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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

E agora, qual curso devo fazer?


O autoconhecimento auxilia na escolha de uma profissão e acalma estudantes em época de vestibular
 
Muitos estudantes que se submetem às provas de vestibular, na maioria das vezes, não se sentem preparados para escolher “a profissão do resto da vida”. Para João Gonsalves, terapeuta transpessoal, quando se tem 16/17 anos, o jovem pouco sabe sobre si mesmo para analisar o que lhe fará bem fazer em seu futuro. Mas, o escritor afirma: “É possível ser mais preparado para escolher, mesmo nesta idade, se o autoconhecimento for cultivado e as habilidades e preferências do jovem serem melhor conhecidas por ele”.

Desenvolvedor da Autosofia, Gonsalves explica que, através desta é possível constatar a importância da busca, pelos jovens, de meios de pacificação – primeiramente com seus pais, caminho pouco mais difícil ao considerar os conflitos que existem na relação entre pais e filhos. “Porém, se uma jovem tem revolta contra seus pais, é natural que ela procure contraria-los. E, como normalmente os pais querem seus filhos bem-sucedidos, essa jovem pode optar pelo caminho contrário, se sabotando e não sendo bem-sucedida, gerando a punição aos pais pelo seu insucesso. Isso, muito surpreendente inicialmente, é o que constatamos, quando permitimos ao jovem entrar em contato com seus reais motivos de não prosperar através de um estado puro de autoconhecimento propiciado pelo método da Autosofia”, informa João.

Estando em paz consigo e com seus pais, os jovens começam a criar caminhos que levam a auto realização, identificando seus dons e preferencias de forma natural – a autoconfiança, segundo o pesquisador, é importante e permite ao jovem se dedicar ao que sente prazer em fazer, pois sabe, a partir daí, que o sucesso só depende dele.

No caso de dúvidas, aconselha João Gonçalves, a melhor forma de descobrir o que escolher é conhecer alguém que faça aquela atividade e, de preferência, visita-lo em horário de trabalho com o intuito de analisar sua rotina e sentir o que predomina dentro do profissional. 

Mesmo que a escolha já tenha sido feita, é possível voltar atrás e repensar. “Neste caso, o jovem pode começar a ver suas qualidades, suas realizações pelas quais se sente bem e constatará o que o trará satisfação”, orienta o terapeuta. É importante colocar, em primeiro lugar, o sentimento de prazer ao se fazer algo e não decidir, como parte dos estudantes, fazê-lo por dinheiro – quando se faz aquilo que realmente gosta, encontra-se uma forma de ser remunerado, com consciência do valor e da importância que isso implica. 

Para o terapeuta o autoconhecimento é uma quase-novidade na sociedade e fica mais reservada aos buscadores que se empenham nessa tarefa. “Porém com a Autosofia, temos um método muito simples de auto-observação com autoquestionamentos ou questionamentos feitos pelo facilitador. Essa é uma grande novidade que poderá ser muito acessível e trará consciência do nosso ser, do que nos faz bem e como construir as mudanças que queremos em nossa vida. Se conhecer é uma decisão que depende de persistência, pois não é uma tarefa com prazo de validade“, diz Gonsalves.

Para lidar com a ansiedade e estresse pré-vestibular, o desenvolvedor da Autosofia explica uma técnica valiosa: “Ao inspirar, imagine uma luz bonita e agradável entrando pelas narinas juntamente com uma tranquilidade que relaxa, e ao expirar lentamente, imagine que toda a preocupação sai, e você relaxa enquanto simplesmente respira. Fazer no mínimo dez ciclos de inspiração e expiração lenta, com a imaginação ativa, vai trazer calma e relaxamento, o que ajudará muito”.







João Gonsalves - Terapeuta e assessor de Autoconhecimento
Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo

Brasil precisa percorrer longo caminho para alcançar meta da Década Mundial de Ações para a Segurança Viária


Inciativa da ONU pretende reduzir em 5 milhões os números de mortes no trânsito em todo o mundo até 2020


De acordo com a ONSV, a formação dos condutores é fundamental para mudar a realidade brasileira

O período de 2011 a 2020 foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década Mundial de Ações para a Segurança Viária, com o objetivo de reduzir em 5 milhões o número de mortes no trânsito - o que representa 50% da projeção do número de óbitos causados por sinistros no mundo para 2020. A Perkons entrou em contato com a Organização Nacional da Segurança Viária (ONSV) para saber como está o Brasil no cumprimento da meta.
Dados oficiais apontam que em 2015 houve uma diminuição no número de mortes no trânsito de aproximadamente 12% em relação a 2014. Apesar do dado otimista, o país ainda tem bastante trabalho pela frente para garantir a continuidade da redução nos próximos anos e conseguir cumprir a meta da década, que já está no seu último triênio.
“O Brasil já evoluiu bastante por conta das diversas ações realizadas em todo o país, visando conscientizar os motoristas. No entanto, há fatores prejudiciais ao cumprimento da meta estabelecida pela ONU, como a falta de compromisso de gestores públicos, da iniciativa privada e, acima de tudo, da própria sociedade, que precisa compreender que seu comportamento individual afeta o coletivo. Se o assunto for realmente levado a sério nessas três esferas, entraremos no rumo certo para tornar o trânsito brasileiro mais seguro, ético e cidadão”, diz José Aurélio Ramalho, diretor-presidente da ONSV.
Para a entidade, a formação dos condutores é um dos caminhos que precisam ser percorridos pelo Brasil para melhorar as estatísticas e reduzir os números de vítimas no trânsito. “O principal desafio é implementarmos uma nova forma de habilitar os condutores, com foco na percepção de risco e atitudes preventivas. Atualmente, a formação é efetuada com base em decorar placas, sendo que mais importante do que saber o nome da placa, por exemplo “curva sinuosa”, é saber a atitude que o motorista deve tomar ao ver esta placa. Os acidentes não ocorrem ao acaso, mas sim, são provocados por atitudes impensadas e inseguras. Saber que atitude tomar frente ao perigo pode evitar acidentes e salvar vidas”, argumenta Ramalho.
Ramalho acrescenta ainda que uma mudança positiva observada pela ONSV é a utilização dos simuladores para a formação de condutores. Uma das vantagens da ferramenta é mostrar os desafios do trânsito sem colocar os aprendizes em risco. “Entendemos que, com o uso dos simuladores, o aluno estará mais preparado para dirigir nas vias, impactando na redução de acidentes. O instrutor poderá, por exemplo, reproduzir um período chuvoso, com neblina, com excesso de veículos ou pedestres, dentre outros”, comenta.
A ONSV abraçou a causa e trabalha há três anos na proposição de uma revisão na formação dos condutores. “Envolvemos o Denatran, Detrans,  Cetrans, instrutores, entre outros, na intenção de formar condutores mais atentos aos fatores de risco, com mais consciência dos perigos que o trânsito pode representar”, complementa Ramalho.

Educação no trânsito começa na escola
Na opinião do diretor-presidente da ONSV, a falta da educação de trânsito nas escolas, como matéria curricular e que instrui para o respeito às leis, reflete no cotidiano brasileiro. “Se os mais jovens forem educados para dirigir com cuidado, no futuro, os condutores serão mais conscientes”, aponta José Aurélio Ramalho.
Eduardo Biavati, mestre em sociologia e consultor em educação para segurança no trânsito, acredita que faltou sensibilizar o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a importância do tema. “Não houve quem fizesse esse papel, de inserir o trânsito como pauta no dia a dia das escolas”, salienta.

Rigor na fiscalização
Fiscalização e penalização também são apontadas pela ONSV como peças-chave para a diminuição no número de acidentes. Para a instituição, as penas para quem comete infrações no Brasil são cada vez mais rígidas e adequadas. No entanto, a fiscalização ainda é insuficiente.
Para se ter uma ideia, de acordo com a assessoria de imprensa da ONSV, pesquisas da entidade mostram que, para cada infração de trânsito registrada, ocorreram 11,8 mil infrações não registradas. O índice demonstra que é necessário aprimorar o sistema de fiscalização brasileiro. “A presença do Estado nas vias, ou seja, a fiscalização de forma ostensiva, certamente fará com que ocorra uma sensível redução no número de acidentes de trânsito. Além disso, estabelecer ações e metas, como sugere a lei nº 13.614, que institui o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), é necessário e urgente. Temos que ter diretrizes objetivas para os próximos 20 anos, principalmente focadas na conscientização e, consequentemente, na mudança de comportamento da sociedade”, conclui Ramalho.
Segundo Eduardo Biavati, a fiscalização é a principal estratégia para reduzir os sinistros, principalmente em relação aos fatores críticos que mais causam acidentes com vítimas, como excesso de velocidade, uso de álcool e falta de cinto de segurança e capacete. Para ele, a fiscalização esbarra ainda na questão orçamentária. “Fiscalizar custa caro e falta verba e recursos humanos para o Denatran. Não podemos dizer que nada foi feito durante a Década Mundial, mas ainda temos um desafio grande pela frente. Faltou um plano nacional, além de ações coordenadas, como aconteceu na nossa vizinha Argentina, por exemplo”, finaliza.




Imagem: Shutterstock


6 motivos que podem afetar o desempenho escolar


Os pais, na maioria das vezes, desejam que seus filhos sejam excelentes alunos, que aprendam rápido, que se saiam bem nas provas, tirem notas altas e que tenham um bom comportamento na escola. Entretanto, a expectativa e a realidade podem ser bem diferentes.

Isso porque o processo de aprendizagem é influenciado por vários fatores, como o ambiente escolar e familiar, o tipo de método de ensino, os traços de personalidade da criança ou do adolescente, o comprometimento com os estudos e, claro, por alguns transtornos que podem surgir e afetar o processo de aprendizagem e a vida escolar.

Com a ajuda da neuropediatra, Dra. Andrea Weinmann, fizemos uma lista com 6 motivos que podem estar por trás de um mau rendimento escolar. 

Confira:  


1-Problemas familiares: O ambiente familiar interfere diretamente na vida escolar. A criança pode apresentar problemas na escola relacionados à dinâmica familiar, como separação dos pais, morte de um parente próximo, perda de um animal de estimação, mudança de cidade, violência doméstica, pais com problemas emocionais, chegada de um irmão, entre outros.
 
O que fazer: Conversar com a escola, conversar com a criança e procurar entender quais fatores podem estar influenciando as dificuldades da criança na escola. Caso a criança apresente sinais de estresse, depressão ou ansiedade, também é válido procurar ajuda de um psicólogo infantil ou ainda de um neuropediatra, dependendo da gravidade do quadro.


2- Problemas na escola: Nem sempre a escola que os pais decidiram matricular a criança é a ideal para o perfil dela. Ou seja, o método de ensino pode afetar o processo de aprendizagem. Mudanças de série, como a ida para o ensino fundamental e médio também são aspectos que podem interferir no desempenho escolar. É preciso ainda levar em consideração o relacionamento da criança/adolescente na escola. Será que há situações de bullying, por exemplo?

O que fazer: Os pais precisam avaliar todos os aspectos e conversar com a escola. Caso a criança já tenha idade para entender as situações, vale também pedir a opinião dela sobre a escola e checar se ela não está passando por agressões no ambiente escolar, assim como avaliar a troca de escola.  


3-Transtornos de Aprendizagem (TA): Estima-se que 6% das crianças em idade escolar apresentam algum Transtorno de Aprendizagem, sendo a dislexia o mais prevalente e conhecido de todos. Os transtornos de aprendizagem são condições neurobiológicas que afetam a aquisição e o desenvolvimento de funções do cérebro relacionadas à aprendizagem.
A dislexia, por exemplo, fará com que a criança ou adolescente apresente dificuldades na leitura, pois não consegue identificar as letras com precisão e velocidade suficientes para formar as sílabas. Outro TA comum é a discalculia, que gera dificuldades para aprender números e operações matemáticas em geral.

O que fazer: Procurar um neuropediatra para o diagnóstico. Vale ressaltar que crianças que apresentam algum transtorno de aprendizagem, no geral, têm um quociente de inteligência normal. Isso significa que elas têm a capacidade de aprender assegurada, porém necessitam de recursos diferenciados e acompanhamento adequado para desenvolver seu potencial.  


4-Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): O transtorno, infelizmente, afeta muito o processo de aprendizagem, o comportamento e a interação social na escola. Segundo um estudo brasileiro, a área mais prejudicada é a escrita, seguida da matemática e da leitura. Outro ponto é que os transtornos de aprendizagem, tais como a dislexia, são muito prevalentes em crianças com TDAH.  

O que fazer: O diagnóstico do TDAH é confirmado por volta dos 6 anos, idade em que a criança entra no ensino fundamental e pode ser feito por um neuropediatra. O processo de aprendizagem requer um acompanhamento especifico, além de terapias que possam ajudar a criança a explorar seu potencial, respeitando suas limitações.


5-Altas Habilidades: Anteriormente chamado de “superdotação”, são as crianças que possuem um QI acima da média, entre outras características. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% da população tem altas habilidades. A questão é que tantos os pais, quanto a escola, podem ter dificuldade em reconhecer um aluno com altas habilidades. Outro ponto é que nem sempre a criança terá boas notas, principalmente quando o assunto se tornar desinteressante para ela. A curiosidade é uma característica marcante da superdotação. Ela aprende rápido, gosta de conviver com adultos, adapta-se muito fácil a situações novas, tem habilidades nas artes e pode ter um desempenho escolar ruim, porque dependendo do método de ensino, não consegue se sentir motivada a aprender.

O que fazer: Os pais devem procurar especialistas na área, como um neuropediatra, para uma avaliação da criança. Será preciso procurar escolas preparadas para crianças com altas habilidades ou ainda adotar outras estratégias que podem ser usadas para melhorar o processo de aprendizagem.


6-Distúrbios do sono: A insônia afeta drasticamente o processo de aprendizagem. Uma criança ou um adolescente que não dorme ou dorme pouco, pode apresentar vários comprometimentos na memória, atenção e concentração. Além disso, a privação do sono aumenta a irritabilidade, pode tornar o comportamento do estudante inadequado na sala de aula ou ainda causar problemas nas relações com colegas e professores. 

O que fazer: O ideal é procurar um neuropediatra para avaliar a insônia e tratar a condição, que na maioria dos casos irá envolver mudanças de comportamento e estratégias para uma boa higiene do sono.

"O processo de aprendizagem é influenciado por diversos aspectos. Antes de culpar a criança ou o adolescente pelo mau desempenho na escola, procure conversar e entender o que está acontecendo", finaliza Dra. Andrea.


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