thayan ainda
destaca que, em muitos casos, os planos vendidos como individuais por preços
menores são, na verdade, planos coletivos. “Nesses casos, os reajustes de
mensalidade podem ser significativamente superiores aos dos planos individuais,
prejudicando os consumidores que acreditavam estar contratando um serviço mais
acessível”.
O projeto de
lei também não impede a comercialização de planos coletivos, empresariais e por
adesão, mas exige que as operadoras disponibilizem, obrigatoriamente,
modalidades individuais. Essa exigência visa aumentar a transparência e a
competitividade no mercado, oferecendo mais opções para os consumidores.
“Esta não é
a primeira vez que uma proposta com esse objetivo é apresentada. Em 2021, a
Comissão de Transparência e Defesa do Consumidor (CTFC) chegou a aprovar um
projeto similar, de autoria do ex-senador Reguffe. No entanto, a proposta foi
arquivada após ser enviada para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS)”,
justifica o advogado especialista em direito de saúde.
Logo, a
regulamentação dos planos de saúde no Brasil é um tema de grande importância e
complexidade. Atualmente, a maioria dos consumidores é direcionada para os
planos coletivos, que representam cerca de 80% do mercado. Os planos individuais,
por sua vez, são cada vez mais raros devido às restrições impostas pelas
operadoras e os altos custos regulatórios.
Se aprovado,
o PL 1.174/2024 pode trazer uma nova dinâmica para o setor de saúde suplementar
no Brasil, oferecendo maior proteção aos consumidores e promovendo uma
concorrência mais justa entre as operadoras de planos de saúde.
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