Neste dia 28 de junho entra na conta de milhões de brasileiros o segundo lote de restituição do imposto de renda. Conheça as algumas estratégias de investimento para o melhor uso desse valor.
A restituição do Imposto de Renda é um alívio
financeiro para muitos contribuintes, oferecendo uma oportunidade para reorganizar
as finanças pessoais ou investir de maneira estratégica. Com a atual taxa Selic
em 10,5% ao ano, o cenário de investimentos do Brasil está favorável para
certas modalidades que podem trazer bons retornos. Reunimos algumas sugestões
de especialistas para aproveitar a restituição, de acordo com o momento
econômico do país.
Formação de uma Reserva de
Emergência
Para quem ainda não tem qualquer valor
guardado, utilizar a restituição do IR para iniciar uma reserva de emergência
pode ser uma ótima oportunidade. De acordo com Flávia Michels, Economista e
Analista de Produtos e Negócios da cooperativa de crédito CredCrea, a recomendação é que esta reserva cubra de três a seis meses das
despesas mensais e seja mantida em investimentos de alta liquidez, ou mesmo
poupança. “A função da reserva de emergência é bem específica, de cobrir uma
eventual necessidade de recursos seja por uma questão urgente de saúde, ou
mesmo desemprego. Então a recomendação é que este dinheiro fique aplicado em
fundos que não tenham prazos longos para liquidez”, complementa a especialista.
Oportunidades em investimentos
A taxa Selic vem em queda desde 2023 e,
atualmente, está em 10,5% ao ano. Neste cenário, investimentos em renda fixa
como o Tesouro Direto, Recibo de Crédito Cooperativo (RDC), Certificados de
Depósito Bancário (CDB) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) podem trazer bons
retornos. Para Flávia, apesar da Selic estar mais baixa nos últimos meses, tais
investimentos ainda garantem um bom retorno de, no mínimo, 10,5% ao ano.
Quitação de dívidas
Outra utilização prudente para a restituição é a quitação de dívidas. Flávia sugere que o contribuinte priorize aquelas com os maiores juros, como cartões de crédito e cheque especial, que tendem a comprometer mais o orçamento mensal. “A entrada de um valor extra pode ser tentadora para o consumo, mas é importante pensar estrategicamente e utilizá-lo para diminuir dívidas e melhorar a saúde financeira”, argumenta.
“A decisão sobre como utilizar a restituição do Imposto de Renda deve ser baseada no perfil e objetivos financeiros de cada contribuinte. O cenário atual favorece os investimentos em renda fixa, mas é importante sempre considerar uma abordagem diversificada para equilibrar risco e retorno. Independente de qual for a escolha, priorizar a educação financeira e o planejamento são essenciais para maximizar os benefícios dos recursos”.
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