Pesquisar no Blog

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Como corrigir sua rotina de sono para o verão


Com a chegada da primavera e após longos períodos de frentes frias, a espera para o verão aumenta. De acordo com dados recentes da Polar, coletados durante a estação no hemisfério norte, as pessoas dormem menos na estação solar que está por vir. O verão do outro lado do mundo contou com temperaturas recordes de temperatura e causou estragos no sono e o mesmo pode acontecer por aqui. Se você já sentiu que dormiu menos, e possivelmente pior, durante a estação, é provável que realmente tenha dormido. 

As mudanças sazonais podem afetar os padrões de sono e fazer com que você fique acordado na cama à noite. No verão, quando está fervendo lá fora, a maioria de nós provavelmente passará algumas noites se revirando na cama. Dados anônimos de usuários do Polar Flow mostram que as pessoas de fato diminuem seu tempo de descanso durante este período. Em média, nosso tempo de sono é quase 15 minutos mais curto nos primeiros meses da estação. Em geral, acordamos e vamos dormir mais tarde.

Esses 15 minutos podem não parecer grande coisa, mas é tempo suficiente para atrapalhar sua rotina de sono. Basta pensar nisso: se você perder 15 minutos de sono todos os dias, dormirá quase duas horas a menos por semana. São oito horas - ou uma boa noite de sono - todos os meses. Como resultado, esses 15 minutos de perda de sono são suficientes e podem fazer uma grande diferença em seu nível de alerta no dia seguinte e alterar seu padrão de sono, então, eventualmente, você começa a sentir o impacto da depravação do sono em seu humor, concentração e produtividade.



                *Gráficos com hábitos de sono do hemisfério norte, onde o verão é de junho a setembro.

Se a insônia lhe trouxe tristeza no verão, continue lendo para descobrir as razões pelas quais perdemos horas de sono na estação e, mais importante, como ganhá-las à medida que os dias ficam mais curtos e as noites mais escuras.

 

Como o verão afeta o sono

Dias longos e claros e clima quente nos fazem sentir mais energizados e melhoram nosso humor, por isso tendemos a pensar que precisamos de menos sono do que durante os dias escuros e frios de inverno. A verdade é que, no entanto, nossos corpos exigem a mesma quantidade de descanso e recuperação ao longo do ano, porque dormir bem afeta sua saúde mental e física. No verão, vários fatores podem afetar nosso sono:

 

Mais luz do dia. A luz solar extra que costumamos receber nas noites de verão suprime a produção de melatonina pelo corpo, um hormônio que desempenha um papel na sinalização ao corpo de que é hora de dormir. Se você está aproveitando o sol mais tarde e por mais tempo durante o verão do que no inverno, provavelmente terá mais dificuldade em adormecer na hora de dormir normal.

 

Clima mais quente. As altas temperaturas são uma causa comum de insônia durante o verão. Em preparação para o sono, a temperatura do corpo começa a cair e continua a diminuir durante o sono. Esse mecanismo de resfriamento interno facilita o sono e nos ajuda a alcançar o estágio restaurador do sono conhecido como sono de ondas lentas (ou sono profundo), no qual o corpo repara e regenera os tecidos, constrói ossos e músculos e fortalece o sistema imunológico. Quando a temperatura ambiente está alta, evita que a temperatura do nosso corpo caia tão rapidamente quanto em condições ideais, dificultando o sono.

 

Uma vida social agitada. Seu estilo de vida durante o verão provavelmente será bem diferente de seus hábitos ao longo do ano. Costumamos passar mais tempo socializando. De jantares e coquetéis ao ar livre a piqueniques e festivais de verão, nossos dias de verão são repletos de atividades sociais, que muitas vezes podem se traduzir em horas de dormir tardias.

 

Beber e comer tarde. Comer quando seu corpo espera que você coma é uma parte importante da saúde do sono. Dias mais longos e mais socialização, no entanto, podem facilmente atrapalhar sua programação de refeições e, por sua vez, confundir o relógio interno do seu corpo – seu ritmo circadiano. Quando isso acontece, há uma boa chance de você não ter um sono de qualidade.

 

Todos esses fatores combinados interrompem nossos horários regulares e, por sua vez, afetam nosso ritmo circadiano - nosso relógio biológico interno. Normalmente, esta é a causa raiz do sono ruim.

 

Aqui está uma lista de dicas e truques sobre como melhorar sua qualidade de sono à medida que avançamos nos meses de primavera e nos preparamos para receber as noites quentes que vem por aí.

 

Como ter uma noite de sono melhor

Taylor Swift aproveitou seu tempo extra acordada durante os períodos de insônia para escrever seu último álbum, Midnights, no qual ela conta as histórias de 13 noites sem dormir. A maioria de nós, no entanto, não são estrelas pop. Você provavelmente prefere escolher um sono repousante do que ficar olhando para as paredes à meia-noite esperando a inspiração chegar para escrever uma música. Então, vamos analisar algumas estratégias práticas que você pode usar durante o dia e a noite para corrigir sua rotina de sono. Hábitos diurnos saudáveis ​​e escolhas de estilo de vida podem facilmente ajudá-lo a ter uma melhor noite de sono. Então, pegue um travesseiro, enrole-se e continue lendo.

 

A regra de ouro: mantenha o cronograma

A temporada de primavera é o momento adequado para re-priorizar a importância do sono para estar preparado para o verão. Mudar nossa agenda abre uma janela de oportunidade para desenvolver certos hábitos que promovem uma boa noite de sono.

 

“A regra de ouro é tentar manter os mesmos horários de dormir e acordar todos os dias”, diz Kaisu Martinmäki, pesquisador sênior da Polar. “Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias. Dessa forma, seu corpo aprende a saber quando é hora de dormir e hora de acordar.”

 

Como a maioria das criaturas na Terra, os humanos vêm equipados com um relógio interno de 24 horas – um dispositivo de tempo natural que regula o ritmo circadiano – e influencia funções importantes em nossos corpos, como liberação de hormônios, hábitos alimentares, temperatura corporal e padrões de sono.

 

Como nosso relógio biológico interno coordena nosso ciclo sono-vigília, queremos que nosso comportamento de sono corresponda ao nosso ritmo circadiano. O objetivo é sincronizar o ritmo circadiano interno do seu corpo com o seu ritmo de sono-vigília e vida. Um horário regular facilita o sono, melhora a qualidade do sono e faz você se sentir mais revigorado e alerta pela manhã - seu cérebro e corpo realmente gostam de rotinas.

 

Levante-se e brilhe: o primeiro passo para dormir melhor

Pode parecer contra-intuitivo, mas a verdade é que grande parte da preparação para uma boa noite de sono começa pela manhã, assim que você acorda. Apenas alguns hábitos matinais podem promover uma boa noite de sono:

 

Acorde no mesmo horário. A maneira mais fácil de desenvolver uma rotina regular de sono e vigília é acordar no mesmo horário todos os dias. No entanto, muitas vezes, como no verão, as pessoas não têm ritmos consistentes de sono-vigília (por exemplo, dormem mais nos fins de semana) e, como resultado, a qualidade do sono piora. 

Procure luz nas primeiras horas do dia. Assim que acordar, abra as cortinas e deixe a luz da manhã entrar. A luz do sol diz ao seu corpo que um novo dia está nascendo, aumentando seus níveis de alerta para o dia seguinte. A exposição à luz solar intensa é uma das dicas mais poderosas para acordar o cérebro. Se você acordar antes do nascer do sol ou morar em latitudes mais altas com menos luz do dia no outono, acenda luzes fortes em seu apartamento ou casa. A luz brilhante da manhã também ajudará você a ajustar o relógio interno do seu corpo para acordar mais cedo.

Verifique com você mesmo. Pensar e acompanhar como você dorme fornecerá informações importantes sobre seus hábitos de sono, para que você possa fazer os ajustes necessários. Como você se sente pela manhã? Como suas ações da noite anterior podem ter influenciado seu descanso? Os dispositivos de rastreamento do sono fornecem uma análise completa do seu sono e como seu corpo se recupera durante a noite. Use esses insights para aprender com os padrões em seu próprio sono e acompanhar suas horas de dormir e acordar.

 

Tome um banho frio. Antes de acordarmos, a temperatura do nosso corpo começa a subir e continua a subir ao longo do dia. Se você sentir muito calor à noite, é provável que acorde. Um aumento da temperatura corporal durante o dia está associado a um melhor desempenho e estado de alerta. É por isso que banhos frios – ou apenas molhar o rosto com água fria – são uma maneira fenomenal de se sentir acordado e alerta pela manhã. Tomar um banho frio ou espirrar água fria no rosto o ajudará a se sentir acordado e alerta. 

O objetivo desses hábitos matinais é ensinar seu corpo a se sentir muito acordado pela manhã, para que saiba que é hora de aproveitar ao máximo o dia.

 

Ferramentas diárias para ensinar seu corpo a dormir

Desenvolver alguns hábitos pela manhã é uma ótima maneira de começar a construir uma rotina saudável de sono e vigília. Antes de começar a definir o clima para uma boa noite de sono à noite, existem alguns outros fatores a serem considerados ao longo do dia para controlar o ritmo circadiano e o sono.

 

Preste atenção à cafeína. Não é novidade que a cafeína é um dos principais culpados da insônia do sono. Os efeitos da cafeína variam muito de pessoa para pessoa, mas a regra geral é evitar café e bebidas com cafeína depois das 13h ou 14h.

 

Tenha cuidado com os cochilos. A maioria das pessoas tende a ficar um pouco sonolenta à tarde, então uma soneca parece a maneira perfeita de aumentar nossos níveis de energia e alerta. Você deve cochilar ou não? Essa é uma pergunta frequentemente feita. “Não há problema em tirar uma soneca… se você mantiver suas sonecas curtas e cronometrar corretamente”, aconselha Kaisu Martinmäki. “Cochilos curtos à tarde não mudam a fase do ritmo circadiano do seu corpo”, acrescenta ela.

 

Planeje bem suas refeições. O ritmo circadiano do seu corpo regula quando você sente fome e como você digere. “Comer suas refeições em horários diferentes todos os dias pode confundir seu relógio biológico, o que, por sua vez, torna mais difícil manter um horário regular de sono e vigília”, diz Martinmäki. 

 

Exercite-se na hora certa. Em geral, as pessoas que se exercitam regularmente dormem melhor. Eles também se sentem menos sonolentos durante o dia. Exercite-se regularmente e cronometre seu exercício com sabedoria. Se você se exercitou regularmente durante o verão, mantenha sua boa rotina. Se não o fez, tente começar a construir um hábito de exercício que grude. O exercício regular facilita o adormecer e aumenta a qualidade do sono. Você não precisa se exercitar muito. Mesmo exercícios leves, como caminhada e ioga, melhoram a qualidade do sono. Conometre seu exercício com sabedoria. Tente evitar exercícios vigorosos três horas antes de dormir. O exercício acelera o metabolismo, eleva a temperatura corporal e estimula hormônios como o cortisol. Essas alterações podem interferir no sono. 

Além disso, hoje existem relógios fitness que contam com recursos avançados de monitoramento do sono e e da recuperação noturna, ferramenta que te ajuda a monitorar essa rotina e o quão bem o seu corpo está descansando noite após noite.



Assista ao pôr do sol e relaxe

A última parte do dia desempenha um papel crucial na preparação para dormir sem esforço. Assim como nas manhãs, estabelecer uma rotina antes de dormir pode contribuir para um sono de alta qualidade. Antes de se deitar na cama, alguns passos fáceis podem preparar o caminho para dormir melhor à noite:

 

Assista ao pôr do sol. Se pela manhã, a luz do sol pode aumentar seu estado de alerta e vigília, o sol do início da noite, quando começa a descer no céu, pode dizer ao seu corpo que é hora de dormir. Os comprimentos de onda da luz quando o sol fica em um ângulo mais baixo sinalizam ao seu corpo que o dia está chegando ao fim e o sono está chegando. É outra âncora que diz ao seu corpo onde está no tempo.

 

Luzes artificiais mais baixas. Evitar luzes brilhantes ajuda na transição para a hora de dormir, porque a luz pode bloquear a produção de melatonina do seu corpo. Da mesma forma, evite TV, smartphone ou qualquer outra tela brilhante uma a duas horas antes de dormir.

 

Evite exercícios intensos. Se você se exercita à noite, tente evitar exercícios vigorosos três horas antes de dormir. O exercício acelera o metabolismo, eleva a temperatura corporal e estimula hormônios como o cortisol. Essas alterações podem interferir no sono.

 

Mantenha seu quarto fresco e escuro. Lembre-se, quando a temperatura do nosso corpo aumenta, é provável que acordemos. Um quarto muito quente pode fazer uma grande diferença na qualidade do seu sono.

 

Tome um banho quente ou sauna. Novamente, você pode usar esse mecanismo de mudanças de temperatura para acordar ou adormecer. Enquanto os banhos frios aumentam seu estado de alerta pela manhã, os banhos quentes ajudam a relaxar à noite. De manhã, nossa temperatura corporal aumenta, mas tendemos a esfriar gradualmente à noite para iniciar o sono. Um banho quente nos faz sentir confortáveis ​​e relaxados, mas o corpo reage a ele liberando o calor extra, eventualmente causando um efeito de resfriamento.

 

Limpe sua cabeça e relaxe. É o fim do dia, você começa a se sentir cansado. Sua energia, seu estado de alerta e seu foco estão em um ponto baixo. Você já fez o suficiente para o dia. É melhor usar as horas antes de ir para a hora de dormir apenas para relaxar, manter a calma e relaxar. Você pode tentar adicionar alguns métodos de relaxamento, como ler um livro, meditar ou alongar suavemente. Se você gosta de tocar um instrumento musical, fazer artes ou artesanato, tente cronometrar essas atividades perto da hora de dormir. Eles podem ajudá-lo a relaxar.

 

Boa noite, durma bem

Finalmente, o sol apaga suas luzes, é hora de dizer boa noite. Você está prestes a fechar os olhos e sonhar. Se você seguiu as recomendações acima, terá aumentado suas chances de desfrutar de uma noite tranquila. Lembre-se da regra de ouro: mantenha uma rotina e um horário que corresponda ao seu relógio biológico interno. Quando seu horário de sono está em harmonia com seu ritmo circadiano, é mais fácil adormecer e permanecer dormindo.

 

Um compromisso com um bom sono vai exigir algum trabalho e planejamento. Você pode precisar encaixar sua vida social em seu horário de sono, e não o contrário, e considerar uma rotina de sono que também se adapte ao seu horário de trabalho.

 

A vida acontece, no entanto. Nem todos os dias você pode seguir um cronograma rigoroso para otimizar o sono. Alguns dias, você pode tomar um café com um amigo ou se sentir muito alerta à noite. Isso está ok. Você pode usar algumas das ferramentas e estratégias acima para corrigir e ajustar. 

O ritmo circadiano varia muito de pessoa para pessoa, por isso também é importante que você experimente opções diferentes e decida o que funciona a favor ou contra o seu sono. Para algumas pessoas, a música para facilitar o sono funciona; para outros, entretanto, alguns momentos de meditação podem ser a melhor estratégia. É por isso que é importante que, todas as manhãs, você reflita sobre seus padrões de sono.


Como evitar os principais gatilhos para enxaquecas

Boa alimentação e atenção redobrada aos hábitos de sono podem ajudar a evitar crises 


Pouco se sabe sobre as causas exatas da enxaqueca, mas especialistas afirmam que a doença é o resultado de um desequilíbrio temporário nas atividades cerebrais¹. Há, no entanto, alguns fatores em comum que podem desencadear essas crises. 

Os gatilhos mais frequentes são: 

Questões emocionais: Estresse, tensão e ansiedade tendem a despertar os sistemas de defesa do organismo, inclusive, o sistema de dor. O estresse é, provavelmente, o maior culpado, sendo um gatilho para quase 70% das pessoas que sofrem com a doença². 

O cuidado com a saúde mental e uma rotina equilibrada podem trazer uma melhora para esses problemas. Além disso, exercícios físicos e meditação podem ajudar em como o corpo responde ao estresse².

 

Hábitos alimentares: Determinados alimentos ou bebidas podem despertar a enxaqueca em algumas pessoas, no entanto, por ser um fator individual, dificulta a identificação do gatilho. Por isso, recomenda-se uma dieta saudável, ingestão de líquidos e atenção extra ao consumo de alimentos, para entender qual pode ser evitado. 

Entre os alimentos mais comuns, estão aqueles que contêm as substâncias tiramina ou cafeína, carnes curadas, chocolate, frutas cítricas e alguns tipos de queijo¹.

 

Padrões de sono: Um sono de qualidade e regular é essencial para uma vida saudável, afinal é dormindo que o nosso corpo e cérebro são renovados². Dormir muito ou pouco pode influenciar negativamente na vida de quem já sofre de enxaqueca, agravando as crises. 

Para que isso não aconteça, é importante estipular um horário certeiro de ir para a cama e ter entre 7 e 8 horas de sono. Vale também eliminar TV, celular, músicas e outras distrações quando estiver próximo da hora de dormir².

 

Alterações hormonais: Muito comum entre as mulheres², costumam ocorrer durante o período menstrual e na entrada da menopausa, quando há uma mudança nos níveis de estrogênio e progesterona. 

Nestes casos, é importante procurar um médico especialista para um tratamento adequado.

 

Luz intensa: Para algumas pessoas, a exposição à luz artificial ou natural, pode agravar as crises. Essa sensibilidade é chamada de fotofobia, e é uma condição comumente utilizada para diagnosticar a enxaqueca².

Usar óculos escuros em ambientes abertos pode ser uma opção para diminuir os efeitos da luz natural. Além disso, caso seja necessário utilizar o celular, computador ou qualquer outro aparelho, é ideal reduzir o brilho das telas. 

É importante lembrar que, para cada a pessoa a enxaqueca é diferente, por isso, é preciso estar atento aos sintomas e possíveis desencadeadores dessa dor, e conversar com um médico de confiança para obter o tratamento correto. Conte também, com Doril Enxaqueca, que é mais que um, é dupla ação³ contra dor: analgésica e anti-inflamatória³.

 

Dizeres legais

Doril Enxaqueca. ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína. Indicações: alívio de dores leves a moderadas e enxaquecas. MS 1.7817.0123. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. ESSE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO EM CASOS DE SUSPEITA DE DENGUE. Outubro/2022.

 

Hypera Pharma

 

Referências consultadas

  1. Migraine - Causes. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/migraine/causes/#:~:text=Migraine%20triggers,can%20identify%20a%20consistent%20trigger>. Acesso em: outubro, 2022.
  2. Top 10 Migraine Triggers and How to Deal with Them. Disponível em: <https://americanmigrainefoundation.org/resource-library/top-10-migraine-triggers/>. Acesso em: outubro, 2022.

3.    Bula do Produto Doril Enxaqueca


Saúde da mulher: sinais de que o corpo não vai bem podem começar na boca

Variação hormonal propicia surgimento de inflamações que podem levar a vários problemas, como infertilidade, partos prematuros e, em alta incidência, câncer de mama

Algumas doenças bucais, como a gengivite e periodontite, acontecem com mais frequência em mulheres por conta da variação hormonal e podem acarretar problemas como a infertilidade e o câncer de mama
Crédito: Envato


Outubro acende o alerta para a saúde da mulher. Mas as tão faladas alterações hormonais afetam o sistema imunológico e o corpo das mulheres como um todo. Por isso, além das consultas periódicas ao ginecologista, também é preciso prever uma rotina de cuidados com outras especialidades, algumas não tão relacionadas aos hormônios, como dentistas. Pode ser na boca que apareçam os primeiros sinais de que algo não vai bem na saúde da mulher. 

A periodontite, que é uma infecção grave na gengiva e ossos que sustentam os dentes, por exemplo, pode ser um potencial fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Como diversos tumores podem ser formados a partir de processos inflamatórios, uma pesquisa revelou que a doença bucal pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer mais comum entre mulheres. O alerta veio de uma meta-análise realizada por um grupo de especialistas com base em 11 estudos epidemiológicos e publicada na revista Frontiers in Oncology.

De acordo com a pesquisa, há uma prevalência de casos de doenças periodontais entre as mulheres em diversas etapas da vida, como puberdade, período menstrual, gravidez e menopausa. Isso acontece porque a constante variação de hormônios propicia o surgimento de inflamações. O estudo aponta uma relação entre a doença periodontal e o desenvolvimento de várias doenças, como distúrbios de infertilidade, complicações na gravidez, partos prematuros e, em alta incidência, o câncer de mama. 


Cuidados em todas as fases

Sendo assim, o cuidado com a saúde bucal e o tratamento rápido de qualquer inflamação e outros problemas na boca são medidas efetivas para prevenir e detectar precocemente diversas doenças. “Mau hálito e inflamação na gengiva, que pode ser percebida através do sangramento durante a escovação dos dentes, dor e coloração mais escura, são alguns dos sinais e devem ser tratados com urgência”, ressalta o especialista em Saúde Coletiva e dentista da Neodent, João Piscinini. E isso deve ser feito em todas as fases da vida da mulher.

Contrariando algumas crenças, grávidas devem sim manter a rotina de saúde bucal e consultar dentistas com frequência, seguindo o pré-natal odontológico. Durante a gestação, cerca de 30% das mulheres têm gengivite, como indica um estudo realizado pelo Departamento de Odontologia Preventiva do Hospital da Universidade Estadual de Lagos, na Nigéria. 

Além das consequências para a mãe, a doença também pode causar complicações na criança. “Parto prematuro e baixo peso ao nascer são consequências da gengivite apontadas por diversos estudos, já que é um processo inflamatório que, assim como muitos outros e em qualquer parte do corpo, pode trazer riscos à criança”, explica Piscinini.


Atenção ao rosto e, também, à boca

Aftas, pequenos cortes e bolhas na região bucal são sinais que devem ser tratados com seriedade e atenção. Essas patologias podem ter relação direta com a imunidade baixa, alteração hormonal e, também, com o câncer de boca. As características iniciais da doença são parecidas com essas feridas comuns. “É ideal acompanhar qualquer tipo de lesão por aproximadamente 15 dias e, caso não haja melhora, um profissional deve ser procurado”, alerta o especialista em Saúde Coletiva e dentista da Neodent.

Além disso, as idas a dermatologistas ou cirurgiões plásticos também devem ser acompanhadas por profissionais da odontologia. Com o aumento da procura por procedimentos estéticos, como o preenchimento labial, a observação periódica da região bucal é ainda mais necessária. “Nem todos podem realizar essas intervenções estéticas. Pessoas com doenças crônicas, inflamações e alergias devem passar por uma avaliação criteriosa do dentista, já que o risco de complicações aumenta”, comenta Piscinini.


Neodent®


Dormir bem para viver melhor


“Quem não dorme bem, no outro dia não é ninguém”. Com essa máxima, podemos entender a importância que tem o sono para nossa vida. 

Até um passado recente, a falta de sono era tratada apenas como algo que não estava bem com o paciente, não se dando a devida importância para o assunto, e sendo, na maioria das vezes, medicada sintomaticamente com alto poder de dependência. Hoje, porém, a falta de sono é considerada uma doença, e, como tal, deve ser convenientemente tratada. 

O sono reparador e por tempo adequado representa qualidade e bem-estar com nossa vida, trazendo-nos inúmeros benefícios, tais como:

  • Diminuição do apetite, mantendo um peso saudável;
  • Melhora da imunidade, fortalecendo as defesas do organismo contra infecções e menor frequência de doenças;
  • Diminuição do estresse, com melhora do humor e risco menor de ansiedade e depressão;
  • Proteção do sistema cardiovascular;
  • Melhora no aprendizado, criatividade e raciocínio;
  • Rejuvenescimento de corpo e mente.

O sono é constituído de várias fases, desde a mais superficial até a mais profunda, e terminando com o sono REM, de maior atividade cerebral e na qual sonhamos. 

A duração do tempo de sono varia de um recém nato com até 16 horas por dia, passando pela vida adulta em torno de 8 horas e culminando após os 60 anos com 6 horas em média, nas 24 horas do dia. 

O sono do idoso é motivo de muitas queixas em consultórios médicos, pois muitos insistem em ir no escurecer para a cama e dormir à noite toda, e é caracterizado por:

  1. Redistribuição do sono: maior tendência a cochilos e sonecas durante o dia com diminuição do sono noturno;
  2. Despertares durante o sono noturno, permanecendo um certo tempo acordado;
  3. Demora para pegar no sono (latência maior);
  4. Ausência ou diminuição dos estágios mais profundos, com aumento do estágio superficial do sono, com facilidade para despertar com qualquer barulho;
  5. Despertar mais cedo, permanecendo longas horas na cama;
  6. Maior frequência de movimentos das pernas enquanto dormem.

São conhecidos mais de 70 tipos de distúrbios do sono, sendo o mais comum a insônia, que é a dificuldade em conciliar e manter o sono, e quando se julga que o sono não está sendo suficiente, tendo diminuição total ou parcial da quantidade e/ou da qualidade do sono.
 

A insônia predomina mais nas mulheres e atinge aproximadamente 50% dos idosos, podendo ser:

  1. Inicial (demora para iniciar o sono);
  2. Intermediária (quando acorda durante a noite);
  3. Final (acordar muito cedo).

Tendo em consequência:

  • Dificuldade de atenção, concentração e memória;
  • Fadiga, irritabilidade, ansiedade, fobias;
  • Mal-estar, sonolência;
  • Distúrbios cardiovasculares, diabetes tipo II, câncer;
  • Ansiedade e depressão;
  • Obesidade;
  • Diminuição da imunidade.

O tratamento indicado e correto é iniciado pela higiene do sono, que consiste em procurar manter horários regulares para deitar e acordar, evitando cochilos longos durante o dia, não dormir com fome ou alimentado em excesso, evitar álcool, bebidas cafeinadas e fumo no período noturno, evitar ruídos e manter uma temperatura adequada no ambiente. É muito importante também que não se tenha televisão no quarto e nem computadores e tablets, além de não fazer refeições na cama.
 

No período da noite, deve-se evitar atividades que possam estimular o alerta e atividades físicas de forte intensidade. Porém, é de suma importância que se pratique exercício físico regularmente durante o dia. 

Caso não se obtenha o resultado esperado com a higiene do sono, podemos lançar mão do tratamento não medicamentoso, constituído por terapia cognitivo comportamental e, em última caso, com tratamento farmacológico, com as diversas drogas existentes, por pouco tempo, cuidando sempre de tratar a causa básica e, quando se tratar de pessoas idosas, preocupar-se com as interações medicamentosas, levando sempre em conta a preocupação da dependência por estas drogas.
 

Luiz Antônio Sá - especialista em Geriatra, Gerontologia Clínica Médica e docente da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

  

5 dúvidas que toda mulher tem sobre cistos no ovário

A vida da mulher moderna muitas vezes pode ser cercada de dúvidas. Até mesmo, quando é possível observar os resultados dos exames preventivos anuais - há tantas palavras que não fazem parte do cotidiano, que causam muito mais dúvidas do que alívio. Nesse caso, é sempre indicado conversar com seu médico, para que ele faça a interpretação correta daquilo que está escrito. Agora, quando o assunto é surgimento de cistos ovarianos, a visita anual ao ginecologista pode ser uma ótima forma de acompanhar a saúde da mulher.  

Segundo o especialista em cirurgias ginecológicas, Dr. Thiers Soares, apesar das mulheres se assustarem com o diagnóstico, os cistos nos ovários podem ser facilmente tratados e podem ter uma boa evolução caso sejam acompanhados constantemente nas consultas médicas. Para falar sobre o impacto gerado sobre este tema e como o quadro clínico pode se desenvolver, o Dr. Thiers Soares levantou 5 dúvidas comuns que chegam ao consultório ginecológico sobre cistos no ovário. Confira:
 

1 - Cisto no ovário é sinal de câncer?

Não, felizmente, boa parte dos cistos no ovário são casos benignos. Nesse caso, só é recomendada a retirada quando há algum desconforto para a paciente. Porém, quando há caracteriscas que indicam malignidade, o médico pedirá exames complementares e indicará o tratamento mais adequado.
 

2 - Existe uma idade certa para surgirem cistos nos ovários?

Não existe uma idade exata para o surgimento destes cistos - eles podem surgir em qualquer momento da vida da mulher. O especialista afirma que é bom estar atento ao acompanhamento de mulheres após os 50 anos, já que podem surgir cistos malignos após essa idade - porém, não é a regra.
 

3 - Quais são os principais sintomas do cisto no ovário?

O especialista afirma que é raro as pacientes manifestarem algum sintoma fora do habitual do seu ciclo menstrual, mas que é importante estar alerta em algumas situações, como:

  • Aumento do volume abdominal;
  • Dor pélvica;
     

4 - Quais são os principais tipos de cistos que as mulheres podem desenvolver?

Dr. Thiers revela que usualmente, as mulheres em idade reprodutiva podem desenvolver alguns tipos de cistos nos ovários, sendo os mais comuns, que são:

  • Cisto funcional: ele é o tipo de cisto mais comum entre as mulheres. O surgimento ocorre quando os folículos não se rompem durante o ciclo menstrual e não expele o óvulo no seu interior. Dessa forma, o cisto cresce. Ele é identificado normalmente via exames de imagem e pode desaparecer em poucos meses, sem tratamentos ou intervenções.
     
  • Endometrioma: normalmente é encontrado em mulheres que sofrem com a endometriose. Este tipo de cisto tem como forte característica um líquido escuro e sanguinolento - com aspecto achocolatado, por conta da presença do tecido do endométrio. Este tipo de cisto é identificado a partir de exames de imagem e precisa de acompanhamento. De acordo com Soares, quando indicada a remoção é possível utilizar um método que garanta mais conforto. “Com a laparoscopia ou robótica é possível identificar os focos e realizar a retirada do endometrioma, de uma forma tranquila e com uma recuperação mais ágil”, conclui.
     
  • Cisto dermóide: são cistos que crescem lentamente e nos seus aspectos físicos podem apresentar pêlos, cabelos e até dentes. Eles podem crescer até mais de 10cm de diâmetro. Normalmente, esse é o tipo de cisto que mais causa torção de ovário. O seu tratamento é realizado especificamente por vias cirúrgicas - nesse caso a cirurgia minimamente invasiva é a via mais indicada.
     
  • Cistoadenoma: possui características muito parecidas com o cisto funcional - porém, como são persistentes e reaparecem, na maioria das vezes requer a remoção cirúrgica. O cisto é formado pelo tecido que reveste o ovário e pode provocar diversas outras lesões na região, como uma torção, por exemplo. O seu tratamento é exclusivamente feito a partir de cirurgias e o surgimento pode ocorrer em qualquer idade.
     

5 - O cisto pode deixar a mulher infertil?

Não, os cistos nos ovários não deixam a mulher infertil. Porém, há um alerta quando falamos sobre o endometrioma - já que a endometriose pode prejudicar a reserva ovariana da mulher e a partir disso, causar e/ou dificultar a gravidez.  

Apesar de todas essas questões, o especialista afirma que o tratamento para os cistos nos ovários avançou muito nos últimos 20 anos. Hoje, segundo o cirurgião, as possibilidades de cirurgias minimamente invasivas para estes casos podem ajudar as mulheres a terem uma vida mais saudável de forma rápida e sem sofrimento. “Com a possibilidade da cirurgia robótica, a retirada de endometriomas, é possível de maneira muito mais precisa e delicada”, afirma o ginecologista. Além disso, Dr. Thiers Soares reforça que é necessário sempre realizar o acompanhamento médico e definir com o ginecologista o melhor tratamento para cada caso.

 

Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.


Oncofertilidade: cerca de 50% das mulheres com câncer de mama submetidas a radioterapia e quimioterapia ficarão inférteis

A convite da Organon, especialista em Reprodução Humana, Emerson Cordts, fala sobre Oncofertilidade, tratamento que propicia a preservação de gametas em homens e mulheres em idade reprodutiva

 

Cerca de 316 mil brasileiras recebem diagnóstico de câncer por ano, e uma das complicações do tratamento, especialmente para as mulheres, é a perda da fertilidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), cerca de 50% das pacientes submetidas a tratamentos oncológicos têm risco de perder sua capacidade reprodutiva após o tratamento. Além disso, têm-se observado maior incidência de câncer em pacientes que ainda não tiveram filhos e que, provavelmente, desejarão engravidar.

De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, uma a cada 52 mulheres vai ter câncer antes dos 39 anos. Os dados trazem um alerta para a importância da preservação da fertilidade feminina. Por isto, neste Outubro Rosa, a Organon preparou a campanha “Oncofertilidade. Sonhar, Preservar e Gestar” com objetivo de falar sobre a preservação da fertilidade em pacientes com diagnóstico de câncer, para que essa doença não seja um obstáculo no sonho de ser mãe. A campanha está sendo realizada nas redes sociais da Organon e traz especialistas para abordar o tema.

A Organon também convidou o Dr. Emerson Barchi Cordts, ginecologista especializado em Reprodução Humana e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) para responder 10 perguntas sobre Oncofertilidade.


O que é Oncofertilidade?

A Oncofertilidade descreve uma área que conecta a oncologia à medicina reprodutiva, com o objetivo de desenvolver e aplicar novas opções para a preservação de fertilidade em jovens pacientes com doenças ou tratamentos com riscos à fertilidade. A radioterapia, quimioterapia e cirurgias utilizadas no tratamento do câncer podem, muitas vezes, levar à infertilidade pela destruição de células dos ovários e testículos, por lesões ou pela retirada do útero. Não havendo dúvidas da necessidade desses tratamentos para a sobrevivência dos pacientes, a preservação da chance de engravidar futuramente melhora a qualidade de vida pós-câncer.


Como funciona no caso das mulheres? Quais são os tratamentos realizados?

Se há tempo suficiente para a coleta de material, o congelamento e o armazenamento de óvulos são a melhor alternativa. A coleta de óvulos leva cerca de 15 dias, já que é necessário estimular a ovulação por meio de hormônios. A técnica foi homologada pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana em 2010. Esse método é feito por via transvaginal, em ambiente cirúrgico e leva cerca de 20 minutos. Hoje, são utilizados protocolos com medicamentos que são extremamente seguros, mesmo que a paciente tenha um tumor que seja sensível à ação hormonal.

Se o tratamento do câncer precisa ser iniciado imediatamente e não há tempo para estímulo e maturação de óvulos, as medidas de preservação de fertilidade nas mulheres são semelhantes às das crianças. Além da proteção física do ovário, é possível realizar o congelamento e a preservação de fragmentos de tecido ovariano para um futuro reimplante.


Os danos de fertilidade provocados pelo tratamento oncológico são irreversíveis?

A quimioterapia e a radioterapia são tóxicas, ou seja, tanto para mulher, quanto para o homem, elas podem causar infertilidade. Cada tipo de caso vai ter um tratamento customizado e boa parte desses protocolos podem ser agressivos. De forma que, uma vez curada, a mulher ou homem podem ficar inférteis. Pelo menos 50% das mulheres com câncer de mama submetidas a radioterapia ou quimioterapia vão ficar inférteis de forma definitiva.


Qual é o período ideal para iniciar o tratamento? De quanto tempo a mulher precisa para fazer o congelamento de óvulos caso seja diagnosticada com câncer?

O ideal é que o congelamento de óvulos seja realizado antes de iniciar a quimioterapia ou radioterapia, não é possível congelar o óvulo durante esses tratamentos. Há a possibilidade de fazer esse procedimento dois anos depois do fim da quimioterapia ou radioterapia, mas é importante frisar que metade das pacientes podem ficar inférteis de maneira irreversível, por esse motivo, não é recomendado o congelamento tardio.

O primeiro contato da paciente com o diagnóstico de câncer é pelo médico oncologista e, esse profissional, tradicionalmente, tem a premissa de curar o paciente o mais rápido possível. Entretanto, é importante esse trabalho em conjunto do oncologista junto ao profissional de fertilidade, pois o congelamento dos óvulos antes do início da quimioterapia e radioterapia é essencial para o sucesso do procedimento.


No caso de crianças e adolescentes, é possível fazer o tratamento de Oncofertilidade?

No caso de meninas que ainda não entraram na puberdade, a regulação dos hormônios sexuais não está em funcionamento pleno e por isso não é esperada uma resposta adequada aos medicamentos para indução da ovulação. Dessa forma, a possibilidade é o congelamento de tecido ovariano, embora seja um método ainda experimental. Isso também é recomendado para adolescentes que estão na puberdade, mas que ainda não iniciaram a vida sexual, pois o congelamento de óvulos envolve procedimentos invasivos não recomendados para esse público.


Por quanto tempo o óvulo pode ficar congelado?

O óvulo pode ficar congelado por tempo indeterminado. Por isso, falamos que o congelamento é um seguro, principalmente para os mais jovens que desejam ter filhos no futuro. Claro que, como explicamos anteriormente, 50% das pacientes submetidas à radioterapia e quimioterapia têm propensão à infertilidade, então nem todas precisarão utilizar esses óvulos quando optarem por engravidar. Importante ressaltar que os remédios utilizados no tratamento são danosos para a fertilidade, portanto, é preciso aguardar, no mínimo, dois anos após o fim do tratamento para engravidar.


Existe algum caso em que não é recomendado o tratamento de Oncofertilidade?

No diagnóstico do tumor tardio, em que a paciente está clinicamente debilitada, não é recomendado nenhum procedimento além do tratamento oncológico, para não colocar em risco a sua vida, que é prioridade. Por esse motivo, infelizmente, nem todas as pacientes estarão aptas para captação ou congelamento de óvulos. Por isso, é importante consultar seu médico oncologista para saber a melhor maneira como proceder.


Existem riscos do tratamento de Oncofertilidade não ter sucesso?

Nem toda paciente engravida na primeira fertilização in vitro. Normalmente, são feitos dois a três ciclos de tratamento e, para fazer esse número de procedimentos, é preciso que a paciente tenha um bom número de óvulos guardados. Nesse contexto, temos uma limitação da técnica, pois, em alguns casos, os 15 dias para captação de óvulos não são suficientes para obter um número confortável em quantidade. O resultado da fertilização também depende da qualidade do sêmen do parceiro. No caso do tecido ovariano, é preciso descongelar o tecido e reimplantar na paciente. Por se tratar de um método experimental, o número de pacientes que passaram por esse procedimento no mundo é muito menor. Portanto, devemos considerar que não existe garantia de êxito.


O tratamento oncológico representa riscos para o bebê caso a mulher já esteja grávida?

Se a paciente está gestante, ela não vai ser submetida à radioterapia ou quimioterapia, pois representariam riscos ao bebê. Ela também não poderá realizar congelamento de óvulos nesse período. Gestantes podem realizar cirurgias para tratar o câncer.


Dá para fazer esse tratamento pelo SUS?

Esse tratamento tem 100% de cobertura pelo SUS em pouquíssimos centros referências no país, como o do Hospital Pérola Byington em São Paulo. Existem também parcerias e projetos sociais junto a algumas clínicas privadas e entidades com o intuito de redução dos custos finais do tratamento.

 

Organon

www.organon.com/brazil

LinkedIn


Posts mais acessados