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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Novartis promove campanha para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce da Esclerose Múltipla



  • No Agosto Laranja, farmacêutica promove a campanha “Diagnóstico na hora certa: os sinais da Esclerose Múltipla não têm hora para aparecer. Descubra como identificá-los”;
·         Dentre as ações, estão a parceria com o sistema Bike Sampa para a utilização das bicicletas laranjas e ativação no Shopping Center 3;

·         De difícil diagnóstico, a doença neurológica, crônica e autoimune, atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo1.

Visão turva ou dupla, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores musculares, fraqueza muscular, fadiga, formigamento, dormência, disfunção cognitiva, depressão, disfunções intestinais e de bexiga. São esses os principais sintomas8 de quem sofre com Esclerose Múltipla (EM), doença neurológica, crônica e autoimune, responsável por ser a principal causa de incapacitação de jovens adultos. Cerca de 60% das pessoas acometidas pela EM podem inclusive tornar-se impossibilitados de andar.
E para dar visibilidade à doença que atinge 2,3 milhões de pessoas no mundo1, o mês de agosto foi estabelecido para alertar sobre o diagnóstico e sobre o tratamento adequado da enfermidade. Pegando carona no Agosto Laranja, a Novartis promove a campanha “Diagnóstico na hora certa: os sinais da Esclerose Múltipla não têm hora nem idade para aparecer, descubra como identificá-los!”.

Especificamente no Dia Nacional de Conscientização de Esclerose Múltipla, celebrado em 30 de agosto, haverá uma ativação no Shopping Center 3 na qual os visitantes poderão participar de um tabuleiro que simula os sintomas da doença e que leva ao diagnóstico, de modo lúdico. Trata-se de um jogo com proposta de entretenimento em que há a utilização de habilidade intelectual, boa memória e estratégia de raciocínio.

E quem passar por lá tem um ótimo motivo para participar: a farmacêutica firmou uma parceria em prol da conscientização com o Bike Sampa, sistema de bicicletas compartilhadas operado pela Tembici com patrocínio do Itaú Unibanco. Todos os participantes da ação receberão um código de desconto para usar as bikes laranjinhas ao longo de setembro.


Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico da Esclerose Múltipla é, majoritariamente, clínico. Porém, há exames laboratoriais e de imagem que auxiliam no processo, como os que contemplam a análise do líquido cefalorraquidiano e a ressonância magnética que captura imagens da medula e do encéfalo. Em ambos os casos, o propósito é mostrar as lesões da desmielização2 (danificação da bainha de mielina dos neurônios).

“A Esclerose Múltipla é uma doença de difícil diagnóstico, principalmente nas fases iniciais, pois ela pode se manifestar por meio de sintomas transitórios que duram até uma semana. Por isso é comum ouvir relatos de que os sintomas foram ignorados por anos”, afirma a Dra. Samira Pereira, neurologista especialista em esclerose múltipla.

Apesar de a doença não ter cura, há terapias disponíveis no Brasil nos mercados público e privado. Pacientes tratados com medicação adequada têm seis vezes mais chances de se manter em uma condição que não apresente ‘nenhuma evidência de atividade da doença’3-7.




Serviço

Ativação no Shopping Center 3 - Dia Nacional de Conscientização de Esclerose Múltipla
Data: 30/08 (sexta-feira)
Horário: das 10h às 22h
Local: Avenida Paulista, 2064, Cerqueira César / São Paulo, SP;





Novartis





Referências:     

1.   Portal Associações de Esclerose Múltipla (Abem); http://abem.org.br/wp-content/uploads/2016/02/Atlas_EM_2013_FINAL_ABEM_baixa.pdf. Acessed on August.
2.   Portal Sociedade Brasileira de Autoimunidade. https://www.sobrau.com/esclerose-multipla/. Acessed on August.
3.   Kappos L et al.; for FREEDOMS Study Group. A placebo-controlled trial of oral fingolimod in relapsing multiple sclerosis.
4.   Montalban et al. Long-term efficacy of fingolimod in patients with relapsing-remitting multiple sclerosis previously treated with interferon beta-1a or disease-modifying therapies: A Post-hoc analysis of the TRANSFORMS 4.5 year extension study. European Neurological Society, June 10, 2013 P539.
5.   Kappos L et al. Phase 3 FREEDOMS study extension: fingolimod (FTY720) efficacy in patients with relapsing-remitting multiple sclerosis receiving continuous or placebo-fingolimod switched therapy for up to 4 years. Poster presented at: 28th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 10-13, 2012; Lyon, France. Poster P979.
6.   Chin PS et al. Early effect of fingolimod on clinical and MRI related outcomes in relapsing multiple sclerosis. Poster presented at: 28th Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis; October 10-13, 2012; Lyon, France. Abstract P459.
7.   Kappos L et al. Inclusion of brain volume loss in a revised measure of multiple sclerosis disease-activity freedom: the effect of fingoolimod. Abstract presented at: 2014 Joint ACTRIMS-ECTRIMS Meeting; September 10-13, 2014; Boston, Massachusetts. Abstract 1570. Free communication FC1.5.
      8. Files et al. Multiple Sclerosis. Prim Care Clin Office Pract 42 (2015) 159–175

Coqueluche: 6 importantes informações que as gestantes precisam saber sobre a doença



Você sabia que existem vacinas que são recomendadas para as gestantes? Uma delas é a vacina que previne contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa)1. A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano.2 A doença é transmitida facilmente de pessoa para pessoa, e os bebês de até seis meses de idade, que ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), são mais suscetíveis a doença.2

Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), atualizado em fevereiro de 2019, apontam que, no Brasil em 2018, a cobertura vacinal contra coqueluche (dTpa) nas gestantes chegou a apenas 59% aproximadamente, apesar da vacina ser disponibilizada para esse público nos postos de saúde.3,9,12

“O ideal seria imunizar 95% das gestantes. Mas ainda há muita falta de conhecimento sobre a importância dessa vacina para a saúde da mãe e do bebê. Nos primeiros meses de vida, os bebês ainda não completaram o esquema primário de vacinação, por isso são mais suscetíveis a infecções. É importante a prevenção da doença através da vacinação, e que ela seja repetida a cada gravidez”, afirma Dra. Bárbara Furtado, pediatra e gerente médica de vacinas da GSK.

Confira seis informações importantes sobre a coqueluche que podem ajudar a proteger as gestantes e os bebês.


1 – Por que as gestantes precisam se vacinar?

Algumas doenças podem acometer as mães e os bebês durante a gestação, período em que estão suscetíveis a infecções.3 O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), disponibiliza quatro vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; e influenza (contra gripe).3,9,11 As vacinas recomendadas para gestantes tem um perfil de segurança conhecido e a vacinação é indicada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).1,3,9,10,11


2 – As mães podem transmitir coqueluche para seus bebês?

Sim, as mães são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente, 37% dos casos.5 A transmissão ocorre através do contato direto entre pessoas, por meio de gotículas de saliva.2 A vacinação é uma das principais formas de prevenção da coqueluche para a mãe e o bebê.2,4


3 – A coqueluche pode levar à óbito?

A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil.2 A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida.2 Os bebês até os seis meses de idade ainda não completaram o esquema primário de vacinação com a vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), e por isso estão mais suscetíveis à infecção pela Bordetella pertussis.2


4 - Quais são os sintomas da doença?

Os primeiros sintomas podem durar de 1 a 2 semanas e, geralmente, incluem: coriza, febre baixa, tosse leve e ocasional e apneia (em bebês).6 Além disso, a coqueluche, em seus estágios iniciais, pode ser confundida com um resfriado comum. Geralmente ela não é diagnosticada até que os sintomas mais severos apareçam.6 As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio.7 Mais de 90% das crianças menores de 2 meses infectados pela coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.8


5 – Qual a principal forma de prevenção?

A vacinação é considerada uma forma efetiva na prevenção da doença.2,4 Segundo o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, uma dose da vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular).9 A vacina deve ser tomada a cada gestação.9 Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.1,9,10

Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se pelo menos duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês. 1,9,10


6 – A vacina contra coqueluche é gratuita?

A vacina contra coqueluche (dTpa) é gratuita para as gestantes nos postos de saúde.3 O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda, a cada gestação, a administração de 1 dose de dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) a partir da 20ª semana de gestação.9



Fórum Vacinas da Gestante

Para incentivar a imunização das gestantes e capacitar os profissionais de saúde que atuam no pré-natal e nas salas de vacinação da Atenção Básica da Saúde Pública, a empresa GSK está realizando uma série de seminários sobre a vacinação no Brasil, com ênfase no calendário vacinal da gestante que é oferecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O próximo "Fórum Vacinas na Gestante" será realizado nos dias 29 e 30 de agosto (amanhã e sexta-feira), em Franca (SP).

Iniciado em 2018, os seminários já passaram por mais de 30 cidades como Juiz de Fora, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, São Bernardo do Campo, Belém, Joinville, Campo Grande, Ribeirão Preto, Manaus, Vitória, Natal, Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, entre outros.



Serviço:

29 e 30 de agosto – Franca (SP)
Horário: das 10h às 12h (dia 29); e das 14h às 16h (dia 30)
Local: Auditório da Secretaria de Saúde
Endereço: Avenida Dr. Flávio Rocha, 4780 - Franca - SP




 GSK



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.







Referências:
  1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2018/2019 (atualizado até 31/08/2018).  Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012---Coqueluche-08.12.15.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Gestantes de todo país devem atualizar caderneta de vacinação. 2018. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42730-gestantes-de-todo-pais-devem-atualizar-caderneta-de-vacinacao>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  4. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pertussis. 2018. Disponível em: <http://www.who.int/immunization/diseases/pertussis/en/>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  5. WENDELBOE, A. M. et al. Transmission of bordetella pertussis to young infants. The Pediatr Infectious Disease Journal, 26 (4): 293-299, 2007.
  6. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping Cough). Disponível em: <http://www.cdc.gov/pertussis/about/signs-symptoms.html>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  7. DE SERRES, G. et al. Morbidity of pertussis in adolescents and adults. The Journal of Infectious Diseases, 182(1): 174-9, 2000.
  8. HONG, J. et al. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of Pediatrics, 53(5): 629-633, 2010.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: calendário nacional de vacinação. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  10. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Febrasgo recomenda vacinação com dTpa para as gestantes. 2017. Disponível em: < https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/283-febrasgo-recomenda-vacina-dtpa-para-as-gestantes>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  11. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Técnico: 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/01/Informe-Cp-Influenza-29-02-2019-final.pdf>. Acesso em 8 mar. 2019.
  12. BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “REGIÃO” para Linha, “ANO” para Coluna, “COBERTURAS VACINAIS” para Conteúdo, “2018” para Períodos Disponíveis, selecionar “dTpa GESTANTE” para Imunobiológicos e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Base de dados disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?pni/cnv/cpniuf.def>. Acesso em 07 mar. 2019.

Um dia de atenção à esclerose múltipla e suas necessidades de atendimento


Data dissemina práticas para a melhor qualidade de vida de pacientes que convivem com a doença.


No próximo dia 30 de agosto é celebrado o Dia nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, doença neurológica crônica de característica autoimune, responsável por desencadear um processo inflamatório que compromete o sistema nervoso central. Ainda sem causa definida e, portanto, sem cura possível, a esclerose múltipla tem evolução progressiva e os tratamentos adotados visam atenuar os sintomas para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes.

“Ela age agredindo o sistema imunológico e, dessa forma, comprometendo o sistema nervoso a partir da lesão da bainha de mielina, uma capa que reveste os filamentos nervosos. Quando isso ocorre, há um gatilho para o aparecimento de uma série de disfunções progressivamente incapacitantes com o passar dos anos”, explica o neurocirurgião funcional pela UNIFESP e Centro de Dor do Hospital 9 de Julho, Dr. Claudio Corrêa.

Inicialmente a esclerose manifesta sintomas sutis, geralmente transitórios, que podem durar uma semana e parar. Os mais comuns nos dois primeiros anos são sensitivos, que vão desde visão embaçada a eventuais problemas no controle da urina. Em seguida, eles evoluem para disfunções motoras e cerebelares que refletem em fraqueza, cansaço, formigamento nas pernas – às vezes apenas de um lado do corpo –, diplopia, ou seja, visão dupla, ou até mesmo perda total da visão, desequilíbrio, tremor e descontrole de esfíncter (músculo em formato de anel que protege canais e orifícios naturais do corpo, e que também controlando sua abertura e fechamento) anal e vesical. 

A doença acomete pessoas entre 20 e 40 anos na média, com predominância feminina. A incidência mundial aponta mudanças em diferentes regiões geográficas e etnias, com taxas de prevalência variando de 12 por 100.000 no Japão e mais de 100 por 100.000 na Europa e América do Norte. No Brasil, estima-se que 40 mil pessoas tenham esclerose múltipla.


Tratamentos da esclerose múltipla

As terapias existentes têm como objetivo abreviar a fase aguda da doença, na qual apareceram os sintomas, e espaçar cada vez mais o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade das crises. Já no segundo, imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos pacientes, lembrando ser impossível eliminar completamente as manifestações com as vias de tratamento atuais. É recomendável manter a prática de exercícios, fisioterapia motora e a associação de medicamentos no controle do esfíncter quando o mesmo passa a ficar comprometido. 

Especificamente sobre o sintoma da espasticidade, distúrbio de controle caracterizado por músculos tensos ou rígidos, que incapacitam o controle muscular, com reflexos hiperativos, indica-se fisioterapia de reabilitação somada à medicação, bem como procedimentos neurocirúrgicos em estágios mais avançados e limitantes.

As técnicas cirúrgicas podem ser neuroablativos como, por exemplo, a rizotomia dorsal seletiva, onde o neurocirurgião isola cuidadosamente os nervos  que transferem as mensagens de contração para o músculo afetado, cortando as fibras mais anormais para aliviar a espasticidade enquanto preserva outras funções motoras e sensitivas; e neuroaumentativos, como a terapia intratecal (injetável) de relaxante muscular através de bombas eletrônicas de infusão. Em casos de espasticidade segmentar, a injeção de toxina botulínica tem se mostrado eficaz.

Um particular sintoma que afeta 10% dos portadores de EM é a neuralgia do nervo trigêmeo que pode ser tratada clínica e/ou cirurgicamente. No procedimento operatório o resultado é o alívio da dor facial por procedimento realizado ambulatorialmente, sem a necessidade de incisões e com apenas algumas horas de internação. 




Dr. Claudio Fernandes Corrêa - possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Especializou-se em neurocirurgia funcional abrangendo áreas dos movimentos involuntários, dor, espasticidade, tumores do sistema nervoso e na psicocirurgia e se tornou uma das principais referências no Brasil e também no Exterior. É também o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes.

Asma infantil: não é normal ter sintomas


A falta de ânimo para brincar, uma ligeira queda no pique para fazer as atividades diárias ou pedidos de colo muito recorrentes podem ser sinais de que não está tudo bem com a saúde da criança. Se, além desse cansaço frequente, a criança estiver com chiado no peito, tosse e falta de ar, é importante buscar ajuda médica. Pode ser asma.

Segundo a Pesquisa Mundial de Saúde, estima-se que 300 milhões de pessoas sofram de asma em todo mundo e há, ainda, a projeção de que esse número chegue a 400 milhões até 2025, levando em conta a urbanização da população 1.

Asma é a doença crônica mais comum na infância e a maior causa de morbidades nesta idade, como mensurado por ausências escolares, hospitalizações ou idas à emergência hospitalar2. A asma normalmente tem início precoce: em até metade das pessoas com asma os sintomas começam na infância, e a doença ocorre ainda mais cedo em meninos do que em meninas3. Atopia está presente na maioria das crianças asmáticas que possuem 3 anos ou mais, e sensibilidade a algum alérgeno é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento da asma4

Na infância, infecções virais que atingem o trato respiratório são muito comuns. Destas infecções, derivam sintomas muito parecidos com a asma, como chiado e tosse. Em crianças com menos que 5 anos, principalmente entre 0 a 2 anos, muitas vezes a distinção entre o agente causador dos sintomas não é fácil, mas é importante para definição do melhor tratamento5.

Por isso é preponderante diferenciar asma, uma doença inflamatória crônica que não tem cura, de bronquite, que também leva a inflamação dos brônquios, mas tem outras causas, como infecções virais ou bacterianas. Ao contrário da asma, a bronquite normalmente tem duração curta, e ambas possuem tratamentos diferentes. Em idades precoces é importante ressaltar que nem todo chiado é sinal de asma. Algumas características que podem sugerir asma são5:

  • Tosse com ausência de muco que pode piorar a noite ou acompanhada de chiado ou dificuldade de respirar;
  • Tosse que ocorre com exercício, riso, choro ou exposição à fumaça do cigarro na ausência de infecções respiratórias aparentes;
  • Chiado recorrente, inclusive durante o sono ou com gatilhos como atividade, riso, choro ou exposição à fumaça de cigarro;
  • Histórico familiar de doenças alérgicas;
  • Atividade reduzida; criança que corre, brinca e ri com menor intensidade do que outras crianças; pede para ser carregado no colo após pequenas caminhadas;
  • Dificuldade para respirar ou respiração pesada, ocorrendo após exercício, riso ou choro.


Tratamento: a importância da continuidade

A gravidade da doença é dada de acordo com a necessidade de medicamento necessário para o controle dos sintomas. Considerando a diversidade dos tratamentos, que devem respeitar os tipos da doença, a lição número um refere-se à continuidade4. Nada de tratar apenas nos picos de crise, que se intensificam no inverno por conta de infecções respiratórias.

O objetivo do tratamento da asma em crianças é muito similar aos adultos: atingir o controle dos sintomas e manter níveis normais de atividade. Uma vez confirmado o diagnóstico de asma na criança, esta também deve realizar o tratamento de forma contínua5

O avanço da medicina trouxe ganhos consideráveis para pacientes com asma alérgica.
Os tratamentos disponíveis hoje no mercado são capazes de controlar totalmente a doença, evitando a utilização de corticoides orais e seus efeitos colaterais, bem como reduzindo significativamente o número de internações. E, o melhor, garantindo a qualidade de vida tanto para as crianças quanto para os adultos5.

Para ter sucesso no diagnóstico e tratamento, é necessário que a parceria médico e família esteja afinada e que todas as informações sobre a doença estejam precisas e disponíveis. A compreensão da asma, em detalhes, faz diferença e é importante que o paciente e a família saibam que conviver com os sintomas da doença não deve ser considerado uma condição normal. É possível ter controle total dos sintomas e viver uma vida sem limitações5.





Dra. Zuleid D L Mattar - médica pediatra e presidente da Associação Brasileira de Asmáticos de São Paulo




Referências

  1. To T et al. Global asthma prevalence in adults: findings from the cross-sectional world health survey. BMC Public Health. 2012 Mar 19; 12:204.
  2. Masoli M et al. The global burden of asthma: executive summary of the GINA Dissemination Committee report. Allergy. 2004 May;59(5):469-78.
  3. Simpson CR et al. Trends in the epidemiology of asthma in England: a national study of 333,294 patients. J R Soc Med. 2010 Mar;103(3):98-106.
  4. Bisgaard H et al. Prevalence of asthma-like symptoms in young children. Pediatr Pulmonol. 2007 Aug;42(8):723-8.
GINA 2018. Disponível em https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2019/01/2018-GINA.pdf. Acesso em 18.05.2019

Gravidez com DIU – o que pode acontecer?


  A ginecologista e obstetra Mariana Rosário, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) e do corpo clínico do hospital Albert Einstein, fala sobre o tema


Posso engravidar usando DIU? O bebê corre algum risco? Sim, existe a possibilidade de acontecer uma gravidez com DIU, sendo mais comum no uso do DIU de cobre e menos comum no uso do Mirena. É o que afirma a Dra. Mariana Rosário, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) e do corpo clínico do hospital Albert Einstein.

O DIU – Dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo colocado dentro do útero, com a finalidade de não permitir a gravidez. O DIU de cobre elimina o espermatozoide, para que não haja fecundação, por meio do elemento cobre de sua composição. Já o DIU de Mirena engrossa o muco cervical para não passar o espermatozoide e afina o endométrio para o embrião não conseguir fixar-se a ele e, assim, não se desenvolver. O DIU é um método muito seguro, mas, que pode falhar, como todos os métodos contraceptivos.

Quando a concepção ocorre com a presença do DIU, se o dispositivo está longe do saco gestacional, ele pode ser removido, preservando-se a gestação. Porém, se está próximo, a gestação segue, sendo acompanhada. Há relatos na literatura médica de fetos que se desenvolveram ao redor do DIU, com esse dispositivo se acoplando nos membros do bebê, necessitando da remoção cirúrgica após o nascimento da criança.

Em muitos casos, a mãe expele o DIU durante a gravidez, principalmente se o dispositivo estiver localizado à frente do saco gestacional. E, ainda, existe o risco de o DIU romper a bolsa antecipadamente, na gravidez adiantada, já que o útero estará bem grande e a bolsa acompanha o tamanho do órgão e do bebê.
O mais importante, numa gravidez com DIU, é o acompanhamento médico, porque apenas ele sabe o que fazer, em todas as situações.




Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.

Dia Nacional do Combate ao Fumo - MULHERES FUMANTES TÊM 30% MAIS CHANCES DE SE TORNAREM INFÉRTEIS


Pesquisa indica que o consumo de tabaco influi negativamente na reprodução feminina


Não é novidade que o cigarro prejudica a saúde de quem fuma e de quem está ao redor, o chamado fumante passivo. Porém, quando se trata das mulheres, as consequências são ainda mais graves. Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), revelou que mulheres que fumam e não fazem uso de métodos contraceptivos hormonais apresentam uma redução de 75% para 57% na taxa de fertilidade, duas vezes mais possibilidade de atrasos durante o processo de concepção e 30% mais chances de serem totalmente inférteis.

De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis, o cigarro reduz a capacidade ovulatória da mulher. “A fumaça do cigarro é uma mistura de inúmeros produtos químicos, dos quais mais de 60 são conhecidos ou suspeitos de atuarem como agentes cancerígenos ou tóxicos para a reprodução. Dessa forma, o tabagismo é um perigo à fertilidade, pois associa-se ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo, o que interfere no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduz a taxa de gravidez”.

Para as mulheres que têm o sonho da maternidade, o especialista recomenda o início de uma terapia orientada por um médico, além da mudança de estilo de vida, adoção de hábitos alimentares saudáveis, prática de exercícios físicos e, acima de tudo, abandono do vício. “É aconselhável deixar o fumo seis meses antes de engravidar, mas o ideal seria um ano. Não adianta voltar a fumar logo depois que o bebê nasce, pois a exposição da criança aos malefícios do cigarro, principalmente durante o período de amamentação e nos primeiros meses de vida, podem causar danos para a saúde do bebê. Caso o parceiro também fume, é muito importante que este processo seja realizado a dois. Diversos estudos demonstram que há mais recaídas, sobretudo após o nascimento da criança, no caso das mães cujos cônjuges continuam a fumar”, finaliza.




Criogênesis

População brasileira desconhece o câncer de pulmão


Pesquisa realizada com 2 mil pessoas nas Cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Distrito Federal mostrou que 70% dos brasileiros acredita ser fácil diagnosticá-lo precocemente - o que contradiz a realidade


O câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum entre homens e mulheres, com incidência de 31 mil brasileiros em 2018 - atrás somente do câncer de pele não melanoma. Mesmo com números tão impressionantes, a sociedade ainda não entende, de fato, a gravidade da doença.

É o que mostra a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Datafolha, sob encomenda da biofarmacêutica AstraZeneca do Brasil e apoiada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com mais de 2 mil voluntários, entre pacientes diagnosticados com a doença e população em geral, em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Distrito Federal.

Dados da pesquisa indicam que, apesar de 97% da população dizer que conhece a doença, 70% acredita ser fácil diagnostica-la precocemente - o que contradiz a realidade da doença, uma vez que apenas 20% dos casos são diagnosticados cedo. Quando perguntado aos pacientes, 62% também acham que o rastreio é simples, mesmo que apenas um terço deles sejam diagnosticados no estágio 1, no qual ainda há chance de cura.

A falta de conhecimento por parte dos pacientes é ainda mais preocupante: 35% não sabe em qual estágio foi diagnosticado; e poucos conhecem tratamentos mais inovadores e recentes, como a terapia-alvo e a imunoterapia, com 9% e 17%, respectivamente. Este cenário agrava os impactos sociais, já que, segundo o estudo, 32% dos pacientes entrevistados deixaram de trabalhar por complicações da doença. Os impactos emocionais, que afetam 68% das pessoas com câncer de pulmão, são expressados por meio da angústia, susto e medo da morte.


O cenário do tabagismo

Mesmo que a exposição à poluição do ar ou agentes químicos, inalação de poeira e fatores genéticos sejam fatores de risco, o tabagismo é o principal causador do câncer de pulmão. O fato é reconhecido por 72% da população e 70% dos pacientes¹, que apontam o cigarro como principal fator de risco. Além disso, 95% da população entendem que o fumante passivo também é prejudicado.

Contudo, segundo a pesquisa, 29 milhões de brasileiros fumam e menos da metade daqueles diagnosticados com a doença excluíram o tabagismo de suas vidas, uma vez que apenas 48% informaram que pararam de fumar após o diagnóstico. Por outro lado, 35% desses pacientes moram com alguém que é tabagista¹, indicando que o fumante passivo também é suscetível à doença.


A importância da conscientização

No Brasil, esse câncer é o 2º mais incidente nos homens e o 4º mais incidente nas mulheres.  Segundo o Dra. Ana Gelatti, vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica, mesmo sendo uma doença silenciosa, uma vez que os sintomas nem sempre aparecem nos primeiros estágios da doença, a sociedade precisa se conscientizar sobre a questão. “Na maioria dos casos, o câncer de pulmão é evitável, já que está relacionado ao tabagismo. O importante é que as pessoas absorvam informação para se prevenirem da condição”, avalia.

Segundo a pesquisa, hoje 26% dos pacientes se informa na internet e, para propagar conhecimento de qualidade, o Instituto Lado a Lado e a AstraZeneca estão juntos em mais uma edição da campanha #RespireAgosto, campanha que reforça a relevância do diagnóstico rápido e alerta a população de que o câncer de pulmão cresce anualmente entre indivíduos não fumantes.


Destaques:


  • 40% da população se considera bem informada a respeito do câncer de pulmão e metade deles foram diagnosticados ou tiveram parentes diagnosticados com a doença.
  • A quimioterapia é o tratamento mais conhecido entre os pacientes com 95% de identificação, seguido pela radioterapia com 78%. Eles estão sendo ou foram utilizados por74% e 37% dos pacientes, respectivamente.
  • 19% dos brasileiros, cerca de 30 milhões de pessoas, declaram ter ou já ter tido um parente com câncer de pulmão.
  • 43% dos pacientes foram diagnosticados por oncologistas, 20% por pneumologistas, 11% por cirurgiões torácicos e 5% por clínicos gerais.
  • Menos da metade dos pacientes (49%) obtiveram um diagnóstico em até 3 meses. 13% dos pacientes só obtiveram o diagnóstico depois de um ano com a doença.
  • O maior índice de diagnósticos está na faixa etária de 51 a 60 anos, que corresponde a 31%. Seguido por 61 e 70 anos, com 26% dos diagnósticos. As duas menores taxas são antes dos 40 com 8% e após os 81 com 3%.
  • Cansaço ou fraqueza são os principais sintomas, com 44% de identificação, seguido por respiração ofegante e tosse persistente, ambos com 34%.
  • O sintoma perda de peso foi mais citado pelos homens do que pelas mulheres.
  • 11% dos diagnosticados levaram mais de meio ano para iniciar o tratamento.
  • 70% da população entrevistada acreditam que o câncer de pulmão é fácil de ser diagnosticado precocemente. Porém, apenas 20% dos casos obtiveram diagnósticos em estágios iniciais e apenas um terço foi diagnosticado na fase 1, enquanto 35% dos pacientes diagnosticados sequer sabem em qual estágio a doença foi descoberta.
  • Apenas 9% e 17% dos pacientes conhecem tratamentos inovadores -- como terapia-alvo e imunoterapia, respectivamente.
  • 32% dos pacientes tiveram que abandonar o trabalho devido às complicações causadas pela doença.
  • Sentimentos de angústia, susto e medo da morte afetam a vida de 68% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão.
  • O tabagismo é o principal fator causador da doença, e 72% da população e 70% dos pacientes estão de acordo com essa afirmação. Além disso, 95% da população concorda que fumantes passivos também podem ser afetados.
  • O Brasil conta com 29 milhões de fumantes; 19% dos pacientes não pararam de fumar após o diagnóstico e 35% deles moram com alguém que possui hábitos tabagistas.
  • Os médicos são a principal fonte de informação (59%), seguidos pela internet (26%). O INCA é a principal fonte para apenas 3%.
  • 11% dos pacientes alegam não se informar a respeito da doença.

Marlene de Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, reforça que os resultados dessa pesquisa serão um excelente subsidio para a Campanha #RespireAgosto,  que além de alertar que qualquer pessoa pode ser acometida pelo câncer de pulmão, independente de ser fumante, também tem o objetivo de acabar com o estigma de que o paciente de câncer de pulmão é culpado de sua condição.

“Além disso, os números apresentados mostram a relevância das nossas propostas voltadas para as políticas públicas, como por exemplo a necessidade do rastreamento para o grupo de risco, que são aqueles entre 50 e 55 anos que tenham fumado por pelo menos 30 anos um maço de cigarros por dia ou, na mesma proporção, que tenham fumado dois maços por dia, por 15 anos. Outro exemplo é a necessidade da ampliação do acesso às novas tecnologias no tratamento de diversos tipos de câncer – a chamada Medicina Personalizada”, finaliza a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.

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