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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Idosos na pandemia: 5 dicas para você ajudar na saúde mental de seus velhinhos

 

Os idosos são um dos grupos de risco mais afetados pelos impactos da pandemia. Por exigirem cuidados redobrados, acabam vivendo um isolamento social mais intenso e estão mais propensos ao sentimento da solidão, ansiedade e, muitas vezes – quando mal compreendida a situação – abandono.
 
"Isolar-se das conexões de vida é um risco objetivo e subjetivo - pode afetar a saúde física e emocional. Um idoso pode estar em risco ampliado principalmente se estiver prisioneiro em um isolamento emocional, relacional e afetivo, um isolar-se dentro de si que empobrece seus interesses", assinala a coordenadora de Psicologia da Estácio/RS, Marcia Rejane Semensato.
 
Muitas vezes a pessoa que está vivenciando esse sofrimento pode ter dificuldades de pedir auxílio e, por isso, é tão importante ter uma rede de apoio que possa estar atenta e dar esse suporte ao familiar ou ente querido. Mas como dar esse suporte? O que fazer para auxiliar na saúde mental desse idoso?
 
A psicóloga traz cinco dicas que podem orientar nessa tarefa e garantir uma maior saúde mental para os seus velhinhos durante a pandemia:
 
1 – Demonstre atenção e cuidado – pergunte se o familiar precisa de algo, se está bem, se mostre disponível para auxiliar em alguma tarefa ou apenas para conversar durante alguns momentos.
 
2 – Observe como o idoso está vivenciando o isolamento – se o familiar pede auxílio, se compartilha seus sentimentos e pensamentos. O isolamento de contato afetivo sugere que outras questões de saúde emocional podem estar se manifestando ou se agravando, como solidão, desamparo ou inatividade.
 
3 – Ensine novas tecnologias – o aprendizado de novas tecnologias, como aplicativos de chamada de vídeo, por exemplo, pode amenizar a saudade dos familiares. Além de que aprender coisas novas fortalece a cognição e aumenta a autoestima.
 
4 – Incentive aprendizados – além das tecnologias existem diversas possibilidades de interesses que podem ser exploradas. Pergunte quais interesses o idoso possui curiosidade e incentive o aprendizado. Aprender coisas novas fortalece a cognição e aumenta a autoestima.
 
5 – Incentive os hobbies – às vezes deixamos de lado algumas atividades que nos dão prazer e até esquecemos o quanto pode ser prazeroso. Incentive esse movimento e resgate. Os hobbies são extremamente vantajosos neste período, pois a maioria, além de ser muito saudáveis para manter-se ativo, podem ser feitos também individualmente.


Especialista alerta para os cuidados com a saúde mental dos professores

As mudanças impostas pela pandemia na rotina dos professores podem afetar a saúde mental desses profissionais. É o que alerta a psicóloga e consultora educacional Carla Jarlicht. Na entrevista abaixo, ela analisa a necessidade de os gestores das escolas estarem atentos aos efeitos desse período junto ao corpo docente, os impactos do ensino remoto no dia a dia das aulas e a nova dinâmica pedagógica que o formato híbrido exigirá.

 

Num contexto de normalidade, quais são os problemas que costumam afetar a saúde mental dos professores?

A rotina diária de um professor é bastante desafiadora e, por vezes, exaustiva. No pacote de problemas estão os baixos salários, a carga horária extensa, a falta de estrutura e segurança nas escolas, a falta de suporte e tantos outros problemas. Quem pensa que o trabalho do professor se encerra quando ele termina o seu turno de trabalho está bastante equivocado. Há ainda as tarefas de planejamento, verificação de materiais dos alunos e pesquisa que, invariavelmente, são realizadas em casa( e sem remuneração), depois do seu horário de trabalho. Para além disso há o vínculo afetivo característico de quem trabalha diretamente com crianças e adolescentes, portanto os professores envolvem-se com seus alunos, preocupando-se com eles dentro e fora da sala de aula. E também envolvem-se com as famílias porque ambos compartilham a responsabilidade da Educação. Apesar desse vínculo ser desejável e, muitas vezes, condição para o desenvolvimento do trabalho, ele pode ser também mais um ingrediente de pressão quando o professor não encontra parceria seja com o aluno ou com a própria família e não conta com o respaldo da escola quando precisa resolver determinadas questões. Esse conjunto de fatores pode, sim, afetar a saúde mental dos professores que se sentem( e são) extremamente exigidos e que querem realizar um trabalho de qualidade. Caso esses excessos não venham acompanhados de um suporte consistente da escola( gestores e coordenadores) no sentido de acolher suas questões de forma ativa e sem julgamentos, podem se tornar extremamente pesados, acarretando problemas de saúde como estresse e depressão, para citar apenas dois.

 

Com a mudança repentina para as aulas remotas e a necessidade de lidar com um cenário totalmente novo e com novas tecnologias, muitos professores sentiram piora na saúde mental. Por que isso acontece? Que fatores dessa nova realidade afetam o emocional e psicológico desses profissionais?

Tudo que é novo desacomoda e inquieta até se tornar conhecido. E devido à pandemia tudo teve que acontecer sem muito planejamento, o que gera ainda mais desconforto.. Somada à todas as questões desafiadoras já sabidas, os professores tiveram que dar conta também de uma mudança drástica na sua prática de sala de aula. A maioria sequer havia recebido formação para trabalhar remotamente, muitos nem acesso à internet de qualidade tinham e outros, nem as ferramentas necessárias( o mesmo ocorreu com os alunos). Tudo isso contribuiu para o aumento do estresse. E para além de todas as mudanças havia ainda os temores pessoais, novas precauções e lutos trazidos pela pandemia. A sala de aula passou a acontecer na casa de cada um, com muitas diferenças quanto à recepção e à percepção de cada aluno( e suas famílias) quanto ao novo modo de trabalho. Foram( e são ainda) muitos os questionamentos que vão da estrutura do trabalho remoto em si à dúvida sobre a eficácia da aprendizagem do aluno passando pela necessidade da parceria das famílias e do apoio da escola e pela qualidade do próprio trabalho que está sendo realizado. Imagine que o professor é aquele acrobata que roda vários pratinhos ao mesmo tempo. Todos estão ao seu alcance e nenhum deles pode cair. Todos os seus pratinhos são bem diferentes uns dos outros, o que torna a tarefa mais desafiadora. Se essa situação já provoca uma certa ansiedade, imagine se, de repente, surge um obstáculo entre ele e os pratinhos. Os graus de ansiedade e de tensão aumentam. Tudo isso pode gerar muita ansiedade, angústia, fadiga mental, principalmente, quando o professor não encontra o apoio necessário. Afinal, os pratinhos do professor são inteiramente diferentes daqueles do acrobata e não têm reposição. Portanto, muitas são as incertezas, o que provoca um constante estado de alerta, muitas vezes, esgotante do ponto de vista da saúde.


Em muitos locais, o ensino remoto migrou para o ensino híbrido, no qual o professores precisam dar aulas presenciais e continuar dando aula remota. Como essa nova mudança pode afetar os professores? Muitos têm comentado sobre o medo de pegar o vírus e contaminar seus familiares e sobre a carga maior ainda de trabalho.

Todas essas mudanças são ainda muito recentes, mas parece que o conceito de ensino híbrido vem sendo mal compreendido. Ensino híbrido é uma combinação entre atividades no presencial, em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, com o modo online, que utiliza as tecnologias digitais para promover e enriquecer o ensino ( e não necessariamente o aluno está fora da escola). Uma vez que nem todos os alunos estarão presentes na escola, é possível que o professor precise elaborar um planejamento diferenciado para o grupo que estiver em casa (a menos que esse grupo usufrua das aulas presenciais sincronicamente). De uma maneira ou de outra, existe aí uma mudança radical em relação à proposta de ensino tradicional e tudo caminha cada vez mais para contemplarmos o ensino personalizado. Como toda e qualquer mudança é preciso tempo, paciência e investimento na formação do professor para que ele possa abraçar esse novo lugar com propriedade e confiança. E esse processo é sempre trabalhoso, podendo ser também estressante caso o professor não tenha apoio necessário.

Considerando ainda que estamos imersos no frágil e incerto contexto da pandemia, é possível que os professores estejam se sentindo inseguros, principalmente, em relação à sua saúde e a de seus familiares e pessoas próximas. Isso precisa ser legitimado pela escola, que por sua vez, necessitará investir no diálogo com seu corpo docente para que, juntos, possam alinhar expectativas e pensar em outras estratégias para essa nova etapa escolar, contemplando o bem-estar de todos, especialmente dos professores, pois são eles que estão atuando diretamente com os alunos.


Quais são as dicas para os professores melhorarem sua saúde mental e lidar melhor com esse período?

A pandemia abalou três necessidades básicas do ser humano: a pertença( relacionado aos vínculos afetivos,a importância de se sentir compreendido), a competência( relacionada à capacidade de estar no controle) e a autonomia( relacionado a nossa capacidade de tomar decisões tendo em vista as consequências). Portanto, precisamos estar atentos a esses aspectos em especial porque eles vão reverberar nas nossas formas de pensar, sentir e agir. Precisamos observar os sinais de cansaço, irritação, ansiedade e tristeza. Sempre que algum sentimento impedir aquilo que precisamos realizar, é preciso ligar o sinal de alerta. Respirar, falar sobre o assunto que aperta o peito e buscar ajuda especializada podem ser alguns caminhos.

Os professores ocupam um lugar de destaque dentro da sociedade que, apesar de pouco reconhecido e valorizado atualmente, é de bastante responsabilidade e extremamente exigido. E, vivemos um momento em que todos os olhares se voltam para eles, como se estivesse apenas nas suas mãos a solução para os problemas gerados pela pandemia. Para não cair na cilada do herói, é importante que os professores entendam que são primeiramente humanos e que por isso, podem direcionar para si mesmos o olhar generoso que direcionam para os seus alunos, respeitando assim, os seus próprios limites.

Para evitar o aumento de estresse, o planejamento da semana, equilibrando suas necessidades pessoais e de trabalho pode ser um excelente investimento de tempo. É fundamental reservar em alguns pontos da semana ou do dia para relaxamento. Às vezes, parar dez minutos para tomar um café longe da tela pode ser tudo que se precisa para recarregar, para arejar a cabeça. Se puder se exercitar ou apenas esticar o corpo, melhor ainda! Outra coisa importante é se perguntar quanto às prioridades. Quais são as prioridades? O que é urgente de verdade? Será que é possível distribuí-las, endereçá-las melhor ou até partilhá-las com alguém?

Outro aspecto a ser considerado é relativo à quantidade de horas trabalhando. Se a hora para começar é importante de ser cumprida, a hora de encerrar é igualmente importante. Respeite o seu tempo.Dê limites a quem invadí-lo. Lembrem das crianças que, mesmo quando estão no meio da brincadeira, pedem "autos" para descansar, tomar fôlego e seguir brincando. Nosso corpo precisa de pausas para pensar melhor e para a gente ser mais feliz com o que faz.

Da mesma maneira que o professor procura a todo custo e , principalmente no atual contexto, evitar exigências desnecessárias com os alunos, esse mesmo cuidado precisa ser direcionado a ele próprio. Fortalecer o que já faz bem pode ser um caminho mais tranquilo e promissor no cuidado com a saúde mental.


Desemprego empurra jovens para sites de relacionamento com patrocínio financeiro

Os últimos meses foram difíceis para milhões de brasileiros, especialmente para os jovens, que vivem um cenário grave de descompasso educacional e desemprego. No Brasil, o Universo Sugar, plataforma que conecta pessoas interessadas em um relacionamento patrocinado, deu um salto no número de inscritos após o início do isolamento social saindo de 15 mil para 25 mil inscritos nos últimos seis meses, sendo 83% jovens em busca de sugar daddies. Para o site, o desemprego e falta de oportunidades para os jovens, são fatores que estão relacionados com o aumento da demanda na plataforma.

Antes da pandemia, a rede social registrava em média 15 mil novos inscritos por semana, e passou a receber 25 mil novos interessados nos últimos seis meses, um aumento de 67%. Deste número, 83% dos cadastrados nos últimos seis meses, entraram no site na condição de “Sugar Baby”, em busca de um 'relacionamento patrocinado’.

Caliri M, de 24 anos, estudante de direito que ingressou na rede social em junho. Com os pais autônomos sem trabalho na pandemia, viu o débito com as mensalidades de R$ 2,8 mil acumular e agora busca uma alternativa para pagar os atrasados e ter permissão para fazer a matrícula.

"Se eu não conseguir alguém no site, talvez eu tenha que pedir trancamento. (...) Tenho medo de perder a vaga na faculdade, se não conseguir pagar. Medo de deixar anos de estudo para trás", disse a participante do Universo Sugar.

Entre os dados divulgados está também o perfil médio dos usuários. O patrimônio dos daddies, por exemplo, gira em torno de R$ 8 milhões, com renda mensal média1 de R$ 80 mil. A média de idade dos homens é de 43 anos, enquanto que das jovens é de 23. A maioria das sugar babies são universitárias.


Veja os estados que mais buscaram pelo serviço nos últimos seis meses, segundo o Universo Sugar:

 

1. São Paulo

2. Rio de Janeiro

3. Mato Grosso

4. Amazonas

5. Minas Gerais

6. Ceará

7. Paraná

8. Bahia

9. Goiás

10. Distrito Federal

 

Com a pandemia se estendendo por mais de seis meses no Brasil e no mundo, para grande parte dos jovens, o segmento de namoro online é uma alternativa de interação e entretenimento. Por outro lado, aplicativos de relacionamento também se tornam um caminho para conquistar ganhos econômicos.


Desemprego de jovens ficou em 23,3% no 2º trimestre

A alta no desemprego no Brasil de maio a agosto foi de 27,6%. No fim de agosto, 12,9 milhões de pessoas estavam desempregadas, segundo a último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao levar em conta o gênero, a taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2% — enquanto a dos homens foi de 11,7%. A discrepância foi registrada em todas as regiões. Em relação à idade, os mais jovens representam mais desempregados do que os mais velhos — 23,3% representam os que estão entre 14 a 29 anos de idade.

 

 Redução de oportunidades

O cenário de cortes e redução de oportunidades afeta a permanência e ingresso dos jovens no mercado de trabalho, é o que aponta um levantamento da 99jobs, empresa de recursos humanos e recrutamento. Segundo a companhia, apenas 3% continuaram contratando durante os primeiros meses da pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o fundador da 99jobs Eduardo Migliano, afirmou que hoje há menos vagas para mais candidatos. Antes da pandemia, a média de empregos anunciados no site era de 4.000 por mês; em abril, o número caiu para 500. De junho para cá, há uma retomada, mas não é possível falar em crescimento.

Migliano observou um crescimento nas buscas por estágios e trainees. "Não porque as empresas que estão abrindo postos sejam os melhores lugares para trabalhar, mas porque as pessoas estão se candidatando para todas as oportunidades que aparecem", disse.

Outro fator que complica é que o cenário econômico desfavorável também pode acelerar a entrada dos jovens no mercado, uma vez que eles se veem obrigados a assumir parte das despesas familiares.

 

   

Universo Sugar


Relações abusivas: liberte-se de todas

Muitas pessoas vivem relacionamentos abusivos há anos, desvalorizando aspectos fundamentais como autoestima, amor-próprio, equilíbrio emocional, autoconhecimento, respeito, entre outros diversos, mantendo a relação em uma base totalmente nociva.

 “Pode ser uma mãe que abusa da autoridade com seus filhos. Pode ser uma amiga mandona que controla sua turma. Pode ser um marido possessivo que impede sua mulher de trabalhar fora. A pessoa exerce poder sobre outra, tolhendo sua liberdade, humilhando, denegrindo, impondo sua forma de pensar e ser, de modo que ela acaba perdendo parte de sua identidade e de sua possibilidade de escolha”, afirma Marcia Dolores Resende, psicóloga, conselheira em Desenvolvimento Humano e Estudos da Família no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e especialista em Estudos da Medicina Comportamental.

Como identificar uma relação de abuso

Frequentemente, o domínio é exercido por alguma vantagem que uma das partes tem sobre a outra, como condição financeira, por exemplo. “Uma pessoa pode se sentir superior às outras por ter mais dinheiro. Com os amigos, ela acha que pode determinar os programas que vão fazer. Com a mulher, ou com o marido, a pessoa se sente no direito de fazer tudo do seu jeito, inclusive em relação à educação dos filhos, já que ela ‘banca a família’”, explica a psicóloga.

Segundo ela, esse tipo de relação resulta também na humilhação em público. Exemplo disso é a postura de reprovação da pessoa “abusadora”, quando a “abusada” expressa suas ideias durante um encontro entre amigos ou familiares. “Ao notar que o outro não gostou, a pessoa se sente intimidada, envergonhada, acaba se calando e ficando apática. Pior: muitas vezes, a parte que teme desagradar insiste em querer justificar a todos o comportamento do outro”, diz Marcia Dolores.

 

Comodismo ou medo?

Quem passa por esses abusos, muitas vezes, “finge” já ter se acostumado, e prefere continuar do jeito que está do que enfrentar os desafios que virão pela frente. “Essa acomodação pode estar relacionada à própria personalidade da pessoa, alguém que frequentemente se sente frágil e, mesmo sendo abusada, se sente protegida pelo outro. Daí, cria-se uma relação simbiótica, na qual um depende emocionalmente do outro, formalizando um processo de desrespeito e submissão, que é alimentado continuamente”.



Como sair de uma relação de co-dependência


Em alguns casos, a situação pode chegar a extremos de agressão verbal e/ou física, o que passa, então, a demandar uma mudança comportamental urgente. A abordagem dessa relação abusiva requer que ambos se disponham a buscar tratamento psicoterápico, visando a ruptura da relação simbiótica e a busca de equidade e equilíbrio. Para isso, é preciso primeiro reconhecer que é parte de uma relação de abuso. “A partir do momento em que a pessoa consegue ter consciência da sua realidade e que precisa se libertar da visão que tem sobre amor e respeito, fica mais fácil trabalhar essa distorção em terapia, conseguindo resgatar sua integridade física, moral e psicológica”, finaliza Marcia Dolores Resende.


A posição de dormir diz muito sobre a sua personalidade

Cada pessoa tem uma forma diferente e peculiar de dormir. E, com o passar dos anos, adotam posturas específicas. Mas você sabia que o jeito de dormir pode revelar alguns traços sobre a personalidade? E o mais importante, pode influenciar também na saúde. Confira abaixo algumas posturas de sono mais comuns e veja se você se encaixa em alguma delas:

 

Posição fetal: Essa é a preferida pelas mulheres. As pessoas que escolhem esta posição tendem a ser mais sensíveis e um pouco introvertidas até ganharem confiança e, então, se tornarem amorosas.

 

Posição do tronco: Essa postura se caracteriza por dormir de lado, com os braços e as pernas retos, como um tronco. As pessoas que gostam dessa posição tendem a ser confiantes e carismáticas, além de gostarem de ser elogiadas.

 

Abraçando um travesseiro ou objeto: Muitas pessoas precisam dormir abraçadas com algo – travesseiro ou bichinho de pelúcia – para descansar, mas isso não significa que sejam inseguras, pelo contrário, essa postura mostra uma pessoa confiante e boa para o diálogo.

 

De barriga para cima: A pessoa que dorme nessa posição possui uma postura rígida, amante da perfeição com tudo e com todos.

 

De barriga para baixo: O famoso dormir de bruços, com as pernas esticadas e os braços sob o travesseiro. Essa posição mostra uma pessoa líder, impulsiva e com iniciativa para atingir seus objetivos. Por outro lado, em algumas ocasiões, tendem a ser sensíveis.

 

Os especialistas da Emma Colchões alertam que “é importante dormir em um colchão que se adapte ao seu corpo e otimize a distribuição de pressão do corpo para ter um suporte perfeito na posição em que você está”, finaliza.

 

 

Emma - https://www.emma-colchon.com.mx/


Saúde mental em jogo: a pandemia e o excesso de trabalho

 

 De acordo com uma pesquisa, 68% dos entrevistados têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia 
iStock


Quem não está se sentindo cansado em virtude da pandemia, independentemente de qual seja o campo que ela está afetando particularmente a cada um, que atire a primeira pedra. A saudade das pessoas, do contato e até de momentos de descontração no trabalho, por exemplo, tem afetado a vida de pessoas ao redor do mundo, desde quando o coronavírus se tornou parte do dia a dia.

No início, diversos profissionais dos mais variados setores tiveram de aderir ao trabalho remoto, à distância, longe das dependências do escritório ou empresa, o que pode ter sido benéfico para quem soube se adaptar e administrar o tempo para cumprir suas funções profissionais e o tempo para descansar. Em abril deste ano, uma pesquisa realizada pelo LinkedIn com dois mil profissionais em home office apontou que 68% dos entrevistados têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia (21% até quatro horas a mais). O estudo ainda revelou que 62% estão mais estressados e ansiosos com o trabalho do que antes da pandemia.

Isto desperta um alerta! Trabalhar excessivamente pode aumentar o risco de diversas doenças, como hipertensão e diabetes, e inúmeras síndromes e transtornos, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Síndrome de Burnout. A saúde mental é bastante impactada por uma rotina frenética. Longas jornadas de trabalho com poucas pausas para descanso, turnos alternados e ritmos intensos fazem com que os funcionários sintam-se ansiosos, estressados, exaustos e desanimados, o que pode desencadear casos graves de depressão.


Novamente o alerta se acende!

A campanha Setembro Amarelo, criada em conjunto pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV) e que tem por objetivo a conscientização da população em relação à prevenção do suicídio, também é voltada ao mundo corporativo. Além dos abalos psicológicos, um ambiente de trabalho desfavorável causa falta de produtividade, de motivação e de engajamento nas atribuições.

Como era de se esperar, as empresas têm papel crucial na saúde mental do trabalhador. A lei define, no artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, que a duração da jornada dos trabalhadores urbanos e rurais não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, inclusive a dos trabalhadores domésticos. Quando o período supera esses limites, observada uma variação de até dez minutos diários, é caracterizado o direito ao pagamento de horas extras ou compensação equivalente ao funcionário.

É imprescindível que se respeite, mesmo em home office, o tempo de intervalo para alimentação e descanso, o que é garantido ao empregado pela lei. Quando os sintomas das doenças psíquicas e dos transtornos mentais/comportamentais forem atestados por um médico como incapacitantes, sendo recomendado ao empregado um afastamento superior ao período de 15 dias, ele deve ser encaminhado ao INSS para avaliação da concessão de benefício previdenciário.

Resumidamente, a empresa tem o dever de proteger e garantir um ambiente de trabalho sadio e seguro, assim como promover a valorização social do trabalho e da dignidade do trabalhador. Ações como incentivo e reconhecimento são importantes, bem como respeitar os limites individuais e diminuir a intensidade do trabalho quando necessário. Ao perceber sinais ou sintomas que possam estar relacionados ao excesso de trabalho, é de extrema importância procurar um profissional de saúde.

 


Marcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados, também formada em Administração de Empresas.


 Glomb & Advogados Associados

www.glomb.com.br


 

Gastos com alimentação representaram 10% do orçamento das famílias durante a pandemia

Mapeamento da FecomercioSP mostra que classe E consumiu mais produtos essenciais, enquanto A e B focaram em serviços
 

Considerando a queda de renda de quase 80% da população brasileira, durante o primeiro semestre de 2020, as famílias modificaram a forma de gastarem seus orçamentos. Estudo da FecomercioSP mostra que a distribuição de consumo aponta maior concentração em produtos de primeira necessidade entre faixas de renda mais baixas e de serviços, dentre as mais altas.
 
Os gastos com alimentação representam 10% do total de gastos médios dos brasileiros, sendo 17% dos gastos das famílias com renda até R$ 1.950, e só 4% das famílias de renda superior a R$ 16.900. Ao mesmo tempo, os valores com educação representam 2% do total do orçamento da Classe E e 5% na Classe A, lembrando que em termos absolutos as disparidades se tornam ainda maiores.


Com o auxílio emergencial e a antecipação do décimo terceiro salário (medidas que eram necessárias mas que talvez precisem de melhor calibragem), a Classe E (que ganha até R$ 1.950) teve um aumento tanto no total da massa de renda semestral (+62.7%) como na média mensal familiar (+61.5%). Como essa faixa possui  maior propensão ao consumo de produtos essenciais, foi imposto um choque de demanda considerável em alguns itens da cesta básica, causando eventuais aumentos de custos, que também ocorreram devido a fenômenos do câmbio, como o recente caso do arroz. Foram fatores que causaram infelizmente um efeito colateral indesejado na inflação de alimentos, ampliando o custo de vida dos mais pobres de forma mais proeminente.

 
Além disso, os itens não consumidos, relativos a serviços como eventos, lazer, turismo, mais significativos no orçamento das classes mais altas, tiveram seus preços estacionados, o que segundo os economistas da FecomercioSP pode ter se refletido na formação de poupança forçada nas famílias das classes A, B e C, que teriam economizado nestes gastos, durante a quarentena.
 
Assim, há expectativa em saber como ficará o tecido econômico no período pós-pandemia e como o desemprego afetará a renda das famílias em cada faixa de renda. Provavelmente, tanto as classes A quanto a E estarão menos suscetíveis aos problemas no curto prazo, dado que os programas de transferência de renda do governo devem se manter para faixas de renda muito baixas, já a possibilidade de ter havido mais poupança e maior preservação do emprego, tende a apontar um cenário mais otimista no lado oposto. É a classe média, portanto, que deve sentir os efeitos da crise mais efetivamente, diante de seu padrão de consumo, dos efeitos e da localização da inflação e do risco de emprego.


Como fazer uma boa Reforma Tributária?

 

Para especialista no assunto, as palavras-chave são simplicidade, transparência e justiça


 

Em meio a tantas reformas institucionais necessárias ao crescimento do país, a tributária é a bola da vez. O assunto impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros que estão preocupados com as medidas que tramitam em Brasília e seus desdobramentos finais.

 

“A maior reclamação dos contribuintes é a complexidade. Simplificar a tributação deve ser o objetivo principal de uma boa reforma. Qualquer ação nesse sentido deve buscar a neutralidade para não causar distorções na economia, gerar transparência aos consumidores e igualdade de tratamento”, explica o advogado especialista em direito e processo tributário, Guilherme Luvisotto.


 

Burocracia excessiva


Um estudo que mede a regulamentação do ambiente de negócios - feito pelo Banco Mundial, em 2018 - indica que no Brasil são necessárias 1.501 horas por ano para cumprir todas as normas e regras exigidas pelo sistema tributário. A média dos países desenvolvidos é de 120 horas. Já na América Latina, a média é de 317 horas.

 

Outro dado curioso está no ranking de facilidade para pagamento de impostos: o Brasil ocupa a posição de número 184, numa lista com 191 economias. Na classificação geral (facilidade para se fazer negócios), o Brasil ficou em 124.

 

Com tantos problemas a serem resolvidos e um arcabouço tributário ineficiente, o momento torna-se adequado para debater as mudanças na cobrança de impostos. “Regras claras e objetivas tornam os negócios mais promissores tanto para as empresas nacionais, quanto estrangeiras; já que elas não conhecem e não entendem essa confusão no país”, enfatiza Luvisotto.


 

Boas intenções, maus resultados


Apesar dos esforços mostrados pela equipe econômica do governo, os projetos apresentados sofrem duras críticas em diversas áreas. No setor de prestação de serviços, a nova sistemática pode triplicar a carga de impostos, justamente o contrário do que se espera.

 

No mercado literário, a taxação dos livros pode encarecer as obras em cerca de 12%. Para a Federação Brasileira de Bancos, os efeitos da criação da Contribuição Social Sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) – como está sendo proposto pelo governo – aumentaria a carga paga pelo sistema financeiro em 25%, algo em torno de R$ 6 bilhões.

 

Opinião semelhante tem o Instituto da Confederação Nacional da Agricultura, que prevê a elevação de impostos ao setor agrícola. Já a Confederação Nacional das Cooperativas afirma que a reforma tributária geraria uma dupla tributação do setor, pois o novo imposto incidiria sobre o cooperado e também sobre a cooperativa.

 

Enquanto isso, a Confederação Nacional de Saúde - por meio de um estudo encomendado a uma consultoria - chegou à conclusão de que a proposta de substituir o PIS/Pasep e Cofins pela CBS deve aumentar a cobrança de impostos de hospitais, clínicas e planos médicos. Por sua vez, esses custos seriam repassados em aumento no valor dos serviços.


 

Como resolver?


A Reforma Tributária tem o objetivo de potencializar o cenário econômico do país. O resultado esperado é um ambiente que favoreça o empreendedorismo e os negócios – seja por meio da geração de empregos diretos e indiretos, o aumento da competitividade interna ou pela melhoria na qualidade dos serviços e produtos oferecidos.

 

“Mesmo num cenário tão distinto e amplo como no Brasil, as soluções para se fazer uma boa reforma tributária envolvem alguns itens. O primeiro é ampliar a base de incidência dos tributos. Depois, precisa de regras homogêneas. Em seguida, fazer a tributação no destino, ter crédito amplo com ressarcimento ágil e desoneração dos investimentos. Esse conjunto de ações podem impulsionar o crescimento econômico de todo país”, observa o especialista que integra a equipe da Luvisotto & Franz – Sociedade de Advogados.

  

Retorno ao trabalho presencial deve seguir normas de saúde e segurança

Em meio à pandemia de COVID-19, a Justiça do Trabalho continua com o entendimento de que as empresas devem seguir todas as normas de segurança e medicina do trabalho já vigentes. Os empregadores devem tomar todas as medidas preventivas para evitar que os funcionários sejam contaminados pelo vírus.

Profissionais que pertencem ao grupo de risco têm procurado os sindicatos da categoria. O objetivo é o de permanecer no teletrabalho – algo também pleiteado por funcionários que residem com familiares que fazem parte do grupo de risco. As entidades sindicais, através de seus departamentos jurídicos, estão ajuizando ações judiciais para tais pedidos, já com alguns êxitos, prevalecendo a proteção à vida e saúde.

Além da Justiça do Trabalho, o MPT (Ministério Público do Trabalho) busca garantir os direitos sociais constitucionalmente garantidos aos trabalhadores, como acesso à educação, saúde e alimentação. Em tempos de pandemia, o órgão opera no pleito ao respeito do retorno presencial a trabalho, mediante protocolo de segurança. Em caso de descumprimento, o trabalhador pode, inclusive, denunciar a empresa. A companhia será notificada para responder à denúncia e fiscalizada, se for o caso.


Retorno ao trabalho

As empresas devem tomar algumas medidas para o retorno presencial. A volta ao posto de trabalho precisa respeitar as normas de saúde e segurança do trabalho, além de todos os protocolos sanitários exigidos pelas Portarias Conjuntas 19/2020 e 20/2020, emitidas pelo Ministério da Saúde e Secretaria e Especial de Previdência e Trabalho. As portarias preveem quais são as medidas que devem ser observadas para a prevenção e o controle da transmissão da COVID-19.

Salienta-se que para a empresa retomar o trabalho presencial, se faz necessário a elaboração de um plano de retomada específico para cada segmento. O retorno gradual deve ser incluído no processo de retorno. Além disso, é de suma importância que os trabalhadores sejam informados com antecedência sobre as regras do plano, a fim de todas as medidas de segurança e saúde dos trabalhadores sejam observadas e respeitadas.

O ambiente de trabalho - área física – deverá sofrer adequações para que se respeite o distanciamento mínimo entre os funcionários. Proteção para atendimento do público externo, ventilação, limpeza assídua dos ambientes e fornecimento de máscaras devem fazer parte do protocolo de retorno contra o novo coronavírus.

Caso o funcionário identifique que o seu ambiente de trabalho não está adequado em relação as medidas sanitárias contra a COVID-19, poderá buscar mais informações nos Recursos Humanos da empresa. Se o problema não for solucionado, poderá procurar o sindicato da sua categoria ou até mesmo o MPT. O órgão pode instaurar um inquérito civil público em face da empresa para investigação.

Vale ressaltar que o funcionário deve tomar as medidas com cautela. Ao notar que o ambiente de trabalho não está em conformidade em relação à COVID-19, é necessário notificar o empregador por escrito, ou a chefia imediata, informando que se recusa a trabalhar em razão do risco grave e iminente à saúde e obtenha provas. Importante esclarecer que tudo dependerá do caso concreto e da real probabilidade do contágio e da disseminação do vírus.


Home office permanente

Em março, o Governo Federal criou a MP (Medida Provisória) 927/2020 que estabeleceu o teletrabalho de forma unilateral. A medida perdeu a validade em julho deste ano por não ter sido analisada pelo Congresso Nacional. Dessa forma, as regras previstas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em relação ao home office voltam a vigorar.

Durante o período de vigência, a MP também autorizou que as empresas poderiam estabelecer o teletrabalho sem a necessidade de controle de jornada. Depois de julho, o home office voltou a necessitar da autorização do trabalhador ou da entidade sindical para ser acordado, bem como o controle da jornada. Para a empresa manter o empregado em trabalho presencial de modo parcial é necessário que faça um acordo específico para esse fim.

A CLT, no art. 75-C, prevê que o empregador poderá realizar a alteração entre regime presencial e de teletrabalho. Tal formato é possível desde que haja mútuo acordo entre as partes, com registro em aditivo contratual. Já para a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, é preciso respeitar o prazo de transição mínimo de 15 dias, também registrado por meio de um aditivo contratual.

 


Dra. Alessandra Cobo - coordenadora da equipe técnica do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados. É é advogada, inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 225.560, bacharela em Direito pela Faculdades Adamantinenses Integradas, desde 2004, especialista em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, desde 2009


Os confrontos na região do Nagorno-Karabakh e suas possíveis consequências


Nagorno-Karabakh faz parte do Azerbaijão, mas sua população é majoritariamente armênia. Grandes potências locais como Rússia, Turquia e Irã ficam próximas da região do conflito. Com o colapso da União Soviética na década de 1980, Nagorno-Karabakh votou para se tornar parte da Armênia - desencadeando uma guerra que parou com um cessar-fogo em 1994. Desde então, Nagorno-Karabakh permaneceu parte do Azerbaijão, mas é controlado por armênios de etnia, apoiados pelo governo em Yerevan.

A Armênia é majoritariamente cristã, enquanto o Azerbaijão, rico em petróleo, é de maioria muçulmana. A Turquia tem laços estreitos com o Azerbaijão, enquanto a Rússia é aliada da Armênia, embora também tenha boas relações com o Azerbaijão, e venda armamentos para os dois países. Apesar da diferença religiosa, o conflito não tem uma relação direta com esse fato, sendo uma disputa principalmente territorial histórica.

Os confrontos entre Armênia e Azerbaijão foram retomados no dia 27 de setembro de uma forma semelhante e até mais impactante que os de abril de 2016, tornando a maior ofensiva desde a guerra, que durou até 1994. Não há consenso sobre quem desencadeou essa nova escalada de conflitos.

Com a tensão a níveis extremos, os dois países decretaram lei marcial, a Armênia decretou mobilização total e o Azerbaijão uma mobilização parcial. As ameaças constantes de confrontos na fronteira do Azerbaijão, com a Região ocupada do Nagorno-Karabakh, dia após dia sem resolução, aumentam a impaciência do Azerbaijão para a retomada de seus territórios. As pressões para um confronto direto estão relacionadas ao incremento na política de assentamentos dirigidos ao Nagorno-Karabakh pelos armênios, em um território que foi historicamente ocupado e teve sua população original massacrada e expulsa.

O território ocupado se autoproclama uma república autônoma, porém nenhum país (isso inclui a própria Armênia) reconhece oficialmente como tal. Durante o conflito, quatro resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas demandavam a retirada das tropas da região e de sete distritos adjacentes, que também foram ilegalmente ocupados, tomando cerca de 20% do território total do Azerbaijão.

Após um frágil cessar-fogo assinado em 1994, sem nenhuma força de paz estabelecida e com acordos aos cuidados do Grupo de Minsk (com os principais líderes Estados Unidos, Rússia e França), várias violações a ele foram efetivadas desde então, em escalas diferentes. O confronto dessa semana, vem com uma grave ameaça de retomada da guerra em larga escala, especialmente com conquistas parciais de regiões montanhosas estratégicas e vilarejos ocupados a mais de duas décadas, que pode estimular a busca pela retomada dos territórios a força.

As principais potências e organizações internacionais conclamam pelo diálogo e cessar-fogo, mas a ineficiência da participação delas na negociação e a falta de comprometimento  da Armênia, principalmente para desocupar os sete distritos adjacentes a região do Nagorno-Karabakh, muito ocasionada por pressões eleitorais internas em vários momentos; fazem com que o Azerbaijão se sinta cada vez mais impaciente para a retomada de suas terras, mesmo com graves consequências humanas e econômicas para toda a região.

As duas principais possibilidades no momento são: a mais provável que é a manutenção de combates na região por alguns dias ou semanas até que organizações internacionais atuem para costurar um cessar-fogo e com pequenas mudanças na dimensão da ocupação armênia na região; ou uma perigosa retomada de guerra, com terríveis consequências para as duas partes.

Enfim, o cenário ideal de atuação internacional dos estados é uma coligação entre Turquia e Rússia, potências regionais, com interesses e possivelmente a habilidade de administrar eventual missão de paz, de preferência com base nas resoluções do conselho de segurança, nos princípios do direito internacional e nas tentativas de negociação anteriores. Porém com o crescente envolvimento direto no conflito essa solução se torna cada vez mais improvável e a situação requer um rápido engajamento internacional para evitar a escalada.

 



João Xavier - mestre em ciência política e pesquisador especialista sobre Azerbaijão e o Conflito do Nagorno-Karabakh.


André Frota - professor dos cursos de Relações Internacionais e Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Campanha Bora Testar chega a Heliópolis

 Testagem 
LATAM Intersect PR

 Campanha que leva testes de diagnósticos da Covid-19 chega à segunda favela de São Paulo


O projeto Bora Testar, criado para levar testes de diagnóstico às 10 maiores favelas do país com o objetivo de ajudar na prevenção da saúde de sua população e gerar dados que traduzam a realidade desses territórios, chega a Heliópolis, a segunda comunidade a ser testada para a Covid-19 na cidade de São Paulo, por ação da campanha. 

Com patrocínio da empresa de mídia Outdoor Social, a testagem começará na sexta-feira, 2 de outubro e seguirá até o dia 5. José Marcelo da Silva, presidente da Ação Comunitária Nova Heliópolis, conta que até hoje os moradores da comunidade ainda não foram testados para o coronavírus. “Para nós é importante essa testagem. Quando o poder público não faz, a sociedade civil sempre se organiza. Estamos juntos apoiando a iniciativa”, afirma.

Para esta testagem, o Bora Testar contará com quatro equipes compostas por enfermeiros que serão responsáveis por triar e aplicar os testes.  Desenvolvida por um grupo de médicos, a plataforma Ciente (https://app.ciente.net/covid/), em parceria com o projeto, auxilia na triagem por meio de um questionário e armazena dados, inclusive socioeconômicos, com o objetivo de traçar um retrato do impacto da pandemia nas favelas brasileiras.

“Dividimos a comunidade em setor censitários e com uma amostra de 400 entrevistas percorremos as casas aplicando o questionário. Assim, evitamos aglomeração e conseguimos extrair as áreas mais vulneráveis do território. Além disso, todos os profissionais contratados temporariamente para a ação são selecionados na própria comunidade, uma maneira encontrada para dar apoio nesse momento de vulnerabilidade e desemprego, conta Emília Rabello, responsável pelo planejamento/ execução de campo e uma das idealizadoras do projeto. 

“Trabalhei no Hospital de Campanha de Barradas, em Heliópolis, como encerrou o contrato e estou desempregada no momento, esta é uma forma de continuar contribuindo com a comunidade”, diz Cleyce Mayze Silva Costa, uma das enfermeiras que vai trabalhar na testagem. 

O Bora Testar foi criado por empresas da área de comunicação que decidiram apoiar na prevenção do contágio começando por onde havia maior vulnerabilidade – as favelas. A Campanha já testou a Favela de Paraisópolis, também na região metropolitana de São Paulo e começou a traçar dados econômico sociais importantes e vai fazer isso por todas as favelas onde passar (ver resultados de Paraisópolis abaixo). 

As próximas ações da Campanha Bora Testar estão programadas para a Cidade Tiradentes, em São Paulo e Rocinha, no Rio de Janeiro. “Nosso objetivo é alcançar todo o Brasil, para isso contamos com a sociedade que se solidariza com a campanha”, afirma Claudia Daré, também idealizadora do projeto. 

A Campanha Bora Testar conta também com apoio de empresas solidárias e com uma plataforma de crowfunding para compra de testes e suporte logístico.  Para contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais, basta acessar a plataforma aqui. Conheça mais sobre o projeto nas redes sociais @boratestarcovid no Instagram e Facebook. 

Dados resultantes da ação em Paraisópolis

400 moradores passaram por triagem. 28% foram encaminhados para testes e 6,3% tiveram resultado positivo para a Covid-19. Entre os que apresentaram resultado positivo para o coronavírus, 48% têm renda familiar até R$ 1045 reais. Foram contaminados igualmente 40,7% dos que têm o fundamental incompleto e os que têm ensino médio e superior incompletos.  O contágio se deu com maior incidência entre os moradores que saem de casa para trabalhar (51,9%). 40% das pessoas trabalham com atendimento presencial (serviços) e 50% servem na área de saúde. 

 

Sobre a Campanha Bora Testar

Idealizada para levar testes de diagnóstico da Covid-19 às favelas do Brasil, o objetivo da campanha é ajudar a preservar a saúde dessa população, além de gerar dados que traduzam melhor a realidade desses locais.

Com quatro pilares básicos: informação, triagem, exames com sintomáticos e rastreamento, a campanha foi criada e desenvolvida pela Outdoor Social e Latam Intersect PR, empresas de comunicação que se uniram com suas diferentes especialidades para realizá-la. 

 

Realizadores da Campanha 

Outdoor Social

www.outdoorsocial.com.br  -  Instagram @outdoorsocial. 

 

LatAm Intersect PR

https://latamintersectpr.com/

 

Inteligência artificial e robotização ampliam atuação da Contabilidade, defende consultor


Lucas Ribeiro, da ROIT, participou de debates da PUC-PR e do Conselho Regional do Ceará sobre o futuro da área em um cenário de automatização intensa


Especialistas do setor de contabilidade têm levantado alguns questionamentos sobre a profissão de contador, tendo em conta um contexto de expansão da inteligência artificial e da robotização sobre muitas tarefas. Alguns dos últimos debates foram realizados em ocasião das comemorações do Dia do Contador (22/09), reunindo empresários e acadêmicos. Entre as dúvidas estavam: O que o futuro reserva para a área? É uma profissão em risco? Na avaliação dos especialistas, a resposta é não.

Para o consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT – accountech com unidades em Curitiba, São Paulo e Brasília e portfólio de clientes de abrangência nacional, a automatização dos processos faz a atuação da Contabilidade se tornar ainda mais estratégica. Aos profissionais, abrem-se perspectivas de atuação que se configuram como novos nichos de mercado – tanto para o profissional liberal, como para escritórios.

Lucas Ribeiro participou de dois debates on-line que tiveram como tema central justamente as perspectivas para a Contabilidade com a informatização deixando de ser tendência para se configurar realidade. Um dos encontros foi com professores e estudantes do curso de Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). O outro, com o Conselho Regional de Contabilidade do Ceará.

“Se pensarmos no profissional como um ‘lançador’ [de notas], este está com os dias contados”, disse Lucas Ribeiro no debate com o Conselho do Ceará. No entanto, acrescentou: “mas o mercado tem carência, por exemplo, de profissionais que entendam dos aspectos contábeis e da lógica de programação, sem precisar ser desenvolvedor, mas com conhecimentos básicos”, afirmou, citando a demanda pela convergência entre Contabilidade e Tecnologia da Informação.

NOVO PERFIL

Ainda no mesmo debate, o sócio-diretor da ROIT projeta um novo perfil de atuação do profissional de Contabilidade –  isso é possível pela automatização de processos. “Há mercado tanto para profissionais como para escritórios que se dediquem, com profundidade e atuem com planejamento tributário, econômico, sucessório das empresas. Ou mesmo exercendo consultoria – de custos, de gestão financeira”, ilustrou.

Lucas Ribeiro apontou, ainda, outro caminho recorrente: escritórios de contabilidade assumindo a gestão fiscal e contábil das empresas, e até mesmo a execução de contas a pagar e a receber. No encontro do curso da PUC-PR, o consultor afirmou que a automatização dos processos deu condições ao profissional de Contabilidade exercer a essência dessa área de conhecimento. “A Contabilidade é uma ciência, tão necessária para engajar as empresas para o sucesso”, assinalou.

Com os estudantes da PUC-PR, Lucas Ribeiro compartilhou um pouco da experiência da ROIT na utilização de inteligência artificial e robotização, pontuando que são dois elementos distintos. “A robotização não cria processos; é a automatização de processos. A inteligência artificial assume capacidade de análise e decisão”.

A ROIT conta com uma equipe de 50 pessoas dedicadas apenas ao desenvolvimento de soluções em tecnologia, divididas nas duas frentes – inteligência artificial e robotização, conforme informou o consultor. “Nos últimos 12 meses, na ROIT, já fizemos 8 milhões de classificações de procedimentos, com 98% de acerto, só 2% de erro – o que certamente é muito pouco, se comparado ao quanto nós, humanos, estamos sujeitos a errar”, comparou.

“A inteligência artificial e a robotização fazem surgir o temor do desemprego, e uma pergunta comum [ao profissional e ao estudante de Contabilidade] é: ‘será que paro?’. Não! O profissional vai ganhar o brilho de ser parceiro de gestores na tomada de decisões estratégicas. Para isso existimos”, sublinhou Lucas Ribeiro.

 

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