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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Ameaça silensiosa: câncer de ovário tem sintomas discretos e pode evoluir rapidamente se não tratado em estágio inicial



Tipo de tumor ginecológico tem baixa incidência e apresenta boas respostas ao tratamento quando diagnosticado precocemente; Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas alerta sobre os principais sinais de alerta da doença 


Pouco se ouve falar sobre câncer de ovário, mas atualmente é considerado o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também combatido, já que é assintomático. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são registrados no Brasil aproximadamente cinco mil novos casos por ano, sendo que ¾ são diagnosticados em estágios avançados.

De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, o câncer de ovário possui maior incidência em mulheres acima dos 50 anos, sendo na grande maioria dos casos não é possível identificar previamente fatores de risco que justifiquem o aparecimento da condição. "Um dos fatores que torna esse tipo de câncer tão agressivo é o fato de se iniciar a partir de mutações genéticas não hereditárias que, por sua vez, alteram as características das células e apresentam alta capacidade de se multiplicarem rapidamente, fazendo com que a doença atinja um estágio avançado rapidamente quando não tratado", explica .

Entre os fatores que possivelmente contribuem para o aparecimento da doença alguns estudos sugerem que o número excessivo de ovulações pode levar ao surgimento de tumores, sendo possível adotar como método preventivo o uso de pílula anticoncepcional. "Esses levantamentos concluíram que o uso contínuo da medicação por cinco anos pode diminuir em até 60% a incidência deste de câncer de ovário", diz o Dr. Daniel.

O especialista ainda ressalta que apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára – causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. "Nestes casos, é possível realizar exames específicos de análise genética em mulheres cujo histórico familiar deste tipo de câncer sugira a possibilidade de hereditariedade como fator causador da condição – em especial quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário. Nestas situações, diante de uma comprovação da suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico", pontua o oncologista do CPO.


Fique atento aos possíveis sinais e aos tratamentos

O sintoma do câncer de ovário é discreto e demora a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros.

Mesmo sendo o câncer ginecológico com maior índice de óbito no mundo, se diagnosticado precocemente, existem altas chances de cura. Exames como palpação abdominal, toque vaginal e ultrassom são muito recomendados para detectar a doença e tentar reverter, assim, este cenário.

"O problema é que os sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Por isso, é recomendado que a mulher procure um especialista caso perceba qualquer alteração, mesmo que pareça usual. Além disso, é aconselhável realizar os exames ginecológicos anualmente", afirma o Dr.Daniel.

A definição do tratamento para pacientes com câncer de ovário depende do tipo e estágio da doença. Entre os fatores analisados estão ainda a idade e desejo de ter filhos da paciente. "A orientação depende de uma avaliação do histórico da mulher e suas condições de saúde como um todo. Em linhas gerais, a cirurgia ainda é o principal tratamento, podendo significar a retirada bilateral ou unilateral do órgão - quando há a possibilidade de preservação de um ovário e uma trompa de Falópio. A quimioterapia pode ser indicada, dependendo do caso, antes ou após a intervenção cirúrgica", destaca o Dr. Daniel. "A busca por gestações após câncer de ovário deve ser discutida com o médico, já que dependerá de uma abordagem personalizada do caso", finaliza.





Grupo oncoclínicas




Falta de controle do diabetes pode ser causa de infarto, AVC e outras doenças cardíacas



No mês do Dia Mundial do Diabetes entenda qual a relação da doença com a saúde cardíaca


No próximo dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A data tem como objetivo conscientizar ainda mais a população sobre os perigos dessa doença, que segundo os últimos dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, atinge cerca de 10% da população brasileira adulta.

 Segundo um outro estudo, publicado recentemente pela American Heart Association, concluiu que o paciente que sofre com o diabetes tem até duas vezes mais risco de desenvolver alguma doença cardíaca. A pesquisa ainda mostrou que a taxa de mortalidade relacionada com doenças cardíacas, em diabéticos com mais de 65 anos, é de 68% e, aproximadamente, 50% dos adultos com diabetes também desenvolvem alguma doença cardiovascular fatal.

De acordo com o cirurgião cardíaco e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e também da internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA, Dr. Elcio Pires Júnior, as doenças cardiovasculares são a causa mais frequente de morte em pacientes com um quadro clínico de diabetes. No entanto, 23% ainda não segue nenhum tipo de tratamento. "O metabolismo do diabetes resulta em partículas de gordura que são quimicamente modificadas e tóxicas à parede da artéria. Depois de absorvidas pelas células das artérias, elas se tornam um grande risco para as doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente das pernas e pés, além de formação de aneurismas", explica o especialista. 

Além disso, ainda segundo o especialista, quando o diabetes se instala no organismo, ele potencializa outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado. “O diabetes tipo II oferece ainda mais risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Por isso, a má alimentação, a falta de atividade física regular e a de acompanhamento médico regularmente são hábitos que devem ser modificados”, finaliza Élcio. 






Dr. Elcio Pires Júnior - coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. facebook.com/Dr-Élcio-Pires-Júnior-Cirurgião-Cardíaco | linkedin.com/in/elciopiresjunior



Diabetes: doença é uma das principais causas de cegueira no mundo



Entenda como a patologia pode afetar a saúde dos olhos e comprometer definitivamente a visão


Em 14 de novembro o Dia Mundial do Diabetes levanta diversas discussões sobre a doença que já atinge mais de 415 milhões de pessoas no mundo e causa mais de 5 milhões de mortes anuais. Considerada uma das epidemias do século 21, a estimativa é que em 2040 mais de 642 milhões de pessoas tenham a doença.

Muitos pacientes portadores do diabetes não sabem sobre todas as complicações que podem ser causadas pela patologia. O Diabetes é capaz de afetar o olho por inteiro, desde a córnea passando pelo cristalino e formando as cataratas, que podem ser consideradas mais comuns em pessoas com diabetes.
Ainda com relação à saúde ocular, o diabetes induz também uma maior incidência de glaucoma e a mais temida de todas as complicações que, de acordo com especialistas, é sem dúvida a retinopatia diabética.

Atualmente as duas maiores causas de cegueira irreversível, ou seja, sem chances de recuperação visual, são glaucoma e a retinopatia diabética. "Trabalhando há mais de 30 anos com diabéticos, a retinopatia é uma grande preocupação, por que apesar da gravidade, ela pode ser prevenida com acompanhamento médico, principalmente se tratada precocemente", explica o médico Márcio Ávila, referência oftalmológica no país.

O descontrole glicêmico é principal fator de risco para surgimento da retinopatia. "Nós costumamos dizer que, caso aja negligência, o paciente diabético tem cerca de 30 vezes mais chances de se tornar cego e que 80% deles podem apresentar a retinopatia após 5 anos da doença. Se o diabetes está descontrolado, a chance de retinopatia se torna muito alta", ressalta o médico presidente do CBV Hospital de Olhos.

O controle glicêmico é fundamental. A velocidade do desenvolvimento da retinopatia pode ser lenta ou rápida, a depender deste controle realizado pelo paciente. Aqueles que mantêm o controle regular glicêmico e têm cuidados diários com a alimentação, além do uso adequado das medicações, apresentam chance muito menor de apresentar a retinopatia diabética – que é responsável por 5 a 8% de cegos no mundo.

Pacientes diagnosticados com o diabetes que possuem controle sobre a doença o indicado é ao menos uma visita anual ao oftalmologista. Quanto aos pacientes com baixo controle ou que já tenham a retinopatia, a consulta deve ser realizada de seis em seis meses, e a depender do caso, até mensalmente.


Retinopatia diabética: tratamento 

Uma vez instalada esta doença ocular é considerada irreversível. Por isso o melhor tratamento ainda é a prevenção. Somente por meio de visita periódica ao oftalmologista é possível realizar o diagnóstico precoce da retinopatia, aumentando consideravelmente o tratamento e os resultados.

O tratamento inicial consiste na aplicação de raios lasers ou por meio da injeção intraocular de medicamentos antigênicos – desenvolvidos pela medicina moderna e que atuam diretamente nos vasos da retina que estão lesados, diminuindo sangramentos, a formação de gordura e impede a perpetuação da retinopatia diabética.




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