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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

SOBRE A NECESSIDADE DA INTIMIDADE AMOROSA



Luc Ferry, filósofo e homem público francês, em Os cinco sentidos da vida humana apresenta as respostas que a História inventou para providenciar o que seria a vida boa, ou a vida harmoniosa, ou a vida com qualidade. Eis um rol esforçado em oferecer sentido à existência.

A primeira advém da Grécia antiga: a vida que conjugue a harmonia de si com a harmonia do Cosmos. Ao humano caberia identificar seu lugar nessa Eternidade ordenada e nela inserir-se. A segunda é a proposta das religiões monoteístas. Essa compreensão solicita submissão a um deus que seria o caminho, a verdade e a própria vida. A terceira propõe que o humano se harmonize com a humanidade: o meu espaço de vida articulado com o espaço de vida do outro. A quarta é estar em conciliação consigo mesmo: amar-se e se bastar.

Na avaliação de Ferry, a primeira hipótese nos deixa vinculado a algo demasiado exterior ao humano; a segunda já não tem um deus humano, pois a humanidade desprendeu-se do deus que inventou; a terceira é demasiado humana; a quarta, mais que demais humana.

A quinta possibilidade de estar feliz na vida é formulada pelo próprio filósofo: a harmonia de si com aquele\a que amamos ou poderíamos amar: irmandade, amante, companhia, família etc. Eu diria: amar o literalmente próximo supondo que haveria reciprocidade.

Faço as minhas contas: a invenção dos telescópios venceu a primeira hipótese: o Universo não é uma ordem perene. Se alguma divindade o criou, não soube rematá-lo. O Cosmos é caos. A segunda, a religiosa, não proveu felicidade nem no tempo em que o divino era propriedade privativa da igreja católica. Hoje, deus está customizado, cada um tem o seu; esfacelado, enfraqueceu-se.

Aprecio a terceira hipótese como modo de estar no espaço público: não imagino vida feliz sem harmonia em Sociedade. Esta é a invenção democrática do animal social. A quarta é necessária, mas não suficiente. Amar-se não basta. Somos incompletos, queremos o amor do outro. A “moda” do bastar-se é falsa. Uma coisa é não se suportar só, outra é a (in)suficiência da solidão.

Retomo a sugestão de Ferry: haverá vida boa se me harmonizo com aqueles\as que me circundam. Desconfio disso, pois os meus circundantes teriam que corresponder à minha vontade. Ora, em tempos narcísicos, temos egos a preservar. Ademais, egos não cabem uns em outros; são indecomponíveis e irredutíveis. Os egos interessados, pois, teriam que “negociar”.

Anoto que na vida familiar tradicional o convívio dependia da subsunção da mulher, dos filhos e da amante no homem chefe de família. Dentre outras subalternidades, ao se casar, a esposa tomava como próprio o nome do marido. As ocorrências produtoras de tal subalternação, por suposto, subalternizavam egos. Mas já não se conta com tais circunstâncias sociais e seus efeitos. Como, hoje, impor a alguém o cumprimento de dedicação amorosa?

O apego que remanescia na arrumação familiar perene era, sobretudo, amarração material. Após os efeitos feministas na vida doméstica, a mulher, advindo o desgosto afetuoso, pode variar seu endereço. Aboliu-se a função ordenadora “cabeça de casal”. A extinção do “patriarca” deriva da superação do arranjo social que oferecia um modo único de amar: um pacote sólido em que as partes tinham papeis definidos para cumprir e reproduzir.

O amor, já mais líquido, está por conta da imaginação inventiva. Uma convivência desejável e possível, ou seja, que possa ser pactuada e cumprida com prazer, há de ser inventada pela ousadia dos interessados. E descabe intransigência; vale o combinado honesto entre pessoas honestas cientes que as conjunturas têm variáveis incontroláveis. Ademais, vontades movem-se.

Claro, alguma ansiedade, pois, se é difícil inventar-se a si, inventar-se a dois é uma formidável aventura cotidiana. Novamente, há egos envolvidos. Para as construções afetivas necessárias à vida a dois os egos implicados devem dar-se um denominador comum.

Denominador comum nomeado intimidade: há o ego um e o ego dois, cada qual com sua respeitável vida privada. Esses egos, todavia, se não arquitetarem uma intimidade que será o denominador comum de ambos, não conviverão. A intimidade será o local de trânsito consentido de um ego pelo outro. Edito trechos de O cuidado com a intimidade, Café Filosófico com Renato Janine Ribeiro: Alguém da plateia propõe uma questão importante:
“Todos estamos na vida pública por causa da internet. Nesse mundo, a preservação da intimidade é positiva. No relacionamento pessoal é ao contrário. O problema é que as pessoas não conseguem compartilhar sua intimidade no casamento, na relação de amizade e na relação familiar. A gente está vendo o problema inversamente: as pessoas não conseguem estabelecer um relacionamento, um elo, um vínculo que contenha uma intimidade que tem que ser não mais preservada, mas sim, de alguma forma, exposta”.

Ribeiro situa o risco de generalização da percepção do afirmado ou da própria afirmação, e pondera: “A ideia de que esteja difícil partilhar a intimidade, ou seja, construir a intimidade a dois, é interessante porque talvez a blindagem, quer dizer, o medo de se expor se torna tão grande que acabamos não nos expondo; acabamos fazendo as coisas nos lugares trocados: a gente abre a intimidade pra quem não deve e fecha a intimidade pra quem deve.

Nós estamos numa fase de mudanças intensas e a velocidade dessa mudança é intensificada. Por pior que esteja todo o quadro, essas mudanças intensas representaram um avanço grande na liberdade e na verdade. Nós lidamos mais com a verdade dos relacionamentos, a verdade dos sentimentos do que sociedades anteriores. E nós estamos acostumados ao valor da liberdade mais do que sociedades anteriores, e essas duas coisas, verdade e liberdade, são dificílimas, é dificílimo lidar com a verdade, seja dizer a verdade, seja dizer-se a verdade – às vezes é dificílimo dizer a verdade para si próprio. E a liberdade: reivindicá-la e reconhecê-la é muito difícil.

Esses dois pontos cruciais, como nós podemos fazer isso? Como diz o personagem feito por Marcello Mastroianni num momento de Oito e Meio (filme de Federico Fellini, 1963): 'Eu queria poder dizer toda a verdade sem ferir ninguém, sem magoar ninguém'. Talvez seja esse um dos pontos: poder dizer toda a verdade sem que isso cause infelicidade e poder lidar com a liberdade sem que isso acresça infelicidade no mundo”.

Ribeiro varia de uma ética da intimidade a uma ética para o mundo. Está muito bem, pois sua resposta não deixou de contemplar a questão levantada. Tema, aliás, aprofundado em outro Café Filosófico com o mesmo filósofo.

Simplificar a Vida (editado), apresentação: “Será que nas relações amorosas o excesso de aproximação pode virar um problema? Será que a intimidade (eu diria a privacidade, pois nomeei intimidade o construído pela relação) tem um limite que não pode ser ultrapassado? Renato Janine Ribeiro faz uma análise do filme Closer (Mike Nichols, 2004) para discutir as diferenças entre estar mais perto e estar perto demais da pessoa amada”.

“Closer quer dizer mais perto; em português tornou-se Perto Demais. A diferença entre o zoom e o demais é que estar mais perto significa um acesso à intimidade do outro; perto demais é um excesso, significa que de alguma forma nos queimamos. Então, ou a ideia de que estamos nos aproximando talvez seja uma coisa boa, talvez estejamos vendo as pessoas mais de perto, ou talvez estejamos perto demais.

Qual a veracidade desses laços? Qual a capacidade de vivê-los? Aparentemente nós temos três possibilidades. O laço se mantém na medida em que ele é falso e se tolera uma certa falsidade ou uma certa ignorância. Não é só a falsidade da mentira, isso o filme não sugere, mas o filme sugere que o laço, para se manter em certos casos, deva partir da aceitação de não querer indagar determinadas coisas.

Uma questão interessante: Perto Demais alterna o jogo entre a verdade e a mentira, a verdade e a falsidade, a verdade e a traição, a verdade como surpresa. Outro aspecto, que me pareceu o ponto mais forte do filme, é: e se for possível ter esse contato, se o demais for apenas mais, se perto demais for mais perto, for uma intimidade grande, qual a relação então disso com a verdade?

É conhecer, é não ter ilusão e ainda assim gostar e ainda assim se relacionar. Isso eu achei extraordinariamente forte: essa ideia de que seja possível ter um laço que passe por conhecer a verdade sobre o outro, não estar mais fascinado pelo outro, mas ter a condição, com base nisso, sabendo a realidade, de manter esse laço de querer e de apostar muito pela manutenção desse laço.

O filme, a lição que se faz, é que se você aproxima muito, você só tem êxito se você chegar a um momento em que você consegue conhecer muito bem a outra pessoa, a pessoa de quem você gosta, reconhecer-lhe todos os defeitos, não ter nenhuma expectativa maior em relação a ela, e ainda assim ser capaz de manter o sentimento e o laço”.

Retomo-me: dada a independência tomada pelas mulheres sobraram raros egos dispostos a se dissolver noutros egos para satisfazer expansões egóicas. Então, cada um\a é cada um\a em sua reserva de vida privada de vida pessoal indevassável. Descabe invasão de privacidade.

Agora, a intimidade: construção espontânea que amantes fazem para trânsito de um\a pelo outro\a. A intimidade é a área de intersecção (teoria do conjunto) onde estão os elementos que, simultaneamente, pertencem a dois ou mais conjuntos. Uma situação em que partes se imbricam e, propositadamente, se enleiam no tanto em que se imbricaram.

Essa intimidade é consubstanciada por egos livres que livremente se expõem ao outro\a com a liberdade de discorrer com verdade sobre si. Egos que se narram e ao se narrarem aportam recursos afetivos à vida íntima. Retorno ao “alguém” da plateia que indagou Ribeiro: “Uma intimidade que tem que ser não mais preservada, mas sim, de alguma forma, exposta”.

Na forma antiga, um ego se anulava em outro. No que proponho, os egos se contam sem limite, para que reciprocamente se saibam sem limite. É que se me sonego no meu me contar não estou todo\a na relação, e se minto sobre mim estou falsificado\a na relação. Omitir ou mentir adultera quem omitiu ou adulterou, logo, a convivência mesma sobra adulterada.

Quando quem está numa relação é uma contrafação, a realidade é que outra pessoa está nela. Quem verdadeiramente é a pessoa que se frauda na vida em comum? É, claro, um alguém que lhe está ausente. Assim, seja quem seja que não esteja relação afetiva, os afetos dessa relação restam um simulacro. Renato: “O laço se mantém na medida em que ele é falso e se tolera uma certa falsidade ou uma certa ignorância”.

Luc Ferry: já fomos seres de um Universo sem tamanho; já inventamos um deus para nos amparar; já apostamos tudo na humanidade a que pertencemos; já tivemos a petulância de acreditar que poderíamos nos bastar a nós mesmos. Nada disso foi bastante. Estamos desde sempre por aí, carentes de alguém que nos ame, de alguém para amar. Buscadores de felicidade.

Luc Ferry, hipótese de vida feliz: a harmonia de si com aquele\a que amamos ou poderíamos amar. Não, contudo, a meu sentir, sem os pressupostos aventados: privacidade: espaço próprio indevassável; intimidade: espaço comum no qual amantes em harmonia depositam cada qual sua inteireza: “qualidade ou estado daquilo que é inteiro” (Houaiss); inteiro: “com todas as suas partes; a que não falta nada; completo, total” (Houaiss).





Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicólogo e Jornalista.

O poder da disciplina: dicas práticas para o sucesso


                                                                     
O caminho para alcançar um objetivo nem sempre é fácil. As metas precisam necessariamente de um método eficaz para serem atingidas, mas a disciplina é o que irá determinar o tempo e a taxa de sucesso.

Mas como eu posso ter disciplina?

É preciso ter processo e saber exatamente o que quer, o que vai fazer com isso, os porquês, benefícios, recompensas e como vai chegar lá. Os desafios vão exigir que você eleve seus padrões, então coloque mais energia e mais foco dedicando mais atenção.
Saiba por quem você vai fazer o que está almejando, quem está dependendo do seu sucesso e saiba que a sua disciplina pode influenciar no resultado, logo, se pergunte:

-Como eu me sinto sabendo que tem gente esperando que tenha uma disciplina deliberada.
Tenha mini-hábitos, não adianta querer resultados de mudanças do dia para a noite. Pequenas atitudes resultam em uma mudança mais natural e menos exaustiva, dando chance ao hábito, tenha um esforço inteligente.

Não confunda rotina com monotonia. Para conseguir subir 200 degraus de uma escada, é preciso subir um degrau de cada vez, mas não quer dizer que será da mesma forma. Rotina é o que fazemos automaticamente, poupando a mente como escovar os dentes, assim economizamos energia para o que é interessante. O problema não é o hábito e sim o como fazemos uma determinada atividade.



Tenha uma Rotina de Entrada

Trata-se de uma rotina para iniciar o dia, pois ter rotina é liberdade.
  • Aplique a regra TLA – Tocou, Levantou, Água. Em outras palavras, quando o despertador tocar, levante e se envolva com água. Pode ser beber água com limão, lavar o rosto, o que você quiser.
  • Pratique Exercício Físico.
  • Faça banho de contraste, ou seja, ainda com corpo aquecido, tome um banho gelado.
  • Inicie o dia com palavras de Poder.
  • Pratique meditação. Antes de iniciar o dia, pergunte o que você quer, por que você quer e o que você precisa fazer para ter o que você quer?
  • Faça um café da manhã saudável.

Preparação do Dia
  • Faça seu To Do List- ou seja, a lista de coisas que precisa fazer ao longo do dia.
  • Defina sua Big Win- que é a coisa mais importante que você precisa fazer no dia.
  • Enumere a lista – saiba o que tem que fazer por ordem de relevância e urgência. Comece sempre pelas atividades mais chatas e trabalhosas.
  • Start - simplesmente comece, mas mantenha o foco.


Tenha uma Rotina de Saída
  • Ao terminar suas tarefas do dia, imediatamente dedique seu tempo para a família.
  • Em seguida, defina um horário para leitura, estudos, para assistir documentários.
  • Tome um banho quente e comece a meditar, a relaxar.
  • Vá para a cama, pois o ambiente deve te ajudar a continuar relaxando até dormir.

Pessoas disciplinadas e com rotina tendem a ser perseverantes, com capacidade de não desistir apesar das falhas e dos contratempos, com autocontrole e capaz de resistir a distrações ou tentações.




Joel Moraes

Você sabe o que é 'Ghosting'? Badoo traz dicas para evitar esse trauma


Está conversando com alguém que, do nada, desapareceu? Na era digital esse comportamento se tornou comum e muitas pessoas estão traumatizadas. Veja dicas para fugir do temido 'fantasma'


Você está batendo um papo super legal com o crush, às vezes até já se encontraram pessoalmente várias vezes e, do nada, a pessoa some, não responde mais suas mensagens e desaparece como um fantasma. Esse é o ‘Ghosting’, um termo em inglês, derivado da palavra ‘Ghost’, que, em português, significa ‘Fantasma’.

No terceiro episódio da série ‘Conexões’ que vai ao ar toda terça-feira às 18h no canal do Badoo no YouTube, e em formato de podcast nas plataformas de streaming, as criadoras de conteúdo Alexandra Gurgel, Amanda Fitas e Isabella, conhecida como Feminisa discutiram o assunto e mostraram que o “fenômeno” é bastante comum.

Todo mundo, na realidade, já praticou o ‘Ghosting’ com alguém. Nem sempre com as piores intenções e, por vezes, involuntariamente. Mas, o Badoo, maior rede de relacionamento social do mundo, alerta que pode se tornar falta de responsabilidade emocional passar a evitar, deixar de atender ligações e responder mensagens sem apresentar um motivo aparente para esses ‘desaparecimentos’.

Por isso, o Badoo, criou uma lista com dicas para você identificar e evitar de se relacionar com pessoas que podem se tornar ‘fantasmas’ com você.


Ficar de olho nos indícios e em como a pessoa age

É essencial você perceber detalhes que as pessoas dão enquanto estão num date ou batendo papo pelo aplicativo. Na maioria das vezes, ali, a pessoa já dá sinais de que aquele possível relacionamento não irá adiante e cabe a você ter esse feeling para cair fora antes de uma decepção.

Pequenos sumiços constantes, respostas secas e atravessadas, pessoa sempre com pressa ou sem tempo para um encontro presencial e pequenas mentiras para não sair e se conhecer são sinais de que a pessoa não está tão afim e de que a qualquer momento pode sumir.


Você se sente confortável em conversar com essa pessoa?

Um outro sinal de que você está perto de ser vítima de ‘ghosting’ é o fato de se sentir desconfortável em conversar com a outra pessoa. Pensamentos como: “Será que devo mandar mensagem?”; “Puxo assunto ou espero ele(a) sentir saudades?”; “Será que ele(a) vai gostar se eu falar isso?” devem te deixar alerta.

Quando um relacionamento é recíproco, você não tem medo de conversar com a outra pessoa sobre qualquer tipo de assunto. De acordo com a influenciadora Feminisa, se você precisa de coragem para enviar uma simples mensagem, ou até mesmo chamar para sair, é sinal de que está correndo grande risco de ser vítima de uma decepção.

“Se é uma coisa recíproca, você simplesmente manda para a pessoa: ‘Nossa acabei de comer um hambúrguer com o formato de estrela e lembrei de você’ e nada muda na relação”, completa.


Quem quer, vai atrás

Exceto se a pessoa tiver algum trauma que a prenda, que a faça sentir que aquele não é o momento para uma relação, ela irá atrás de você. E você deve saber que não deve insistir para que alguma coisa aconteça com uma pessoa que não está disposta, isso pode ser até prejudicial para a sua saúde mental.

Agora, quando ambos estão na mesma vibe, não existirá medo de enviar uma mensagem ou certa resistência para ir a um encontro, por exemplo. A relação será leve, divertida e recíproca e os dois estarão dispostos em fazer acontecer. O ser humano é persistente por natureza e quando quer alguma coisa de verdade, ele vai atrás.


Se perguntar: “Qual é o meu valor? O que eu mereço?”

Quando você se conhece, não permite que qualquer pessoa ‘tenha poder sobre você’. E isso está também relacionado a saber o seu valor e o que você merece. A primeira regra para estar em um relacionamento, é o de estar bem consigo mesmo, para depois buscar uma companhia. E mendigar atenção é um dos maiores erros cometidos por quem está em busca de uma relação. Não coloque o mínimo na lista das coisas que você aceita.

E a outra pessoa que, muitas vezes só está atrás de alguém para se sentir poderosa, desaparece da sua vida, te deixando ainda mais machucado(a) e criando situações de ansiedade e diversos outros problemas de saúde mental para tratar. Quando ambos reconhecem o próprio valor, não há desgaste. É a certeza de estar começando um relacionamento emocionalmente estável e sem ghosting.


Não ir atrás do ‘fantasma’

Entenda, podem mentir para você e serem bem convincentes. E disso ninguém consegue fugir. Se a pessoa disse que te ama, que é o amor da vida dela e você se entregou e ela logo depois desapareceu, deixe para lá e desencana.
Se o crush sumiu, é porque não era pra ser, e está tudo bem, você se livrou de um problema.

Pense primeiro em você, se empodere

Faz parte do amor próprio pensar em você mesmo primeiro. E não faz sentido nessa lógica, você ir procurar uma pessoa que, claramente, não está se importando contigo e seu bem-estar emocional.


Não desista de amar

Porque hora ou outra você vai encontrar uma pessoa que não vai querer te magoar. O que você espera do outro, faça para si mesmo. Sai, pensa um pouco, faz um upgrade no seu perfil do Badoo, tire fotos maravilhosas, se sinta incrível porque isso por si só afasta pessoas mal intencionadas.

E não desista mesmo de amar e de encontrar, sair e bater papo com outra pessoa por conta de alguém que te machucou. Não veio dali, mas pode vir de outro lugar. Tenha abundância de amor próprio que isso irá, com certeza, refletir no outro.


Assista ao episódio no link https://www.youtube.com/watch?v=dAQrKEyYCeQ

Depressão: como a inteligência emocional pode ajudar?



Confira quais os benefícios da IE no combate à essa doença

A depressão é uma doença psicológica e emocional, que pode ser influenciada pela genética e fatores químicos cerebrais. A condição depressiva varia de pessoa para pessoa, mas o ponto extremo é comum: pensamentos suicidas podem tomar uma vida.

Com sintomas como irritabilidade, mudanças de humor, falta ou excesso de sono, baixa autoestima, angústia, desânimo e tristeza, a doença afeta mais de 2 milhões de brasileiros. Muitos não sabem ou não aceitam a depressão.

“O primeiro passo é saber que precisa de ajuda e procurar tratamento. Acompanhamento psicológico e cuidado com o estado emocional é crucial para que a situação não se agrave”, conta Leandro Cunha, especialista em inteligência emocional, escritor e presidente da FBIE.

Para quem lida com a depressão, muitas vezes, medicamento e terapia tradicional não são o bastante. Uma das ferramentas que podem acelerar o processo de cura é a Inteligência Emocional.

“Aprender a superar conflitos, conviver com mudanças e dominar as emoções são parte essencial do tratamento, pois ajuda o depressivo a se manter estável”, explica Leandro.

Cuidar do que está no subconsciente, a possível causa da depressão, é possível através da inteligência emocional, criando uma nova perspectiva e proporcionando mais controle para administrar sua própria mente.



Leandro Cunha - Treinador em Inteligência emocional e Espiritual e presidente da FBIE - Fundação Brasileira de inteligência emocional
@leandrocunhaie - Instagram

Por que UX tem tudo a ver com saúde mental?



Você mal abriu o olho, nem mesmo se levantou da cama, e já se revira em busca do celular. As notificações invadem sua tela anunciando tudo que você perdeu em apenas algumas horas de sono: mensagens no WhatsApp, notícias pelo mundo, algumas curtidas no Instagram e no Facebook. As redes sociais e a tecnologia já são causadoras de um distúrbio psicológico chamado FoMO, do inglês Fear of Missing Out, um sentimento de ansiedade que nos incentiva a estar conectados a todo momento, pelo medo de perder as oportunidades.

O FoMO é apenas um dos transtornos associados à modernidade. Depressão e ansiedade vêm sendo apontadas como os males do século há anos e diversos estudos já relacionam o impacto das redes sociais sobre a saúde mental das pessoas, principalmente sobre a geração de nativos digitais, onde a incidência desses distúrbios é ainda maior.

É papel das redes sociais, e de todos os produtos digitais modernos, oferecer um ambiente seguro e saudável para clientes e usuários.

Pressionadas pelos próprios usuários a assumir essa responsabilidade, as companhias passaram a investir em ações de proteção ao usuário, sem limitar sua liberdade de expressão. Um bom exemplo disso é que o Facebook passou a ocultar, estabelecer um limite de alcance e, as vezes, até exibir avisos de publicações com conteúdo sensível, que envolvem imagens e vídeos de violência explícita, incitação ao suicídio, entre outros temas.

Recentemente, o Instagram gerou bastante polêmica ao ocultar o número de curtidas nas fotos. A rede social entendeu que isso poderia ajudar no combate ao bullying e doenças relacionadas ao comportamento social. A decisão dividiu a opinião dos usuários e até mesmo de especialistas em tecnologia, mas não foi a primeira vez que a rede se posicionou em prol da saúde mental. Ao buscar por palavras como “ansiedade”, “depressão” e “suicídio”, na aba Explorar, o internauta não tem acesso direto às publicações relacionadas à pesquisa. Antes, recebe um aviso da rede oferecendo ajuda. Ao clicar em “obter suporte”, ele pode escolher entre conversar com um amigo, entrar em contato com um voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida) ou ler dicas de pequenas atitudes que podem ajudar em momentos difíceis, como dar uma volta ou tomar um banho quentinho.

O CVV, aliás, esteve envolvido em uma parceria super interessante com o Facebook. Juntos, eles desenvolveram um chatbot de prevenção ao suicídio. O “robô de conversas”, programado com Inteligência Artificial no aplicativo Messenger, possui respostas prontas para dúvidas e é capaz de reconhecer termos como “tristeza” e “quero me matar”. Com base no nível de pretensão de suicídio, os usuários são encaminhados para atendimento de apoio emocionai, realizado pelos voluntários do Centro, e, em casos mais graves, socorristas locais são acionados pela rede social. Para se ter uma ideia, 3,5 mil pessoas foram atendidas pelo bot somente em 2018.

Todas essas ações visam melhorar a experiência do usuário. Falar sobre UX (User Experience) é mais que apenas desenvolver um produto digital esteticamente bonito, com usabilidade incrível, com facilidade de leitura e acessibilidade digital. É, também, criar mecanismos que propiciem momentos de qualidade no uso desses produtos, o que inclui a preocupação com a saúde mental do usuário.

Nas atualizações mais recentes do iOS e Android, formam incluídas funcionalidades, como o “Tempo de Uso”, que mostra, de forma clara, quanto tempo foi gasto com cada tipo de aplicativo. Dessa forma, você pode tomar decisões fundamentadas sobre o uso dos dispositivos, além de definir limites, se quiser.

Iniciativas como essa vem de uma preocupação das gigantes de tecnologia em prestar atenção com a saúde mental dos usuários. Assim, UX tem tudo a ver com saúde mental pois é através da análise de grandes massas de dados, de estudos de usabilidade e de entrevistas com clientes que nascem funcionalidades como essa.




Thais Mariano - formada em Administração de RH e gerente de RH na Neotix Transformação Digital. Apaixonada por gestão de pessoas, tem 12 anos de experiência na área.


Neotix Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/

Microfisioterapia para Saúde Integral





A Microfisioterapia é um tratamento tão completo e profundo, que procurá-lo apenas quando as dores físicas já estão insuportáveis pode não ser o mais indicado. O fisioterapeuta Sergio Bastos Jr, que trabalha com Saúde Integrativa, fala como essa técnica pode ajudar a trazer saúde integral ANTES das dores aparecerem ou tornarem-se maiores do que você pode aguentar.


 “Nós vivemos em uma sociedade sem o costume da medicina preventiva. Na verdade, desaprendemos a ouvir nosso corpo, nossas emoções e, com isso, acabamos inevitavelmente esperando que as dores apareçam, que o problema se instale para, só então, buscarmos o tratamento e a melhora”. A frase é do fisioterapeuta com foco em Saúde Integrativa, Sérgio Bastos Jr. Mas, segundo ele, não precisa ser assim!

“A Microfisioterapia é um tratamento tão completo e profundo, que procurá-lo apenas quando as dores físicas já estão insuportáveis pode não ser o mais indicado. Na verdade, ela pode ajudar ANTES que as dores apareçam, que a insônia aconteça, o estresse se intensifique e que seus dias fiquem mais difíceis”, explica ele. Sérgio lembra que ela pode ser parte daquilo que chamamos de Saúde Integrativa, que olha para todas as áreas da nossa rotina, propondo mudanças que tragam mais qualidade de vida.

“Quando usamos a Microfisioterapia como parte da Saúde Integrativa, estamos olhando para as causas primárias de dores e doenças e buscando aquilo que realmente precisa ser tratado, antes mesmo do sintoma físico”, confirma ele. Para quem não sabe, ainda, o que é a Microfisioterapia, Sérgio explica:
  • Cada trauma vivido, de intensidade maior do que nosso corpo e mente podem suportar e lidar naquele momento, ficam gravados em células de determinadas partes do nosso corpo;
  • Essas partes foram mapeadas pelos criadores da técnica, e é possível perceber, por micropalpações, e pela resposta dos tecidos corporais, onde estão e qual a origem desses traumas;
  • Com a Microfisioterapia, além de descobrir quais são e onde estão essas memórias traumáticas, podemos “avisar” o corpo que elas já não são mais necessárias, e ajudá-lo a eliminar as células que carregam essas memórias.
E quais são as consequências desse trabalho? “Quando avisamos o corpo de que essas memórias não são mais bem-vindas, de que elas não fazem mais parte da nossa vida, e o corpo as elimina, começamos um processo de tratamento dos sintomas que eram causados por essas memórias”, afirma o fisioterapeuta. Assim, se nosso estresse, insônia, depressão, dores na coluna, enxaquecas e tantos outros eram causados por situações vividas e registradas no corpo, começamos a sentir uma melhora imediata.

Por isso, Sérgio lembra que muitas pessoas sentem uma regressão do quadro de dor e mal-estar já na primeira consulta. E, também, por isso, o intervalo entre as sessões precisa ser um pouco mais longo, geralmente, de 40 a 60 dias. Entretanto, o mais importante é contemplar a Microfisioterapia como parte de um processo integral, que envolve muito mais do que simplesmente a eliminação de dores e doenças.

“Quando olhamos para nosso dia a dia de forma mais ampla, entendemos que o modo como dormimos, respiramos, nos exercitamos, nos alimentamos e construímos a nossa rotina é o que realmente constrói um quadro de saúde integrativa”, finaliza o especialista




Biointegral Saúde

Perigo do verão: água no ouvido



As férias e o verão são marcados por exageros do contato dos ouvidos com a água. Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e fundadora do Instituto Ganz Sanchez, explica como evitar dor de ouvido, zumbido e outros danos causados por pequenos descuidos.

O bom funcionamento dos ouvidos é essencial para a qualidade de vida. Porém, muitas vezes negligenciamos ou subestimamos os problemas que a entrada de  uma simples gota de água ou uso das hastes flexíveis podem causar. Assim, a saúde auditiva é comprometida quando sentimos dor, inflamação, sensação de ouvido tampado, zumbido, tontura ou perda auditiva. E, para a surpresa de muitos, as férias de verão são vilãs frequentes das vias auditivas, como explica a especialista, dra Tanit Ganz Sanchez:  “Nessa época do ano as pessoas nadam mais no mar e nas piscinas. Quem nunca ouviu um amigo contando que depois das férias ou de um final de semana na praia ou na piscina, ficou surdo, tonto ou com zumbido no ouvido?”.

Dra.Tanit Ganz Sanchez, que é a pioneira na realização de pesquisas sobre zumbido no Brasil, explica que, assim como qualquer outro órgão do corpo, os ouvidos precisam de atenção. No caso do verão, a especialista cita as principais causas de problemas no ouvido neste período do verão.

Piscina e Mar: O acúmulo de água no canal do ouvido pode causar a Otite Externa, pois o local fica úmido e facilita o crescimento de bactérias ou fungos. Isso provoca dor de ouvido - que pode ficar bem forte após 3 ou 4 dias sem tratamento, sensação de entupimento e de perda de audição temporária (enquanto durar a infecção), além de zumbido. Para evitar isso, pessoas com ouvidos sensíveis à entrada de água devem secá-los adequadamente após cada entrada na água, seja com a toalha sem inserir nada no canal auditivo. E procurar por ajuda medica se o desconforto for muito incomodo.





Dra. Tanit Ganz Sanchez - édica Otorrinolaringologista formada pela Universidade de São Paulo; Profa. Livre Docente e Associada da Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo . Orientadora de pós-graduação da Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo;  Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez; Criadora e coordenadora do: - GANZ: Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido; Idealizadora do  Novembro Laranja (Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido); Idealizadora da TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br);  Blitz do Ouvido (no Programa Bem Estar Global). Membro da ABORL-CCF; Membro do Corpo Editorial das revistas científicas: Clinics, International    Archives of Otorhinolaryngology e Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.


Tabagismo passivo afeta os olhos das crianças



A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes que constituem-se de duas fases fundamentais: a particulada e a gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão



O tabagismo passivo é uma ameaça conhecida à saúde ocular entre os adultos. Muitos estudos vinculam a exposição à fumaça a um risco aumentado de doenças oculares que afetam as pessoas, mais tarde na vida, como catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma das principais causas de cegueira. Mas o fumo passivo representa uma ameaça à visão das crianças? Um novo estudo de Hong Kong sugere que sim. Os pesquisadores descobriram que crianças com menos de 6 anos já mostravam sinais de lesões nos olhos decorrentes do tabagismo passivo.

“Uma das partes mais vulneráveis ​​do olho à fumaça de cigarro é chamada coroide. A coroide é uma densa rede de vasos sanguíneos na parte posterior do olho. É responsável por fornecer oxigênio e nutrição à retina e mantém a temperatura e o volume do olho. Estudos mostraram que fumantes e pessoas expostas ao fumo passivo têm uma coroide mais fina. O afinamento coroidal está relacionado ao desenvolvimento de DMRI com risco de perda de visão, entre outras condições”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Para descobrir se as crianças expostas ao fumo passivo apresentavam danos semelhantes, pesquisadores de Hong Kong examinaram 1.400 crianças de 6 a 8 anos de idade. Eles mostraram que as crianças expostas ao fumo passivo apresentavam coroides significativamente mais finas em comparação com as crianças que não eram expostas à fumaça do cigarro. A diferença era de cerca de 6 a 8 mícrons.

Os dados também mostraram que o afinamento coroidal em crianças aumentou com o número de membros da família que fumavam e com a quantidade de cigarros fumados por dia. Embora a implicação, a longo prazo, dessa influência na saúde ocular futura das crianças ainda esteja por ser determinada, este estudo mostra o papel potencial da exposição precoce ao fumo em doenças crônicas que ocorrem mais tarde na vida.


O tabagismo passivo

Ao longo dos anos, a taxa de tabagismo diminuiu nos Estados Unidos, mas continua a ser um risco para a saúde. Uma pesquisa de 2018, nos EUA, relatou que até 25,2% da população foi exposta ao tabagismo passivo e que 37,9% das crianças (de 3 a 11 anos) e adolescentes (de 12 a 19) foram expostas ao fumo.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala.

A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos. Em crianças, aumenta o número de infecções respiratórias. Assim, o fumante deve ter conhecimento de que a fumaça do seu cigarro ou de outro produto derivado do tabaco pode causar doenças nas pessoas com quem convive em casa, no trabalho e em demais espaços coletivos e que não existe nível seguro de exposição à fumaça.

 “O fumo passivo é uma séria preocupação para a saúde pública. Cerca de 40% das crianças são expostas ao fumo passivo, muitas, a longo prazo, o que identificamos como fator de risco para problemas de visão futuros. As novas descobertas mostram a importância de pôr um fim ao tabagismo passivo em torno das crianças, em um esforço para preservar da visão e da saúde em geral”, defende Centurion.





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Brasil é o segundo país do mundo em casos de Hanseníase

Foto: fonte site Dráuzio Varella


O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (25 de janeiro) promove a conscientização sobre a doença e o Ministério da Saúde alerta sobre a incidência, principalmente entre os homens 


Nesta semana (25 de janeiro) acontece o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (doença popularmente conhecida como Lepra) com ações de conscientização e prevenção em todo o país. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país do mundo em casos de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia.

A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e que atinge principalmente homens. A transmissão é feita quando uma pessoa com Hanseníase elimina o bacilo para o meio exterior pelas vias aéreas (espirro ou tosse), infectando outras pessoas.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exames gerais e dermatoneurólogicos para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras e autonômicas.

Entre as doenças infecciosas, a Hanseníase é considerada uma das principais causas de incapacidades físicas em razão do seu potencial para lesões neurais. As deformidades físicas são outro fator preocupante da doença, pois causam dor, comprometem a estética e podem até levar a amputações. O diagnóstico precoce é muito importante, já que se, tratada desde o início, a doença não causa deformidades.

A identificação tardia da doença resulta em lesões de pele, perda da sensibilidade protetora da pele, diminuição da força muscular e deformidades visíveis nas mãos, pés e olhos. “As deformidades são uma das principais dificuldades de quem sofre com a doença devido ao preconceito e estigma social que causam”, explica Antônio Rangel, enfermeiro estomaterapeuta.


Como identificar os sintomas?

Os primeiros sintomas são nos nervos periféricos, que causam formigamentos, dormência ou ardor nos braços, mãos, pernas ou pés. Na sequência, ocorre a diminuição da força muscular das mãos, pés ou do rosto.

Após alguns meses, ou até anos, surgem manchas na pele que podem ser de coloração esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada. As manchas podem apresentar perda ou diminuição de sensibilidade, além de pele seca e queda de pelos. Podem surgir, ainda, nódulos (caroços) avermelhados e doloridos.


Tratamento

Felizmente, a Hanseníase tem cura. O tratamento dura entre 6 e 12 meses e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diariamente, o paciente toma a medicação em casa e, uma vez por mês, vai à unidade de saúde receber a dose supervisionada. A partir do momento que inicia o tratamento, o paciente não transmite mais a doença.
Já o tratamento das lesões de pele pode ser acelerado com o uso de uma membrana especial a base de celulose que regenera a pele em tempo recorde. A Membracel protege as terminações nervosas (diminuindo a dor) e não precisa ser trocada diariamente, o que proporciona mais conforto ao paciente. “Com a membrana, o paciente consegue retomar a qualidade de vida durante o tratamento devido principalmente a diminuição da dor”, avalia Thiago Moreschi, diretor da Vuelo Pharma, empresa responsável pela Membracel.

Diabetes pode mascarar sintomas de infarto


Sociedade Brasileira de Diabetes orienta como pessoas com a doença podem reconhecer e prevenir quadros de ataque cardíaco


Diante do crescente prevalência de pessoas com diabetes, no Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta que, ao lado do controle glicêmico, essa população atente para a manutenção da saúde vascular. Além de ser um fator de risco para a obstrução de artérias e dilatação e vasos sanguíneos, a doença pode mascarar os principais sintomas do infarto, dificultando sua rápida identificação. Dados da International Diabetes Federation (IDF) apontam que 80% dos pacientes com Diabetes Tipo 2 morrem em decorrência de problemas cardiovasculares.

Especialistas apontam que os sintomas mais comuns do infarto são dor forte no peito que irradia para o braço, ombros e pescoço. Contudo, em pessoas com diabetes, o ataque cardíaco pode se manifestar por falta de ar, sensação de mal estar, náuseas e vômitos, desmaio inexplicado e, até mesmo, uma descompensação sem explicação do controle da glicemia.

“Isso acontece devido à neuropatia autonômica, uma disfunção que afeta o sistema nervoso simpático e parassimpático, fazendo com que os pacientes com diabetes sintam menos dor e mascarando o quadro clínico do infarto”, explica o Dr. Marcello Bertoluci, endocrinologista e coordenador do Departamento Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), gestão 2018-2019.

Essa relação se dá porque os níveis desregulados de açúcar no sangue, juntamente com o colesterol e a pressão arterial possibilitam a formação de placas de colesterol que entopem as artérias. De acordo com o médico, o aumento excessivo da glicose no sangue favorece a maior produção de coágulos que também podem obstruir as artérias. “Quando uma artéria sofre uma obstrução, o coração entra em sofrimento pela falta de oxigênio e o tecido sadio morre sendo substituído por cicatriz. Dependendo do tamanho da área afetada pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis, como a insuficiência cardíaca”.

Dr. Bertoluci ainda destaca que as complicações vasculares geralmente afetam mais os homens do que as mulheres, entretanto, quando se trata de diabetes essas diferenças desaparecem. “Homens e mulheres têm incidências semelhantes de infarto agudo do miocárdio e AVC, mas representam o dobro quando comparados a pessoas sem diabetes. É importante ressaltar que, quando acontece em mulheres, tende a ser mais grave, com maior número de mortalidade”.

Para a prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes, a SBD recomenda: manter estáveis os níveis de glicemia; ter uma rotina de alimentação saudável associada à prática de atividades físicas; e controlar os fatores de risco, como hipertensão, glicemia, tabagismo, obesidade e colesterol. Indica-se ainda consultar um cardiologista regularmente e realizar exames periódicos que possam apontar a necessidade de utilização de medicações preventivas.



SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

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