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sábado, 30 de setembro de 2017

Os benefícios do equilíbrio emocional no sucesso do tratamento do câncer



Outubro Rosa marca mês de conscientização e combate ao câncer de mama

Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Os avanços da medicina são muitos em relação à novos tratamentos e chegam a estimativas de cura em mais de 90% dos casos. Porém, será que somente os remédios e quimioterapias são suficientes para o sucesso do tratamento e posterior cura da doença? Especialistas garantem que não!
O aspecto psicológico tem grande parcela de participação após a descoberta do diagnóstico. “A gênese de inúmeras doenças físicas, reside nos fatores emocionais, psicológicos, na herança genética e no estilo de vida. Como profissional da área da saúde mental, sei perfeitamente que receber um diagnóstico de câncer desestabiliza, fragiliza e até causa depressão em algumas pessoas”, explica a psicóloga Marilene Kehdi. Ela ainda ressalta que é muito importante ter consciência do quanto manter o equilíbrio emocional, alimentar pensamentos positivos e ser otimista é essencial para ajudar no sucesso do tratamento médico.
A especialista explica que para encontrar e manter esse equilíbrio emocional o paciente deve avaliar seus pensamentos dominantes (persistentes), e os tipos de emoções que surgem com eles, identificando assim o que tira suas forças e a sua paz interior e ir modificando-os. “É essencial que o paciente concentre seus pensamentos e comportamentos naquilo que está realmente interessado que lhe aconteça, fazendo disso um exercício diário. Tudo o que dificultar a eficácia do tratamento tem que ser erradicado, incluindo medos, hábitos errados e estilo de vida”, completa a psicóloga.
Marilene Kehdi, especialista em doenças psicossomáticas e atendimento clínico, com aprimoramento em psicologia hospitalar, destaca que o medo é uma emoção paralisante e por isso deve ser enfrentado. E deixa uma “Psicodica” para os que estão passando por esse momento. “Se você sabe que dentro de si existem conflitos que há muito tempo estão tirando seu equilíbrio, seu sono e sua saúde, faça psicoterapia, procure resolve-los, elabora-los e criar um novo significado. Entenda que a psicoterapia faz parte do processo e do sucesso do tratamento. Durante todo o tratamento manter um bom estado de ânimo e uma atitude otimista faz toda a diferença a seu favor e isso é comprovado”, finaliza a especialista.





Butantan inicia produção de vacina contra gripe



Com investimento de R$ 5 milhões, Instituto aumenta em 15 milhões o número de doses produzidas para a campanha do Programa Nacional de Imunização de 2018


O Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde e responsável por mais da metade das vacinas produzidas no país, inicia nesta quinta-feira, 28 de setembro, a produção da vacina contra gripe que será usada na campanha do Programa Nacional de Imunização em 2018. A capacidade de fornecimento é de 60 milhões de doses, 15 milhões a mais do que o produzido no ano passado.

Com investimento de R$ 5 milhões, o Instituto pôde aumentar a capacidade produtiva, iniciando pela primeira vez o processo de fabricação sem riscos. Ou seja, o início da produção é concomitante ao anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que define quais tipos de vírus estão mais circulantes, e não com mais de um mês antecedência como acontecia nos anos anteriores. A OMS deve fazer o anúncio oficial das cepas circulantes em 2018 nesta sexta-feira, 29 de setembro. 

“Esse investimento possibilitou aumentar a produção, garantindo segurança e agilidade nos processos produtivos e, posteriormente, na entrega das doses ao Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia, no ano passado, em 10 meses produzimos 45 milhões de doses e neste ano, com este investimento, iremos fornecer 60 milhões em oito meses de produção”, explica Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O processo de fabricação das doses exige o trabalho interrupto de 500 funcionários, de setembro deste ano até maio de 2018, e a fecundação de 60 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados na vacina. Por dia, são 321.984 ovos que chegam à instituição, e que já começam a ser inoculados.
É no interior dos ovos embrionados, entre 10 e 11 dias, que são injetadas o inoculo viral do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Durante 60 a 72 horas, os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se replica no líquido alantóico que envolve o pintinho.

Cada ovo rende em média o equivalente a três doses de um dos vírus, e como a vacina protege contra três tipos, é necessário repetir esse processo com cada cepa, o que exige 60 milhões de ovos para produzir as 60 milhões de doses da vacina influenza trivalente (fragmentada e inativada) que são fornecidas para o Ministério da Saúde.

Após as 60 a 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas os vírus sejam extraídos. Em seguida, se inicia um processo para inativar e fragmentar o vírus, para que ele fique sem atividade.

A transferência de tecnologia para a produção da vacina contra a influenza da francesa Sanofi Pasteur para o Butantan começou em 1999 e foi concluído em 2012. Neste mesmo ano, o Instituto inaugurou a fábrica para a produção da vacina da gripe, a maior da América Latina exclusiva para a doença. Desde então, o número de doses produzidas nacionalmente vem aumentando, passando de 6,3 milhões no primeiro ano para o número atual.







Adoçante ou açúcar, o que é melhor para a saúde?



 Comparados de forma inadequada, as duas substâncias
têm diferentes funções, apesar da mesma finalidade: adoçar


Frequentemente encontramos informações sobre os benefícios de diversos ingredientes, porém nem sempre elas consideram todas as questões levantadas pela comunidade acadêmica. Por isso, muitas vezes há a impressão de que um mesmo alimento transita entre o papel de herói e vilão. Isto é o que vem acontecendo com o açúcar e o edulcorante. Usados com a mesma finalidade (adoçar), são substâncias diferentes e erroneamente colocadas em comparação.

A nutricionista Marcia Daskal, da Recomendo Assessoria em Nutrição, explica que a sacarose, mais conhecida como “açúcar de mesa”, é um carboidrato simples, composto por glicose e frutose, natural da cana-de-açúcar ou de outros vegetais (como a beterraba ou o coco), sendo responsável pelo fornecimento de energia. Já os adoçantes são variadas substâncias não-calóricas com maior poder de dulçor, produzidas a partir de fontes naturais ou artificiais. “De maneira geral, eles têm poder adoçante de 100 a 500 vezes maior do que o açúcar e, por isso, podem ser utilizados em menor quantidade. Possuem uma quantidade desprezível de calorias, enquanto o açúcar, como qualquer carboidrato, fornece quatro calorias por grama”, comenta a nutricionista.

Essas são razões para que o edulcorante seja considerado mais saudável por grande parte da população, pois não fornece calorias e adoça. Porém, isso não pode ser considerado como uma verdade absoluta. “Não há evidências científicas sobre a existência de características mais ou menos saudáveis de um ingrediente para o outro”, ressalta. “Também é necessário enfatizar que os adoçantes são utilizados em preparações que podem ter calorias de outros ingredientes. Isto é, ele não traz calorias adicionais, mas não tira as calorias de um suco, um bolo, um pudim ou um chocolate, por exemplo”, completa Marcia.


A substituição

Os edulcorantes são comumente utilizados na substituição da sacarose com o objetivo de reduzir o valor calórico dos alimentos e bebidas. No entanto, essa substituição não necessariamente garante uma redução de calorias, já que alguns produtos têm uma maior quantidade de gordura na formulação. Assim, algumas pessoas aumentam o consumo dos alimentos light e podem comer até mesmo mais calorias. No controle do peso, ambos podem ser utilizados, pois o importante é a alimentação como um todo.

Os profissionais da saúde costumam indicar o uso de edulcorantes para os diabéticos, já que os adoçantes não requerem insulina para sua absorção. Isto não quer dizer que diabéticos não possam consumir açúcar, desde que com orientação e acompanhamento de nutricionista e médico, a critério do profissional de saúde.

Em teoria, a atitude de dispensar bebidas e alimentos açucarados e substituir por versões com esses outros tipos de adoçantes não resolveria o problema relacionado ao balanço energético. “Nossa sociedade foi educada a pensar que engordamos apenas quando consumimos mais calorias e, inversamente, emagrecemos quando ingerimos menos alimentos. A questão é muito mais complexa e essa substituição não traz resultados imediatos. Junto com a alimentação, é necessário mudar o estilo de vida”, afirma o educador físico Marcio Atalla.


Atividade física

A relação do uso do açúcar e do adoçante para quem pratica atividades físicas também gera muitas dúvidas. O ideal é ter em mente que a combinação entre dieta equilibrada e atividade física regular é sempre a melhor base para se viver de forma saudável e evitar doenças.

Para quem se exercita regularmente, o consumo de açúcar ou adoçante também depende de um amplo contexto. Para um atleta, o consumo de açúcar pode ser necessário, dependendo do tipo, duração e intensidade da atividade física. “A recomendação é ingerir um carboidrato simples no pré-treino, pois vai dar energia para fazer os exercícios propostos. Sendo assim, uma fruta ou um pão com geleia são boas opções. Para depois da atividade, recomenda-se ingerir um carboidrato e uma proteína, sendo que a última ajudará na construção dos músculos. Não há uma regra certa, mas é essencial se alimentar antes e depois do treino”, comentou Marcio Atalla.

O cardiologista e nutrólogo do Instituto Dante Pazzanese, Dr. Daniel Magnoni, salienta ainda que, em média, 73% da população que consome açúcar e pratica atividade física está com o peso adequado. “Isto reforça o conceito errôneo de ‘vilanizar’ ingredientes, além de comprovar a possibilidade do uso de açúcar dentro de um estilo de vida balanceado”


Cultura

O consumo de ingredientes também passa por questões sociais e culturais, pois escolher o que se deve comer está aliado a diversos símbolos. Para o antropólogo Raul Lody, alimentar-se vai muito além de apenas saciar a fome. "Para o brasileiro, o açúcar é uma referência não só cultural mas também emocional, visto que está presente no trajeto das relações sociais, como nascimento, aniversários, casamento e outras motivações. Sempre haverá um doce como um marco gastronômico nos diferentes momentos de sociabilidades”.

Além dessa questão, é fundamental entender que não existe um tipo de adoçante que seja mais ou menos saudável do que outro, ou ainda mais vantajoso que o açúcar. “As principais agências reguladoras de alimentos, como o FDA, aprovam o uso de seis adoçantes diferentes e ainda incentivam o uso de açúcar para aqueles que o preferem”, reforçou Daniel Magnoni.

Portanto, a ausência de açúcar ou o uso constante do adoçante não torna a alimentação mais saudável, pois o que importa é a forma e a quantidade com que o ingrediente é consumido e de que maneira isso se encaixa no estilo de vida de cada pessoa – que não é definido por um ou alguns ingredientes consumidos isoladamente. Saúde e bem-estar dependem de um extenso conjunto de fatores, imprescindivelmente acompanhados e orientados por especialistas, caso a caso. 





Campanha Doce Equilíbrio




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