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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Dia do Psicólogo: conheça o mercado e as áreas de atuação desse profissional

Celebrado em 27 de agosto, a profissão possui diversas vertentes e vê na psicologia de emergências e desastres um promissor campo de atuação

 

No dia 27 de agosto é celebrado o Dia do Psicólogo. O mercado de psicologia está cada vez mais forte no Brasil. De acordo com dados do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o país conta com 398.227 profissionais em atuação em todo território nacional. Em Minas Gerais, são 43.835 credenciados ao Conselho Regional de Psicologia MG, sendo o terceiro estado brasileiro com o maior número de profissionais em atuação. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugar do ranking.

E em tempos de pandemia, o serviço se faz cada vez mais essencial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que as crises de ansiedade aumentaram quatro vezes após o início da COVID-19 e o Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo - 9,3% da população enfrenta o problema. Diante desse cenário, também aumentaram as buscas por atendimentos psicológicos. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) relata que 59% dos seus associados registraram um aumento de até 25% nas consultas.

A coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Pitágoras, Andreia Bernardes, corrobora a maior procura por profissionais nesse período. "Na realidade, a pandemia potencializou algumas questões já existentes nas pessoas. Ansiedade, medo, receio de perder alguém, problemas financeiros, dúvidas e incertezas. Foi potencializada a necessidade do cuidado da saúde mental". Ela afirma que o crescimento é, ainda, um reconhecimento da importância da profissão. "O psicólogo é um profissional da saúde mental e é importantíssimo que as pessoas estejam bem. A OMS defende que estar bem não é a ausência de doença, mas sim um estado de completo bem-estar físico, mental e social. E a psicologia é uma das formas do sujeito estar saudável e bem. Importante destacar que a psicologia é uma ciência, não é algo místico ou espiritual. Todo o trabalho é realizado seguindo um contexto científico. A psicologia é formatada a partir da ciência".

Andreia Bernardes destaca que a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais no mercado é a ampliação do acesso ao serviço. "A psicologia, apesar de ser primordial para a sociedade, ainda é um serviço que não é oferecido de maneira ampla para a população, principalmente as mais carentes. Há um certo elitismo no acesso aos profissionais porque a psicologia ainda não é tão acessível para as populações que mais precisam dela. Precisamos de políticas públicas para viabilizar esse acesso e acabar com o estigma de que a assistência psicológica é apenas para aqueles com condições financeiras mais favoráveis", defende Andreia.

Além da clínica

É comum que as pessoas associem o trabalho do psicólogo ao atendimento clínico, mas Andreia Bernardes ressalta que a área de atuação do profissional é bem ampla. "A clínica ainda é a mais procurada pelas pessoas que se formam em psicologia, mas o mercado é amplo e diverso. É possível atuar em diversas frentes como a escolar, esportiva, hospitalar, social, jurídica e organizacional".

A coordenadora chama atenção para uma frente que está crescendo em todo o Brasil e que surge cada vez mais oportunidades no mercado. "A psicologia das emergências e dos desastres está em crescimento e é um dos futuros da profissão. Ela estuda o comportamento humano diante de desastres e catástrofes. O psicólogo que atua nessa área desenvolve ações preventivas e trabalha no pós-trauma. Essa especialização ficou em evidência, por exemplo, após rompimentos recentes de barragens em Minas Gerais".


Conheça as áreas de atuação de um psicólogo

• Psicólogo escolar: esse profissional pode desenvolver trabalhos de orientação profissional e vocacional com alunos. Realizar ações com o corpo docente e os familiares dos estudantes. Auxiliar o profissional de educação a conhecer os processos de ensino e aprendizagem baseado em fundamentos teóricos.

• Psicólogo esportivo: responsável por ajudar na melhoria do desempenho dos atletas. Os competidores recebem do psicólogo avaliações, intervenções e orientações com base nos aspectos psicológicos que contribuem para o seu rendimento no esporte. O profissional realiza, ainda, avaliações e diagnósticos dos esportistas com o objetivo de identificar emoções que podem influenciar o desempenho nas competições.

• Psicólogo hospitalar: atuando em hospitais, clínicas, ambulatórios ou enfermarias, esse profissional é responsável por estudar a saúde mental dos pacientes internados nas instituições de saúde. Além disso, ele presta apoio aos familiares dos pacientes e aos profissionais de saúde que trabalham nos centros de saúde.

• Psicólogo social: normalmente, esse profissional atua em grupos que são vítimas de exclusão social como pessoas em situação de rua, presidiários e usuários de drogas. O psicólogo social estuda o comportamento humano no contexto social em que as pessoas estão inseridas.

• Psicólogo clínico: é a área de atuação mais popular da psicologia. É a terapia que pode ser realizada de forma individual, em casal, família ou grupos. Nela, o psicólogo emprega técnicas e métodos com o objetivo de conhecer a realidade psíquica e comportamental de um sujeito.

• Psicólogo jurídico: um dos campos mais diversos da psicologia. O profissional pode atuar em várias frentes como divórcio, guarda, execução penal, alienação parental, interdição, entre outras. Ele trabalha no ambiente da justiça levando em consideração a perspectiva psicológica dos fatos jurídicos. 

• Psicólogo de emergências e desastres: considerado um novo e promissor campo de atuação, o profissional desta área desenvolve ações preventivas e trabalha no pós-trauma em desastres, catástrofes e situações-limite como acidentes aéreos, rompimento de barragens, terremotos e furacões.

• Psicologia organizacional: atuando em empresas, o psicólogo organizacional é responsável por compreender o comportamento dos colaboradores de uma instituição com o objetivo de melhorar o desempenho e aumentar a produtividade. Ele faz a gestão de pessoas em uma organização

• Psicólogo docente: a sala de aula também é uma das opções para o profissional que se forma em psicologia. O psicólogo pode se especializar e ser professor em um curso de graduação.

 


Faculdade Pitágoras

https://www.faculdadepitagoras.com.br

https://blog.pitagoras.com.br/category/noticias/

 

Kroton

www.kroton.com.br


Quedas aumentam risco de morte e incapacitação em idosos

Com o passar dos anos, as quedas se tornam mais comuns nos idosos, na mesma medida que são também mais perigosas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos indicam que a prevalência de pelo menos uma queda por ano na população com mais de 65 anos está entre 30% e 60%. Já nas pessoas acima de 85 o percentual de quedas aumenta em até 34%. Dados também apontam que as quedas são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil. Entre as consequências graves estão as fraturas, e pesquisas já indicam que há risco de morte entre 30% a 40% entre os idosos que fraturam o fêmur, além da incapacitação gerada.

De acordo com a geriatra Byanca de Oliveira Souza, que atua na S.O.S. Vida, entre 5% a 10% dessas quedas resultam em lesões graves, e isso também impacta a taxa de institucionalização dos idosos, à medida que eles perdem a autonomia.

 

“Quando um idoso tem uma queda e fica com alguma sequela mais importante, é mais possível que as famílias optem pela institucionalização diante da exigência de cuidados mais intensivos, pois muitas vezes eles ficam dependentes de forma permanente”, aponta a geriatra.

 

Byanca salienta que, no trabalho em home care, a prevenção de quedas com os pacientes idosos segue alguns pontos, como a revisão constante das medicações, a adequação do ambiente doméstico para minimizar riscos, a indicação de calçados adequados, além do trabalho de fisioterapia, quando indicado.

 

“Existem fatores que podem favorecer quedas associados à saúde também, como problemas na audição ou visão, equilíbrio, arritmias cardíacas, doenças articulares e doenças que causam déficit cognitivo. Logo, é muito importante que seja indicado ao geriatra quando o paciente cai com frequência, mesmo que não tenham ocorrido consequências, pois pode indicar algo na saúde que precisa ser tratado”, sublinha a médica.

 

 

Cascata de prejuízos

 

A geriatra da S.O.S. Vida de Salvador, Fernanda Reis, afirma que de forma abrangente, as quedas em idosos podem alavancar uma “cascata de prejuízos”, com uma consequência que pode levar à internação hospitalar (como uma fratura), cirurgias, necessidade de reabilitação com longos períodos acamados, tendo como resultado a perda de autonomia do paciente.

 

A média indica que a atuação da família também é fundamental na prevenção do problema, em especial quando se pensa nos fatores externos e ambientais que podem causar queda.

 

“Em casa, algumas adaptações como a colocação de barras de segurança nos banheiros, retirada de tapetes ou uso apenas de tapetes antiderrapantes, adequação do acento do vaso sanitário, que as vezes é muito baixo para os idosos, gerando dificuldade para ele levantar, retirada de mesas e móveis baixos de ambientes de circulação, cuidado com fios e iluminação dos ambientes, em especial à noite, são pontos a se observar”, completa.

 

Em relação aos calçados a indicação é evitar aqueles que não prendem na parte traseira do pé, não usar meia com sapatos abertos e preferir modelos com solados antiderrapantes.

 

 

Atividade física

 

A geriatra que atua na S.O.S. Vida de Aracaju, Luana Brandão, diz que atividade física para o ganho de força muscular é um grande aliado na prevenção de quedas.

 

“A perda de massa muscular é um motivo importante do aumento de quedas ao longo da vida. O exercício, aliado a uma alimentação rica em proteínas, é um dos principais fatores para lidar com isso. É importante, porém, que a pessoa comece a fazer atividade física o quanto antes, pois dificilmente uma pessoa jovem que não tem esse hábito vai adquirir ele na terceira idade”, reforça a médica.

 

 

Medo de cair

 

Luana também adverte que, após ter uma queda, é comum que os idosos desenvolvam a Síndrome Pós-queda que leva a um conjunto de fatores limitantes, inclusive o caminhar de forma incorreta, que aumenta a chance de cair. 

A médica Byanca de Oliveira afirma que a síndrome também aumenta a possibilidade de imobilização, não necessariamente por sequelas da queda, mas pelo medo de ter um novo episódio.




Fernanda Reis também acrescenta que o quadro psicológico pode evoluir para a Ptofobia, que é um medo excessivo de cair, fazendo com que a pessoa possa inclusive levar a perda permanente de autonomia do idoso.


100 milhões de doses por ano: Brasil terá produção nacional de vacinas Covid-19 da Pfizer

Anúncio da parceria com a farmacêutica brasileira Eurofarma é mais um passo para reforçar o complexo industrial de saúde no país

 

Mais de 100 milhões de doses de vacinas Covid-19 produzidas no Brasil por ano: essa é a capacidade que terá a fábrica da Pfizer/BioNTech em parceria com a farmacêutica Eurofarma. O anúncio da assinatura da carta de intenção entre as duas empresas foi feito nesta quinta-feira (26) e os detalhes foram divulgados durante uma coletiva no Ministério da Saúde.

A produção nacional de vacinas é um passo importante para o fortalecimento do complexo industrial de saúde e vai reforçar ainda mais o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A expectativa dos laboratórios é que a produção comece em 2022.

"Hoje é um dia histórico para nós. Isso representa uma esperança para o povo brasileiro. Essa iniciativa vai reforçar ainda mais o nosso Programa Nacional de Imunizações que já vem vacinando milhões de brasileiros por dia, além de fortalecer o complexo industrial da saúde no Brasil. Seguiremos sendo um bom exemplo para o mundo no enfrentamento à Covid-19", reforçou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Para agilizar a produção, as atividades de transferência de tecnologia, o desenvolvimento no local e a instalação de equipamentos começam de forma imediata. A farmacêutica realizará as atividades seguindo os padrões globais da Pfizer e da BioNTech para produção de vacinas Covid-19, que se estende por quatro continentes e inclui mais de 20 instalações pelo mundo.

"Até esta semana, entregamos mais de 50 milhões de vacinas Pfizer ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). E até o final de setembro mais 50 milhões. E, hoje, mais um passo importante. Esperamos que por meio dessa iniciativa podemos ampliar o nosso trabalho no combate à pandemia. Com a produção no Brasil, conseguiremos produzir mais de 100 milhões de doses por ano. Estamos honrados em colocar a nossa expertise nesse projeto", afirmou a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez.

Entre os requisitos exigidos pela Pfizer e BioNTech para a escolha de farmacêuticas, como a Eurofarma, estão a qualidade, conformidade, histórico de segurança, capacidade técnica, disponibilidade de capacidade, funcionários altamente treinados, habilidades de gerenciamento de projeto e compromisso em trabalhar com flexibilidade por meio de um programa acelerado.

Até o momento, a Pfizer/BioNTech enviou mais de 1,3 bilhão de doses da vacina Covid-19 para mais de 120 países e territórios em todas as regiões do mundo. Desde o começo da campanha nacional de vacinação, 45,9 milhões de doses já foram entregues e distribuídas pelo Ministério da Saúde para o todo o Brasil.

"Nosso propósito sempre foi buscar o acesso justo e equitativo para a nossa vacina. Acreditamos que essa é uma responsabilidade coletiva. É através da colaboração que vamos conseguir isso. Essa carta de intenção vai nos permitir o acesso justo e equitativo à vacina tanto para a população brasileira como para a população da América Latina", ressaltou o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.

Na previsão de entregas divulgada nesta quinta-feira (26), a Pfizer deve fechar o mês de agosto com 26,2 milhões de doses e mais 44,5 milhões em setembro entregues ao Ministério da Saúde, acelerando ainda mais a campanha de imunização contra a Covid-19 que já vacinou mais de 126 milhões de brasileiros com a primeira dose.

"Hoje, estamos chegando a 223 milhões de doses distribuídas e 184 milhões de doses aplicadas. Isso demonstra a vontade do presidente Jair Bolsonaro de levar imunização para todos os brasileiros. Toda a população que foi imunizada até o momento foi fruto do trabalho do Ministério da Saúde e da determinação do nosso Presidente. Quero agradecer ainda à Eurofarma e à Pfizer/BioNTech por confiar no Brasil para produção de vacinas e, posteriormente, a distribuição de doses aos países da América Latina", afirmou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

 


Fernando Brito
Ministério da Saúde


Conheça 7 mitos e verdades sobre o câncer de pulmão

Instituto Lado a Lado pela Vida, criador da campanha Respire Agosto, alerta que o cigarro é principal fato de risco

 

Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O hábito de fumar é nocivo à saúde e responsável por diversas doenças, sendo a principal delas: o câncer de pulmão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os fumantes têm 20 vezes mais chances de desenvolverem o carcinoma. O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), como forma de alertar a população em geral sobre a doença, desenvolveu a campanha Respire Agosto, que tem por objetivo disseminar a conscientização por meio de eventos e conteúdos relacionados ao assunto, como a live “Mitos e verdade sobre o câncer de pulmão”. A transmissão está agendada para a próxima terça-feira, dia 31/8, das 18h às 19h30, pelo Instagram do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Participarão da live Marlene Oliveira, presidente do LAL; Fernando Vidigal, coordenador médico e oncologista da Oncologia Dasa, regional Brasília; Ciro Kirchenchtejn, pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro do Fórum de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). A mediação será de Andressa Simonini, editora-executiva da Revista Pais & Filhos. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pulmão é segundo mais comum no Basil e o que mais mata, sendo responsável pela morte de 29.354 pessoas, em 2019. A presidente do LAL, Marlene Oliveira, aponta para a necessidade de a população estar devidamente informada sobre as causas do câncer. “Os mitos relacionados à doença precisam ser quebrados. É um erro pensar que só os fumantes podem desenvolver a doença. Outros fatores podem ocasionar o surgimento, como o histórico familiar e diversas atividades laborais, por exemplo. 

“Nós procuramos orientar e estimular a população a dar atenção à saúde dos pulmões, sejam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ou aqueles que têm planos médicos para que em suas passagens pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou pelos consultórios de especialistas questionem sobre como fazer o controle da saúde dos pulmões. Quando os sintomas do câncer de pulmão, como tosse persistente, rouquidão e falta de ar aparecem, o tumor pode estar em estágio avançado”, reforça Marlene.

 

Mitos e verdades sobre o câncer de pulmão


1 - O cigarro eletrônico é menos nocivo que o cigarro tradicional.

Mito. O cigarro eletrônico é maléfico para a saúde do pulmão e aumenta as chances do desenvolvimento do câncer. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Portland, nos Estado Unidos, constatou que o vapor dos cigarros eletrônicos pode ser 15 vezes mais cancerígeno que o cigarro tradicional, devido a uma substância chamada formaldeído, presente no produto.

 

2 - Fumar narguilé não faz tão mal à saúde.

Mito. O uso de tal artifício aumentam as chances do surgimento do câncer. O Narguilé utiliza água para resfriar a fumaça e proporciona uma inalação mais profunda. Com isso, as substâncias cancerígenas, como metais pesados e altos níveis de nicotina, penetram nos pulmões com mais facilidade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a absorção do cobalto, por exemplo, é maior em uma sessão de narguilé, equivalente a 100 tragadas, em comparação a fumar um único cigarro. A inalação corresponde a 70ng e 0,13ng respectivamente. 

 

3 - Só desenvolve câncer de pulmão quem é fumante.

Mito. Os fumantes têm maior propensão ao desenvolvimento desse tipo de câncer, perfazendo o total de cerca de 80% dos acometidos pela doença, já que o tabaco é o principal fator de risco. Porém a exposição ao gás radônio e ao amianto, por exemplo, também são fatores que acarretam o desenvolvimento da doença e quem trabalha diretamente exposto a esses componentes devem estar atentos e realizar exames periódicos. O histórico familiar também deve ser observado.

 

4 - Fumante passivo pode ter câncer de pulmão.

Verdade. A exposição ao tabagismo, mesmo sendo passiva, aumenta os riscos do surgimento da doença. A inalação da fumaça é um fator de risco. Por isso é importante estar alertas também às crianças, que podem ser fumantes passivos por conviverem com adultos tabagistas.

 

5 - Abandonar o hábito de fumar depois de muitos anos, auxilia no não desenvolvimento do câncer.

Verdade. Nunca é tarde para largar hábitos nocivos à saúde. Por mais que a pessoa tenha fumado por muitos anos, o fato de ela interromper o uso impacta de forma positiva na saúde e na qualidade de vida. Segundo especialistas do Comitê Científico do LAL, na terceira semana sem consumir tabaco é possível observar a melhora da respiração e da qualidade do sono. Depois de 10 anos sem fumar, o risco de infarto é equivalente ao de uma pessoa que nunca fumou.

 

6 - Câncer de pulmão tem cura.

Verdade. A detecção precoce, aliada a um tratamento adequado, aumenta as chances de cura. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer no Estados Unidos revela que 55,2% dos pacientes que obtiveram um diagnóstico da doença ainda localizada alcançam uma sobrevida de 5 anos ou mais. Com a radiografia do tórax, um exame simples, é possível detectar a presença do tumor e combater seu desenvolvimento. Para isso, é imprescindível a ida frequente ao médico e o check-up anual.

 

7 - Poluição atmosférica também é um fator de risco.

Verdade. O contato com a poluição pode aumentar a incidência do câncer de pulmão. O despejo de gás carbônico emitido pelas chaminés das indústrias, assim como outros gases, também é prejudicial.

 

Ações da campanha Respire Agosto em 2021

O Diagnóstico precoce é um dos pontos abordados na campanha, que este ano traz o tema “Fôlego para a Vida”. Para 2021, foram previstas diversas atividades e divulgações de conteúdo ao longo do mês para a campanha Respire Agosto, como o lançamento de episódios no “Lado a Lado Podcast”. “O cenário do câncer de pulmão no Brasil e no mundo”, com o oncologista William Nassib, é primeiro da série já está disponível nas plataformas de streaming. Uma entrevista com Fernando Santini, oncologista, membro do Comitê Científico do LAL e médico titular do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, traz informações esclarecedoras sobre a doença, diagnóstico, tratamento.

Peças de divulgação da campanha estão expostas no Top Center Shopping, na Avenida Paulista, e nos monitores das estações e nos vagões das linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô de São Paulo.

 

 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)    

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Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência será enriquecida com dados do Imesc

Plataforma da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência reúne informações sobre educação, saúde, emprego e renda, vulnerabilidade social e esporte.

 

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) vai agregar mais informações à Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência (https://basededadosdeficiencia.sp.gov.br/), com metadados das perícias de interdição/curatela. O Termo de Cooperação entre as partes foi assinado nesta quinta-feira (26), na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Estiveram presentes os Secretários de Estado Célia Leão (Direitos da Pessoa com Deficiência) e Fernando José da Costa (Justiça e Cidadania e superintendente do Imesc) e, o autodefensor Roni Vitorino.

Os metadados farão parte da plataforma criada pela Secretaria, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE, que reúne informações sobre a pessoa com deficiência, organizados nas áreas de educação, saúde, emprego e renda, vulnerabilidade social e esporte.

"A Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi criada para subsidiar a tomada de decisão de gestores públicos na definição das políticas públicas regionais ou municipais voltadas à inclusão plena das pessoas com deficiência, como nos orienta o Governador João Doria", afirma a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão. "É o que estamos fazendo com essa parceria, consolidando dados relativos às pessoas com deficiência e aos Governos, como uma forma de enfrentamento às barreiras incapacitantes", disse.

O objetivo é deixar mais robusta as informações da plataforma, que já é fonte de pesquisa para profissionais interessados na causa, estudiosos, pessoas com deficiência, entre outros.

"As informações repassadas irão enriquecer ainda mais a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ampliando a quantidade de dados e campo de pesquisa", disse. "Estamos contribuindo para a construção de um grande acervo de dados sobre as perícias realizadas com pessoas com deficiência no Estado de São Paulo", finalizou o Secretário de Justiça e Cidadania e superintendente do Imesc, Fernando José Da Costa.


Redondo recebe unidade móvel do Centro de Cidadania LGBTI Zona Sul nesta sexta-feira, 27, para ações de respeito à diversidade sexual

Unidade móvel do Centro de Cidadania LGBTI em estação da Linha 5-Lilás
Iniciativa tem por objetivo dar suporte a pessoas que sofrem violência e são vítimas de exclusão social, ficando à margem da sociedade e do mercado de trabalho


Como forma de apoio às ações de respeito à diversidade sexual e no combate à LGBTIfobia, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da linha 5-Lilás cedeu espaço em suas estações em agosto para a prestação de serviço das unidades móveis dos Centros de Cidadania LGBTI, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

Nesta sexta, dia 27, entre 11h e 16h, a van que faz parte dos Centros de Cidadania LGBTI que compõem a rede de serviços da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania - Coordenação de Políticas para LGBTI+, da Prefeitura de São Paulo, estará na Estação Capão Redondo, na Linha 5-Lilás.

A ação que também já passou por estações da Linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro, conta com dois articuladores sociais atendendo o público. A iniciativa tem por objetivo apresentar as atividades oferecidas nos centros. Entre essas estão atendimento a vítimas de violência, agressão ou discriminação por causa da orientação sexual ou identidade de gênero, com encaminhamento, quando necessário, para os serviços de assessoria jurídica, psicológica ou social; e ações para inclusão em programas de elevação de escolaridade e inserção no mercado de trabalho. Serão distribuídos folhetos sobre infecções sexualmente transmissíveis.

"Essas ações visam dar suporte às pessoas LGBTI+, vítimas de preconceito e discriminação, buscando transformar a vida dessa população que, muitas vezes, não tem apoio nem da própria família", diz Cássio Rodrigo, coordenador de políticas para LGBTI+ da prefeitura.

"Damos todo apoio a iniciativas como essas em nossas estações", diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade das concessionárias. "Além de oferecer um transporte seguro, incentivamos ações que abordem a inclusão e colaborem para reduzir o preconceito e a vulnerabilidade da população LGBTI+", completa.


Serviço

Unidade móvel do Centro de Cidadania LGBTI - das 11h às 16h

27 de agosto: Estação Capão Redondo


Neurodiversidade e o futuro das empresas

Opinião


A inclusão e diversidade no ambiente de trabalho são temas atuais e recorrentes na mídia. Diferentes categorias sociais, como gênero, orientação sexual, etnia e status de deficiência, vão ganhando mais atenção no meio corporativo e representam mudanças benéficas. Um grupo social relevante que ainda precisa fazer parte desta discussão é o de pessoas neurodivergentes. Estes profissionais, antes estigmatizados, podem trazer novas visões de mundo e habilidades únicas que colaboram para o crescimento e inovação das empresas. 

O termo neurodiversidade foi usado pela primeira vez em 1998 pela socióloga Judy Singer e popularizado pelo jornalista Harvey Blume, e vem sendo atualizado desde então na busca por acabar com estigmas sociais. Anteriormente associado a déficits e disfunções, passando pelo Transtorno do Espectro Autista e Asperger, hoje é visto como termo inclusivo para se referir a igualdade dos mais variados estados mentais possíveis. 

O professor Rob Austin, da Ivey Business School (Canadá), publicou na Harvard Business Review um estudo de caso que apontava a estimativa de uma em cada 59 pessoas no mundo com algum tipo de neurodiversidade. Por outro lado, quase 80% dessas pessoas estão desempregadas e sentem dificuldade em entrar no mercado de trabalho. A maior parte das empresas realiza testes padrões para contratações que se encaixem em perfis pré-estabelecidos, o que pode desfavorecer candidatos do espectro autista, por exemplo. O método tradicional de entrevista de emprego, segundo o professor, elimina possíveis talentos neurodivergentes. 

Muitas vezes, temendo o preconceito, pessoas neurodiversas acabam por não desenvolver suas habilidades por completo e se afastando das organizações empresariais. Mas os pesquisadores britânicos Robert Anthony Allen e Tamsin Priscott, na publicação “Employee Relations: The International Journal” desde ano, atentam para o engano dessa retração: “uma organização não consegue identificar aquelas pessoas que trariam maior benefício para a força de trabalho se o neurodiverso dentro dessa força de trabalho for relutante em se revelar por causa do estigma dos estereótipos”. O mercado também precisa criar esse ambiente receptivo ao profissional. 

Quando uma empresa decide praticar a inclusão em seu processo seletivo, ela não pode unicamente pensar em colocar aquela pessoa no ambiente, que é por si só excludente e predominantemente neuro-típico. É preciso adquirir consciência de que a empresa deve se responsabilizar por essas pessoas e contratações, bem como pelo bem estar do profissional. Trabalhar a cultura organizacional e o respeito a diversidade pelo resto da equipe são pontos essenciais. Entender a especificidade de cada funcionário neurodivergente também é fundamental: uma pessoa com dificuldade de concentração se beneficia de espaços mais silenciosos e fones de ouvido mais confortáveis, por exemplo. 

As empresas são fundamentais para garantir evoluções sociais, e questões sobre inclusão e diversidade estão aí para comprovar isso. O tema da neurodiversidade e o futuro das empresas é atual e necessita de reflexão para efetivar a inclusão dessas pessoas no meio corporativo. Empresas como Hewlett Packard Enterprise e Microsoft já atualizaram seus processos de seleção favorecendo o acesso de talentos neurodiversos e encontrando variados benefícios. A forma que pessoas que não são neurotípicas pensam e encontram soluções inovadoras tem ainda muito mais a oferecer ao mercado. E a tendência é cada vez mais empresas se abrirem para as novas visões e habilidades dos profissionais com neurodiversidade.

 


Mayara Marenda Narita - pós-graduada em Neurociência e Comportamento pela PUC-RS. Possui especialização em Marketing Management pela FAE e MBA em Gestão de Pessoas com ênfase em Liderança Organizacional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É gerente distrital, investidora e incentivadora de empresas e projetos sociais e ambientais, entre eles a Loja da Verdê (www.lojadaverde.com.br), startup focada em curadoria de produtos veganos, eco friendly e cruelty free.


Entre a retirada e o retorno: qual será o legado Biden?

Opinião


Depois de quase duas décadas da invasão estadunidense ao Afeganistão, o país centro-asiático volta aos noticiários de forma dramática. O grupo fundamentalista Talibã dominou o Afeganistão desde a metade da década de 1990 até 2001. Após os ataques terroristas aos Estados Unidos , em 11 de setembro de 2001, o grupo recusou-se a entregar Osama Bin Laden aos EUA, que invadiu o país naquele mesmo ano e expulsou o Talibã de sua capital.

Desde então, os EUA investiram mais de um trilhão de dólares no Afeganistão, considerado um país estratégico não apenas por suas reservas de recursos naturais, mas também por sua localização: próximo do Irã, Índia, China e Paquistão – o único país de maioria muçulmana a ter bomba atômica.  Em meio à retirada das tropas dos EUA – prevista para encerrar-se totalmente no mês de setembro –, o grupo fundamentalista Talibã retomou o controle do Afeganistão neste domingo, 15 de agosto.

Ainda que tenham sido expulsos da capital Cabul e de várias outras regiões do país em 2001, o Talibã nunca foi totalmente derrotado. Sua retomada do Afeganistão neste mês é o ponto máximo de uma campanha iniciada há alguns meses. Enquanto o exército oficial do país – treinado pelos EUA – retirava-se de áreas de batalha, o grupo recolhia armas e munições pelo caminho. Pela rápida evolução do Talibã pode-se afirmar que o grupo é muito mais do que insurgente.

Desde que o Talibã cercou Cabul, entre sexta-feira 13 e segunda-feira 16 de agosto, tristes imagens chegaram até nós. Ruas congestionadas no caminho em direção ao aeroporto internacional, famílias inteiras desesperadas correndo para entrar em qualquer avião, tiros disparados ao alto numa tentativa de conter os angustiados. Os professores já se despediram de suas alunas, acreditando que nenhuma menina maior de 10 anos poderá ter acesso à educação, como foi na outra época de domínio do grupo sob o país.

O presidente Ashraf Ghani deixou o Afeganistão, e foi seguido por outros políticos de forma quase imediata. No domingo 15 de agosto, os Talibãs já estavam no palácio presidencial alegando que a guerra havia acabado e que o país estava livre de seus dominadores. De um lado, o grupo extremista afirmou buscar o diálogo e uma transição pacífica de poder. De outro, garantiu  buscar a conversão total de seu país e dos demais à visão mais conservadora e radical do islamismo. Alguns relatos dão conta de que estão exigindo que as famílias entreguem meninas e mulheres solteiras para que se tornem esposas dos combatentes. Por tudo isso, a afirmação Talibã de que respeitará os direitos das mulheres parece ser apenas uma tentativa de acalmar os ânimos de quem tenta fugir, para impor novamente seu domínio radical.

Em fevereiro de 2020, ainda sob o governo Trump, os EUA e o Talibã assinaram um acordo de paz no Catar. Dentre os objetivos do acordo estava não apenas a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão, mas também a possibilidade de que essas tropas continuassem no país em caso de qualquer escalada de violência. Ainda que Cabul não tenha sido atacada nos últimos dias, o governo norte-americano se apressou a retirar seus nacionais do país.

Biden, até então, afirmava-se comprometido em retirar os estadunidenses dali. A grande dúvida no momento é se o atual presidente dos EUA cumprirá essa promessa, abandonando os afegãos à própria sorte. Os chineses já reconheceram o Talibã como governante oficial em seu país. Mês passado, representantes do grupo estiveram na China e disseram que jamais permitirão que alguém use o solo de seu país contra os chineses.

Os russos já declararam estar prontos para reconhecer o Talibã como a autoridade legítima do Afeganistão. Enquanto imagens femininas são pintadas e cobertas por toda Cabul, o Conselho de Segurança da ONU segue em reunião, discutindo os rumos que estão tão indefinidos quanto o futuro dos agoniados afegãos. A dúvida no momento é se Biden cumprirá sua promessa de retirada total das tropas, ou se os EUA retornarão ao país que invadiram há quase duas décadas, numa das mais caras guerras de sua história. Como fica a chamada guerra ao terrorismo? Poderia o acuado Estado Islâmico usar o Afeganistão como uma nova base? 

Esse é o momento chave para definir qual será o legado de Joe Biden na presidência dos EUA: se um pacifismo pouco misericordioso, ou uma nova etapa na guerra ao radicalismo.

 


João Alfredo Lopes Nyegray - advogado, bacharel em Relações Internacionais, especialista em Negócios Internacionais, mestre em internacionalização e doutorando em estratégia. É professor de Geopolítica e Negócios Internacionais e coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo.


Plano de ação: traçar estratégias diminui custos e aumenta lucro de drogarias

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Pesquisa de mercado, definição de metas e adesão à venda online são algumas das dicas para alavancar os negócios


De acordo com dados do Sebrae, 24,4% das micro e pequenas empresas fecham as portas antes de completar dois anos de funcionamento. Considerando um período de quatro anos, o índice de falência é de quase 50%. Os principais fatores para isso são a falta de planejamento estratégico e o não levantamento de informações do mercado em que estão competindo. 

É por isso que um plano de ação é importante. Traçar estratégias ajuda a diminuir os custos de uma empresa e aumentar os lucros, principalmente no ramo farmacêutico. Para drogarias, um plano de ação é uma espécie de manual, com um cronograma que engloba atividades diárias e metas que devem ser alcançadas a curto, a médio e a longo prazo. Esse plano deve ser seguido pela gestão farmacêutica e implantado na cultura do negócio.  

“É o plano de ação para drogarias que permite que o estabelecimento busque superar metas, garantindo o sucesso do empreendimento. Além disso, o plano de ação serve para reduzir os riscos de más decisões que podem trazer reflexos no fluxo de caixa do negócio e comprometer a saúde financeira da empresa”, explica Carlos Soccol, diretor de marketing da MyPharma, startup especializada que auxilia farmácias nas vendas e-commerce com ferramenta especializada para loja virtual. 

Com metas traçadas, fica mais fácil evitar que as decisões posteriores saiam do que foi pré-estabelecido no plano de ação. “Estar no mercado significa competir. Por isso, é importante que o plano de ação para drogarias não tenha apenas o objetivo de sobreviver no mercado, mas crescer e ter competitividade”, reforça.

 

Como montar um plano de ação para drogarias

Para montar um plano de ação para farmácias e drogarias, é preciso que todos os sócios estejam reunidos e algumas perguntas precisam ser respondidas, como, por exemplo; onde estou; em que lugar eu quero chegar e como eu quero chegar lá.  Se essas perguntas forem respondidas com facilidade pelos sócios, isso quer dizer que todos têm uma visão nítida de como está o mercado farmacêutico. Desta forma, traçar um plano de ação pode ser uma tarefa mais simples. Em caso de dificuldade, é preciso fazer uma análise aprofundada, para entender os objetivos do negócio. As respostas dessas três perguntas vão nortear o plano de ação para a drogaria.  

O primeiro passo para traçar o planejamento estratégico de uma drogaria é definir missão, visão e valores da empresa. A missão engloba o porquê da existência do estabelecimento. Já a visão se trata de onde seu negócio quer chegar em alguns anos. Os valores são os princípios que devem estar presentes na atuação da empresa. 

Depois dessa definição, é preciso traçar os objetivos estratégicos para o ano. “Se for o primeiro ano da empresa no mercado farmacêutico, você pode definir esses objetivos por meio de uma boa pesquisa de mercado, além de projeções de crescimento. Se não for o primeiro ano da empresa, os objetivos podem ser definidos a partir dos resultados do plano de ação do ano anterior ou a partir de feedbacks da equipe e dos consumidores”, reforça o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol.


Feedback e metas

A definição dos objetivos estratégicos não parte do “feeling” do gestor, mas de dados objetivos e de feedbacks do negócio. E esse feedback precisa ser colhido com colaboradores e com clientes, por meio de questionários e de pesquisas de satisfação. 

Depois disso, a dica é definir metas específicas e pontuais. Se, por exemplo, um dos objetivos específicos for o aumento de 30% nas vendas da linha de verão, algumas das metas seriam: garantir que sejam oferecidos produtos dessa linha para todos os clientes que entram na loja, ter pontas de gôndolas dedicadas a essa linha, ter placas indicando a necessidade de uso diário desses produtos e deixar o produto carro-chefe da linha disponível para consulta no caixa e no checkout da farmácia.  

“O importante é que cada objetivo específico tenha metas que devem ser alcançadas para o sucesso do plano de ação. Entender os resultados passados é fundamental para definir um plano de ação para a drogaria.  Além de estar atento para as tendências e, principalmente, investir no mercado farmacêutico online, que se tornou destaque nos últimos anos e, em 2020, teve um crescimento de 137%”, conclui o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol.


Pesquisa revela os principais problemas enfrentados por empresas que atuam com comércio internacional

Escassez de navios e contêineres, valores elevados do frete de importação e exportação e serviços cancelados foram os fatores apontados pela CNI

 

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), rapidamente, resultou em uma crise econômica mundial, impactando diretamente na redução da oferta de mão de obra e rupturas de cadeias globais de valor. Com a progressiva retomada da economia em diversos países houve uma disparada de encomendas por insumos e mercadorias do comércio exterior em níveis acima das projeções e da capacidade logística dos armadores e terminais portuários.

 

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em julho de 2021 para mapear os problemas enfrentados desde o início da pandemia, apontou que a falta de navios e contêineres, valores elevados do frete de importação e exportação e serviços cancelados são os principais problemas enfrentados por empresas que atuam com comércio internacional.

 

A CNI consultou 128 empresas e associações industriais, na ocasião mais de 70% relataram ter sofrido com a falta de contêineres ou de navios e mais da metade observaram o cancelamento ou a suspensão de alguma escala de programa ou serviço regular. Os dados mostram ainda que 96% observaram um aumento no valor do frete de importação e 76% nas exportações.

 

Dados do Banco Central do Brasil (BACEN) de março 2020 a agosto 2021 mostraram que a taxa do dólar, que é a principal moeda do comércio exterior, também tem sido um dos grandes desafios que as empresas brasileiras buscam superar, pois no último ano e meio, já acumulamos aumento de aproximadamente 7,28%.

 

Cristiane Fais, consultora em logística internacional e diretora executiva da Accrom Consultoria em Logística Internacional, comenta que um novo agravamento da COVID-19 no mundo, principalmente na China também tem impactado o mercado internacional, pois o novo surto da doença no país fechou várias regiões e portos, incluindo um dos mais movimentados do mundo, causando um impedimento no abastecimento global e pressionando importadores e exportadores. “O recente fechamento do porto chinês Ningbo-Zhoushan, gerou uma fila com mais de 350 navios, e uma espera para espaço e embarque de semanas. O cenário é mais um sinal de que a desordem e aumento nos custos no transporte marítimo pode se estender até meados de 2022 ainda”, explica.

 

Um levantamento da Clarksons Platou Securities, mostrou que o congestionamento vem se agravando, e a capacidade ociosa chega a 4,6% da frota mundial, ante 3,5% no mês passado. “Além de ameaçar a recuperação e o crescimento econômico do país, os atrasos crônicos e a disparada dos custos, podem impedir que as demandas das empresas por novos produtos e reposição de seus estoques sejam atendidas, acarretando a falta de produtos no mercado interno e o aumento direto dos preços ao consumidor”, conclui Cristiane Fais.





 

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