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sábado, 2 de maio de 2020

Educar: papel dos pais ou da escola?


O termo “educação” está amplamente relacionado à família, ao estado e à sociedade, cada um com diferentes funções e objetivos: educar para a vida, para as necessidades do mercado ou para a criação de uma consciência social, científica, cultural e histórica. Contudo, o papel da escola e o dos pais ou responsáveis parecem estar cada vez menos definidos. 

É dentro dos colégios que as crianças têm um espaço de desenvolvimento e aprendizagem, conforme um currículo pré-estabelecido, mas moldável, em que o conhecimento produzido historicamente pela humanidade é passado de professor para aluno, em forma de ciência. As instituições de ensino devem priorizar, ainda, a socialização e a prática de atividades cognitivas para o desenvolvimento pessoal da criança.

Já a família sempre foi encarada como instituição base. É o ambiente inicial de socialização, transmissão de valores, significados e crenças. Um conjunto de vínculos importante na construção individual e social do ser humano. Os pais ou responsáveis devem prover mais do que o sustento material e a proteção do bem-estar. Eles são peças fundamentais na promoção do afeto, na formação do caráter e da personalidade da criança, compartilhando aspectos morais para a construção de um cidadão. Contudo, as mudanças percebidas, principalmente na última década, mostram casos de terceirização da responsabilidade - quando a família entrega todo o papel da educação para a escola. 

Falta de tempo, excesso de permissividade ou simples ausência de interesse. Esses são alguns dos fatores que fazem com que pais e responsáveis sejam passivos no processo educacional. As escolas já perceberam a tendência e vêm trabalhando com os professores o olhar voltado às necessidades trazidas pelos alunos, que vão além da academia. A transferência de responsabilidade também se dá pela falta de habilidade para lidar com as emoções das crianças. Às vezes, os pais não sabem como cumpir essa importante tarefa e a entregam nas mãos do professor. Contudo, as escolas não podem assumir este papel, da mesma forma que não devem se ausentar dessa importante tarefa. A solução para esse dilema é que a escola trabalhe como parceira, para manter um equilíbrio e ajudar as famílias a encarar a responsabilidade na formação da criança.

Autor do livro “A criança terceirizada”, o pediatra José Martins Filho afirma que a ausência  dos pais abre espaço para que algumas crianças sejam educadas pela mídia televisiva e pela internet, o que não é recomendado. Entre as consequências apontadas pelo autor, a curto e longo prazos estão crianças sem vínculo parental e com baixa autoestima. A criança terceirizada também costuma ter a agenda cheia, viver entre escola, creche ou cursos, sem tempo livre para brincar, o que anula a fantasia da infância. Outras consequências apontadas pelo pediatra são a falta de limites, problemas de comportamento e o desenvolvimento de crianças mimadas, que não sabem ouvir um “não” e querem que todas as suas vontades sejam satisfeitas imediatamente. 

A definição do papel dos pais e da escola é o passo inicial para definir o que cada uma das esferas têm a trazer para a criança. Educação pedagógica e familiar são complementares e mescladas e devem ser abertas para sugestões, mas mantendo sua autonomia. É por meio do apoio, da responsabilidade e da experiência que se assegura uma formação com habilidades sociais, comportamentais e intelectuais bem desenvolvidas, para o crescimento de um cidadão. 






 Fabiula Gonçalves Galina - gestora do Ensino Fundamental II do Colégio Positivo Júnior.


Antecipação da restituição de IR: uma alternativa financeira para a crise do Covid-19


O governo adiou o período de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física em função do novo coronavírus (Covid-19), contudo, para muitos contribuintes brasileiros pode ser interessante utilizar a antecipação dos valores de restituição devida pelo governo aos contribuintes que algumas instituições financeiras oferecem. Mas diante a uma necessidade financeira, será que realmente é correto e vale a pena antecipar?
"A realidade está muito diferente, sempre preguei que utilizar essa linha de crédito demonstrava falta de educação financeira, mas vivemos tempos de guerra contra o Covid-19 e seus impactos financeiros, assim, esse dinheiro se mostra uma ótima alternativa para quem está com redução ou sem renda. Mas, lembrando que a situação não está fácil, sendo necessário pensar nos hábitos financeiros e buscar economia imediatamente", alerta o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.
Lembrando que a antecipação é um serviço que faz com que o contribuinte não necessite esperar pelos lotes para receberem os valores devidos da restituição. E que esse empréstimo tem como garantia esse valor devido pela Receita Federal. Outro ponto importante é que mesmo com a crise e o adiamento do prazo de entrega do Imposto de Renda o governo não alterou o calendário de restituição.
Contudo, para pedir a antecipação aos bancos, os contribuintes devem ter a certeza de que tudo está correto na declaração entregue ao governo. Caso apresente problemas, ela pode cair na malha fina da Receita Federal e o contribuinte terá que arcar com o empréstimo do próprio bolso. Por isso, é sempre recomendável muito cuidado ou mesmo o apoio de especialistas contabilistas.
"Cair na malha fina é mais fácil do que parece, principalmente com a ampliação de cruzamentos de informações feita pela Receita Federal. Às vezes, a pessoa faz tudo corretamente, como manda o manual, e, assim mesmo, vai parar na malha fina. Isso acontece, por exemplo, quando a fonte pagadora fornece à Receita uma informação diferente da qual liberou para o colaborador", explica o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.
O diretor da Confirp explica que para que possa ter segurança ao fazer essa antecipação, o recomendado é que o contribuinte prepare e entregue a restituição o quanto antes. "O próprio sistema de entrega do Imposto de Renda demonstra ao contribuinte inconformidades, assim, o quanto antes reparar, maior a chance de ajustar inconsistências".
Também é importante ter o valor exato que terá de restituição para realizar a antecipação de forma segura. Mas mesmo já tendo entregado e sabendo que não terá problema com a malha fina o contribuinte tem que tomar alguns cuidados antes de antecipar esses valores.
"Aconselho que o contribuinte faça uma pesquisa nos bancos. A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas de juros cobradas nesses empréstimos flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela Internet, para, depois, sentar com o gerente do banco e negociar melhorias na proposta que eles oferecem", explica Reinaldo Domingos.
O presidente da ABEFIN explica que é interessante que essa renda extra seja utilizada de forma inteligente. "O momento é de extrema dificuldade e todo dinheiro extra recebido deve ser tratado com muito respeito, criando uma reserva estratégica pois o período de dificuldade será muito grande para a população", finaliza Domingos.



sexta-feira, 1 de maio de 2020

Mãos e rosto precisam de cuidado mesmo dentro de casa


Álcool gel provoca de ressecamento a dermatite. Especialistas falam sobre a importância de cuidar das mãos e do rosto mesmo dentro de casa
Não é por que estamos em isolamento social para conter a proliferação da Covid-19, o novo coronavírus, que precisamos deixar de lado alguns cuidados e protocolos de beleza e saúde que são essenciais para o dia a dia. O fato de estarmos em casa não significa que não é necessário passar protetor solar, por exemplo. Mesmo embaixo de sombra, luzes brancas podem danificar a pele. Então, nada de começar o home office sem antes dar atenção à pele do rosto!
As mãos também precisam de atenção, principalmente neste contexto de saúde em que estamos inseridos. Isso por que, lavamos as mãos com frequência e utilizamos álcool gel para higieniza-las e esses produtos removem a capa de gordura da pele, provocando ressecamento. Cutículas, unhas e mãos precisam de hidratação após cada lavagem.
Confira as dicas completas das especialistas Regina Gante e Fernanda Capucci, docentes do curso de Estética da Universidade Anhembi Morumbi em um vídeo exclusivo.

Universidade Anhembi Morumbi

Lambedura excessiva: Um sinal de alerta durante a quarentena



Comportamento compulsivo pode ser estimulado pelo estresse e mudanças na rotina

 
As mudanças impostas pela quarentena afetam também a rotina dos pets. Por mais que os cães adorem passar horas na companhia dos tutores. aspectos como a diminuição na frequência de passeios, a energia acumulada ou alterações nas atividades diárias podem estimular a lambedura excessiva. Esse é um sinal de alerta que indica que o animal está enfrentando uma situação desafiadora.

“Os cães utilizam a lambedura como uma forma de aliviar o estresse, pois ela provoca a liberação de opióides endógenos que trazem uma sensação de prazer, o que acaba resultando em um ciclo vicioso, especialmente quando o animal está passando por uma mudança brusca”, explica a Médica Veterinária e Gerente de Produtos da Ceva Saúde Animal, Priscila Brabec.
O surgimento do problema costuma ser multifatorial. O crescimento desordenado de bactérias, alergias, a infestação por ectoparasitas, como pulgas e carrapatos, itens da alimentação, e até mesmo a ansiedade podem ser responsáveis por desencadear o hábito. “Em muitos casos, o comportamento está relacionado à rotina dos pets. Nesse momento de isolamento, os cães acabam ficando mais preguiçosos, passando horas dormindo próximos aos tutores deixando, muitas vezes, de realizar atividades que gastam energia, como passeios e brincadeiras. Isso pode gerar tédio, estresse ou depressão e acabar ocasionando a dermatite por lambedura de caráter psicogênico. É importante ressaltar que a lambedura também pode ser indicativa de problemas dermatológicos, por isso, caso o comportamento persista, o tutor deve buscar imediatamente a ajuda de um veterinário”, afirma Priscila.
A lambedura excessiva pode resultar no desenvolvimento de uma série de complicações, como perda de pelos (alopecia), infecções locais e, em casos graves, lesões ulceradas com difícil cicatrização. 
O problema, quando associado ao estresse, pode ser minimizado com alguns cuidados, como aumentar o nível de atividades do pet em casa. O enriquecimento ambiental é fundamental, especialmente nesse período onde o pet está com as saídas para rua restritas.
“Para isso, o tutor pode investir na criação de uma nova rotina com o pet. Entre as opções está separar um período do dia para brincar com o cão, o uso de brinquedos interativos, especialmente os que possibilitam colocar alguma guloseima dentro, o que manterá o animal entretido por algum tempo. Outra dica é aproveitar o momento para ensinar novos truques ao cão. Para quem mora em casa é possível também acrescentar uma rotina de exercícios estimulando, por exemplo, o animal a caminhar pelo espaço. Também pode incluir o uso do odor materno canino (Adaptil) no ambiente, que transmite para o cão a sensação de bem-estar, segurança e conforto, diminuindo o estresse e ansiedade. O importante é criar estímulos para que a lambedura deixe de ser atrativa”, explica Priscila.




Ceva Saúde Animal


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