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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Supermercados voltam a contratar e tem o melhor junho em oito anos


Com as quase 1,5 mil vagas criadas em junho, o primeiro semestre de 2019 encerrou com números animadores e atingiu o melhor resultado dos últimos quatro anos


De acordo com um levantamento feito pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), o setor de varejo alimentar no estado voltou a contratar e abriu 1.497 postos de trabalho em junho de 2019. Este foi o melhor resultado para o mês desde 2010, quando foi registrada a abertura de 1599 vagas.

“Apesar de o país enfrentar uma dura crise nos empregos, o setor do varejo alimentar vem apresentando bons resultados neste quesito e pudemos observar isso mais intensamente com excelente resultado no mês de junho. Isso pode ser um indicativo de que o fluxo de clientes tem aumentado, inclusive com a abertura mais intensa de novas lojas”, explica o economista da APAS, Thiago Berka.
 


Fonte: CAGED / APAS – Considera Mini, Super, Hiper, Atacado/Atacarejo e Hortifrutis/Sacolão.


No país, junho de 2019 também foi um mês positivo e apresentou geração líquida de 48.436 vagas. Para Berka, este crescimento acentuado nas contratações, principalmente do setor de varejo alimentar, demonstra que os consumidores estão mais confiantes, o que pode resultar no aumento de vendas no segundo semestre e, consequentemente, mais outros empregos.

“Os dados de vendas reportados pelas empresas de construção civil, um setor que é um termômetro da economia, aliado à aceleração de empregos nos supermercados, indicam um crescente de confiança por parte dos consumidores. Esse ímpeto pode ganhar mais força e resultar em mais vendas para o setor, principalmente com a liberação para saques do FGTS e a reforma da previdência sendo aprovada no Senado”, avaliou Berka.

Dentre os setores do varejo alimentar, os supermercados e hipermercados obtiveram os melhores resultados em termos de número de contratações com 1052 vagas criadas. Os hortifrútis também tiveram números expressivos, os melhores para este formato nos últimos nove anos, e abriram 178 novas oportunidades. Atacados e atacarejos ficaram em linha para o mês com 221 postos gerados, enquanto os minimercados e mercearias criaram 46 vagas.



Fonte: CAGED / APAS – Considera Mini, Super, Hiper, Atacado/Atacarejo e Hortifrutis/Sacolão.


Entre as cidades, a Grande São Paulo e o ABC figuram bem entre as dez que mais abriram vagas. A capital, Guarulhos e São Bernardo do Campo estiveram entre as principais geradoras de emprego no varejo alimentar em junho. Além delas, outro destaque importante é Campinas, que, novamente, apareceu entre as cidades de maior criação.

 Fonte: CAGED / APAS – Considera Mini, Super, Hiper, Atacado/Atacarejo e Hortifrutis/Sacolão.


Entre os principais cargos que tiveram resultados positivos no estado de São Paulo, repositor de mercadorias foi disparado o primeiro colocado com 787 vagas, seguidos de embalador e operadores de caixa.

 Fonte: CAGED / APAS



Histórico do setor (Mensal e Anual)

Fonte: CAGED / APAS – Considera Mini, Super, Hiper, Atacado/Atacarejo e Hortifrutis/Sacolão.


Fonte: CAGED / APAS – Considera Mini, Super, Hiper, Atacado/Atacarejo e Hortifrutis/Sacolão.



NOTA METODOLÓGICA

A Pesquisa de Emprego dos Supermercados apura mensalmente o comportamento do emprego no setor supermercadista através de dados do CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. São coletados dados sobre a Admissão, Demissão, Saldo Mensal e Saldo Total de funcionários ligados a atividade supermercadista, e os indicadores apontam a evolução e o comportamento do setor ao longo do tempo.





Sobre a APAS – a Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem aproximadamente 1.500 associados, que somam cerca de 4.000 lojas.


Confiança do consumidor e intenção de financiamento estão em alta, mas Dia dos Pais deve ser de “lembrancinhas”, aponta FecomercioSP


 Instituições financeiras permanecem restritivas na liberação de crédito em razão da elevada taxa de desemprego


A aprovação da Reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados já começa a trazer os primeiros reflexos para a economia. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano subiu 3,3% em julho, após quatro quedas consecutivas em 2019. A propensão de comprar algum produto financiado nos próximos três meses também registrou alta considerável de 11,6% ante o mês de junho, depois de duas baixas seguidas.

Entretanto, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) ainda patina, com recuo de 3,2%, isso porque embora o consumidor esteja mais disposto a ir às compras, como apontaram as pesquisas acima, as instituições financeiras ainda seguram o crédito diante da inflação e do alto índice de desemprego no País. Pois dentro dos subíndices do ICF, pode-se observar que o acesso ao crédito sofreu queda de 5,1%.

De acordo com a FecomercioSP, diante das respostas do ICC, o consumidor faz uma avaliação mais macro da economia, enquanto o ICF está baseado em suas impressões do cotidiano, ainda complicadas diante das altas taxas de juros, inflação e desemprego. Os bancos, por sua vez, só devem liberar crédito quando houver queda nos índices de desemprego, para não correr o risco de elevação da inadimplência.

Ainda segundo a assessoria econômica da Entidade, a próxima data comemorativa, o Dia dos Pais, será de “lembrancinhas”, como ocorreu no Dia dos Namorados. A expectativa é que as vendas do segundo semestre sejam impulsionadas entre os meses de novembro e dezembro, com as promoções da Black Friday e do Natal.

A Federação ainda recomenda aos lojistas oferecerem parcelamentos no carnê, tendo em vista a dificuldade dos paulistanos em conseguir crédito nas instituições financeiras, uma vez que a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) demonstrou interesse dos consumidores por financiamentos.
 

Perspectivas
 
A expectativa da FecomercioSP é que a Reforma da Previdência seja aprovada no segundo turno na Câmara dos Deputados e passe pelo Senado. Dessa forma, será possível que outras medidas do governo para economia sejam acatadas, o que promoverá melhora nas contas públicas e deixará o País mais propício para receber investimentos, tanto internos quanto externos. Assim, o ritmo econômico do segundo semestre tende a ser melhor do que o do primeiro de 2019.

Contudo, a Entidade aguarda por novos projetos, tanto da esfera federal quanto da estadual, que desburocratizem o ambiente de negócios e simplifiquem o pagamento de impostos, tal como a eliminação dos registros e obrigações acessórias e a utilização do valor faturado como base para cálculo, preenchimento e recolhimento dos tributos, a exemplo do que é feito na maioria dos países ou grupos de Estados desenvolvidos, como Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Singapura, entre outros.

Para a Federação, o sistema tributário brasileiro atual gera sérios entraves ao desenvolvimento empresarial e à criação de novos empregos. Com essas mudanças, será possível que haja um ritmo mais forte de crescimento econômico para 2020 e passe dos 3% ao ano.


ICC
 
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano obteve alta de 3,3% em julho, ao passar de 107,4 pontos para os atuais 110,9 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o ICC avançou 7,2%.

Entre os dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou elevação de 3,8% e passou de 84,1 pontos em junho para 87,3 pontos em julho. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) subiu 3,1% – 122,9 pontos em junho para os atuais 126,7 pontos. No comparativo anual, ambos também registraram altas de 14,2% e 4,2%, respectivamente.


ICF
 
O Índice de Consumo das Famílias (ICF) recuou 3,2% em julho: de 94,5 pontos em junho para os atuais 91,5 pontos. Contudo, em comparação ao mesmo período do ano passado, registrou alta de 6,1%.

Os sete itens analisados sofreram retração, com destaque para Acesso ao crédito (-5,1%), que passou de 97,9 pontos em maio para os atuais 92,9 pontos. Isso significa que 38,7% dos paulistanos disseram estar mais difícil a obtenção de crédito para compras a prazo.

Assim, a segunda maior queda dos subíndices do ICF foi a de Momento para duráveis (-4,2%): 61,7 pontos em julho, ante os 64,4 pontos do mês anterior. Isso porque, embora os consumidores estejam dispostos a gastar mais, com menos crédito disponível não conseguem adquirir produtos com valores maiores, pois necessitam de parcelamento no cartão de crédito, carnê ou financiamento.


PRIE
 
A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) apontou que, após duas quedas seguidas, a parcela de paulistanos que pretendem comprar algum produto financiado ou parcelado registrou alta de 11,6% – de 46,1 pontos em junho para os atuais 51,5. Na comparação com o mesmo período do ano passado, também houve elevação significativa (28%).


Metodologia 
 
ICC
 
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.


ICF
 
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.
 

PRIE
 
A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, gerando um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.



Três em cada dez brasileiros ainda usam crediário, indica pesquisa CNDL/SPC Brasil


Levantamento mostra que 30% recorreram à modalidade nos 12 meses anteriores à pesquisa. Cresce para 25% o percentual de quem recorre ao crediário atraído por baixa burocracia. Inadimplência entre usuários do carnê cai 13 pontos

Embora venha perdendo força com a popularização de outras modalidades de crédito, especialmente nos grandes centros urbanos, o crediário ou o cartão de loja continua presente na vida do brasileiro. De acordo com levantamento realizado nas 27 capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), três em cada dez brasileiros (30%) fizeram uso de crediário (carnê, boleto a prazo ou cartão para compras exclusivas em uma loja) nos últimos 12 meses – sendo que 26% recorreram a essa modalidade todos os meses. Outros 31% a cada dois ou três meses e 31%, três vezes ou menos no ano.

A falta de condições para realizar o pagamento à vista em dinheiro foi o principal motivo que levou os entrevistados a recorrer ao crediário nesse período (35%), principalmente entre as pessoas de renda mais baixa (40%). Outros 25% viram vantagem na pouca burocracia exigida pelos estabelecimentos comerciais – número que aumentou em 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Já 20% das pessoas ouvidas optaram pelo crediário com a estratégia de fazer mais compras, opção que cresceu oito pontos percentuais em um ano. A possibilidade de parcelar o valor das compras, aliás, foi a principal vantagem apontada por 30% dos usuários de crediário, enquanto 19% veem vantagem em fazer compras mesmo não tendo dinheiro e 15% em ter prazos maiores para pagamento das aquisições.

“Pagar no crediário permite que a pessoa adquira uma maior quantidade de itens e se comprometa com uma prestação mais acessível, dentro dos limites do orçamento mensal. O problema é que essa facilidade pode favorecer o consumo impulsivo e até mesmo o descontrole nas compras. Então, é essencial refletir sobre a real necessidade de cada item e fazer as contas para saber se a parcela, ainda que de valor baixo, não irá comprometer o pagamento de outras despesas já assumidas a cada mês”, alerta o educador financeiro do SPC Brasil José Vignoli.


44% já foram negativados por não cumprirem com o pagamento das parcelas

Apesar das vantagens, todo cuidado é pouco no uso do crediário, já que o aumento do poder de compra também pode levar o consumidor a se endividar. Prova disso é o fato de 44% dos usuários de crediário já terem sido negativados por não cumprir com o pagamento das parcelas. A boa notícia é que o número representa uma diminuição de 15 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Outra boa notícia é que 31% já conseguiram regularizar sua situação, mas 12% ainda estão com o nome sujo – taxa que também representa queda em relação a 2018, dessa vez, de 13 pontos percentuais.

Oito em cada dez entrevistados (81%) que possuem algum crediário garantem estar com as parcelas em dia, enquanto apenas 10% estão com pagamentos em atraso. A baixa inadimplência no crediário tem relação com a responsabilidade de parte significativa dos consumidores em acompanhar de perto suas finanças. Sete em cada dez (69%) afirmaram realizar o controle dos pagamentos das compras realizadas pelo crediário, seja por meio de caderno, agenda, papel (33%), em planilha de computador (21%) ou aplicativo do celular para finanças pessoais (15%). Ainda assim, 30% não costumam fazer esse tipo de controle.


Roupas, calçados e acessórios são os bens mais adquiridos no crediário. Em média, consumidores dividem as compras em seis parcelas

Artigos de vestuário lideram o ranking de produtos comprados por meio desta modalidade de crédito: metade dos entrevistados (50%) disse que comprou ou costuma comprar roupas, calçados e acessórios no crediário, enquanto 46% preferem utilizá-lo para adquirir eletrônicos – número que representa um aumento de 11 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Outros 40% utilizam o crediário para a compra de eletrodomésticos e eletroportáteis.

Atualmente, em média, os entrevistados possuem crediário aberto em duas lojas, sendo que 43% solicitaram ativamente o crediário e outros 40% foram convencidos a abri-lo após receber ofertas dos lojistas. Na data da pesquisa seis em cada dez (61%) possuíam cartão de loja e 49%, carnê ou boleto. Seis é o número médio de parcelas em que as compras foram divididas.

Ainda que aceitar oferta de crédito de vendedores em lojas pareça uma atitude impensada, sete em cada dez entrevistados afirmaram ter analisado as tarifas e os juros cobrados ao contratar o crediário.
 

Metodologia

A pesquisa entrevistou 805 consumidores, sendo que continuaram a ser entrevistados somente aqueles que disseram ter utilizado crediário nos doze meses anteriores ao estudo – o que corresponde a 30% da amostra inicial. A margem de erro da amostra total é de 3,4 pontos percentuais, para uma margem de confiança de 95%.





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