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quarta-feira, 8 de março de 2023

Mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres é maior após a menopausa, aponta SBC. Óbitos antes do 65 anos podem ter relação com desigualdade

 A Sociedade Brasileira de Cardiologia reforça, neste Dia Internacional da Mulher, a importância dos cuidados à saúde cardiovascular na população feminina. 

A necessidade de um olhar particular sobre este tema foi destaque em um posicionamento específico da entidade, esclarecendo as peculiaridades da saúde cardiovascular na mulher. 

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil entre homens e mulheres. No caso específico das mulheres, as doenças cardiovasculares matam mais do que todos os tipos de câncer somados. 

Ainda, nas mulheres brasileiras, observa-se aumento da prevalência e de mortalidade por doenças cardiovasculares após a menopausa, o que agrava as perspectivas em futuro próximo pelo envelhecimento e adoecimento da população feminina no Brasil. 

Um aspecto particular é a desigualdade de acometimento entre as regiões, no acesso tanto ao diagnóstico como ao tratamento, de acordo com as particularidades determinadas pelos indicadores sociais e econômicos, nas macrorregiões, estados e cidades de diferentes portes. 

Cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza e às desigualdades sociais. 

Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo são outros importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares em mulheres, mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população, incluindo as crianças e as adolescentes brasileiras. 

É fundamental promover iniciativas para aumentar o conhecimento sobre a importância da saúde cardiovascular ao longo da vida da mulher. 

Além disso, é fundamental compreender melhor as disparidades locais na saúde cardiovascular das mulheres para definir políticas públicas e assistência à saúde, reduzir lacunas e promover a equidade de sexo na atenção à saúde brasileira.

Desigualdade Social

Cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza e às desigualdades sociais. Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo são outros importantes fatores de risco, mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população, incluindo as crianças e as adolescentes brasileiras.Assim, os programas de prevenção primária e secundária, bem como o maior acesso ao diagnóstico, nessa camada da população poderão ter impacto ainda maior na redução destas estatísticas.

Fatores de Risco (FR) em Mulheres

Segundo dados do IBGE, no Brasil, em 2019, os porcentuais de adultos (idade ≥18 anos) com excesso de peso e obesidade foram 62,6% e 29,5% para mulheres e 57,5% e 21,8% para homens, respectivamente.
 

  • Entre os FR tradicionais, o excesso de peso, a obesidade e o diabetes mellitus foram mais frequentes nas mulheres. Cabe ressaltar também que a prevalência de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) autorreferida no Brasil foi maior no sexo feminino do que no masculino. 
  • Nas mulheres, os FR tradicionais para DCV mais impactantes incluem: diabetes mellitus, HAS, dislipidemia, tabagismo, obesidade e sedentarismo. 

A obesidade é um forte preditor de risco de FA (Fibrilação Atrial) nas mulheres. Elas mais frequentemente apresentam FA paroxística, AVC, tromboembolismo, IC e hospitalizações, além de maior CHA2 DS2 -VASc e maior risco de mortalidade cardiovascular e por todas as causas.


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